Questõessobre Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

1
1
Foram encontradas 318 questões
acf45d69-57
ENEM 2021 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Escravo fugido

    No dia 8 de Outubro do anno proximo passado fugio da fazenda do Bom Retiro, propriedade do dr. Francisco Antonio de Araújo, o escravo José, pardo claro, de 22 annos de idade, estatura regular, cheio de corpo, com a falta de um dente na frente do lado superior, cabellos avermelhados, orelha roxa, falla macia, e andar vagaroso. Intitula-se forro, e quando fugio a primeira vez esteve contratado como camarada em uma fazenda em Capivary.
     Quem o aprehender e entregar ao seu senhor no Amparo, ou o recolher a cadêa em qualquer parte será bem gratificado, e protesta-se com todo o rigor da lei contra quem o ac outar.
15 - 13 

Escravo fugido. Jornal Correio Paulistano, 13 de abril de 1879. Disponível em:
http://bndigital.bn.gov.br. Acesso em: 2 ago. 2019 (adaptado).


No anúncio publicado na segunda metade do século XIX, qual a estratégia de resistência escrava apresentada?

A
Criação de relações de trabalho.
B
Fundação de territórios quilombolas.
C
Suavização da aplicação de normas.
D
Regularização das funções remuneradas.
E
Constituição de economia de subsistência.
79201cfb-06
SÃO CAMILO 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A conciliação dos anos 1850 mostrou ser uma estratégia eficiente de estabilização da monarquia e constituiu-se numa experiência clássica da vida política brasileira: os setores hegemônicos das elites equilibraram suas divergências internas e mantiveram o controle do Estado — sem conceder nenhuma grande mudança na ordem social e institucional.

(Francisco M. P. Teixeira. História concisa do Brasil, 1993. Adaptado.)

Os “setores hegemônicos das elites” mencionados pelo historiador eram

A
as camadas médias das grandes cidades.
B
os burgueses industriais do interior paulista.
C
os cafeicultores do Vale do Paraíba e do sul de Minas.
D
os criadores de gado do pampa gaúcho.
E
os senhores de engenho do litoral nordestino.
23f014c8-04
CEDERJ 2021 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

“Não podemos ver com bons olhos os selvagens vivendo ao seu lado livres e em pleno gozo dos seus direitos de homens, quando podiam tê-los por escravos [...]”

(Trecho de reportagem publicada no jornal Gazeta de
Campinas (1871)

Disponível em: http://eventoscopq.mackenzie.br/index.php/jor-
nada/xvjornada/paper/viewPDFInterstitial/1388/1003 Acesso em: 29/05/2021

O trecho acima é parte de uma reportagem de um jornal da cidade de Campinas, repercutindo a aprovação da Lei do Ventre Livre em 1871. A posição do jornal e a própria aprovação da referida lei mostram que o processo de abolição da escravidão no Brasil foi

A
lento e gradual, com resistência das elites.
B
pacífico e excludente, com participação popular.
C
desigual e inesperado, com oposição do Exército.
D
longo e inexpressivo, com apoio da Igreja Católica.
93e6ee18-05
UFRGS 2016 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Considere as afirmações abaixo, sobre imigração para o Brasil e as suas políticas públicas de fomento.

I - A lei orgânica de 1867 previa uma série de benefícios e facilidades à vinda dos imigrantes europeus, como, por exemplo, o pagamento de suas passagens às colônias e a atribuição de um lote de terra de até 60 hectares por família imigrante.
II - Uma das metas do incentivo à imigração europeia era a política de “branqueamento” do país, exemplificada pelo decreto n. 528 de 1890, que, entre outras medidas, proibia a entrada de imigrantes africanos no país, salvo em condições excepcionais.
III- As regiões do país que mais atraíram imigrantes foram o Sudeste e o Nordeste, principalmente pela ausência de latifúndios significativos e de mão de obra disponível à industrialização de ambas as regiões.

Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas I e II.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
7c45e139-f6
UNINOVE 2015 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Muitos autores consideram que o período de 1849 (repressão à Revolução Praieira) a 1864 (início da Guerra do Paraguai) corresponde ao auge do Segundo Reinado.

