Questõesde UNICENTRO sobre Filosofia
Quanto aos filósofos pré-socráticos, analise se V (verdadeiro) ou F (falso) e, em seguida, assinale a alternativa correta.
( ) A filosofia pré-socrática desenvolveu-se, fundamentalmente, como cosmologia.
( ) Os primeiros filósofos pré-socráticos foram também chamados de sofistas.
( ) Tales de Mileto é considerado, pelos historiadores da filosofia, como o primeiro filósofo grego, tendo se tornado
conhecido por defender a tese segundo a qual a água é o maior dom de Deus para a humanidade.
( ) Opondo-se aos mitos, os primeiros filósofos gregos, também chamados de pré-socráticos, desenvolveram rigorosos
métodos de comprovação de suas teorias sobre o universo, o que lhes assegurou o reconhecimento como
fundadores da cosmologia crítica.
( ) Os primeiros filósofos pré-socráticos foram também chamados de sofistas.
( ) Tales de Mileto é considerado, pelos historiadores da filosofia, como o primeiro filósofo grego, tendo se tornado conhecido por defender a tese segundo a qual a água é o maior dom de Deus para a humanidade.
( ) Opondo-se aos mitos, os primeiros filósofos gregos, também chamados de pré-socráticos, desenvolveram rigorosos métodos de comprovação de suas teorias sobre o universo, o que lhes assegurou o reconhecimento como fundadores da cosmologia crítica.
Dentre as alternativas abaixo, assinale a que melhor servir para explicar “por que” a filosofia grega divide-se em présocrática, socrática e pós-socrática.
Sobre as principais características dos relatos mitológicos, é INcorreto afirmar que
Podemos caracterizar a mitologia como resultante dos primeiros esforços do ser humano no Ocidente para dar explicações
para as coisas e atribuir sentido à realidade. Com base nesta compreensão, é correto afirmar:
Assinale a alternativa correta. Para David Hume (1711-1776),
“saber é poder”, ou seja, o conhecimento não é contemplativo e desinteressado, mas sim um saber instrumental, direcionado para a utilidade da ciência para a vida.
Consideremos o campo da epistemologia contemporânea; sob esse aspecto, podemos afirmar que a
posição de Thomas Kuhn (1922-1996), em relação à ciência, se contrapôs à concepção científica de Karl
Popper (1902-1994)? Assinale a alternativa correta.
Qual dos argumentos abaixo caracteriza corretamente a relação conceitual entre existencialismo e
liberdade, no pensamento de Jean-Paul Sartre (1905-1980)?
Em seu ensaio Desumanização da arte, onde estuda as mudanças profundas que a arte experimenta em
nossos dias, Ortega y Gasset propõe este paradoxo: a arte atual é aquela que não existe. Com essa frase
contundente, mas que é mais que um simples jogo de palavras, o pensador espanhol chama a atenção
para o fato de que as manifestações artísticas contemporâneas estão desligadas do passado”. (NUNES, B.
Introdução à filosofia da arte. 5 ed. São Paulo: Ática, 2002.)
Qual das alternativas abaixo NÃO caracteriza o paradoxo acima enunciado?
Em seu ensaio Desumanização da arte, onde estuda as mudanças profundas que a arte experimenta em nossos dias, Ortega y Gasset propõe este paradoxo: a arte atual é aquela que não existe. Com essa frase contundente, mas que é mais que um simples jogo de palavras, o pensador espanhol chama a atenção para o fato de que as manifestações artísticas contemporâneas estão desligadas do passado”. (NUNES, B. Introdução à filosofia da arte. 5 ed. São Paulo: Ática, 2002.)
Qual das alternativas abaixo NÃO caracteriza o paradoxo acima enunciado?
“Até o século XIX o desenvolvimento da ciência tinha sido tão grande que o homem estava convencido da
excelência do método científico para conhecer a realidade. (...) Esse otimismo era generalizado, exaltando
a capacidade de transformação humana em direção a um mundo melhor./ No entanto, ainda no século XIX,
algumas descobertas golpearam rudemente as concepções clássicas, originando o que se pode chamar de
crise da ciência moderna” .(ARANHA, M.L./ MARTINS, M. H. P. Filosofando – Introdução à Filosofia. 2ª ed.
São Paulo: Moderna, 1993.).
A quais descobertas o texto acima se refere? Assinale a alternativa correta.
