Questõesde FGV 2014

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FGV 2014 - Geografia - Geografia Econômica

O Protocolo da Biodiversidade, considerado histórico na sua criação, em 2010, na 10a. Convenção Mundial da Biodiversidade, em Nagoia, no Japão, objetiva garantir a divisão justa e equitativa de benefícios, gerados pelo uso dos recursos genéticos e da biodiversidade, combatendo a biopirataria, protegendo o patrimônio biológico dos países, por meio de instrumentos, como a criação de royalties para o uso da flora e da fauna locais.

Entrará em vigor após a ratificação por 50 países, e o Brasil, embora tenha assinado o documento da criação do protocolo, aguarda a ratificação pelo Congresso.

É considerado um problema para a ratificação do Protocolo de Nagoia pelo Congresso brasileiro, o fato de

A
alguns laboratórios farmacêuticos pedirem para o Brasil ratificar o protocolo.
B
ser considerado pela bancada ruralista como uma ameaça ao agronegócio brasileiro, com prejuízos para o setor.
C
comunidades indígenas nada terem recebido da indústria farmacêutica pelo uso de seus recursos naturais.
D
o Brasil esperar os resultados obtidos na Conferência Mundial da Biodiversidade, realizada na Coreia do Sul.
E
o protocolo não permitir que seja aprovada a lei que trata do acesso e da pesquisa do material genético brasileiro.
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FGV 2014 - Geografia - Geografia Econômica

Segundo um estudo realizado pela unidade de pesquisa da revista britânica The Economist, tendo por base o desempenho dos 26 estados e do Distrito Federal em oito categorias e vinte e cinco indicadores, foi criado o mapa a seguir.


                                                                 (Época, 28.07.2014).
A partir da análise do mapa, é correto afirmar que a pesquisa criou o mapa

A
da sustentabilidade, que revela as ações dos estados para melhorar as estratégias ambientais.
B
da produtividade industrial, com destaque para o setor naval.
C
do IDH, com rápida redução da desigualdade regional.
D
da distribuição dos mananciais, que retrata a crise no fornecimento de água.
E
da competitividade dos estados, que revela aqueles que têm as melhores condições de receber investimentos externos.
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FGV 2014 - Geografia - Geografia Física, Meio Ambiente na Geografia, Hidrografia, Impactos e soluções nos meios natural e rural

Aguardado como a solução a curto prazo para amenizar a crise hídrica na Grande São Paulo e em parte do interior do estado, o volume de água que chegará aos mananciais paulistas ainda é uma incógnita para pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Tradicionalmente, a estação chuvosa no Sudeste tem início em outubro e vai até abril. No Sistema Cantareira, o problema que culminou na atual crise hídrica não foi o atraso das chuvas em 2013, mas a baixa pluviometria registrada entre dezembro e fevereiro, meses que concentram 40% da chuva de todo o ano.

Foi a combinação de temperaturas recordes no último verão com a pluviometria mais baixa da história, entre outros fatores, que levou à atual crise da água.

(O Estado de S.Paulo, 26.08.2014)

A partir da leitura da notícia, pode-se identificar que o climograma da região do Sistema Cantareira, que abastece a Grande São Paulo, é

A


B


C


D


E


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FGV 2014 - Geografia - Geografia Econômica

As regiões brasileiras apresentam nítida diferença na distribuição do PIB segundo os setores econômicos.

Analise a tabela a seguir.


                                                           (IBGE-2013)

A região II, caracterizada pela maior exportação brasileira de grãos, apresenta a maior porcentagem brasileira no setor de agronegócios; também possui uma grande porcentagem no setor terciário e a menor participação na atividade industrial brasileira, apesar da expansão do setor nessa região. Trata-se da região brasileira

A
Norte.
B
Nordeste.
C
Sudeste.
D
Centro-Oeste.
E
Sul.
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FGV 2014 - Geografia - Industrialização, Indústria brasileira

Destaca-se na crescente exportação de frutas, principalmente uva, manga, goiaba e banana cultivadas com técnicas de irrigação. O dinamismo da economia estadual, principalmente no setor industrial, está associado a sua moderna infraestrutura portuária. Destaca-se, também, pela indústria têxtil e de confecções.

