Questõesde UNIFESP sobre História

1
1
Foram encontradas 45 questões
092602a1-28
UNIFESP 2005 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

Estima- se que entre 1700 e 1760 aportaram em nosso litoral, vindas de Portugal e das ilhas do Atlântico, cerca de 600 mil pessoas, em média anual de 8 a 10 mil. Sobre essa corrente imigratória, é correto afirmar que

A
continuava a despejar, como nos dois séculos anteriores, pessoas das classes subalternas, interessadas em fazer fortuna na América portuguesa.
B
era constituída, em sua maioria, e pela primeira vez, de negros trazidos para alimentar a voracidade por mão- de- obra escrava nas mais variadas atividades
C
tratava- se de gente da mais variada condição social, atraída principalmente pela possibilidade de enriquecer na região das Minas.
D
representava uma ruptura com a fase anterior, pelo fato de agora ser atraída visando satisfazer a retomada do ciclo açucareiro e o início do algodoeiro.
E
caracterizava- se pelo grande número de cristãos- novos e pequenos proprietários rurais, atraídos pelas lucrativas atividades de abastecer o mercado interno.
0c7f6711-28
UNIFESP 2005 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Benedito Valadares, em suas Memórias (Tempos Idos e Vividos, 1966), assim descreve os fundadores de um dos partidos políticos que surge no fim do Estado Novo:

... os que não aceitaram a Revolução de 30; os que a fizeram e se sentiram traídos...; os que a fizeram e se desentenderam com o presidente...; os que assinaram o “Manifesto dos Mineiros”; todos aqueles que por questões políticas e/ou pessoais não aceitavam a organização ditatorial montada sob a Constituição de 37.

O partido em questão chama- se

A
Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
B
Partido Comunista Brasileiro (PCB).
C
Partido Social Democrático (PSD).
D
União Democrática Nacional (UDN).
E
Partido Socialista Brasileiro (PSB).
084a55ca-28
UNIFESP 2005 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Para um homem ter o pão da terra, há de ter roça; para comer carne, há de ter caçador; para comer peixe, pescador; para vestir roupa lavada, lavadeira; ... e os que não podem alcançar a tanto número de escravos, ou passam mi- séria, realmente, ou vendo- se no espelho dos demais lhes parece que é miserável a sua vida.

(Padre Vieira, 1608-1697.)

O texto mostra que, para se viver bem na Colônia, seria preciso ter, sobretudo,

A
escravos.
B
terras.
C
animais.
D
cultura.
E
habilidades.
0ba97d9c-28
UNIFESP 2005 - História - História do Brasil, República de 1954 a 1964

De Juscelino Kubitschek, como presidente, em mensagem ao Congresso Nacional (15.03.1956):

dificilmente se consolidará a revolução industrial, sem uma sólida base agrícola e sem um mercado interno em expansão…;

e, como ex- presidente, no jornal Correio da Manhã (21.04.1963):

Todo país que fez a Reforma Agrária despreparado industrialmente fracassou (...) Estamos preparados para pôr em prática um programa de tal natureza, pois já existe no Brasil uma indústria de base...

As duas citações permitem sustentar que Kubitschek

A
sugere, numa espécie de autocrítica, que sua política de industrialização poderia ter sido realizada em combinação com a reforma agrária.
B
reconhece ter falhado na implementação da reforma agrária, ao contrário do que ocorreu com a industrialização.
C
passa a defender, depois de ter deixado o poder, a necessidade da reforma agrária, para poder se justificar perante a história.
D
critica, depois de ter deixado o poder, os políticos que continuam defendendo a tese da prioridade da reforma agrária sobre a industrialização.
E
inverte sua argumentação sobre a prioridade de uma com relação à outra, por ter acelerado a industrialização, deixando de lado a reforma agrária.
09fac190-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral

... dê o governo a essas duas classes [ligadas ao grande comércio e à grande agricultura] toda a consideração, vincule- as por todos os modos à ordem estabelecida, identifique- as com as instituições do país, e o futuro estará em máxima parte consolidado.

(Justiniano José da Rocha, 1843.)