“Até o século XIX o desenvolvimento da ciência tinha sido tão grande que o homem estava convencido da excelência do método científico para conhecer a realidade. (...) Esse otimismo era generalizado, exaltando a capacidade de transformação humana em direção a um mundo melhor./ No entanto, ainda no século XIX, algumas descobertas golpearam rudemente as concepções clássicas, originando o que se pode chamar de crise da ciência moderna” .(ARANHA, M.L./ MARTINS, M. H. P. Filosofando – Introdução à Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.).
A quais descobertas o texto acima se refere? Assinale a alternativa correta.
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Hoje, a arte já pode ser pensada dentro de uma teoria da linguagem. Portanto, não se trata mais de
pensar a filosofia da arte, visando alcançar uma ideia de arte, mas de analisar uma teoria da arte, isto
é, um conceito de arte.
II. Hoje, tanto o criador quanto o receptor – artista e intérprete de textos estéticos – devem ser
“iniciados” nos códigos e técnicas utilizadas pelo jogo de produção artística. Por isso é que se diz
que a arte contemporânea é uma arte “para iniciados”.
III. A obra de arte, hoje, permanece falando sobre os símbolos da experiência vivida do homem,
expressando a ligação imediata entre a consciência humana e a transcendência. O fio condutor
dessa experiência estética é o “vivido coletivo”, isto é, aquela encantação que nos põe em contato
com o ponto mais elevado da nossa compreensão do sentido da vida e da morte.
IV. A construção artística, hoje, pode ser discutida e analisada em termos de uma teoria dos signos ou
de uma teoria do discurso. Neste caso, um objeto pode ser considerado artístico quando é portador
de um “discurso de arte”.
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta as corretas.
I. Hoje, a arte já pode ser pensada dentro de uma teoria da linguagem. Portanto, não se trata mais de pensar a filosofia da arte, visando alcançar uma ideia de arte, mas de analisar uma teoria da arte, isto é, um conceito de arte.
II. Hoje, tanto o criador quanto o receptor – artista e intérprete de textos estéticos – devem ser “iniciados” nos códigos e técnicas utilizadas pelo jogo de produção artística. Por isso é que se diz que a arte contemporânea é uma arte “para iniciados”.
III. A obra de arte, hoje, permanece falando sobre os símbolos da experiência vivida do homem, expressando a ligação imediata entre a consciência humana e a transcendência. O fio condutor dessa experiência estética é o “vivido coletivo”, isto é, aquela encantação que nos põe em contato com o ponto mais elevado da nossa compreensão do sentido da vida e da morte.
IV. A construção artística, hoje, pode ser discutida e analisada em termos de uma teoria dos signos ou de uma teoria do discurso. Neste caso, um objeto pode ser considerado artístico quando é portador de um “discurso de arte”.
“A modernidade pós-kantiana procura ‘dialetizar’ a certeza moral. Procurou-se contextualizar a realização
moral no momento dialético do progresso da humanidade. Procurou-se encontrar uma medida para avaliar
os diferentes graus de realização moral ao alcance do homem. Reconheceu-se que a civilização melhorou
a qualidade moral do homem, cujos instintos animalescos foram sendo progressivamente domesticados. /
Os principais representantes desse modelo relativista são os alemães Karl Marx e Sigmund Freud”.
(CUNHA, J. A. Filosofia – Iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual, 1992).
Caracterize, a partir da leitura do texto acima, a concepção filosófica da ética contemporânea, assinalando
a resposta correta.
“A modernidade pós-kantiana procura ‘dialetizar’ a certeza moral. Procurou-se contextualizar a realização moral no momento dialético do progresso da humanidade. Procurou-se encontrar uma medida para avaliar os diferentes graus de realização moral ao alcance do homem. Reconheceu-se que a civilização melhorou a qualidade moral do homem, cujos instintos animalescos foram sendo progressivamente domesticados. / Os principais representantes desse modelo relativista são os alemães Karl Marx e Sigmund Freud”. (CUNHA, J. A. Filosofia – Iniciação à investigação filosófica. São Paulo: Atual, 1992).
Caracterize, a partir da leitura do texto acima, a concepção filosófica da ética contemporânea, assinalando a resposta correta.
Qual o postulado básico da fenomenologia?
O fragmento de texto, logo abaixo, é de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Analise-o, tendo como referência
seus conhecimentos sobre o tema, e julgue as assertivas que o seguem, apontando a(s) correta(s).