Referimo-nos ao estado

A
de Pernambuco.
B
de São Paulo.
C
do Rio Grande do Sul.
D
do Maranhão.
E
do Paraná.
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FGV 2014 - Geografia - Fontes de energia e recursos naturais, Energia

A matriz energética desse país é baseada em carvão mineral, transportado por ferrovias, que usam muito diesel; o minério segue em navios, que consomem muito combustível, e o país ainda tem demanda grande de petroquímicos, por conta da construção civil e bens de consumo e da sua crescente urbanização. Em 2010, tornou-se o maior consumidor mundial de petróleo, ultrapassando os Estados Unidos. Em 2003, o valor das exportações de petróleo do Brasil para esse país era 0,5% do total, e, em 2013, as exportações brasileiras saltaram para 8,7%, confirmando a liderança comercial desse país com o Brasil.

(Valor Econômico, 23.08.2014)

O texto refere-se à

A
Alemanha.
B
Itália.
C
China.
D
Austrália.
E
Índia.
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FGV 2014 - Geografia - Geografia Econômica

A exploração do Pré-Sal poderá posicionar o Brasil como um dos maiores exportadores de petróleo do mundo, com um excedente na produção que poderá superar 1,5 milhão de barris por dia, em um momento em que a demanda pelo insumo não será mais liderada pelo país Estados Unidos, mas pela Ásia.

Essa nova fronteira de exploração também vai mudar o ranking das áreas produtoras de petróleo no Brasil, nos próximos anos, pois

A
aumentará a participação e a liderança da Bacia de Campos e do Rio de Janeiro.
B
a Bacia de Santos e o estado de São Paulo devem aumentar sua exploração e produção de petróleo.
C
a produtividade média por poço em operação comercial no polo da Bacia do Recôncavo Baiano é maior que a registrada nos poços da Árabia Saudita.
D
poderá transformar o Brasil num exportador de energia e o maior produtor de petróleo do continente americano.
E
mais da metade do crescimento da produção de petróleo do mundo, até 2015, virá da produção de óleo de xisto dos EUA, das áreas petrolíferas chinesas e das águas profundas do Maranhão e Ceará.
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FGV 2014 - Geografia - População, Crescimento

A população brasileira cresceu 0,86% entre 2013 e 2014, segundo o IBGE. O total de habitantes nos 5 570 municípios do país chegou a 202 768 562 habitantes em julho de 2014, mas o percentual de crescimento não foi uniforme em todos eles.
     
                                  (Valor Econômico, 29.08. 2014)

A partir dos dados da tabela e dos seus conhecimentos sobre a população brasileira, é correto concluir que

A
os municípios de médio porte são importantes centros regionais em seus estados, ou integrantes das principais regiões metropolitanas, configurando-se como áreas de atração migratória.
B
o grande crescimento dos municípios de pequeno porte deve-se ao rápido aumento da natalidade e da política de sustentabilidade desses municípios.
C
o maior crescimento percentual da população foi registrado nos municípios das capitais dos estados mais populosos do Brasil.
D
os dados divulgados evidenciam que o dinamismo populacional do Brasil está seguindo novas rotas, particularmente rumo aos maiores municípios portuários da região Sudeste.
E
ocorre cada dia mais a concentração da população brasileira nos municípios das capitais estaduais mais populosas, devido ao custo de vida mais baixo, às melhores oportunidades de trabalho e maior infraestrutura urbana.
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FGV 2014 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

    (...) dividamos a experiência (passeio na montanha-russa) em três partes. A primeira é a da ascensão contínua, metódica e persistente (...). Essa fase representa o período do século XVI até meados do século XIX, quando as elites da Europa promovem o desenvolvimento tecnológico que lhes asseguraria o domínio do mundo. A segunda nos precipita em uma queda vertiginosa, com a perda das referências do espaço, do que nos cerca e até o controle das faculdades conscientes (...). Isto ocorreu ao redor de 1870, com a chamada Revolução Científico-Tecnológica. (...) A terceira é a do loop, o clímax da aceleração precipitada, que representaria o atual período, assinalado por um novo surto dramático de transformações, a Revolução da Microeletrônica (...) o que faz os dois movimentos anteriores parecerem projeções em câmera lenta. (...) O aparato tecnológico torna-se cada vez mais imprevisível, irresistível e incompreensível.