Essa estabilidade política e econômica foi alcançada graças

A
à fundação do partido republicano e à rentabilidade do extrativismo mineral.
B
à centralização do poder e aos investimentos do governo no cultivo do tabaco.
C
à manutenção da unidade do país e aos lucros gerados pela cafeicultura.
D
à criação do parlamentarismo e à implantação da indústria de base no país.
E
à adoção do voto censitário e à qualificação dos ex-escravos para a indústria.
4bfaeb15-8f
UNICAMP 2021 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A casa de morar nas fazendas ou o palacete foram em geral construídos a partir de 1870. Representavam o poderio econômico e político do proprietário, assim como o gênero da pintura de paisagem que, segundo o historiador Rafael Marquese, foi mobilizado pela classe senhorial do Vale do Paraíba como uma resposta direta à crise da escravidão negra no Império do Brasil.
(Adaptado de Ana Luiza Martins, “Representações da economia cafeeira: dos barões aos ‘Reis do café’, em Wilma Peres Costa e Ana Betraiz Demarchi Barel (orgs.), Cultura e Poder entre o Império e a República. São Paulo: Alameda, 2018, p. 195.)

A partir do texto acima, é correto afirmar:

A
Os senhores do café incrementaram um sistema de produção cafeeiro moderno que atendia o mercado internacional. Desde a instalação da corte joanina no Brasil, eles investiram nas formas de morar como capital simbólico.
B
Na crise capitalista da década de 1870, os produtores de café no Brasil alavancaram o tráfico de escravizados vindos de África e investiram na riqueza simbólica de suas propriedades.
C
No Segundo Reinado, com a intensa crise na obtenção de escravizados para as plantações de café e a acirrada disputa na definição das políticas migratórias, os cafeicultores redefiniram seu capital simbólico.
D
O investimento nas casas de fazenda e na pintura de paisagem reafirmava a importância social da classe senhorial. Era uma reação política contra a reforma agrária estabelecida na Lei de Terras de 1850.
dedf3c17-7b
USP 2021 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A Cabanagem foi uma revolta social ocorrida no norte do Brasil entre 1835 e 1840 e se insere em um contexto frequentemente chamado de "Período Regencial". Trata-se de uma revolta que, junto a outras do mesmo período, tipifica

A
o impacto, no Brasil, de conflitos de fronteira com os países hispânicos recém-formados na América.
B
a expansão de interesses imperialistas franceses e alemães em meio à geopolítica da Segunda Revolução Industrial.
C
a capacidade negociadora das elites imperiais em evitar que questões regionais desembocassem em conflitos armados.
D
a persistência, no contexto nacional brasileiro, de disputas entre jesuítas e governantes em torno da exploração do trabalho escravo.
E
o caráter violento e socialmente excludente do processo de formação do Estado nacional brasileiro.
67d181cf-7c
ENEM 2020 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Nas cidades, os agentes sociais que se rebelavam contra o arbítrio do governo também eram proprietários de escravos. Levavam seu protesto às autoridades policiais pelo recrutamento sem permissão. Conseguimos levantar, em ocorrências policiais de 1867, na Província do Rio de Janeiro, 140 casos de escravos aprisionados e remetidos à Corte para serem enviados aos campos de batalha.


SOUSA, J. P. Escravidão ou morte: os escravos brasileiros na Guerra do Paraguai.

Rio de Janeiro: Mauad; Adesa, 1996.


Desconstruindo o mito dos “voluntários da pátria”, o texto destaca o descontentamento com a mobilização para a Guerra do Paraguai expresso pelo grupo dos

A
pais, pela separação forçada dos filhos.
B
cativos, pelo envio compulsório ao conflito.
C
religiosos, pela diminuição da frequência aos cultos.
D
oficiais, pelo despreparo militar dos novos recrutas.
E
senhores, pela perda do investimento em mão de obra.
6210817f-76
UNIVESP 2017 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Leia o fragmento para responder à questão.


“O dilema racial brasileiro, na forma em que ele se manifesta na cidade de São Paulo, lança suas raízes em fenômenos de estratificação social. (...) O sistema de castas foi abolido legalmente [com a Abolição da Escravidão]. Na prática, porém, a população negra e mulata (...) em vez de ser projetada, em massa, nas classes sociais (...), viu-se incorporada à ‘plebe’, como se devesse converter-se numa camada social dependente e tivesse de compartilhar de uma ‘situação de casta’ disfarçada. ”

(FERNANDES, F. A persistência do passado. In: FERNANDES, F. O negro no mundo dos brancos. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1972, pp. 84-85. Adaptado.)


