Questão 6612c01b-05
Prova:
Disciplina:
Assunto:
De acordo com o texto, a pesquisa de Philippe Ariès
De acordo com o texto, a pesquisa de Philippe Ariès
Leia o texto de Teresinha Costa para responder à questão.
Em História social da criança e da família, Philippe Ariès faz um estudo na Europa, no período
compreendido entre a Idade Média e o século XX, para demonstrar como a definição de criança se
modificou no decorrer do tempo de acordo com parâmetros ideológicos. Pela análise de pinturas,
diários, esculturas e vitrais produzidos na Europa no período anterior aos ideais da Revolução Francesa,
Ariès forja a expressão "sentimento da infância" para designar "a consciência da particularidade infantil,
essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto". Esse sentimento vai aparecer a
partir apenas do século XVII.Na Idade Média, a criança era vista como um pequeno adulto, sem características que a
diferenciassem, e desconsiderada como alguém merecedor de cuidados especiais. Isso não significava
que as crianças fossem até então desprezadas ou negligenciadas, mas sim que não se tinha
consciência de uma série de particularidades intelectuais, comportamentais e emocionais que
passaram, então, a ser consideradas como inerentes ou até mesmo naturais às crianças. Ariès
comenta, inclusive, que os pintores ocidentais reproduziam crianças vestidas como pequenos adultos, e
que somente percebemos se tratar de uma criança devido ao seu tamanho reduzido. Nas sociedades
agrárias, a infância era um período rapidamente superado e, tão logo a criança adquiria alguma
independência, passava a participar da vida dos adultos e de seus trabalhos, jogos e festas.
(Psicanálise com crianças, 2010.)
Leia o texto de Teresinha Costa para responder à questão.
Em História social da criança e da família, Philippe Ariès faz um estudo na Europa, no período
compreendido entre a Idade Média e o século XX, para demonstrar como a definição de criança se
modificou no decorrer do tempo de acordo com parâmetros ideológicos. Pela análise de pinturas,
diários, esculturas e vitrais produzidos na Europa no período anterior aos ideais da Revolução Francesa,
Ariès forja a expressão "sentimento da infância" para designar "a consciência da particularidade infantil,
essa particularidade que distingue essencialmente a criança do adulto". Esse sentimento vai aparecer a
partir apenas do século XVII.
Na Idade Média, a criança era vista como um pequeno adulto, sem características que a
diferenciassem, e desconsiderada como alguém merecedor de cuidados especiais. Isso não significava
que as crianças fossem até então desprezadas ou negligenciadas, mas sim que não se tinha
consciência de uma série de particularidades intelectuais, comportamentais e emocionais que
passaram, então, a ser consideradas como inerentes ou até mesmo naturais às crianças. Ariès
comenta, inclusive, que os pintores ocidentais reproduziam crianças vestidas como pequenos adultos, e
que somente percebemos se tratar de uma criança devido ao seu tamanho reduzido. Nas sociedades
agrárias, a infância era um período rapidamente superado e, tão logo a criança adquiria alguma
independência, passava a participar da vida dos adultos e de seus trabalhos, jogos e festas.
(Psicanálise com crianças, 2010.)
A
critica a ideia, corrente na Idade Média, de que uma criança é um ser em desenvolvimento, com
características específicas que a diferenciam de um adulto.
B
apresenta dados que permitem afirmar que as crianças, na Idade Média, eram consideradas
inferiores até que pudessem participar das atividades que caracterizavam a vida adulta.
C
afirma que o conceito de infância, que hoje conhecemos, é uma construção ideológica socialmente
compartilhada, que se transformou ao longo dos séculos.
D
descreve como, desde a Idade Média, as crianças das classes sociais menos favorecidas tiveram
que amadurecer mais cedo para colaborarem nas tarefas da vida adulta.
E
delimita a ideia de infância, descrevendo suas características inerentes, e prescreve os cuidados
que a sociedade deve dedicar a elas.