Questõesde FGV sobre Interpretação de Textos
Considere os versos:
"Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio."
"E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse"
No contexto, os termos sublinhados podem ser corretamente substituídos por:
Ao dizer "força de expressão" (2° parágrafo), o narrador informa que não se devem tomar as
palavras em seu sentido
Considere a tirinha de Laerte.
(folha.uol.com.br)
Para a construção de seu significado, a tirinha recorre
A função do texto, considerado o gênero a que pertence, é sobretudo
Considerado o contexto do primeiro parágrafo, o verbo sublinhado indica um acontecimento
habitual, frequente, no passado, na frase:
Assinale a alternativa que ilustra um momento em que, em situação de evidente desigualdade, um
personagem zomba (tem uma atitude sarcástica) da situação do outro.
De acordo com o poema,
(www.fotografia.folha.uol.com.br)
O efeito de humor da charge decorre
"[...] para julgar alguém definitivamente chato, irremediavelmente burro ou irrecuperavelmente
desinteressante. Sempre tive uma dificuldade absurda para arrumar prateleiras. Acontece que não
tínhamos nada em comum, não que [...]" (3° parágrafo).
Considerado o contexto, a expressão sublinhada pode ser entendida como:
Ao caracterizar determinada obra literária brasileira, assim se pronunciou o crítico Roberto
Schwarz:
“Entre a limitação do narrador e a inteligência de sua escrita o desacordo é total, e a conjunção é
forçada. Este é o X estético do livro.” Adaptado.
Costuma-se reconhecer que esse contraste entre a mentalidade estreita do narrador e a
qualidade de sua prosa pode ser verificado também, não obstante as diferenças, sobretudo na
seguinte obra:
Uma nota pessoal do autor de O Ateneu, Raul Pompeia, registra que, na sua concepção, “a prosa
tem de ser eloquente, para ser artística, tal como os versos”. Essa concepção
I manifesta-se na composição do trecho de O Ateneu, aqui reproduzido;
II orienta igualmente a prosa machadiana de Quincas Borba;
III contraria o ideal estilístico do autor de São Bernardo, Graciliano Ramos.
Está correto o que se indica em
No início do texto, o pai do narrador revela pensar que a experiência do mundo é centrada na
luta. Consideradas as diferenças, também vê o mundo principalmente sob esse prisma a
personagem
Costuma-se considerar que O Ateneu, de Raul Pompeia, embora tenha como subtítulo “Crônica
de saudades”, pertence à modalidade literária conhecida como romance de formação, cujo
modelo ou paradigma é a narrativa do percurso de aprendizagem de um jovem, no qual ele
forma seu caráter, supera os problemas encontrados e prepara sua inserção harmônica na
sociedade.
Admitindo-se esse paradigma, a reflexão sobre o tempo apresentada pelo narrador na abertura
do livro, aqui reproduzida, indica que O Ateneu irá se configurar como um romance de formação
Na frase “disse-me meu pai”, ocorre ordem indireta, uma vez que seu sujeito está posposto ao
verbo. No texto, há outros exemplos desse tipo de inversão.
Considere os seguintes trechos:
I “que me despia, num gesto, das ilusões de criança educada exoticamente na estufa de
carinho”;
II “que parece o poema dos cuidados maternos um artifício sentimental”;
III “e não viesse de longe a enfiada das decepções”.
Configura também frase com sujeito posposto a que está citada em
O convívio de um repertório narrativo de caráter mítico ou lendário e de referências diretas a
coisas e pessoas reais, pertencentes à realidade histórica, presente nas Memórias de um sargento
de milícias, caracteriza também, principalmente, a estrutura da obra
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
A presença, no introito do livro, de amplas considerações a respeito do aparato judiciário
existente no Rio de Janeiro do período joanino, já indica a relevância, na obra,
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
Dentre as expressões do texto relativas à atividade própria dos meirinhos, citadas abaixo, a única
que assume conotação pejorativa é
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
Já na frase de abertura das Memórias de um sargento de milícias – “Era no tempo do rei.” –, que
remete ao mesmo tempo à abertura-padrão dos contos da carochinha e ao período joanino da
história do Brasil, manifestam-se as duas modalidades do tempo presentes nessa obra: uma, de
caráter lendário e intemporal e, outra, de caráter histórico bem determinado.
O convívio dessas duas modalidades do tempo indica que, do ponto de vista dessa obra, a
história brasileira caracterizou-se pela conjunção de
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.