De acordo com a abordagem do dilema racial na sociedade brasileira após a Abolição da Escravidão, presente no fragmento, pode-se afirmar corretamente que

A
para que fosse aceita socialmente, a população negra e mulata teve que aderir a uma situação de casta “disfarçada”, por meio da qual ascendeu socialmente.
B
após a Abolição da Escravidão, a população negra e mulata escolheu continuar vivendo no sistema de castas.
C
a Abolição da Escravidão não promoveu a integração completa da população negra e mulata ao sistema de classes sociais.
D
com a Abolição da Escravidão, foram também abolidos o sistema de “castas disfarçadas” e as distinções entre classes sociais.
E
o sistema de castas “disfarçadas” foi vantajoso para a população negra e mulata que, assim, deixou de ser considerada como parte da “plebe”.
61d20965-76
UNIVESP 2017 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Leia o texto para responder à questão.

“O governo imperial [...] esmagou a nossa principal indústria, vexando-a ainda mais. [...] Repetidas reclamações de nossa parte sobre este assunto foram constantemente desprezadas pelo governo imperial [...]. Um só recurso nos restava, um único meio se oferecia à nossa salvação; e este recurso e este meio único era a nossa independência política e o sistema republicano [...].”
Manifesto dos Farrapos, Piratini, 1838. In: PESSOA, R.C. A ideia republicana no Brasil através dos documentos. São Paulo: Alfa-Ômega, 1973. pp.21-31.

A Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, no Rio Grande do Sul, foi a mais longa rebelião do Brasil Império, estendendo-se de 1835 a 1845.
Entre as causas da insatisfação dos rebeldes, estava

A
o movimento migratório promovido pelo governo imperial, que deslocou contingentes de população do Norte e do Nordeste para o Rio Grande do Sul e para Santa Catarina.
B
a expropriação das fazendas de algodão para fins de reforma agrária, atendendo à demanda dos imigrantes europeus recém-chegados à região.
C
o projeto republicano defendido por políticos do Sudeste e contestado pelos gaúchos, beneficiados pelas políticas imperiais.
D
o aumento dos impostos sobre o gado, a terra e o sal, que afetou os negócios dos pecuaristas gaúchos.
E
a manutenção da escravidão no Brasil, considerada um obstáculo ao desenvolvimento da indústria no Sul do país.
403b0569-6a
URCA 2021 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

O Cólera estava na ordem do dia do Brasil de meados de 1800. Tendo em vista a profusão de relatos sobre seus dramáticos feitos na Europa e na Ásia, o desembarque dessa peste em terras brasileiras foi seguido de uma forte apreensão por parte das autoridades públicas, médicos e população em geral, a mais vitimada na ocasião. (ALEXANDRE, Jucieldo Ferreira. Quando o “anjo do extermínio” se aproxima de nós: representações sobre o cólera no semanário cratense O Araripe (1855-1864) p.128- Dissertação de mestrado apresentado ao programa de Pós-graduação em História da Universidade Federal de João Pessoa – UFPB, 2010).


Sobre a epidemia de Cólera na região do Cariri cearense é errôneo afirmar:

A
O cólera é uma doença infectocontagiosa, causada pela ingestão de água e alimentos contaminados pela bactéria Víbrio Cholerae.
B
Apesar de grande estardalhaço nos jornais, no ambiente médico e até mesmo na população, o cólera não vitimou muitas pessoas.
C
Na região do Cariri o principal meio midiático de notícia sobre o cólera, foi o jornal o Araripe.
D
Os principais sintomas da doença eram diarreia e vômitos, causando desidratação em suas vítimas, queda de pressão e em muitos casos a morte.
E
O cólera teria sua origem na Índia, por isso ficou conhecida por várias expressões como: filho de Ganges, mal indiano, cólera asiático.
fb1a4f64-6b
ENEM 2020 - História - Brasil Monárquico – Primeiro Reinado 1822- 1831, História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Depois da Independência, em 1822, o país enfrentaria problemas que com frequência emergiram durante a formação dos Estados nacionais da América Latina. Em muitas regiões do Brasil, essas divergências foram acompanhadas de revoltas, inclusive contra o imperador D. Pedro I. Com a abdicação deste, em 1831, o país atravessaria tempos ainda mais turbulentos sob o regime regencial.