(Nicolau Sevcenko, A corrida para o século XXI, 2001, p. 14-17)

Segundo o texto,

A
a metáfora da montanha-russa nos incita a refletir sobre o mundo moderno e contemporâneo e, por meio da Revolução Científico-Tecnológica e da Revolução da Microeletrônica, nos joga em meio às invenções, na espetacularização da sociedade, na idolatria das imagens, na velocidade das relações cotidianas e na ausência de reflexão que contempla o presentismo.
B
a imagem da montanha-russa valoriza a tecnologia como critério histórico para medir o tempo, sua continuidade e suas rupturas, elogia o progresso, nos estimula a viver segundo as referências do passado, nos faz prever o futuro e, dessa forma, facilita a compreensão dos saltos qualitativos, tornando o homem consciente da sua ação histórica.
C
o loop, ou seja, o movimento de maior velocidade das mudanças, sintetiza o processo histórico, desde o século XVI até os inícios do século XXI pois, após dominar o mundo, o homem se lança na microeletrônica, no quase invisível, o que permite a ele o controle das situações adversas, a preservação do meio ambiente e o planejamento de uma sociedade menos violenta.
D
o século XXI inicia-se de maneira otimista, com as transformações da Revolução Microeletrônica que permitem ao homem o domínio do meio ambiente, a facilidade dos meios de comunicação, cada vez mais democratizados, a reflexão sobre seu próprio destino enfim, um mundo mais solidário que deixou para trás as guerras e os genocídios, guiado agora pela tecnologia.
E
o homem do século XXI tem mais condições materiais de refletir sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre as relações entre homem/homem e homem/mundo, já que a tecnologia o instrumentaliza com a democratização das informações, tornando possível compreender as mudanças, mesmo que rápidas, e o mobiliza para uma ação mais consciente.
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FGV 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil



Leia um trecho de uma entrevista com o historiador Francisco Alembert.

    (...) os governos vêm sucessivamente utilizando a retórica, a imagem e o mito do governo de Juscelino, por isso ele continua tão forte e tão presente. Mas há também algo em comum na utilização de JK por esses governos. De uma forma ou de outra, eles procuram justificar o crescimento econômico dentro da democracia. Ele agradava a burguesia, porque se mostrava um governo modernizador, e também agradava a esquerda, mesmo não tendo uma política de esquerda. Mas alcançou um crescimento realmente fantástico, nunca visto antes. O grande problema é que isso não foi dividido por toda a sociedade.

(www.sinprosp.org.br/reportagens_entrevistas.asp?especial=102&materia=281. Acessado em 20.08.2014)

A partir da entrevista, é correto afirmar que o chamado mito JK

A
fundamenta-se em dois avanços essenciais do governo Juscelino Kubitscheck: a eficiente política de combate às disparidades regionais, o que garantiu um enorme crescimento econômico do Nordeste, e a melhoria da distribuição de renda nacional por meio dos aumentos salariais do operariado.
B
tem sido alimentado por diversos governos brasileiros, mesmo com posturas ideológicas diferentes, porque o ex-presidente pode ser lembrado como o autor de um importante processo de abertura da economia, como também o artífice de um desenvolvimento econômico acelerado.
C
constituiu-se a partir da competência única do presidente da República em amarrar as lideranças políticas da UDN, do PTB e do PSD ao projeto de mudança da capital e construção de Brasília, compreendida por todas essas forças políticas democráticas como necessidade para o desenvolvimento nacional.
D
baseia-se na capacidade política do então presidente brasileiro, líder de uma grande negociação entre as forças econômicas e políticas nacionais, que efetivou um processo de reforma agrária progressista, além da extensão dos direitos trabalhistas aos homens do campo.
E
está vinculado à reconhecida sensibilidade política de Juscelino Kubitscheck, que foi capaz de articular todas as principais forças políticas nacionais, formando um governo de coalizão de centro-esquerda, com a participação das mais representativas lideranças da UDN e do PSB.
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FGV 2014 - História - República Oligárquica - 1889 a 1930, História do Brasil

Observe a tabela.