“Todo filosofar moderno está política e policialmente limitado à aparência erudita, por governos, igrejas,
academias, costumes, modas, covardias dos homens: ele permanece no suspiro: ‘mas se...’ ou no
reconhecimento: ‘era uma vez...’ A filosofia não tem direitos; por isso, o homem moderno, se pelo menos
fosse corajoso e consciencioso, teria de repudiá-la e bani-la. Mas a ela poderia restar uma réplica e dizer:
‘Povo miserável! É culpa minha se em vosso meio vagueio como uma cigana pelos campos e tenho de me
esconder e disfarçar, como se eu fosse a pecadora e vós, meus juízes? Vede minha irmã, a arte! Ela está
como eu: caímos entre bárbaros e não sabemos mais nos salvar.” (NIETZSCHE, F. A Filosofia na época
trágica dos gregos. – aforismo 3. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 32 (Col. Os Pensadores).
I. Nietzsche critica a filosofia de sua época, afirmando que ela afastou-se da vida, refugiando-se num
universo de abstração e deduções lógicas, criando falsos dualismos, como o de corpo e alma,
mundo e Deus, mundo aparente e mundo verdadeiro.
II. Em Sócrates, Nietzsche encontra o ideal de humanismo que irá definir sua filosofia como “estética de
si”. O par conceitual, dionisíaco (Dionísio é o Deus da embriaguez da música e do caos) e apolíneo
(Apolo é o Deus da luz, da forma, da harmonia e da ordem), mostra a herança socrática. Da luta e do
equilíbrio final desses dois elementos opostos, surge o pensamente nietzschiano como saber da vida
e da morte, como expressão do enigma da existência.
III. Kant e sua moral são alvos do “filosofar com o martelo” nietzschiano: o “imperativo categórico”, isto
é, a lei universal que deve guiar as ações humanas, é para Nietzsche uma ficção que provém do
domínio da razão sobre os instintos humanos, sendo a lei de um homem descarnado e cristianizado.
IV. A vontade de potência é um conceito-chave na obra de Nietzsche. Indica-nos as relações de força
que se desenrolam em todo acontecer, assinalando seu método histórico. Assim, Nietzsche pensa o
tempo de acordo com uma concepção própria, um tempo não-linear, que se desenvolve em ciclos
que se repetem – é o pensamento do eterno retorno, outro conceito-chave de sua obra.
O fragmento de texto, logo abaixo, é de Friedrich Nietzsche (1844-1900). Analise-o, tendo como referência seus conhecimentos sobre o tema, e julgue as assertivas que o seguem, apontando a(s) correta(s).
“Todo filosofar moderno está política e policialmente limitado à aparência erudita, por governos, igrejas, academias, costumes, modas, covardias dos homens: ele permanece no suspiro: ‘mas se...’ ou no reconhecimento: ‘era uma vez...’ A filosofia não tem direitos; por isso, o homem moderno, se pelo menos fosse corajoso e consciencioso, teria de repudiá-la e bani-la. Mas a ela poderia restar uma réplica e dizer: ‘Povo miserável! É culpa minha se em vosso meio vagueio como uma cigana pelos campos e tenho de me esconder e disfarçar, como se eu fosse a pecadora e vós, meus juízes? Vede minha irmã, a arte! Ela está como eu: caímos entre bárbaros e não sabemos mais nos salvar.” (NIETZSCHE, F. A Filosofia na época trágica dos gregos. – aforismo 3. São Paulo: Abril Cultural, 1978, p. 32 (Col. Os Pensadores).
I. Nietzsche critica a filosofia de sua época, afirmando que ela afastou-se da vida, refugiando-se num universo de abstração e deduções lógicas, criando falsos dualismos, como o de corpo e alma, mundo e Deus, mundo aparente e mundo verdadeiro.
II. Em Sócrates, Nietzsche encontra o ideal de humanismo que irá definir sua filosofia como “estética de si”. O par conceitual, dionisíaco (Dionísio é o Deus da embriaguez da música e do caos) e apolíneo (Apolo é o Deus da luz, da forma, da harmonia e da ordem), mostra a herança socrática. Da luta e do equilíbrio final desses dois elementos opostos, surge o pensamente nietzschiano como saber da vida e da morte, como expressão do enigma da existência.
III. Kant e sua moral são alvos do “filosofar com o martelo” nietzschiano: o “imperativo categórico”, isto é, a lei universal que deve guiar as ações humanas, é para Nietzsche uma ficção que provém do domínio da razão sobre os instintos humanos, sendo a lei de um homem descarnado e cristianizado.
