Questõesde IF-BA sobre História

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IF-BA 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

A ciência da História, como qualquer outra ciência, é um conhecimento racional, objetivo, progressivo, verificável e verdadeiro, ainda que falível. Contudo, a ciência da História para conhecer a realidade dos homens no tempo tem determinada especificidade, essa especificidade na construção do passado dos homens no tempo é:

A
A ciência historiográfica como qualquer outra ciência social ou humana necessita, na maioria das vezes, entrevistar os sujeitos que testemunharam os fatos históricos.
B
Na elaboração da historiografia, o historiador necessita aliar a pesquisa científica à imaginação e ficção narrativa.
C
Cabe ao historiador descrever cronologicamente os acontecimentos dos homens.
D
Na elaboração da historiografia, o historiador necessita imaginar como era o passado dos homens no tempo e elaborar a narrativa do passado dos homens.
E
Na elaboração da historiografia, o historiador necessita do acesso às fontes ou testemunhos para conhecer o passado dos homens no tempo.
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IF-BA 2013 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

Constituem monopólio da União: a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo [...], a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro, o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional.

Artigo 1º da Lei de criação da Petrobras (1953). In: CASTELLI JUNIOR, Roberto. História:texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 604

A criação da Petrobras, em 1953, representa uma vitória

A
dos grupos ligados a capital inglês que garantiu baixas taxas de importação do petróleo brasileiro.
B
do projeto nacionalista de desenvolvimento econômico do Brasil, através do monopólio estatal do petróleo
C
do capital norte-americano que garantiu controle acionário sobre a Petrobras pelo financiamento para sua criação.
D
da burguesia brasileira que passava a ter o monopólio sobre a extração, transporte e distribuição do petróleo nacional
E
da iniciativa privada ligada ao capital nacional ou estrangeiro que receberia do Estado brasileiro garantias para investir na exploração do petróleo
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IF-BA 2013 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

“A Segurança Nacional compreende, essen- cialmente, medidas destinadas à preservação da segurança externa e interna, inclusive a prevenção e repressão da guerra psicológica adversa e da guerra revolucionária ou subversiva.”

Artigo 3º da Lei de Segurança Nacional – 1969. In: CASTELLI JUNIOR, Roberto. História:texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006, p.632.

A Lei Segurança Nacional serviu ao Regime Militar como

A
justificativa para o golpe que destituiu o governo de João Goulart e instalou a Ditadura Militar no Brasil.
B
justificativa para a criação do bipar- tidarismo como forma de impedir a ação de partidos subversivos. .
C
instrumento legal para legitimar prisões e condenações de brasileiros considerados subversivos
D
dispositivo ideológico dos grupos que lutavam pela manutenção da Ditadura Militar através da guerra revolucionária.
E
instrumento de controle sobre as produções artísticas e culturais consideradas nocivas aos ideais revolucionários do Regime. .
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IF-BA 2013 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

“Durante a época das regências e mesmo depois dela, várias revoltas contestaram o poder central e ameaçaram a unidade nacional.”

CASTELLI JUNIOR, Roberto. História:texto e contexto. São Paulo: Scipione, 2006. p. 426.

