Questõesde INSPER sobre Interpretação de Textos

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Foram encontradas 123 questões
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INSPER 2017 - Português - Interpretação de Textos

A leitura comparativa dos textos permite concluir que os dois tratam do tema

                                                  Texto 1


      O jornal britânico The Guardian publicou nesta quarta-feira [19.07.2017] um longo artigo sobre a situação econômica do Brasil.

      O texto começa contando a história de Miriam Gomes, que às 5 da manhã se dirigia a um projeto social que ela coordena em Cidade Nova, no Rio de Janeiro, onde a fila para receber uma cesta básica semanal já tem mais de cem metros de comprimento. Alguns haviam dormido na rua – aqueles do crescente exército de pessoas sem-teto do Rio, ou que viviam muito longe para chegar lá às 6:30 da manhã, quando poderiam começar a pegar uma bolsa de vegetais, frutas, arroz, feijão, macarrão, leite e biscoitos, e um pouco de chocolate.

      Estas são algumas das vítimas de um problema que só piora em um país, uma vez louvado pela redução da pobreza, mas onde o número de pobres está subindo novamente, destaca o Guardian. O Brasil caiu em sua pior recessão por décadas, com 14 milhões de pessoas desempregadas, acrescenta.

                                                (http://www.jb.com.br. 19.07.2017. Adaptado)


                                               Texto 2


      No mês passado, 20 instituições da sociedade civil apresentaram o relatório Luz da Agenda 2030 de Desenvolvimento Sustentável. O documento analisa o desempenho do Brasil para o cumprimento dos 17 objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas (ONU), mas trouxe alerta sobre o risco de o país voltar a constar no próximo Mapa da Fome. Esse levantamento – feito pela instituição da ONU que lida com a agricultura e a alimentação, a FAO – indica em quais nações mais de 5% da população ingerem diariamente menos calorias que o recomendado.

      Só em 2014, o Brasil desapareceu do Mapa da Fome. Pela primeira vez, 3% dos brasileiros tinham que lidar com a falta de condições para satisfazer a necessidade vital por comida, e, assim, o mapa do país deixou de ganhar, no levantamento da FAO, a cor avermelhada.

                       (http://www.correiobraziliense.com.br. 09.08.2017. Adaptado)

A
da economia, mostrando que a recessão econômica tem mantido 3% da população sem condições de saciar sua necessidade vital por comida.
B
da fome, ressaltando um possível retrocesso nas condições de pobreza no país, decorrente da situação econômica do Brasil.
C
da redução da pobreza, enfatizando que, mesmo diante de um cenário de desemprego negativo, a maior parte da população não passa fome.
D
do desemprego, explicitando a relação entre este e a fome, cenário sombrio que há décadas inclui o Brasil no Mapa da Fome da ONU.
E
das mazelas do Rio de Janeiro, criticando o aumento de pessoas sem-teto na cidade e, consequentemente, a inserção do Brasil no Mapa da Fome.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

Leia o texto.


A entrevista com a jornalista Joyce Ribeiro, apresentadora do Jornal da Cultura, trouxe mais uma vez ao blog um tipo bem conhecido de leitor. É aquele que não suporta determinadas discussões e berra: “Chega de mimimi!” O termo, popularizado inicialmente no desenho animado adulto Fudêncio e seus Amigos, exibido pela MTV entre 2005 e 2011, se popularizou na internet de uma forma deturpada. Não é mais um protesto contra quem reclama em excesso, mas uma forma de impedir debates de temas polêmicos. O racismo, por exemplo.

A entrevista com Joyce tratou deste tema, por motivos óbvios. A apresentadora milita contra o racismo e luta por mais oportunidades para negros em todas as áreas. Ela não reclamou de nada durante a conversa comigo. Apenas lembrou que há enorme desigualdade no país.

“Mimimi”, apontaram vários leitores. “Mais uma vez o mimimi que o negro é discriminado”, protestou outro. “Chega de mimimi. Já cansou”, disse mais de um.

Não há nada parecido com lamúria, choro ou ladainha na entrevista de Joyce Ribeiro. Lendo estes comentários, fica claro que eles expressam muito mais uma vontade de não querer conversar ou debater do que, de fato, um incômodo com a reclamação.


(https://mauriciostycer.blogosfera.uol.com.br. Adaptado)


De acordo com o texto, nas redes sociais, o emprego do termo “mimimi” é uma estratégia discursiva empregada para

A
dificultar que questões polêmicas sejam postas em discussão, retirando-se, assim, o direito à voz de quem pretende expressar-se.
B
recuperar o espaço mal controlado no meio virtual, destinando-o para a discussão de temas relevantes de ordem geral das pessoas.
C
ironizar aquelas pessoas que gastam o seu tempo no meio virtual para ficar reclamando com choros e lamúrias sobre seus próprios dilemas.
D
controlar quem diz e o que diz nesses espaços, evitando, dessa forma, que haja reclamação em excesso por parte das pessoas.
E
permitir que se instaure um debate mais democrático e produtivo nesses espaços, evitando comentários que sejam improdutivos e polêmicos.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

Analise a capa da revista Época, de 13.11.2017.