IV. A vontade de potência é um conceito-chave na obra de Nietzsche. Indica-nos as relações de força que se desenrolam em todo acontecer, assinalando seu método histórico. Assim, Nietzsche pensa o tempo de acordo com uma concepção própria, um tempo não-linear, que se desenvolve em ciclos que se repetem – é o pensamento do eterno retorno, outro conceito-chave de sua obra.
A partir da leitura do texto abaixo, considere o conceito de poder no domínio da política, assinalando a
resposta INCORRETA.
“Com a influência da nova classe burguesa no panorama político, passa-se a defender a separação entre
o público e o privado. Enquanto na Idade Média o poder político pertencia ao senhor feudal, dono de
terras, e era transmitido aos filhos como herança juntamente com seus bens, com as revoluções
burguesas as esferas do público e do privado se dissociam e o poder não é mais herdado, mas
conquistado pelo voto”. (ARANHA, M.L./ MARTINS, M. H. P. Filosofando – Introdução à Filosofia. 2ª ed. São
Paulo: Moderna, 1993.)
A partir da leitura do texto abaixo, considere o conceito de poder no domínio da política, assinalando a resposta INCORRETA.
“Com a influência da nova classe burguesa no panorama político, passa-se a defender a separação entre o público e o privado. Enquanto na Idade Média o poder político pertencia ao senhor feudal, dono de terras, e era transmitido aos filhos como herança juntamente com seus bens, com as revoluções burguesas as esferas do público e do privado se dissociam e o poder não é mais herdado, mas conquistado pelo voto”. (ARANHA, M.L./ MARTINS, M. H. P. Filosofando – Introdução à Filosofia. 2ª ed. São Paulo: Moderna, 1993.)
“[...] Todos correram ao encontro de seus grilhões, crendo assegurar sua liberdade [...] Tal foi ou deveu
ser a origem da sociedade e das leis, que deram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico,
destruíram irremediavelmente a vontade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da
desigualdade, fizeram de uma usurpação sagaz, um direito irrevogável e, para proveito de alguns
ambiciosos, sujeitaram doravante todo o gênero humano, à servidão e à miséria”. (ROUSSEAU, J.-J.
Discurso sobre a origem da desigualdade. In: WEFFORT, F. C. Os Clássicos da Política. São Paulo: Editora
Ática: 1989-pg. 195).
Todas as alternativas abaixo caracterizam o pensamento de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), EXCETO
uma. Assinale-a.
“[...] Todos correram ao encontro de seus grilhões, crendo assegurar sua liberdade [...] Tal foi ou deveu ser a origem da sociedade e das leis, que deram novos entraves ao fraco e novas forças ao rico, destruíram irremediavelmente a vontade natural, fixaram para sempre a lei da propriedade e da desigualdade, fizeram de uma usurpação sagaz, um direito irrevogável e, para proveito de alguns ambiciosos, sujeitaram doravante todo o gênero humano, à servidão e à miséria”. (ROUSSEAU, J.-J. Discurso sobre a origem da desigualdade. In: WEFFORT, F. C. Os Clássicos da Política. São Paulo: Editora Ática: 1989-pg. 195).
Todas as alternativas abaixo caracterizam o pensamento de Jean-Jacques Rousseau (1712-1778), EXCETO uma. Assinale-a.
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). Em seu livro História da Filosofia,
Hegel (1770-1831) declara que a filosofia moderna pode ser considerada o nascimento da filosofia
propriamente dita, porque nela, segundo Hegel, pela primeira vez, os filósofos afirmam que
I. a filosofia é independente e não se submete a nenhuma autoridade que não seja a própria razão
como faculdade plena de conhecimento. Isto é, os modernos são os primeiros a demonstrar que o
conhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado pela razão, graças a seu
próprio esforço. Só a razão conhece e somente ela pode julgar a si mesma.
II. a filosofia moderna realiza a primeira descoberta da subjetividade propriamente dita porque nela o
primeiro ato do conhecimento, do qual dependerão todos os outros, é a reflexão e consciência de si
reflexiva.
III. a filosofia moderna é a primeira a reconhecer que, sendo todos os seres humanos seres conscientes
e racionais, todos têm igualmente o direito ao pensamento e a verdade. Segundo Hegel, essa
afirmação do direito ao pensamento, unida à ideia da recusa de toda censura sobre o pensamento e
palavra, seria a realização filosófica do princípio da individualidade como subjetividade livre que se
relaciona livremente com a verdade.
