Questõesde FGV sobre Português
A função do texto, considerado o gênero a que pertence, é sobretudo
Quando um sujeito pratica uma ação sobre si mesmo, dizemos que essa ação tem caráter
reflexivo.
Assinale a alternativa em que o pronome sublinhado atribui caráter reflexivo a uma ação.
No verso "Não basta abrir a janela", a oração sublinhada funciona como sujeito do verbo "basta".
Um sujeito oracional ocorre também no verso:
(www.fotografia.folha.uol.com.br)
O efeito de humor da charge decorre
"Isso não significava que as crianças fossem até então desprezadas" (2° parágrafo)
Se esta frase for transposta para a voz ativa, a locução verbal sublinhada muda para:
Assinale a alternativa que ilustra um momento em que, em situação de evidente desigualdade, um
personagem zomba (tem uma atitude sarcástica) da situação do outro.
"[...] para julgar alguém definitivamente chato, irremediavelmente burro ou irrecuperavelmente
desinteressante. Sempre tive uma dificuldade absurda para arrumar prateleiras. Acontece que não
tínhamos nada em comum, não que [...]" (3° parágrafo).
Considerado o contexto, a expressão sublinhada pode ser entendida como:
Considere os versos:
"Não basta abrir a janela
Para ver os campos e o rio."
"E um sonho do que se poderia ver se a janela se abrisse"
No contexto, os termos sublinhados podem ser corretamente substituídos por:
Considere a tirinha de Laerte.
(folha.uol.com.br)
Para a construção de seu significado, a tirinha recorre
Ao dizer "força de expressão" (2° parágrafo), o narrador informa que não se devem tomar as
palavras em seu sentido
"E como, aos sábados, eu jamais faria coisas como ir ao parque ou andar nessas tais lanchas que
fazem excursões pelas ilhas, era obrigado a esperá-los, trancado em casa" (1° parágrafo).
No contexto em que está inserida, a conjunção sublinhada introduz uma oração com sentido de
De acordo com o poema,
"entre a Idade Média e o século XX" (1º parágrafo)
"Ariès forja a expressão 'sentimento da infância'" (1º parágrafo)
"sem características que a diferenciassem" (2º parágrafo)
As três ocorrências do vocábulo "a" sublinhadas correspondem, respectivamente, a:
De acordo com o texto, a pesquisa de Philippe Ariès
Ao caracterizar determinada obra literária brasileira, assim se pronunciou o crítico Roberto
Schwarz:
“Entre a limitação do narrador e a inteligência de sua escrita o desacordo é total, e a conjunção é
forçada. Este é o X estético do livro.” Adaptado.
Costuma-se reconhecer que esse contraste entre a mentalidade estreita do narrador e a
qualidade de sua prosa pode ser verificado também, não obstante as diferenças, sobretudo na
seguinte obra:
Uma nota pessoal do autor de O Ateneu, Raul Pompeia, registra que, na sua concepção, “a prosa
tem de ser eloquente, para ser artística, tal como os versos”. Essa concepção
I manifesta-se na composição do trecho de O Ateneu, aqui reproduzido;
II orienta igualmente a prosa machadiana de Quincas Borba;
III contraria o ideal estilístico do autor de São Bernardo, Graciliano Ramos.
Está correto o que se indica em
No início do texto, o pai do narrador revela pensar que a experiência do mundo é centrada na
luta. Consideradas as diferenças, também vê o mundo principalmente sob esse prisma a
personagem
Costuma-se considerar que O Ateneu, de Raul Pompeia, embora tenha como subtítulo “Crônica
de saudades”, pertence à modalidade literária conhecida como romance de formação, cujo
modelo ou paradigma é a narrativa do percurso de aprendizagem de um jovem, no qual ele
forma seu caráter, supera os problemas encontrados e prepara sua inserção harmônica na
sociedade.
Admitindo-se esse paradigma, a reflexão sobre o tempo apresentada pelo narrador na abertura
do livro, aqui reproduzida, indica que O Ateneu irá se configurar como um romance de formação
A presença, no introito do livro, de amplas considerações a respeito do aparato judiciário
existente no Rio de Janeiro do período joanino, já indica a relevância, na obra,
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.