A frase expressa, no contexto da época, uma posição política

A
liberal.
B
republicana.
C
conservadora.
D
reacionária.
E
democrática.
069c1bf8-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Para o historiador Arno J. Mayer, as duas guerras mundiais, a de 1914-1918 e a de 1939-1945, devem ser vistas como constituindo um único conflito, uma segunda Guerra dos Trinta Anos. Essa interpretação é possível pelo fato

A
de as duas guerras mundiais terem envolvido todos os países da Europa, além de suas colônias de ultramar.
B
de prevalecer antes da Segunda Guerra Mundial o equilíbrio europeu, tal como ocorrera antes de ter inicio a primeira Guerra dos Trinta Anos, em 1618.
C
de, apesar da paz do período entre guerras, a Segunda Guerra ter sido causada pelos dispositivos decorrentes da Paz de Versalhes de 1919.
D
de terem ocorrido, entre as duas guerras mundiais, rebeliões e revoluções como na década de 1640.
E
de, em ambas as guerras mundiais, o conflito ter sido travado por motivos ideológicos, mais do que imperialistas.
0ad1a051-28
UNIFESP 2005 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Estamos atravessando um período em que a economia dirigida vem sendo vitoriosamente adotada como a maneira mais prática e mais eficiente de serem atendidos os interesses econômicos, que não podem e não devem ficar sujeitos às vicissitudes e percalços de situações possivelmente graves, afetando de forma indesejável os verdadeiros e superiores interesses do país.

(Circular da FIESP, março de 1937.)

O texto mostra o empresariado paulista

A
desacreditando, naquela conjuntura, do automatismo do mercado, a fim de garantir o crescimento da economia e, conseqüentemente, de seus lucros.
B
aferrado, como sempre, aos princípios do mais puro libe- ralismo, na sua relação com o governo, de um lado, e os trabalhadores, de outro.
C
descompassado, naquela conjuntura, com a política econômica keynesiana, vigente na maioria dos países capitalistas.
D
afinado, como sempre, com a política econômica norte- americana, de acordo com o lema “o que é bom para os EUA é bom para o Brasil”.
E
apoiando, como sempre fizera antes e continuaria a fazer depois, a política econômica nacionalista de Getúlio Vargas.
07728913-28
UNIFESP 2005 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Convém ter muita advertência nas prisões que fizer nas pessoas que hão de sair ao auto público, que se faça tudo com muita justificação pelo muito que importa à reputação e crédito do Santo Ofício e a honra e fazenda das ditas pessoas, as quais depois de presas e sentenciadas não se lhes pode restituir o dano que se lhes der.

(Do Inquisidor– Geral ao primeiro Visitador na colônia, em 1591.)

Essa afirmação indica que, na Colônia, a Inquisição

A
testou métodos de tortura que depois passou a utilizar na Metrópole.
B
cuidou de não se entregar aos excessos repressivos a que se habituara na Metrópole.
C
relaxou seu controle, conformando-se ao “não existe pecado abaixo do equador”.
D
utilizou procedimentos que pouco diferiam dos empre- gados na Metrópole.
E
trabalhou em conjunto com a sua congênere espanhola, visando maior eficácia.
041a547d-28
UNIFESP 2005 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, História da América Latina

Sobre o trabalho compulsório (seja servil, seja escravo) em toda a América, no período colonial, pode- se afirmar que

A
restringiu- se às áreas econômicas de exportação.
B
atingiu apenas os indígenas e os negros.
C
impôs- se sem maiores resistências.
D
incluiu até mesmo os brancos.
E
inexistiu nas terras voltadas para o Pacífico.
02f7c77e-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

Deus meu, não se cansando os hereges e os inimigos... de semear continuamente os seus erros e heresias no campo da Cristandade, com tantos e tantos livros perniciosos que são republicados a cada dia, é necessário que não se durma, mas que nos esforcemos para extirpá-los ao menos nos lugares onde isso seja possível.

(Cardeal Robert Bellarmino,1614.)