IV. a filosofia moderna está tão intimamente vinculada aos fundamentos da práxis humana que a ação
não pode ser ignorada na determinação de seus critérios filosóficos. Para Hegel, os modernos foram
os primeiros a entender que esta prática, no entanto, não deve ser considerada apenas no sentido
restrito da conduta pessoal, mas na acepção mais abrangente de experiência humana em seus vários
aspectos, desde histórico até o nível psicológico.
Analise as assertivas e assinale a alternativa que aponta a(s) correta(s). Em seu livro História da Filosofia, Hegel (1770-1831) declara que a filosofia moderna pode ser considerada o nascimento da filosofia propriamente dita, porque nela, segundo Hegel, pela primeira vez, os filósofos afirmam que
I. a filosofia é independente e não se submete a nenhuma autoridade que não seja a própria razão como faculdade plena de conhecimento. Isto é, os modernos são os primeiros a demonstrar que o conhecimento verdadeiro só pode nascer do trabalho interior realizado pela razão, graças a seu próprio esforço. Só a razão conhece e somente ela pode julgar a si mesma.
II. a filosofia moderna realiza a primeira descoberta da subjetividade propriamente dita porque nela o primeiro ato do conhecimento, do qual dependerão todos os outros, é a reflexão e consciência de si reflexiva.
III. a filosofia moderna é a primeira a reconhecer que, sendo todos os seres humanos seres conscientes e racionais, todos têm igualmente o direito ao pensamento e a verdade. Segundo Hegel, essa afirmação do direito ao pensamento, unida à ideia da recusa de toda censura sobre o pensamento e palavra, seria a realização filosófica do princípio da individualidade como subjetividade livre que se relaciona livremente com a verdade.
IV. a filosofia moderna está tão intimamente vinculada aos fundamentos da práxis humana que a ação não pode ser ignorada na determinação de seus critérios filosóficos. Para Hegel, os modernos foram os primeiros a entender que esta prática, no entanto, não deve ser considerada apenas no sentido restrito da conduta pessoal, mas na acepção mais abrangente de experiência humana em seus vários aspectos, desde histórico até o nível psicológico.
“A filosofia vai surgir ligada a esses dois tipos de palavras, isto é, à alétheia e à dóxa. Essa ligação é diferenciada, ou seja, não será sempre a mesma nos diferentes períodos da filosofia grega. Assim, na fase inicial, os filósofos procuravam falar nos dois campos: falam como poetas e adivinhos, isto é, no campo da palavra-verdade, e falam como chefes políticos, isto é, no campo da palavra persuasão. A seguir, com os filósofos Pitágoras de Samos e Parmênides de Eléia, afastam a dóxa e fortalecem apenas a alétheia. No entanto, a partir do desenvolvimento da democracia, sobretudo em Atenas, um grupo de filósofos novos, os sofistas, afastam a alétheia e fortalecem exclusivamente a dóxa. Finalmente, com Sócrates e Platão, será feito um esforço gigantesco (decisivo para todo pensamento ocidental) para colocar a alétheia no lugar da dóxa. Será o momento em que a filosofia, em vez de ocupar-se com a origem do mundo e as causas de suas transformações, se interessará exclusivamente pelos homens, pela vida social e política” (CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia – Dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume I. 1ª ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994).
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre o tema, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) e, em seguida, assinale a alternativa correta.
( ) Essas observações sobre a alétheia e a dóxa nos ajudam a compreender por que a filosofia nascente, embora sendo uma cosmologia (isto é, uma explicação racional sobre a origem do mundo e as causas de suas transformações), emprega um vocabulário político e humano para referir-se o cosmos. É que a linguagem disponível para a filosofia é a linguagem da pólis e esta é projetada na explicação da natureza ou do universo.
( ) A palavra dóxa deriva do verbo dokéo, que significa: 1) tomar o partido que se julga o mais adaptado a uma situação; 2) conformar-se a uma norma; 3) escolher e decidir. A dóxa pertence ao vocabulário político da decisão, deliberação e opinião.
( ) Exercício do pensamento e da linguagem, a filosofia nascente não irá diferenciar-se da palavra dos guerreiros e dos políticos, pois não possui uma pretensão específica, deseja apenas argumentar e persuadir.