Nesse contexto, pode-se afirmar sobre as rebeliões do Período Regencial que

A
a balaiada no Maranhão foi símbolo da luta aristocrática contra a falta de legitimidade da regência que se mantém mesmo depois da proclamação da maioridade do Imperador Pedro II. .
B
os farroupilhas conseguiram impor a separação do Rio Grande do Sul, obrigando o governo central a negociar com os estancieiros rebeldes, aumentando a taxação sobre o charque estrangeiro.
C
a sabinada causou grandes danos econômicos ao Estado Imperial, obrigando os regentes a contratar soldados ingleses que lutaram durante muitos anos para garantir o domínio regencial sobre a Bahia.
D
a cabanagem identificou os interesses da aristocracia nordestina à antiga luta republicana, associando o projeto de separação da região ao interesse dos comerciantes portugueses em recuperar o monopólio comercial.
E
os escravos malês na Bahia aliaram- se aos proprietários rurais para lutar contra o centralismo regencial e pela proclamação de uma república democrática, nos moldes do antigo projeto dos conjurados baianos.
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IF-BA 2013 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A tarefa do agenciador não requer muita especialização; basta dizer aos camponeses que dentro de alguns meses terão dinheiro aos montes, que num par de anos serão proprietários de latifúndios, que de trabalhadores braçais tornar-se-ão patrões e persuadir meia dúzia dos mais importantes e o apostolado está completo (...). E assim, aos gritos de “Viva a América, morram os patrões”, levas de emigrantes deixaram a região dirigindo-se para o Brasil.

Comentário de um observador italiano, em 1874. SEVCENKO, N., org. História da Vida Privada no Brasil. São Paulo, Companhia das Letras, 1998. V. 3, p. 231.

O observador italiano apresenta, em seu comentário, uma realidade que no Brasil está associada

A
a levantes armados de imigrantes contra o governo imperial a quem culpavam por tê-los enganado com falsas promessas de enriquecimento fácil.
B
à promessa do governo imperial de que os imigrantes logo se tornariam donos de indústrias, deixando de ser operários e se tornando patrões no Brasil.
C
aos esforços empreendidos para trazer imigrantes europeus, fundados na ideia de que estes contribuiriam para “civilizar”, modernizar e embranquecer a sociedade brasileira.
D
à cansativa tarefa do império brasileiro em convencer europeus a abrirem mão das comodidades e da segurança de seus países, doando- lhes terras que os tornariam latifundiários no Brasil. .
E
aos problemas enfrentados pelos imigrantes ao chegarem ao Brasil e constatarem as enormes dívidas que tinham com o governo brasileiro, referentes aos custos da viagem de navio.
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IF-BA 2013 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A separação do Brasil de Portugal, tal como a das colônias norte-americanas da Inglaterra, e da América espanhola da Espanha, pode ser explicada, até certo ponto, em termos de uma crise geral – econômica, política e ideológica – do velho sistema colonial em todo o mundo atlântico, no final do século XVIII e no início do século XIX.

BETHELL, Leslie (Org.). História da América Latina: da Independência a 1870. São Paulo: Ed. da Universidade de São Paulo/Imprensa Oficial do Estado; Brasília, DF: Fundação Alexandre de Gusmão, 2001. V. 3, p. 228-30.

De acordo com a ideia apresentada no texto, a independência do Brasil se relaciona com a

A
luta na América e na Europa contra as restrições impostas pelo pacto colonial e pela liberdade de comércio.
B
vontade pessoal do Príncipe Regente, D. Pedro, que abdicou ao trono brasileiro para assumir a monarquia portuguesa.
C
invasão militar napoleônica às Américas portuguesa e hispânica, impondo a formação de um império francês no Continente. .
D
radicalização da política colonial portuguesa e do monopólio comercial, durante a permanência da corte portuguesa na Colônia. .
E
vinda da corte portuguesa para a Colônia, responsável pela antecipação e pelo pioneirismo brasileiro na luta por independência na América.
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IF-BA 2013 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Aportou nesta cidade um navio francês que descarregou, com todo segredo e sagacidade, uns livrinhos cujo conteúdo era ensinar o modo mais fácil de fazer sublevações nos estados com infalível resultado (...). Instruídos por esses livrinhos, alguns mulatinhos e também alguns branquinhos da plebe, conceberam o arrojado pensamento de fazerem também seu levante (...).

Relação da Francesia Formada pelos Homens Pardos da Cidade da Bahia no Ano de 1798. Autor anônimo. In: Saga. São Paulo: Abril Cultural, 1981. p. 269.