REIS, J. J. Rebelião escrava no Brasil: a história do Levante dos Malês em 1835. São Paulo: Cia. das Letras, 2003 (adaptado).


A instabilidade política no país, ao longo dos períodos mencionados, foi decorrente da(s)

A
disputas entre as tendências unitarista e federalista.
B
tensão entre as forças do Exército e Marinha nacional.
C
dinâmicas demográficas nas fronteiras amazônica e platina.
D
extensão do direito de voto aos estrangeiros e ex-escravos.
E
reivindicações da ex-metrópole nas esferas comercial e diplomática.
fa851af2-6b
ENEM 2020 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Lei n. 3 353, de 13 de maio de 1888


   A Princesa Imperial Regente, em nome de Sua Majestade o Imperador, o Senhor D. Pedro II, faz saber a todos os súditos do Império que a Assembleia-Geral decretou e ela sancionou a lei seguinte:


   Art. 1º: É declarada extinta desde a data desta lei a escravidão no Brasil.


   Art. 2º: Revogam-se as disposições em contrário. 


   Manda, portanto, a todas as autoridades, a quem o conhecimento e execução da referida lei pertencer, que a cumpram, e façam cumprir e guardar tão inteiramente como nela se contém. 


   Dada no Palácio do Rio de Janeiro, em 13 de maio de 1888, 67º ano da Independência e do Império.


    Princesa Imperial Regente.


Disponível em: www.planalto.gov.br. Acesso em: 6 fev. 2015 (adaptado). 


Um dos fatores que levou à promulgação da lei apresentada foi o(a)

A
abandono de propostas de imigração. 
B
fracasso do trabalho compulsório.
C
manifestação do altruísmo britânico.
D
afirmação da benevolência da Corte.
E
persistência da campanha abolicionista.
6d7362b9-ff
UECE 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Durante o segundo reinado, havia, no Brasil, cerca de 20 mil pessoas que podiam ser eleitores e escolher deputados e senadores (0,4% da população), eles eram homens, católicos e com renda anual superior a 200 mil-réis. Havia ainda no Brasil 2,2 milhões de mulheres livres, 1,8 milhão de homens livres pobres, algo em torno de 1,7 milhão de escravos e escravas e outro grande número de pessoas sem acesso ao voto (praças, estrangeiros, religiosos em regime de clausura, mendigos e não católicos em geral).

Fonte: Brasil 500 anos. IstoÉ, p.72. Estabilização no Império.


Considerando esse aspecto da política brasileira, durante o império, explícito nos dados citados, é correto afirmar que




A
havia uma representação proporcional dos variados grupos sociais na política e no poder durante a monarquia no Brasil, daí poder-se dizer que se tratava de um sistema democrático.
B
se estabelecia uma participação política de caráter censitário, ou seja, usava-se um critério, o do rendimento anual, para restringir o direito a votar e a ser votado.
C
apenas o homem, com qualquer renda, poderia ser candidato nas eleições durante a monarquia; a exclusão das mulheres era fator comum a todas as nações do mundo.
D
a restrição do direito ao voto aos estrangeiros, praças, mendigos e analfabetos que havia no império tem sido mantida até hoje no Brasil.
c7d9e285-fd
ENCCEJA 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

No Brasil, até o final do século XIX, a forma de organização descrita no texto expressava a

    Pequeno ou grande, estável ou de vida precária, em qualquer região em que existisse a escravidão, lá se encontrava o quilombo como elemento de desgaste do regime servil. O fenômeno não era circunscrito a determinada área geográfica, ele aparecia onde quer que a escravidão surgisse.

MOURA, C. Rebeliões da senzala. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988 (adaptado).

