No Brasil, até o final do século XIX, a forma de
organização descrita no texto expressava a
Pequeno ou grande, estável ou de vida
precária, em qualquer região em que existisse
a escravidão, lá se encontrava o quilombo
como elemento de desgaste do regime servil.
O fenômeno não era circunscrito a determinada
área geográfica, ele aparecia onde quer que a
escravidão surgisse.
MOURA, C. Rebeliões da senzala. Porto Alegre:
Mercado Aberto, 1988 (adaptado).
Pequeno ou grande, estável ou de vida precária, em qualquer região em que existisse a escravidão, lá se encontrava o quilombo como elemento de desgaste do regime servil. O fenômeno não era circunscrito a determinada área geográfica, ele aparecia onde quer que a escravidão surgisse.
MOURA, C. Rebeliões da senzala. Porto Alegre: Mercado Aberto, 1988 (adaptado).
Gabarito comentado
Resposta: Alternativa C — resistência à condição de cativo
Tema central: o texto trata dos quilombos como expressão da resistência dos escravizados contra o regime servil no Brasil. É essencial relacionar termos como “escravidão”, “desgaste do regime servil” e “aparecia onde quer que a escravidão surgisse” à ideia de luta e fuga.
Resumo teórico: Quilombos eram comunidades formadas por pessoas fugidas da escravidão (e frequentemente por indígenas e pobres livres). Funcionavam como formas de resistência cotidiana e aberta: fuga, formação de comunidades autônomas, ataques a Senzalas e rotas de fuga. Exemplos clássicos: o Quilombo dos Palmares (séculos XVII–XVIII) e numerosos pequenos quilombos em várias regiões.
Fontes-chave: MOURA, Clóvis. Rebeliões da senzala (1988) — já citado no enunciado — e estudos de João José Reis sobre resistência escrava; contextualize também com a abolição formal (Lei Áurea, 13/05/1888) para datas e encadeamento histórico.
Por que a alternativa C é correta: o trecho define o quilombo como “elemento de desgaste do regime servil” e afirma sua presença onde houver escravidão — isto aponta diretamente para ações que objetivavam interromper/evadir a condição de cativo. Quilombos não eram apenas espaços sociais, mas instrumentos de resistência contra a escravidão.
Análise das alternativas incorretas:
A — superação dos conflitos étnicos: incorreta. Quilombos surgiam por oposição à opressão, não a eliminação de conflitos étnicos; muitas vezes preservavam identidades africanas.
B — valorização dos processos de alforria: incorreta. A alforria (manumissão) era uma via legal de libertação; quilombos surgiam quando essa via era insuficiente/negada, sendo formas extra-legais de liberdade, não uma política de valorização da alforria.
D — oposição aos privilégios aristocráticos: parcialmente plausível, mas imprecisa. Embora quilombos antagonizassem interesses de senhores, seu objetivo central não era combater privilégios aristocráticos em sentido amplo, e sim garantir liberdade e autonomia frente à escravidão.
Dica de prova: foque nas palavras-chave do enunciado (ex.: “desgaste do regime servil”, “onde quer que a escravidão surgisse”). Elas indicam resistência sistêmica; elimine alternativas que tratem de consequências laterais ou de caráter administrativo (alforria) quando o enunciado enfatiza oposição ao regime.
Gostou do comentário? Deixe sua avaliação aqui embaixo!