No contexto da Conjuração Baiana (1798), o texto pode ser associado

A
à capacidade dos homens de cor da Bahia de promoverem levantes contra o poder senhorial e acabar com o regime de escravidão no Brasil.
B
ao projeto dos negros escravos, livres e libertos da Bahia de instalar uma monarquia constitucional, inspirada no ideal liberal da alta burguesia francesa
C
à influência do liberalismo jacobino francês nos setores mais populares que participaram do movimento baiano, impregnando-o de um ideal de república democrática.
D
à forma como o movimento iluminista chegou ao Brasil, compondo uma ideologia própria que sustentará a luta dos homens pobres pela tomada do poder imperial.
E
ao papel de lideranças revolucionárias francesas que viajavam pela América, incentivando levantes liberais e democráticos contra os governos absolutistas metropolitanos.
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IF-BA 2013 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

[...] Deveriam afastar-se do litoral africano e, auxiliados pelas correntes e pelos ventos, realizar uma grande curva para fugir das correntes contrárias do golfo da Guiné. Ao alongar mais para oeste a “volta do mar”, Vasco da Gama aproximou-se das costas do Brasil em 1497. Três anos depois, seguindo a mesma indicação do próprio Gama, Cabral aportou na Bahia.

BUENO. Eduardo. A viagem do descobrimento. Rio de Janeiro: Objetiva, 1998. p. 31.

O autor do texto reforça a tese de que a chegada da esquadra de Pedro Álvares Cabral, em 1500, às terras brasileiras

A
confirma os portugueses como os primeiros povos europeus a desembarcarem em terras americanas.
B
resultou da ação de corsários africanos que obrigou o navegador a mudar seus planos marítimos, afastando-se do seu real destino, a África.
C
atendeu aos interesses das coroas ibéricas em dividir o mundo entre as duas nações, constituindo limites à expansão de outros países europeus.
D
resultou da intenção portuguesa em tomar posse de terras, noticiadas por outros navegadores e que já lhes pertenciam, pelo Tratado de Tordesilhas.
E
respondeu a uma necessidade do navegador Vasco da Gama de comprovar a existência de um novo continente, ainda desconhecido pelos europeus.
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IF-BA 2013 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

“O protesto contra as desigualdades vinha tanto do fundão dos sertões como das cidades. A República oligárquica utilizou os mais modernos equipamentos bélicos da época para reprimir esses movimentos, desencadeando, em alguns casos, campanhas ‘nacionais’ contra os revoltosos, acusados de inimigos da República.”

LOPES, Adriana; MOTA, Carlos Guilherme. História do Brasil – uma interpretação. São Paulo: Editora SENAC, 2008, p. 605.

Durante a Primeira República (1889-1930), o país foi varrido por uma série de revoltas que puseram a nu as profundas desigualdades existentes e o anseio por cidadania que moviam a maior parte da população. Com base na leitura do fragmento acima e em seus conhecimentos acerca do período, assinale a alternativa correta:

A
A Guerra de Canudos foi motivada pelo fanatismo religioso e pela ignorância dos sertanejos que, sem capacidade de discernimento, aceitaram rapidamente o discurso de Antônio Conselheiro.
B
O principal ponto de insatisfação dos marinheiros que protagonizaram a Revolta da Chibata dizia respeito aos castigos físicos, pois eles não aceitavam que cidadãos brasileiros, homens livres, recebessem tratamento semelhante ao que os escravos recebiam nos tempos do cativeiro.
C
O surgimento dos levantes tenentistas, em 1922, colocou em evidência que somente os militares estavam insatisfeitos com as alianças políticas e a cidadania restrita, típicas da Primeira República.
D
A Revolta da Vacina representou uma insatisfação dos setores populares urbanos que estavam incomodados com a ausência de direitos políticos para os analfabetos e usaram a vacinação obrigatória para pressionar o governo a reformar a Constituição de 1981.
E
O movimento operário brasileiro da época pouco contribuiu para as lutas em prol da cidadania, haja vista que os resquícios da escravidão fizeram com que os trabalhadores brasileiros considerassem moderada a exploração no período republicano
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IF-BA 2013 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil




Recentemente, um debate sobre a possibilidade de revisão da Lei de Anistia (1979) e da criação de uma comissão para investigar os crimes praticados durante a Ditadura Militar (1964- 1985) ganhou destaque no Brasil. Com isso, temas como tortura, violação dos direitos humanos e censura, voltaram à baila e acenderam antigas rivalidades, demonstrando que a memória sobre o período ainda está muito viva. Sobre o período em questão, é correto afirmar que

A
por conta da censura e da ampla aceitação do regime ocasionada pelo milagre, a morte do jornalista Wladimir Herzog passou despercebida, só ganhando questionamentos após o reaquecimento dos debates ocasionado pela criação da Comissão da Verdade.
B
os compositores Gilberto Gil e Caetano Veloso, por conta de suas composições, foram obrigados a se exilar em Londres e só retornaram ao país quando concordaram em compor canções que louvassem os feitos dos militares
C
a Lei de Anistia agradou de imediato os militantes de esquerda que foram perseguidos pela ditadura, uma vez que além de lhes garantir de volta os seus direitos políticos, propunha a prisão dos militares que atuaram nos órgãos de repressão, investigação e tortura.
D
a campanha das Diretas Já foi a maior manifestação de massas ocorrida na ditadura, o que, juntamente com o desgaste natural do regime militar, garantiu que o povo fosse às urnas e elegesse Tancredo Neves para a presidência do país.
E
o milagre econômico brasileiro e o tricampeonato mundial de futebol (1970) serviram para que os militares reforçassem a ideia de que a ditadura havia colocado o Brasil nos eixos e de que os opositores do regime eram os verdadeiros inimigos da nação.
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IF-BA 2013 - História - Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

“A cidade do Salvador foi a primeira cidade fundada nas terras do Brasil. Antes de 1549 existiam vilas, das quais são exemplos as que foram criadas nas capitanias ao longo da costa. É certo que nenhuma delas possuiu a categoria de cidade. Os donatários fizeram somente o que lhes era permitido pelas cartas de doação e pelos forais: criar vilas.”

TAVARES, Luís Henrique Dias. História da Bahia. Salvador: EDUFBA; São Paulo: EDUNESP, 2008, 11º Ed., p. 120

Sobre a fundação da cidade do Salvador e os primeiros momentos da colonização do Brasil, é correto afirmar que

A
a fundação da cidade do Salvador foi resultado da tentativa da Coroa Portuguesa em constituir um controle efetivo e uma administração eficiente do território brasileiro.
B
após a fundação da cidade e o estabelecimento do Governo Geral, as capitanias hereditárias deixaram de existir , pois eram incompatíveis com o novo modelo administrativo.
C
as Câmaras Municipais garantiam uma estrutura democrática de poder na Colônia, pois os vereadores podiam a qualquer tempo destituir o governador geral que não cumprisse as ordens do rei.
D
não havia diferença significativa entre vilas e cidades no referido período, uma vez que ambas eram governadas de acordo com as ordens da Coroa Lusitana.
E
a tentativa de construção de uma sede de governo em Salvador mostrou-se um grande fracasso, fato que levou a transferência imediata da capital da Colônia para o Rio de Janeiro.
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IF-BA 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Leia com atenção os trechos do poema Navio Negreiro de Castro Alves e analise a imagem seguinte:

                        Desce do espaço imenso, ó águia do oceano!
                        Desce mais ... inda mais... não pode olhar humano
                        Como o teu mergulhar no brigue voador!
                        Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras!
                        É canto funeral! ... Que tétricas figuras! ...
                        Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror!
                        Era um sonho dantesco... o tombadilho
                        Que das luzernas avermelha o brilho.
                        Em sangue a se banhar.
                        Tinir de ferros... estalar de açoite...
                         Legiões de homens negros como a noite,
                         Horrendos a dançar...