A
superação dos conflitos étnicos.
B
valorização dos processos de alforria.
C
resistência à condição de cativo.
D
oposição aos privilégios aristocráticos.
1cdb776f-ff
UEMG 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Foi uma lei que não passou de uma manobra política para acalmar as forças dos abolicionistas. Criada em 1871, libertava os bebês nascidos dos escravos brasileiros, mas, na prática, fez com que eles ficassem na escravidão até os 21 anos. A lei abolicionista a qual estamos nos referindo é a:

A
Lei Áurea.
B
Lei dos Sexagenários.
C
Lei do Ventre Livre.
D
Lei Eusébio de Queirós.
a563660d-00
UEMG 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Em 1831, a abdicação de D. Pedro I ao trono significou uma vitória das forças descentralizadoras, e houve o que se convencionou chamar de “experiência republicana”, tendo em vista a eleição direta de regentes, uma espécie de presidente da época, como foi o caso de Diogo de Feijó. No entanto, a abdicação não diminuiu o ímpeto separatista. Ao contrário, o período que se estendeu até 1848 foi caracterizado pelo avanço desse segmento. A elite imperial não só ordenou o massacre dos rebeldes das províncias como, também, procurou criar instituições que viabilizassem o projeto monárquico. Os intelectuais vinculados a esse projeto investiram, por sua vez, no combate aos movimentos separatistas, mostrando que os brasileiros constituíram uma nacionalidade com características próprias.

(DEL PRIORE, M.; VENÂNCIO, R. Uma breve história do Brasil. SP: Planeta do Brasil, 2010. p. 172. Adaptado.)


No contexto político, que se seguiu à abdicação de D. Pedro I (1831), verifica-se que as elites políticas brasileiras buscaram

A
conciliar seus interesses às demandas dos líderes provinciais, valorizando os movimentos separatistas e fortalecendo os poderes das elites locais.
B
controlar os ânimos políticos e aceitar a centralização do poder no Rio de Janeiro, evitando os questionamentos apresentados pelas elites provinciais.
C
desvalorizar o projeto político centralista, dando grande importância às propostas de caráter federalista, que serviram de sustentação à maioria das revoltas da época.
D
organizar-se em torno de posições políticas diferentes, uma que defendia o unitarismo monárquico e, a outra favorável à autonomia política que fortaleceria as elites locais.
3726afe4-ff
UEMG 2019 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

O Juramento da Regência Trina Permanente (Estudo), s.d.


A solução política encontrada pela elite imperial, após a abdicação de D. Pedro I em 1831, teve como resultado a

A
defesa da autonomia das províncias, para evitar a fragmentação e garantir a unidade territorial.
B
disputa entre centralizadores e descentralizadores, e problemas para manter a ordem social.
C
dissolução do Senado e das Assembleias Legislativas com o fim das atividades parlamentares.
D
rejeição à monarquia constitucional e à aclamação de Pedro II para consolidar a independência.
c02cadae-fd
ENCCEJA 2018 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

A forma como ocorreu a abolição da escravidão no Brasil está relacionada à histórica desigualdade de acesso à educação entre brancos e negros no país. Tal relação se deu porque o(a)

TEXTO I

    No Brasil, com o fim da escravidão, nada foi oferecido aos libertos além da liberdade — nem escolas, nem terras e muito menos direitos civis.

PAMPLONA, M. A. Direitos suados e lembrados. Revista de História da Biblioteca Nacional,

n. 66, mar. 2011 (adaptado).


TEXTO II

    A taxa de analfabetismo das pessoas de 15 anos ou mais de idade era de 13,3% para pretos em 2009, de 13,4% para pardos e de 5,9% para brancos.

Disponível em: http://educacao.uol.com.br. Acesso em: 26 abr. 2011.

A
ex-escravo passou a exercer trabalhos que não exigiam formação técnica e escolar.
B
abolição não foi acompanhada das reformas necessárias para a inclusão social dos libertos e seus descendentes.
C
saída das fazendas retirou dos ex-escravos a possibilidade de frequentar escolas.
D
fim da escravidão causou a diminuição dos recursos econômicos até então disponíveis para a educação pública.
4baaec66-fe
ENCCEJA 2018 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889


    Desde os primeiros dias da República, os autores de livros didáticos para os cursos primário e secundário, obedecendo a critérios definidos pelas autoridades de governo na área da educação, passaram a estampar o retrato de D. Pedro II com as longas barbas e o aspecto cansado dos seus últimos anos de vida para associar à Monarquia a imagem de velhice e coisa antiga.

SILVA, P. N. N. Monarquia: verdades e mentiras. São Paulo: GRD, 1994 (adaptado).


De acordo com o texto, o uso que se fez da imagem de D. Pedro II tinha o objetivo de

A
valorizar uma tradição nacional.
B
denunciar um costume aristocrático.
C
promover um estilo artístico.
D
desqualificar um regime político.