As informações verbais e não verbais presentes na capa permitem concluir que

A
a modernização das leis trabalhistas é responsável pelo recrudescimento dos postos de trabalho no Brasil.
B
o congelamento dos postos de trabalho compromete o bem-estar social, porém aquece a economia brasileira.
C
a oferta de novos postos de trabalho mostra que os empregadores brasileiros estão na vanguarda da economia.
D
os empregadores têm se mostrado hesitantes em preencher postos de trabalho no Brasil.
E
o aumento da oferta de postos de trabalho com carteira assinada traz segurança para os brasileiros.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

Leia o poema de João Cabral de Melo Neto.


         A Educação pela Pedra


Uma educação pela pedra: por lições;

para aprender da pedra, frequentá-la;

captar sua voz inenfática, impessoal

(pela dicção ela começa as aulas).

A lição de moral, sua resistência fria

ao que flui e a fluir, a ser maleada;

a de poética, sua carnadura concreta;

a de economia, seu adensar-se compacta:

lições de pedra (de fora para dentro,

cartilha muda), para quem soletrá-la.


Outra educação pela pedra: no Sertão

(de dentro para fora, e pré-didática).

No Sertão a pedra não sabe lecionar,

e se lecionasse, não ensinaria nada;

lá não se aprende a pedra: lá a pedra,

uma pedra de nascença, entranha a alma.


(João Cabral de Melo Neto, Poesias Completas)


Massaud Moisés, em A literatura brasileira através dos textos (2004), afirma que há na poesia de João Cabral de Melo Neto uma ideia geral de despoetização do poema. Essa afirmação se justifica com o poema lido na medida em que nele se identifica

A
o exercício lúdico com as palavras, tal como expresso no verso “(de dentro para fora, e pré-didática)”.
B
a visão idílica do mundo, tal como expresso no verso “No Sertão a pedra não sabe lecionar”.
C
a contenção sentimental, tal como expresso no verso “captar sua voz inenfática, impessoal.”
D
a contestação do fazer poético, tal como expresso no verso “a de poética, sua carnadura concreta”.
E
a representação poética pelo viés do espiritualismo, tal como expresso no verso “uma pedra de nascença, entranha a alma”.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

Leia os fragmentos de entrevista realizada com pais de crianças que participaram do trabalho da professora Eglê Franchi, relatado no livro de sua autoria A redação na escola (1984).

“A sinhora como que bateu nas costas dela, feiz ela sortá as palavra não só da boca, mas na mão tamém.” (Mãe da Clarice)
“Essa língua que nóis fala num é assim errada, nóis num precisa tê vergonha dela.” (Mãe da Evanil)
“Esse jeito de ponhá grandeza na fala da criança levô ela longe.” (Mãe da Eliane)

Analisando as falas das mães, identifica-se como marca recorrente da variedade linguística que utilizam

A
a referência pronominal sem identificação do referente.
B
a discordância entre os sujeitos de oração e os verbos.
C
a substituição da conjunção “nem” pela forma “num”.
D
a forma erudita de alguns vocábulos, como “ponhá”.
E
a alteração no plano fônico das palavras, como “feiz”.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

No início da Gramática Pedagógica, seu autor, Marcos Bagno, cita alguns pressupostos que a fundamentam. Entre eles, o fato de que ela “é pedagógica, porque foi pensada para colaborar com a formação docente que, no Brasil, é reconhecidamente falha e precária. Nossos cursos de Letras (a começar pelo nome) se vinculam a um ideário cultural obsoleto, enraizado na sociedade burguesa do século XIX. Por isso, eles deixam de oferecer aos estudantes uma série de conhecimentos fundamentais enquanto, por outro lado, desperdiçam tempo com a transmissão de conteúdos irrelevantes para quem vai exercer a profissão docente. Basta perguntar a professoras e professores na ativa ou em formação se sabem, por exemplo, o que é gramaticalização ou se ao menos já ouviram falar disso.” (Marcos Bagno, Gramática Pedagógica do Português Brasileiro, 2011).