Tendo em vista o contexto da época, pode- se inferir que os hereges e os inimigos aos quais o autor se refere eram, principalmente, os

A
jansenistas e os muçulmanos.
B
cátaros e os letrados.
C
hussitas e os feiticeiros.
D
anabatistas e os judeus.
E
protestantes e os cientistas.
01d49aa6-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

Relatório de um magistrado sobre o alegado suicídio de Richard Hun, na prisão da Torre de Londres, em 1515:

Todos nós os do inquérito encontramos o corpo do dito Hun suspenso dum gancho de ferro por uma faixa de seda, de expressão calma, cabelo bem penteado, e o boné enfiado na cabeça, com os olhos e a boca simplesmente cerrados, sem qualquer pasmo, esgar ou contração... Pelo que nos pareceu absolutamente a todos nós que o pescoço de Hun já estaria partido e grande quantidade de sangue vertido antes de ele ser enforcado. Pelo que todos nós achamos por Deus e em nossas consciências que Richard Hun fora assassinado.

O documento revela a

A
independência do poder judiciário no Renascimento.
B
emergência e difusão do raciocínio dedutivo no Renascimento.
C
retomada do tratamento prisional romano no Renascimento.
D
consolidação do pensamento realista aristotélico- escolástico no Renascimento
E
permanência da visão de mundo medieval no Renascimento.
05c68f9a-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral

Signos infalíveis anunciam que, dentro de poucos anos, as questões das nacionalidades, combinadas com as questões sociais, dominarão sobre todas as demais no continente europeu.

(Henri Martin1847.)

Tendo em vista o que ocorreu século e meio depois dessa declaração, pode- se afirmar que o autor

A
estava desinformado, pois naquele momento tais questões já apareciam como parcialmente resolvidas em grande parte da Europa.
B
soube identificar, nas linhas de força da história européia, a articulação entre intelectuais e nacionalismo.
C
foi incapaz de perceber que as forças do antigo regime eram suficientemente flexíveis para incorporar e anular tais questões.
D
demonstrou sensibilidade ao perceber que aquelas duas questões estavam na ordem do dia e como tal iriam por muito tempo ficar.
E
exemplificou a impossibilidade de se preverem as tendências da história, tendo em vista que uma das questões foi logo resolvida.
00fdb03e-28
UNIFESP 2005 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Na Baixa Idade Média, mais precisamente entre os séculos XII e XIII, o centro- norte da Itália formava um viveiro de prósperas cidades que expressavam o vigor da retomada econômica do Ocidente naqueles séculos. Muitas dessas cidades, em termos político- administrativos, eram

A
autônomas, organizadas como repúblicas, e internamente divididas em simpatizantes do papa (guelfos) e simpatizantes do imperador (gibelinos).
B
repúblicas, internamente coesas, e aliadas umas às outras na luta contra os poderes universais do papa e do imperador.
C
organizadas internamente como democracias, e externamente como uma federação, para tratar com o papa e o imperador.
D
governadas por condottieri, que garantiam sua independência frente aos inimigos externos, constituídos pelo papa e pelo imperador.
E
soberanas que, para escapar à dominação bizantina e sarracena, financiavam o Império e o Papado
04ef928f-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral

Pastores metodistas e batistas do sul dos Estados Unidos apoiaram, nas décadas de 1770 e 1780, a causa antiescravista, mas deixaram de fazê- lo nos dez anos transcorridos entre 1795-1805. Essa mudança de atitude foi devida

A
a uma reorientação doutrinária dessas duas denominações religiosas
B
a uma competição entre as denominações religiosas atuantes no sul.
C
ao boom do algodão e à revolta antiescravista em São Domingos/Haiti.
D
ao fim do tráfico negreiro e à pressão inglesa contra a escravidão.
E
à rejeição por parte dos negros em aceitar aquelas dou- trinas religiosas.
00290bc2-28
UNIFESP 2005 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram- nos com violência de nos aproximar da entrada do domínio.

(Egito romano, em 332 d.C.)


... os colonos não têm liberdade para abandonar o campo ao qual estão atados por sua condição e seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e castigados.

(Valentiniano, em 371 d.C.)