( ) No pensamento mítico e na organização sócio-política que antecede o surgimento da pólis, a alétheia possui uma relação intrínseca com os procedimentos oraculares e divinatótios: é a lembrança do que foi contemplado no oráculo e ouvido, ali, dos deuses, que é a verdade, alétheia.
“A filosofia vai surgir ligada a esses dois tipos de palavras, isto é, à alétheia e à dóxa. Essa ligação é diferenciada, ou seja, não será sempre a mesma nos diferentes períodos da filosofia grega. Assim, na fase inicial, os filósofos procuravam falar nos dois campos: falam como poetas e adivinhos, isto é, no campo da palavra-verdade, e falam como chefes políticos, isto é, no campo da palavra persuasão. A seguir, com os filósofos Pitágoras de Samos e Parmênides de Eléia, afastam a dóxa e fortalecem apenas a alétheia. No entanto, a partir do desenvolvimento da democracia, sobretudo em Atenas, um grupo de filósofos novos, os sofistas, afastam a alétheia e fortalecem exclusivamente a dóxa. Finalmente, com Sócrates e Platão, será feito um esforço gigantesco (decisivo para todo pensamento ocidental) para colocar a alétheia no lugar da dóxa. Será o momento em que a filosofia, em vez de ocupar-se com a origem do mundo e as causas de suas transformações, se interessará exclusivamente pelos homens, pela vida social e política” (CHAUÍ, M. Introdução à História da Filosofia – Dos pré-socráticos a Aristóteles. Volume I. 1ª ed. – São Paulo: Brasiliense, 1994).
Com base no texto, e em seus conhecimentos sobre o tema, informe se é verdadeiro (V) ou falso (F) e, em seguida, assinale a alternativa correta.
( ) Essas observações sobre a alétheia e a dóxa nos ajudam a compreender por que a filosofia nascente, embora sendo uma cosmologia (isto é, uma explicação racional sobre a origem do mundo e as causas de suas transformações), emprega um vocabulário político e humano para referir-se o cosmos. É que a linguagem disponível para a filosofia é a linguagem da pólis e esta é projetada na explicação da natureza ou do universo.
( ) A palavra dóxa deriva do verbo dokéo, que significa: 1) tomar o partido que se julga o mais adaptado a uma situação; 2) conformar-se a uma norma; 3) escolher e decidir. A dóxa pertence ao vocabulário político da decisão, deliberação e opinião.
( ) Exercício do pensamento e da linguagem, a filosofia nascente não irá diferenciar-se da palavra dos guerreiros e dos políticos, pois não possui uma pretensão específica, deseja apenas argumentar e persuadir.
( ) No pensamento mítico e na organização sócio-política que antecede o surgimento da pólis, a alétheia possui uma relação intrínseca com os procedimentos oraculares e divinatótios: é a lembrança do que foi contemplado no oráculo e ouvido, ali, dos deuses, que é a verdade, alétheia.
“Difícil caracterizar o estilo de Sócrates. Os próprios antigos lhe forjaram uma palavra sob medida, eirôn
(de onde vem a palavra ironia), que deixa o tradutor moderno tão perplexo quanto o etimologista antigo.
Traduzamos, para simplificar, por ‘aquele que se pretende ignorante’, que ‘diz menos do que parece
pensar’; portanto, ‘finório’, se tomarmos pelo lado pior, como Aristófanes, ou ‘reservado’, se seguirmos
Platão e Aristóteles. Mas também ‘ingênuo’, se admitirmos sem discussão o que ele diz de si mesmo, ou
‘dissimulado’, se não acreditarmos nisso” (WOLF, F. Sócrates – O sorriso da razão. São Paulo: Editora
Brasiliense, 1987).
Analise as alternativas e assinale a INCORRETA.
“Difícil caracterizar o estilo de Sócrates. Os próprios antigos lhe forjaram uma palavra sob medida, eirôn (de onde vem a palavra ironia), que deixa o tradutor moderno tão perplexo quanto o etimologista antigo. Traduzamos, para simplificar, por ‘aquele que se pretende ignorante’, que ‘diz menos do que parece pensar’; portanto, ‘finório’, se tomarmos pelo lado pior, como Aristófanes, ou ‘reservado’, se seguirmos Platão e Aristóteles. Mas também ‘ingênuo’, se admitirmos sem discussão o que ele diz de si mesmo, ou ‘dissimulado’, se não acreditarmos nisso” (WOLF, F. Sócrates – O sorriso da razão. São Paulo: Editora Brasiliense, 1987).
Analise as alternativas e assinale a INCORRETA.