                         Negras mulheres, suspendendo às tetas
                         Magras crianças, cujas bocas pretas
                         Rega o sangue das mães:
                         Outras moças, mas nuas e espantadas,
                         No turbilhão de espectros arrastadas,
                         Em ânsia e mágoa vãs! 




A
O tráfico de africanos para o Brasil foi extinto definitivamente através da lei de 7 de novembro de 1831, que resultou de acordos entre a Inglaterra e o governo brasileiro durante o processo de reconhecimento da independência nacional.
B
O poema de Castro Alves faz referência ao período do tráfico ilegal de africanos para o Brasil, entre 1831 e o início da década de 1850, momento em que os traficantes construíram uma rede de comércio ilegal e convenceram o governo brasileiro a revogar a lei de 1831.
C
A Pintura de Debret mostra como os africanos vitimados pelo tráfico desembarcavam doentes e desnutridos. Nesse contexto, podemos afirmar que as condições dos negreiros durante o tráfico ilegal pioraram, uma vez que os traficantes se preocupavam em trazer o maior número possível de escravos, negligenciando quanto ao espaço e a quantidade de víveres e água no navio.
D
O poema de Castro Alves mostra como havia na sociedade baiana um consenso a favor da manutenção do tráfico de africanos para o Brasil, pois sem o braço escravo a economia açucareira entraria em crise, levando o Brasil à ruína.
E
O Bill Aberdeen de 1845, promulgado pelo parlamento inglês, autorizava a marinha britânica a vasculhar os portos brasileiros em busca de navios negreiros e foi celebrado com alegria pelo governo do Brasil, que reconhecia não conseguir sozinho pôr término ao tráfico ilegal de escravos.
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IF-BA 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“No Brasil, há registros de fugitivos no Recôncavo da Bahia e na Capitania de Pernambuco – inicias áreas de colonização e escravidão africana atlântica – desde o final do século XVI. As primeiras notícias de Palmares – uma das mais importantes comunidades de africanos fugitivos das Américas – surgem nas últimas décadas do século XVI. (…) Os palmaristas (como eram denominados nas fontes lusitanas) resistiram a inúmeras tropas oficiais enviadas por portugueses e neerlandeses (durante a ocupação destes no nordeste em meados do século XVII) e também expedições punitivas preparadas por fazendeiros locais, que cada vez mais se sentiam prejudicados. Liderados por Ganga-Zumba e depois Zumbi – tinham uma complexa organização econômica, militar e política".

GOMES, Flávio dos Santos (Org.) Mocambos de Palmares: histórias e fontes (séculos XVI-XIX). Rio de Janeiro, 7 Letras, 2010, p. 7

A partir da leitura do texto e de acordo com seus conhecimentos sobre resistência escrava no Brasil colonial, assinale a alternativa correta. 

A
Palmares foi, sem dúvida, o maior quilombo existente no Brasil escravista. No entanto, não conseguiu alcançar o seu objetivo principal: acabar com a escravidão e o tráfico de africanos no Atlântico sul e formar uma nação de negros livres.
B
Os quilombos foram uma das expressões de resistência africana à escravidão no Brasil e, embora fossem fugitivos, os quilombolas não estavam isolados da sociedade colonial e interagiam com moradores e comerciantes das vilas próximas, para quem vendiam seus excedentes agrícolas e adquiriam armas e munições
C
Palmares representou para as autoridades coloniais e os proprietários de escravos um símbolo de rebeldia que deveria ser destruído. Porém as incursões militares não surtiram o efeito esperado e o quilombo continuou crescendo até o fim do período colonial sob a liderança de Zumbi.
D
As fugas e a formação de quilombos foram as principais formas de resistência à escravidão no período colonial, tendo em vista que a luta cotidiana contra o cativeiro (como fingir estar doente, danificar ferramentas ou fazer corpo mole) não incomodavam os senhores, pois os castigos físicos garantiam a exploração do trabalho escravo.
E
As expedições bandeirantes, em fins do século XVII, destruíram Palmares e puseram fim à experiência quilombola no Brasil. A partir de então, escravos fugitivos deixaram de se organizar em quilombos, temendo a ação militar das autoridades coloniais.
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IF-BA 2013 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