Com as informações apresentadas, o autor tem o propósito de

A
criticar a transmissão de conteúdos irrelevantes por parte de muitos professores da área de Letras, ainda que tenham uma formação irreparável.
B
justificar que se trata de uma obra destinada a complementar a formação de estudantes de Letras e de graduados na área, já no exercício da docência.
C
ironizar a formação dos docentes que não conseguem transmitir conteúdos irrelevantes nem discutir o que seja o conceito de gramaticalização.
D
corrigir eventuais falhas na formação dos alunos de Letras que, na maioria das vezes, apartam-se dos valores da sociedade burguesa tradicional.
E
fomentar a discussão em relação ao ideário cultural obsoleto presente na sociedade, mas necessário para a formação dos docentes em Letras.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Considere as passagens:


•  Não podiam eles, a princípio, conter o riso diante daquela figura de recruta alheio às praxes militares... (2o parágrafo);

•  Nunca, durante esse primeiro ano de aprendizagem, merecera a pena de um castigo disciplinar... (3o parágrafo).


Analisando as passagens, conclui-se que elas remetem, correta e respectivamente, aos sentidos:

Leia o texto para responder a questão.


    A disciplina militar, com todos os seus excessos, não se comparava ao penoso trabalho da fazenda, ao regímen terrível do tronco e do chicote. Havia muita diferença... Ali ao menos, na fortaleza, ele tinha sua maca, seu travesseiro, sua roupa limpa, e comia bem, a fartar, como qualquer pessoa, hoje boa carne cozida, amanhã suculenta feijoada, e, às sextas-feiras, um bacalhauzinho com pimenta e “sangue de Cristo”... Para que vida melhor? Depois, a liberdade, minha gente, só a liberdade valia por tudo! Ali não se olhava a cor ou a raça do marinheiro: todos eram iguais, tinham as mesmas regalias – o mesmo serviço, a mesma folga. – “E quando a gente se faz estimar pelos superiores, quando não se tem inimigos, então é um viver abençoado esse: ninguém pensa no dia d’amanhã!”

    Amaro soube ganhar logo a afeição dos oficiais. Não podiam eles, a princípio, conter o riso diante daquela figura de recruta alheio às praxes militares, rude como um selvagem, provocando a cada passo gargalhadas irresistíveis com seus modos ingênuos de tabaréu; mas, no fim de alguns meses, todos eram de parecer que “o negro dava para gente”. Amaro já sabia manejar uma espingarda segundo as regras do ofício, e não era lá nenhum botocudo em artilharia; criara fama de “patesca”.

    Nunca, durante esse primeiro ano de aprendizagem, merecera a pena de um castigo disciplinar: seu caráter era tão meigo que os próprios oficiais começaram a tratá-lo por Bom-Crioulo.


(Adolfo Caminha, Bom-Crioulo)


Vocabulário:

Tabaréu: soldado inexperiente, ingênuo

•  Botocudo: rude, de modos simples

•  Patesca: marinheiro que vive à bordo, é eficiente e tem grande amor à profissão

A
Amaro desconhecia a rotina da vida militar; não se atribuiu nenhuma sanção a Amaro.
B
Amaro não tinha paciência com os costumes militares; o sofrimento era comum a Amaro.
C
Amaro era indiferente às tarefas militares; o castigo a Amaro era frequente.
D
Amaro se confundia com os exercícios militares; nenhuma condenação foi atribuída a Amaro.
E
Amaro era impertinente no cotidiano militar; a compaixão a Amaro cancelava seus castigos.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

Nos versos em que aparece, a frase “– Eh, carvoero!” denota uso

Leia o poema para responder a questão.

Meninos carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
[dobrando-se com um gemido.)

– Eh, carvoero!

Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! –

Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos [desamparados!

(Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira, 1993)

Vocabulário:
Relho: chicote
Aniagem: tecido grosseiro usado na confecção de sacos e fardos
Encarapitados: postos no alto
Alimárias: bestas de carga
A
de linguagem popular, marcando a relação assimétrica de condição social entre o eu lírico e os meninos.
B
da língua com sobriedade, marcando o distanciamento do eu lírico e da velhinha em relação aos meninos.
C
de variedade linguística comum à infância, marcando a fala entusiasmada dos meninos carvoeiros.
D
de linguagem formal, marcando o afastamento intencional do eu lírico em relação à velhinha e os meninos.
E
de coloquialismo, marcando a interação social e linguística entre o eu lírico, a velhinha e os meninos.
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Ao analisar a condição de Amaro, o narrador destaca

Leia o texto para responder a questão.


    A disciplina militar, com todos os seus excessos, não se comparava ao penoso trabalho da fazenda, ao regímen terrível do tronco e do chicote. Havia muita diferença... Ali ao menos, na fortaleza, ele tinha sua maca, seu travesseiro, sua roupa limpa, e comia bem, a fartar, como qualquer pessoa, hoje boa carne cozida, amanhã suculenta feijoada, e, às sextas-feiras, um bacalhauzinho com pimenta e “sangue de Cristo”... Para que vida melhor? Depois, a liberdade, minha gente, só a liberdade valia por tudo! Ali não se olhava a cor ou a raça do marinheiro: todos eram iguais, tinham as mesmas regalias – o mesmo serviço, a mesma folga. – “E quando a gente se faz estimar pelos superiores, quando não se tem inimigos, então é um viver abençoado esse: ninguém pensa no dia d’amanhã!”