Os textos mostram a


A
capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de transformar os escravos em colonos presos à terra.
B
luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar.
C
transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção escravistas em unida- des menores e com trabalho servil.
D
permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar um número mínimo de camponeses soldados.
E
impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo adotada, de fixar os pobres livres no campo
d2252145-66
UNIFESP 2006 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954, República de 1954 a 1964

Aproximadamente entre o fim do Estado Novo (1945) e o início do Regime Militar (1964), um político (“rouba mas faz”) e um partido (“de bacharéis”) encarnaram no imaginário cívico paulista e brasileiro duas atitudes opostas: a ausência e a exacerbação de moralismo, ou de ética, na política. Trata-se, respectivamente, de

A
Jânio Quadros e do Partido Socialista Brasileiro (PSB).
B
Jango Goulart e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB).
C
Carlos Lacerda e do Partido Social Democrático (PSD).
D
Juscelino Kubitschek e do Partido Comunista Brasileiro (PCB).
E
Ademar de Barros e da União Democrática Nacional (UDN).
d0920325-66
UNIFESP 2006 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

O Secretariado do CSN (Conselho de Segurança Nacional), em 11.05.1939, admite a indústria estatal como solução para o problema em decorrência da imperiosa força maior e em caráter transitório.

Com base no texto, pode-se afirmar que

A
o regime do Estado Novo decidiu-se pela construção da siderúrgica de Volta Redonda, por causa da pressão do Exército brasileiro, então sob controle de generais progressistas
B
Getúlio Vargas aproveitou-se das circunstâncias favoráveis da época, como a iminência da guerra entre as potências capitalistas, para implantar no país a indústria de base.
C
o Exército acabou por concordar com a criação de uma indústria estatal de base, em troca de sua permanência no poder e da garantia dada por Getúlio Vargas de que o Brasil não entraria em guerra.
D
o país estava seguindo uma tendência dominante naquele momento, estimulada pelos Estados Unidos, visando criar infra-estrutura econômica para absorver seus produtos.
E
o projeto visando criar a primeira companhia estatal brasileira, no ramo da siderurgia, resultava tanto da abundância do minério de ferro no país quanto da pressão da opinião pública nesse sentido.
c5a66748-66
UNIFESP 2006 - História - Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente

As diferenças sutis, mas cruciais, entre Hamas, Hizbollah e Al Qaeda são ignoradas quando se designa o terrorismo como o inimigo. Israel é vista como a base avançada da civilização ocidental em luta contra a ameaça existencial lançada pelo islã radical. (Lorde Wallace de Saltaire, em discurso na Câmara dos Lordes em julho de 2006.)

Do texto depreende-se que o autor está, com relação ao Estado de Israel e ao terrorismo,

A
apoiando a política independente do governo de Tony Blair.
B
elogiando a política intervencionista proposta pela ONU.
C
defendendo a política intransigente da Comunidade Européia.
D
alertando para a política cada vez mais beligerante por parte do Irã.
E
criticando a política fundamentalista do presidente Bush.
cf072a9b-66
UNIFESP 2006 - História - História Geral

Em tempos de forte turbulência republicana, o ano de 1922 converteu-se em marco simbólico de grandes rupturas e da vontade de mudança. Eventos como a Semana de Arte Moderna, o levante tenentista, a criação do Partido Comunista e ainda a conturbada eleição presidencial sepultaram simbolicamente a Velha República e inauguraram uma nova época. (Aspásia Camargo, “Federalismo e Identidade Nacional”, Brasil, um século de transformações. 2001.)

Pode-se afirmar que a situação descrita decorre, sobretudo,

A
do forte crescimento urbano e das classes médias.
B
do descontentamento generalizado dos oficiais do Exército
C
da postura progressista das elites carioca e paulista.
D
do crescimento vertiginoso da industrialização e da classe operária.
E
da influência das vanguardas artísticas européias e norte-americanas.
cd59372e-66
UNIFESP 2006 - História - História Geral

“... o mestre que eu tive foi a natureza que me envolve... desse livro secular e imenso, é que eu tirei as páginas de O Guarani, as de Iracema... Daí, e não das obras de [Renée de] Chateaubriand, e menos das de [Fenimore] Cooper, que não eram senão a cópia do original sublime que eu havia lido com o coração.” (Do romancista José de Alencar.)
Sobre o texto, pode-se sustentar que o autor

A
confessa ter seguido modelos externos para compor seus livros.
B
nega ter se inspirado no sentimento para compor suas obras.
C
segue uma das fontes de inspiração do romantismo.
D
acusa Cooper de ter copiado Chateaubriand.
E
apresenta uma espécie de manifesto nacionalista.