“Lisboa, agosto de 1499. D. Manoel escreve ao papa anunciando o retorno de Vasco da Gama da primeira viagem marítima à Índia e outorga-se um novo título: “Rei de Portugal e dos Algarves d’aquém e d’além-mar em África, Senhor de Guiné e da Conquista da Navegação e Comércio da Etiópia, Arábia, Pérsia e […] Índia”. Respaldado pelas bulas pontificais e nas caravelas, el-rei podia se atribuir o senhorio dos tratos e territórios longínquos que se conectavam à Europa. Tudo se tornará bem mais complicado quando a Metrópole tentar pôr em prática sua política no ultramar”

ALENCASTRO, Luiz Felipe de. Trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul. São Paulo, Cia das Letras, 2000, p. 11.

A
De acordo com o texto, as conquistas portuguesas ao longo dos séculos XV e XVI foram legitimadas pelo poder do papa, chefe máximo da cristandade à época, visto que o objetivo central dessas viagens era combater os muçulmanos e expandir o catolicismo.
B
Os portugueses foram os pioneiros na expansão marítima europeia em virtude de terem reunido alguns fatores favoráveis, como a centralização política, a disponibilidade de capitais e o conhecimento de técnicas de navegação de origem árabe e genovesa.
C
O título outorgado por D. Manoel a si próprio reflete os interesses dos portugueses sobre o continente africano e asiático, principalmente a construção de relações diplomáticas com os chefes locais, a exemplo do que ocorreu no Reino do Congo
D
A busca por metais preciosos impulsionou espanhóis e portugueses a se lançarem sobre o oceano desconhecido, muito embora somente os espanhóis tenham efetivado suas conquistas, por meio da descoberta de minas de prata na América do Sul.
E
O retorno de Vasco da Gama a Portugal significou a descoberta efetiva de uma rota transatlântica para as Índias. No entanto, essa rota comercial mostrou- se pouco lucrativa, visto que foi somente com a colonização do Brasil que os portugueses efetivaram seu Império Ultramarino.
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IF-BA 2013 - História - História do Brasil, Era Vargas – 1930-1954

“Nessa mesma hora, um avião partia do Aeroporto Santos Dumont rumo à cidade de São Paulo. O comandante, pelo microfone, pedia atenção aos viajantes para ‘uma notícia da mais alta gravidade’: o presidente Getúlio Vargas deu um tiro no próprio peito. (...)

Grupos de trabalhadores oriundos dos subúrbios dirigiam-se chorosos ao Palácio do Catete – o que ajudou os indecisos a tomarem a decisão de acompanhá-los. Enquanto isso, soldados da Polícia do Exército já tinham cavado trincheiras com ninhos de metralhadoras na praia do Russel e nas imediações do Catete...”

FERREIRA, Jorge. O imaginário trabalhista – getulismo, PTB e cultura política popular 1945-1964. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2005, pp. 165-166.