    Amaro soube ganhar logo a afeição dos oficiais. Não podiam eles, a princípio, conter o riso diante daquela figura de recruta alheio às praxes militares, rude como um selvagem, provocando a cada passo gargalhadas irresistíveis com seus modos ingênuos de tabaréu; mas, no fim de alguns meses, todos eram de parecer que “o negro dava para gente”. Amaro já sabia manejar uma espingarda segundo as regras do ofício, e não era lá nenhum botocudo em artilharia; criara fama de “patesca”.

    Nunca, durante esse primeiro ano de aprendizagem, merecera a pena de um castigo disciplinar: seu caráter era tão meigo que os próprios oficiais começaram a tratá-lo por Bom-Crioulo.


(Adolfo Caminha, Bom-Crioulo)


Vocabulário:

Tabaréu: soldado inexperiente, ingênuo

•  Botocudo: rude, de modos simples

•  Patesca: marinheiro que vive à bordo, é eficiente e tem grande amor à profissão

A
seu caráter dissimulado, com atitudes que visam agradar aos seus superiores como forma de garantir uma vida confortável e, sobretudo, despertando a admiração, como mostra a frase “começaram a tratá-lo por Bom-Crioulo."
B
sua submissão, seja com o senhor da fazenda, seja com os oficiais, que, além de explorarem sua força de trabalho sem reconhecimento, ainda zombam dele, como se vê no trecho “Não podiam eles, a princípio, conter o riso diante daquela figura”.
C
sua condição anterior de escravo, por meio da qual se denuncia o regime opressivo da escravidão, cujo caráter discriminatório é possível de se ver nas considerações dos oficiais, quando afirmam que “o negro dava para gente”.
D
seu desinteresse pelas questões emergenciais do povo negro, uma vez que ele está mais preocupado com suas necessidades pessoais e imediatas, como comer e não ter preocupações, como afirma em “Para que vida melhor?”.
E
sua saudade da vida na fazenda, ainda que difícil, mas que representava a forma como o povo negro se impunha em relação à força opressora que o subjugava, como se vê na passagem “ao regímen terrível do tronco e do chicote.”
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Leia o texto.




(UOL, 08.04.2018)

Tanto a afirmação do médico da USP quanto a forma como o site veicula a informação têm como propósito

A
personificar a cidade de São Paulo para espalhar o medo na população.
B
mostrar que alguns problemas de saúde em São Paulo são de fácil controle.
C
criticar a falta de cuidado da população de São Paulo com sua saúde.
D
enaltecer a cidade de São Paulo pelo avanço no combate a doenças crônicas.
E
advertir a população de São Paulo de doenças que se generalizam.
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Analisando a fala de Jorlane Cabral, entende-se que, para ela, a permanência das pessoas na comunidade exige

Leia o texto para responder a questão.


    Em Santiago do Iguape, interior da Bahia, que se reconheceu quilombola há poucos anos, os jovens fazem questão de não deixar a herança dos antepassados esquecida. O grupo musical afro Bantos traz nas letras das músicas ensinamentos sobre a escravidão, a tradição oral e a importância de valorizar as origens. “A música foge da alma. Nenhum ser humano consegue viver sem a música, então essa foi a forma que nós encontramos de ligar as nossas raízes com a juventude que vem chegando agora, que tem poucos ensinamentos da nossa realidade”, conta o integrante do grupo, Givanildo Bispo.

    “Às vezes, se a gente parar para contar a história dos nossos ancestrais, das nossas raízes, as pessoas não querem nem ouvir. Mas acabam parando para ouvir uma boa música, e os jovens vão aprendendo quem foram os avós deles, os pais deles, de onde vieram, quem são”, destacou Bispo.

    Na Comunidade do Kaonge, também na Bahia, os jovens trocam muitas experiências com os mais velhos e não têm a menor vontade de deixar os hábitos e as tradições para trás. “Só em escutar as histórias dos nossos ancestrais é mais um motivo para a gente ficar na comunidade. Mas tem que ter resistência, dar continuidade, sempre vivenciar, acompanhando, participando de todos os núcleos de produções – forma de organização das comunidades da região em que todos participam de atividades produtivas como pesca, cultivo de plantas e produção de farinha –”, diz a jovem Jorlane Cabral de Jesus, de 28 anos.


(http://www.ebc.com.br. Adaptado)

A
oposição à cultura externa, desenvolvimento econômico e modernização.
B
subsistência da tradição das comunidades, interação e ações cooperativas.
C
resistência à tradição das comunidades, cooperação e vitalidade econômica.
D
fortalecimento das comunidades, imposição de suas culturas e apoio econômico.
E
opressão a outras culturas, fortalecimento na produção e criação de cooperativas.
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O texto deixa evidente que

Leia o texto para responder a questão.


