Questão c7d9e285-fd
Prova:ENCCEJA 2019
Disciplina:História
Assunto:História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

No Brasil, até o final do século XIX, a forma de organização descrita no texto expressava a

    Pequeno ou grande, estável ou de vida precária, em qualquer região em que existisse a escravidão, lá se encontrava o quilombo como elemento de desgaste do regime servil. O fenômeno não era circunscrito a determinada área geográfica, ele aparecia onde quer que a escravidão surgisse.

MOURA, C. Rebeliões da senzala. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988 (adaptado).

A
superação dos conflitos étnicos.
B
valorização dos processos de alforria.
C
resistência à condição de cativo.
D
oposição aos privilégios aristocráticos.

Gabarito comentado

G
Gabrielle FrancoMonitor do Qconcursos

Resposta: Alternativa Cresistência à condição de cativo

Tema central: o texto trata dos quilombos como expressão da resistência dos escravizados contra o regime servil no Brasil. É essencial relacionar termos como “escravidão”, “desgaste do regime servil” e “aparecia onde quer que a escravidão surgisse” à ideia de luta e fuga.

Resumo teórico: Quilombos eram comunidades formadas por pessoas fugidas da escravidão (e frequentemente por indígenas e pobres livres). Funcionavam como formas de resistência cotidiana e aberta: fuga, formação de comunidades autônomas, ataques a Senzalas e rotas de fuga. Exemplos clássicos: o Quilombo dos Palmares (séculos XVII–XVIII) e numerosos pequenos quilombos em várias regiões.

Fontes-chave: MOURA, Clóvis. Rebeliões da senzala (1988) — já citado no enunciado — e estudos de João José Reis sobre resistência escrava; contextualize também com a abolição formal (Lei Áurea, 13/05/1888) para datas e encadeamento histórico.

Por que a alternativa C é correta: o trecho define o quilombo como “elemento de desgaste do regime servil” e afirma sua presença onde houver escravidão — isto aponta diretamente para ações que objetivavam interromper/evadir a condição de cativo. Quilombos não eram apenas espaços sociais, mas instrumentos de resistência contra a escravidão.

Análise das alternativas incorretas:

A — superação dos conflitos étnicos: incorreta. Quilombos surgiam por oposição à opressão, não a eliminação de conflitos étnicos; muitas vezes preservavam identidades africanas.

B — valorização dos processos de alforria: incorreta. A alforria (manumissão) era uma via legal de libertação; quilombos surgiam quando essa via era insuficiente/negada, sendo formas extra-legais de liberdade, não uma política de valorização da alforria.

D — oposição aos privilégios aristocráticos: parcialmente plausível, mas imprecisa. Embora quilombos antagonizassem interesses de senhores, seu objetivo central não era combater privilégios aristocráticos em sentido amplo, e sim garantir liberdade e autonomia frente à escravidão.

Dica de prova: foque nas palavras-chave do enunciado (ex.: “desgaste do regime servil”, “onde quer que a escravidão surgisse”). Elas indicam resistência sistêmica; elimine alternativas que tratem de consequências laterais ou de caráter administrativo (alforria) quando o enunciado enfatiza oposição ao regime.

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