O texto acima refere-se à comoção popular e às manifestações que se seguiram à morte do presidente Getúlio Vargas, em agosto de 1954. Sobre o segundo governo desse presidente, é correto afirmar que

A
o segundo governo de Getúlio Vargas foi montado conforme as mesmas bases ditatoriais presentes no Estado Novo (1937-1945), fato que motivou a imensa oposição ao presidente e a crise que o levaram ao suicídio.
B
a criação da Petrobras foi considerada pelos sindicatos uma das medidas mais danosas de Getúlio Vargas, fato que faz com que trabalhadores ainda hoje o chamem de “mãe dos ricos”.
C
o jornalista Carlos Lacerda foi um dos principais articuladores da crise que visava derrubar Getúlio, utilizando o jornal Tribuna da Imprensa para denunciar o suposto “mar de lama” que havia sido instalado no país com Vargas na presidência.
D
não houve por parte da população nenhum tipo de manifestação após a morte de Vargas, comportamento explicado pela apatia que a política populista causava nos trabalhadores urbanos.
E
João Goulart, ministro do Trabalho de Vargas, foi demitido por aplicar uma política salarial extremamente impopular, o que o tornou figura indesejada pelos dirigentes sindicais.
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IF-BA 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Foi de uma denúncia feita ao visconde de Barbacena, governador de Minas Gerais em 1789, que veio à tona a Inconfidência Mineira, um movimento de contestação ao governo que administrava a capitania (…) os principais fazendeiros, exploradores de ouro e diamantes, criadores de gado, militares, contratadores, magistrados e eclesiásticos resolveram aderir ao movimento (…) eram quase todos escravistas e constituíam a elite letrada da época.”

RODRIGUES, André Figueiredo. “A revolução dos ricos”. Revista de História da Biblioteca Nacional, ano 6, nº 67, abril 2011, p. 23.

“O movimento político pelo qual homens negros e pobres manifestaram o seu descontentamento contra a monarquia portuguesa e contra a sociedade escravista na Bahia, em 1798, tem chamado a atenção de várias gerações de historiadores (…) Ao colocar em questão a desigualdade racial e a escravidão (…) os revolucionários baianos terminaram por assustar os simpatizantes dos inconfidentes mineiros.”

ARAÚJO, Ubiratan Castro de. “A política dos homens de cor no tempo da Independência”, Estudos Avançados, vol 18, nº 50, 2004, p. 253 e 267.

De acordo com os textos apresentados e os seus conhecimentos acerca dos movimentos políticos a favor da independência no século XVIII, assinale a alternativa INCORRETA.

A
Os participantes da Inconfidência Mineira representavam a elite econômica e letrada da região mineradora e, inspirados na independência das 13 colônias britânicas, reivindicavam autonomia política.
B
Tanto a Inconfidência Mineira quanto a Conjuração Baiana representam movimentos de contestação à opressão política e fiscal imposta pela Coroa portuguesa sobre os colonos.
C
A sedição de 1798, ao contrário do movimento mineiro, mobilizou membros das camadas populares da Capitania da Bahia, entre eles, negros livres e escravos que denunciavam a desigualdade racial e a escravidão.
D
A Conjuração Baiana representou uma ameaça à ordem escravista vigente e não ao Império português, ao contrário da Inconfidência Mineira que pregava a libertação da colônia da opressão política e econômica lusitana, mas a manutenção da escravidão.
E
O fato dos participantes do movimento sedicioso mineiro serem, em sua maioria, membros da elite local repercutiu nas sentenças ministradas pelas autoridades coloniais: os envolvidos foram condenados ao degredo, com exceção de Tiradentes
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IF-BA 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

                          O encontro de Rodolfo
                        Cavalcante com Lampião
                              (Trecho de Cordel)

                              Foi Virgulino Ferreira
                            Pobre homem injustiçado
                                E por isto vingativo
                              Se tornou um acelerado,
                               Se a justiça fosse reta
                              Nem jornalista ou poeta,
                                    O teria decantado.
                                                (...)
                                  Embora seja criança
                            Com meus 15 anos de idade
                                   Pude ver em Lampião
                                   Vítima da sociedade.
                                 Talvez ele em outro meio
                                 (Posso dizer sem receio)
                                 Era útil à humanidade ! (...)