    Em Santiago do Iguape, interior da Bahia, que se reconheceu quilombola há poucos anos, os jovens fazem questão de não deixar a herança dos antepassados esquecida. O grupo musical afro Bantos traz nas letras das músicas ensinamentos sobre a escravidão, a tradição oral e a importância de valorizar as origens. “A música foge da alma. Nenhum ser humano consegue viver sem a música, então essa foi a forma que nós encontramos de ligar as nossas raízes com a juventude que vem chegando agora, que tem poucos ensinamentos da nossa realidade”, conta o integrante do grupo, Givanildo Bispo.

    “Às vezes, se a gente parar para contar a história dos nossos ancestrais, das nossas raízes, as pessoas não querem nem ouvir. Mas acabam parando para ouvir uma boa música, e os jovens vão aprendendo quem foram os avós deles, os pais deles, de onde vieram, quem são”, destacou Bispo.

    Na Comunidade do Kaonge, também na Bahia, os jovens trocam muitas experiências com os mais velhos e não têm a menor vontade de deixar os hábitos e as tradições para trás. “Só em escutar as histórias dos nossos ancestrais é mais um motivo para a gente ficar na comunidade. Mas tem que ter resistência, dar continuidade, sempre vivenciar, acompanhando, participando de todos os núcleos de produções – forma de organização das comunidades da região em que todos participam de atividades produtivas como pesca, cultivo de plantas e produção de farinha –”, diz a jovem Jorlane Cabral de Jesus, de 28 anos.


(http://www.ebc.com.br. Adaptado)

A
a circulação da herança quilombola por meio da música busca influenciar os mais velhos, que têm mostrado vontade de deixar de lado os hábitos e as tradições.
B
a tradição oral e a música são usadas estrategicamente nas comunidades quilombolas na Bahia como forma de preservar-lhes a identidade e o patrimônio cultural.
C
as histórias dos ancestrais das comunidades quilombolas na Bahia têm despertado pouca atenção dos mais jovens, alheios à sua cultura e à identidade do seu povo.
D
as comunidades quilombolas na Bahia vivem o drama do esquecimento da herança de seus antepassados, pois as pessoas não se dispõem a ouvir sobre o assunto.
E
os quilombolas baianos estão deixando sua cultura de lado e, cada vez mais, a cultura externa tem influenciado e determinado seus hábitos e comportamentos.
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Um título coerente com as informações apresentadas no texto é:

Leia o texto para responder a questão.


    As redes sociais terão papel relevante no sentido de direcionar os temas em debate nas eleições, mas ainda é incerto se as plataformas digitais terão impacto a ponto de mudar o jogo eleitoral no Brasil. O risco de manipulação com notícias não factuais é um ponto importante, ainda mais em um país tão plugado em plataformas digitais, disseram Mirella Sampaio e Felipe Tâmega, economistas da Itaú Asset Management, em entrevista no escritório Bloomberg, na última quinta-feira.

    Estudo elaborado pela equipe de Tâmega e Mirella mostrou que 57% do eleitorado brasileiro tem acesso à internet e não apenas os jovens. Com isso, o desafio das fake news é muito grande, tanto para os candidatos quanto para o próprio Tribunal Superior Eleitoral. “E os eleitores não sabem onde buscar para saber se notícias são verdadeiras ou falsas”, segundo Mirella.

    “Brasileiro gosta de notícias, interage mais, compartilha com amigos. A impressão que nos dá, principalmente colocando WhatsApp na análise, é que o potencial para notícias falsas ou verdadeiras ecoarem mais fora das câmaras de ressonância parece maior no caso do Brasil”, disse Tâmega. O brasileiro está exposto a mais notícias e mais interações, mas, normalmente, com pessoas que pensam igual a eles, as chamadas câmaras de ressonância, disse Mirella.

    Para as eleições de outubro, será importante monitorar o quanto das informações vai vazar das chamadas câmaras de ressonância, onde estão determinados grupos polarizados, para influenciar o chamado eleitor do meio, o que está no centro do espectro político e segue muito indeciso em meio a um quadro fragmentado de candidatos.

    Economistas constataram ainda que pessoas extremistas têm mais interesse em política, considerando vários estudos analisados. Um dos estudos observados pelos economistas mostrou que as contas automatizadas motivam até 20% de debates em apoio a político no Twitter.


(https://tecnologia.uol.com.br. 12.04.2018. Adaptado)

A
Brasileiro ainda é tímido para discutir eleição nas redes sociais, mas adora fake news.
B
Brasileiro interage nas redes sociais, mas ainda não consegue identificar fake news.
C
Brasileiro promove a discussão eleitoral nas redes sociais, ignorando fake news.
D
Brasileiro deixa de discutir eleição nas redes sociais porque desconhece fake news.
E
Brasileiro espera mudar o jogo político com as redes sociais, usando as fake news.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética.

