A ciência da História, como qualquer outra
ciência, é um conhecimento racional, objetivo, progressivo, verificável e verdadeiro, ainda que falível. Contudo, a ciência da
História para conhecer a realidade dos homens no tempo tem determinada especificidade, essa especificidade na construção
do passado dos homens no tempo é:
Gabarito comentado
Alternativa correta: E — Na elaboração da historiografia, o historiador necessita do acesso às fontes ou testemunhos para conhecer o passado dos homens no tempo.
Tema central: a especificidade do conhecimento histórico. A questão avalia se você compreende que a história é uma ciência que reconstrói o passado a partir de fontes, não por invenção ou apenas narração cronológica.
Resumo teórico: a História é um saber científico e interpretativo que depende de fontes (documentos escritos, orais, iconográficas, materiais). O historiador realiza crítica das fontes (externa e interna), estabelece procedimentos de verificação e elabora uma narrativa explicativa e plausível. Obras clássicas: Marc Bloch, O Ofício do Historiador; Fernand Braudel, A História e as Ciências Sociais.
Justificativa da alternativa E: Especificidade da historiografia: o acesso e a crítica das fontes são condição necessária para conhecer o passado. Sem fontes não há base empírica para a reconstrução; a argumentação deve ser apoiada em evidências verificáveis.
Análise das alternativas incorretas:
- A (errada): Entrevistar sujeitos é útil, mas nem sempre possível (história antiga) e não é requisito "na maioria das vezes" para toda historiografia. Testemunhos orais são apenas um tipo de fonte.
- B (errada): Imaginação controlada pode ajudar na interpretação, mas ficção não é método científico. A história exige fundamentação em fontes, não criação literária.
- C (errada): Descrever cronologicamente é parte do trabalho, mas a especificidade histórica é explicativa e crítica, não apenas listagem de fatos. A história busca entender causas, contextos e significados.
- D (errada): “Imaginar como era o passado” sugere criação livre; o historiador formula hipóteses plausíveis, mas sempre testadas contra fontes — não substitui a evidência documental ou material.
Dica de interpretação: ao ver termos como “especificidade” busque palavras-chave (fontes, crítica, evidência). Desconfie de alternativas que elevem imaginação/ficção ou reduzam a história à simples cronologia.
Fontes recomendadas: Marc Bloch, O Ofício do Historiador; Joan Wallach Scott (metodologia); orientações sobre crítica de fontes em manuais universitários de historiografia.
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