            CAVALCANTE, Rodolfo Coelho. O encontro de Rodolfo Cavalcante
            com Lampião Virgulino. Salvador: [s.n.], 1973. In: CATELLI Jr,
            Roberto. História: texto e contexto. São Paulo:Scipione, 2006. p. 499.

Para o autor do Cordel Lampião é uma “vítima da sociedade”. Dentro desta perspectiva histórica, o cangaço é um fenômeno social resultante

A
das alianças firmadas entre jagunços e coronéis no sentido de perpetuar o poder oligárquico no sertão brasileiro.
B
das brigas entre os grandes coronéis, que incentivavam a formação de grupos de cangaceiros para se fortalecerem.
C
dos conflitos entre famílias poderosas, que levavam alguns de seus membros a entrarem no cangaço para eliminar os inimigos.
D
das poucas oportunidades oferecidas aos sertanejos em um contexto social marcado pela exploração oligárquica, pela miséria e pela fome.
E
das disputas políticas entre grupos de jovens sertanejos, que se armavam e lutavam entre si para garantir o domínio de algumas cidades ou região.
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IF-BA 2011 - História - República Autoritária : 1964- 1984, História do Brasil

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A imagem é representativa da Ditadura Militar no Brasil (1964- 1985) e permite caracterizá-la como um período marcado pela

A
perseguição aos opositores do regime, que sofreram todo tipo de repressão, legitimados pela Doutrina de Segurança Nacional.
B
estabilidade política marcada pela ausência de oposição e pela adesão imediata e apoio da maior parte dos brasileiros ao regime militar
C
ação de diferentes grupos de resistência ao regime militar, que conseguiram impor alguns limites à repressão no país, através da guerilha.
D
liberdade de expressão garantida pelo próprio regime, embora a constituição estabelecesse limites à imprensa através da censura prévia.
E
manutenção dos principais direitos do cidadão, como o voto direto para os cargos do executivo, embora houvesse forte perseguição à oposição.
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IF-BA 2011 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

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Publicado em 1865 como propaganda da guerra do Paraguai, o cartaz acima reflete a defesa do conflito por membros da elite intelectual, que apresentava, entre outros, o argumento de que o presidente do Paraguai, Solano Lopes

A
ameaçou a soberania brasileira ao tentar incorporar territórios na região nordeste do país.
B
criou a Confederação do Prata, aliando-se à Argentina e ao Uruguai contra os interesses econômicos do Brasil
C
rompeu as relações comerciais com o Brasil, prejudicando a exportação brasileira, que dependia do mercado paraguaio.
D
invadiu e conquistou áreas territoriais brasileiras na região do Mato Grosso, para garantir a construção do Grande Paraguai.
E
estabeleceu regras para assegurar a livre navegação na bacia do Prata, que prejudicavam o monopólio brasileiro na região.
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IF-BA 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Marginalizado legalmente, o escravo nem sempre o é materialmente, na medida em que pode desempenhar certas funções na dinâmica econômica urbana. Estas funções o colocam numa posição de certa independência material, imposta pelas próprias modalidades de seu exercício.”

MATTOSO, Kátia de Queirós. A cidade de Salvador e seu mercado no século XIX. São Paulo: Hucitec, 1978.

Das várias modalidades de escravo existentes no Brasil do século XIX, aquela que se ajusta à analise da historiadora é:

A
o escravo da lavoura, pois sua importância na economia exportadora o tornava imprescindível e insubstituível.
B
o escravo de aluguel, pois representava um lucro extra ao seu dono, passando a ser bem tratado e respeitado.
C
o escravo doméstico, porque podia cair nas boas graças do senhor e passar a exercer certo poder sobre os demais escravos.
D
o escravo de ganho, pois sua atividade permitia-lhe certa autonomia e juntar algum dinheiro que serviria para a compra da alforria.
E
o escravo público, porque não tinha um dono específico o que lhe permitia uma certa liberdade de escolha da função que desempenharia.