Identifica-se a função apelativa da linguagem em

Leia o poema para responder a questão.

Meninos carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
[dobrando-se com um gemido.)

– Eh, carvoero!

Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! –

Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos [desamparados!

(Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira, 1993)

Vocabulário:
Relho: chicote
Aniagem: tecido grosseiro usado na confecção de sacos e fardos
Encarapitados: postos no alto
Alimárias: bestas de carga
A
“Os burros são magrinhos e velhos.”, com o termo destacado expressando sentido de fragilidade física.
B
“vem uma velhinha que os recolhe”, com o termo destacado expressando sentido de acolhimento.
C
“Vão bem com estes burrinhos descadeirados.”, com o termo destacado expressando sentido de ironia.
D
“Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis!”, com o termo destacado expressando sentido de empatia.
E
Pequenina, ingênua miséria!”, com o termo destacado expressando sentido de limitação quantitativa.
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Analisando a organização textual-discursiva do poema, conclui-se corretamente que o seu foco está na

Leia o poema para responder a questão.

Meninos carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
[dobrando-se com um gemido.)

– Eh, carvoero!

Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! –

Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos [desamparados!

(Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira, 1993)

Vocabulário:
Relho: chicote
Aniagem: tecido grosseiro usado na confecção de sacos e fardos
Encarapitados: postos no alto
Alimárias: bestas de carga
A
temática da infância, que aparece em oposição à ideia de lúdico e alegria.
B
informalidade na voz do eu lírico, que atribui alegria às cenas descritas.
C
descrição de ações e seres, raramente empregando linguagem figurada.
D
flagrante liberdade criadora, com a métrica e as rimas regulares.
E
opção por uma métrica irregular contrariando os preceitos modernistas.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

No poema, o eu lírico retrata a infância pelo viés

Leia o poema para responder a questão.

Meninos carvoeiros

Os meninos carvoeiros
Passam a caminho da cidade.
– Eh, carvoero!
E vão tocando os animais com um relho enorme.

Os burros são magrinhos e velhos.
Cada um leva seis sacos de carvão de lenha.
A aniagem é toda remendada.
Os carvões caem. (Pela boca da noite vem uma velhinha que os recolhe,
[dobrando-se com um gemido.)

– Eh, carvoero!

Só mesmo estas crianças raquíticas
Vão bem com estes burrinhos descadeirados.
A madrugada ingênua parece feita para eles...
Pequenina, ingênua miséria!
Adoráveis carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis! –

Eh, carvoero!

Quando voltam, vêm mordendo num pão encarvoado,
Encarapitados nas alimárias
Apostando corrida,
Dançando, bamboleando nas cangalhas como espantalhos [desamparados!

(Manuel Bandeira, Estrela da vida inteira, 1993)

Vocabulário:
Relho: chicote
Aniagem: tecido grosseiro usado na confecção de sacos e fardos
Encarapitados: postos no alto
Alimárias: bestas de carga
A
da miséria e da ingênua visão do trabalho penoso, o que se pode comprovar, por exemplo, com as expressões “crianças raquíticas” e “carvoeirinhos que trabalhais como se brincásseis”.
B
da celebração da superação das condições aviltantes de vida, o que se pode comprovar, por exemplo, com as expressões “tocando os animais” e “madrugada ingênua”.
C
das recordações de experiências dolorosas, o que se pode comprovar, por exemplo, com as expressões “uma velhinha” e “ingênua miséria”.
D
de tênues ambiguidades, como sofrer e ser amigo, o que se pode comprovar, por exemplo, com as expressões “com um relho enorme” e “Dançando, bamboleando”.
E
do bom humor, ainda que tematizando a pobreza, o que se pode comprovar, por exemplo, com as expressões “burrinhos descadeirados” e “espantalhos desamparados”.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos, Morfologia, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Observe as passagens do texto:

•  As redes sociais terão papel relevante no sentido de direcionar os temas em debate nas eleições, mas ainda é incerto se as plataformas digitais terão impacto a ponto de mudar o jogo eleitoral no Brasil. (1o parágrafo)
•  O risco de manipulação com notícias não factuais é um ponto importante, ainda mais em um país tão plugado em plataformas digitais... (1o parágrafo)
•  Economistas constataram ainda que pessoas extremistas têm mais interesse em política... (5o parágrafo)

Analisando o emprego da palavra “ainda”, conclui-se que denota sentido, correta e respectivamente, de

Leia o texto para responder a questão.


