Questão 4e4da029-fd
Prova:FGV 2015
Disciplina:Português
Assunto:Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A presença, no introito do livro, de amplas considerações a respeito do aparato judiciário existente no Rio de Janeiro do período joanino, já indica a relevância, na obra,

    Era no tempo do rei.

    Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.

    Daí sua influência moral.


Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.  

A
da crítica à crueldade do sistema prisional da época.
B
das relações problemáticas de numerosas personagens com a lei e a moral.
C
das dificuldades que tinham os pobres para obter acesso à Justiça.
D
do rigor com que então se aplicava a lei.
E
do peso da burocracia estatal sobre a vida dos colonos de origem portuguesa.

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