    As redes sociais terão papel relevante no sentido de direcionar os temas em debate nas eleições, mas ainda é incerto se as plataformas digitais terão impacto a ponto de mudar o jogo eleitoral no Brasil. O risco de manipulação com notícias não factuais é um ponto importante, ainda mais em um país tão plugado em plataformas digitais, disseram Mirella Sampaio e Felipe Tâmega, economistas da Itaú Asset Management, em entrevista no escritório Bloomberg, na última quinta-feira.

    Estudo elaborado pela equipe de Tâmega e Mirella mostrou que 57% do eleitorado brasileiro tem acesso à internet e não apenas os jovens. Com isso, o desafio das fake news é muito grande, tanto para os candidatos quanto para o próprio Tribunal Superior Eleitoral. “E os eleitores não sabem onde buscar para saber se notícias são verdadeiras ou falsas”, segundo Mirella.

    “Brasileiro gosta de notícias, interage mais, compartilha com amigos. A impressão que nos dá, principalmente colocando WhatsApp na análise, é que o potencial para notícias falsas ou verdadeiras ecoarem mais fora das câmaras de ressonância parece maior no caso do Brasil”, disse Tâmega. O brasileiro está exposto a mais notícias e mais interações, mas, normalmente, com pessoas que pensam igual a eles, as chamadas câmaras de ressonância, disse Mirella.

    Para as eleições de outubro, será importante monitorar o quanto das informações vai vazar das chamadas câmaras de ressonância, onde estão determinados grupos polarizados, para influenciar o chamado eleitor do meio, o que está no centro do espectro político e segue muito indeciso em meio a um quadro fragmentado de candidatos.

    Economistas constataram ainda que pessoas extremistas têm mais interesse em política, considerando vários estudos analisados. Um dos estudos observados pelos economistas mostrou que as contas automatizadas motivam até 20% de debates em apoio a político no Twitter.


(https://tecnologia.uol.com.br. 12.04.2018. Adaptado)

A
inclusão, tempo e tempo.
B
tempo, oposição e inclusão.
C
tempo, inclusão e oposição.
D
oposição, relevância e tempo.
E
tempo, relevância e inclusão.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

A leitura comparativa dos textos permite concluir que

Leia os textos I e II para responder a questão.


Texto I


    A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo especialistas. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que as chamadas fake news tumultuem o debate público, como ocorreu na corrida eleitoral americana e na votação pela saída do Reino Unido da União Europeia.

    A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de escolaridade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7804 alunos dos ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.


(http://infograficos.estadao.com.br. Adaptado)


Texto II


    “Se uma história é demasiadamente emocionante ou dramática, provavelmente não é real. A verdade é geralmente entediante”, disse a jornalista ucraniana Olga Yurkova durante a palestra inaugural do TED 2018, a série de conferências realizada neste mês em Vancouver, no Canadá.

    Em sua apresentação, a ativista engajada no combate a notícias falsas – cofundadora do site StopFake – disse que as chamadas fake news são “uma ameaça à democracia e à sociedade”. Prossegue: “As pessoas já não sabem o que é real e o que é falso. Muitas deixaram de acreditar e isso é ainda mais perigoso.”

    Yurkova lançou o StopFake em 2014 para abordar o problema na Ucrânia. Desde então, o grupo evoluiu até se transformar em uma sofisticada organização de comprovação de fatos em 11 idiomas.

    Com esse trabalho, a organização revelou, até agora, mais de mil histórias mentirosas na Ucrânia e ensinou a mais de 10 mil pessoas de todo o mundo a reconhecer quando uma notícia é falsa.


(http://www.bbc.com. Adaptado)

A
a circulação de falsas notícias nos meios digitais tem um impacto positivo, pois os adeptos das redes sociais tornam-se mais críticos.
B
a criação e a disseminação de falsas notícias não são uma criação do mundo digital, razão pela qual pouca importância deve ser dada a elas.
C
o aumento e a disseminação de falsas notícias pelo mundo começam a se delinear como um problema preocupante no cotidiano social.
D
as falsas notícias estão em processo de disseminação nos noticiários, mas ainda têm um impacto pouco relevante na rotina dos cidadãos.
E
o leitor contemporâneo encontra dois tipos de informações – as verdadeiras e as falsas –, sendo que a identificação dessas últimas é uma tarefa simples.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

As informações do texto permitem concluir corretamente que

Leia o texto para responder a questão.


    As redes sociais terão papel relevante no sentido de direcionar os temas em debate nas eleições, mas ainda é incerto se as plataformas digitais terão impacto a ponto de mudar o jogo eleitoral no Brasil. O risco de manipulação com notícias não factuais é um ponto importante, ainda mais em um país tão plugado em plataformas digitais, disseram Mirella Sampaio e Felipe Tâmega, economistas da Itaú Asset Management, em entrevista no escritório Bloomberg, na última quinta-feira.

    Estudo elaborado pela equipe de Tâmega e Mirella mostrou que 57% do eleitorado brasileiro tem acesso à internet e não apenas os jovens. Com isso, o desafio das fake news é muito grande, tanto para os candidatos quanto para o próprio Tribunal Superior Eleitoral. “E os eleitores não sabem onde buscar para saber se notícias são verdadeiras ou falsas”, segundo Mirella.

    “Brasileiro gosta de notícias, interage mais, compartilha com amigos. A impressão que nos dá, principalmente colocando WhatsApp na análise, é que o potencial para notícias falsas ou verdadeiras ecoarem mais fora das câmaras de ressonância parece maior no caso do Brasil”, disse Tâmega. O brasileiro está exposto a mais notícias e mais interações, mas, normalmente, com pessoas que pensam igual a eles, as chamadas câmaras de ressonância, disse Mirella.

    Para as eleições de outubro, será importante monitorar o quanto das informações vai vazar das chamadas câmaras de ressonância, onde estão determinados grupos polarizados, para influenciar o chamado eleitor do meio, o que está no centro do espectro político e segue muito indeciso em meio a um quadro fragmentado de candidatos.

    Economistas constataram ainda que pessoas extremistas têm mais interesse em política, considerando vários estudos analisados. Um dos estudos observados pelos economistas mostrou que as contas automatizadas motivam até 20% de debates em apoio a político no Twitter.


(https://tecnologia.uol.com.br. 12.04.2018. Adaptado)

A
o jogo político no Brasil tende a mudar na eleição de 2018, considerando-se que o perfil do usuário na internet é prioritariamente de jovens, os quais usam os recursos das redes sociais com o intuito de discutir temas sociais relevantes.
B
a polarização nas câmaras de ressonância é importante porque os grupos que elas influenciam serão capazes de atrair os eleitores indecisos por meio de notícias factuais e poderão, dessa forma, mudar o cenário eleitoral do país.
C
o brasileiro prefere promover suas discussões nas redes sociais valendo-se das câmaras de ressonância, as quais não só garantem o atendimento às expectativas do grupo, como o resguardam das notícias que não podem ser comprovadas.
D
o impacto das informações falsas ou verdadeiras é difícil de ser mensurado, considerando-se que o brasileiro discute política principalmente pelo WhatsApp, suporte mais propenso à formação das chamadas câmaras de ressonância.
E
a ampliação do acesso do brasileiro às redes sociais está impulsionando a criação de uma nova forma de discussão política, questão que requer atenção no uso desses recursos, sobretudo pela facilidade na disseminação de notícias não factuais.
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INSPER 2018 - Português - Interpretação de Textos

A informação comum aos dois textos diz respeito à

Leia os textos I e II para responder a questão.


Texto I


    A educação virtual é uma arma importante para detectar informações falsas no noticiário, segundo especialistas. Essa “alfabetização” deve contar com esforços de vários setores da sociedade, para evitar que as chamadas fake news tumultuem o debate público, como ocorreu na corrida eleitoral americana e na votação pela saída do Reino Unido da União Europeia.

    A dificuldade de identificar notícias falsas afeta até países com melhores índices de escolaridade. Uma pesquisa da Universidade de Stanford apontou, em julho deste ano, que estudantes americanos tiveram problema para checar a credibilidade das informações divulgadas na internet. Dentre 7804 alunos dos ensinos fundamental, médio e superior, 40% não conseguiram detectar fake news.


(http://infograficos.estadao.com.br. Adaptado)


Texto II


    “Se uma história é demasiadamente emocionante ou dramática, provavelmente não é real. A verdade é geralmente entediante”, disse a jornalista ucraniana Olga Yurkova durante a palestra inaugural do TED 2018, a série de conferências realizada neste mês em Vancouver, no Canadá.

    Em sua apresentação, a ativista engajada no combate a notícias falsas – cofundadora do site StopFake – disse que as chamadas fake news são “uma ameaça à democracia e à sociedade”. Prossegue: “As pessoas já não sabem o que é real e o que é falso. Muitas deixaram de acreditar e isso é ainda mais perigoso.”

    Yurkova lançou o StopFake em 2014 para abordar o problema na Ucrânia. Desde então, o grupo evoluiu até se transformar em uma sofisticada organização de comprovação de fatos em 11 idiomas.

    Com esse trabalho, a organização revelou, até agora, mais de mil histórias mentirosas na Ucrânia e ensinou a mais de 10 mil pessoas de todo o mundo a reconhecer quando uma notícia é falsa.


(http://www.bbc.com. Adaptado)

A
inabilidade de expressiva parcela de pessoas para a identificação de fake news.
B
atividade engajada de profissionais do jornalismo para combater as fake news.
C
alfabetização virtual das pessoas como forma de enfrentamento das fake news.
D
indiferença da grande maioria da população com as chamadas fake news.
E
falta de ações conjuntas nas comunidades para que se entendam as fake news.