 INDÚSTRIA – 1920 – PERCENTAGEM POR RAMOS




(Recenseamento do Brasil, 1920 Apud Boris Fausto, A revolução de 1930: historiografia e história, 1979, p. 20)

A partir dos dados, é correto afirmar que a indústria brasileira, em 1920,

A
concentrava a sua produção em grandes fábricas, especialmente localizadas nas capitais nordestinas, com o aproveitamento das matérias-primas locais, como a juta.
B
apresentava-se como a principal atividade econômica do país, superando as rendas da exportação do café, prejudicadas pelos efeitos da Primeira Guerra Mundial.
C
caracterizava-se pela dependência do setor agrário-exportador e pela presença pouco representativa dos ramos da infraestrutura industrial, caso da siderurgia.
D
representava o sucesso da política federal de apoio à indústria de base, concretizada nas isenções tributárias e nos empréstimos públicos oferecidos aos industriais.
E
revelava um crescimento sólido e surpreendente, porque contou com rígidas leis protecionistas, como a que restringia a importação de bens de consumo duráveis.
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FGV 2014 - História - História Geral, Período Entre-Guerras; Crise de 1929 e seus desdobramentos

    Esses anos [pós-guerra] também foram notáveis sob outro aspecto pois, à medida que o tempo passava, tornava-se evidente que aquela prosperidade não duraria. Dentro dela estavam contidas as sementes de sua própria destruição.

(J. K. Galbraith, Dias de boom e de desastre In J. M. Roberts (org), História do século XX, 1974, p. 1331)

Segundo Galbraith,

A
a crise do capitalismo norte-americano em 1929 não abalou os seus fundamentos porque foi gerada por ele mesmo, isto é, o funcionamento da economia provocou a superprodução agrícola e industrial, a especulação na bolsa de valores, e a expansão do crédito, o que garantiu os lucros aos empresários, diminuindo a desigual distribuição de renda com o recuo do desemprego.
B
a época referida no texto diz respeito à crise dos anos 1950, pós-Segunda Guerra, portanto externa ao capitalismo dos Estados Unidos, uma vez que os Estados europeus, endividados e destruídos, continuaram a contrair empréstimos e a comprar produtos norte-americanos, e os empresários, internamente, especularam na bolsa de valores, para minimizar os efeitos do desemprego.
C
nos fins dos anos 1920, com a economia desorganizada pela Primeira Guerra Mundial, o capitalismo norte-americano cresceu rumo à superprodução, com investimentos na indústria, à restrição ao crédito e ao controle da especulação na bolsa de valores, pois a crise foi motivada apenas por motivos internos, o que facilitou a intervenção do Estado.
D
a crise de 1929 foi gerada pelo próprio funcionamento do capitalismo nos Estados Unidos dos anos 1920, em um clima de euforia com o aumento da produção, a especulação na bolsa de valores, a concentração de renda e o crédito fácil, sem intervenção do Estado, apesar da diminuição das importações europeias e dos crescentes índices de desemprego.
E
a crise dos anos pós-Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da ação do Estado, na medida em que a intervenção reduziu os desequilíbrios causados pelo próprio funcionamento da economia norte-americana, isto é, preservou o lucro dos empresários, baixou os índices da produção agrícola e industrial, e controlou os altos níveis do desemprego.
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FGV 2014 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

No livro de crônicas Cidades Mortas, o escritor Monteiro Lobato descreve o destino de ricas cidades cafeicultoras do Vale do Paraíba. Bananal, que chegou a ser a maior produtora de café da província de São Paulo, tornou-se uma “cidade morta", que vive do esplendor do passado: transformou-se em uma estância turístico-histórica, mantendo poucas sedes majestosas conservadas, como a da Fazenda Resgate. A maioria, entretanto, está em ruínas. O fim da escravidão foi o fim dos barões. E também o fim do Império.

(Sheila de Castro Faria, Ciclo do café In Luciano Figueiredo (org), História do Brasil para ocupados, 2013, p.164)


Sobre a conclusão apresentada no texto, é correto afirmar que

A
a decadência econômica do vale do Paraíba tem fortes vínculos com as periódicas crises internacionais que reduziam a demanda pelo café, mas a causa central da derrocada do cultivo nessa região foi a ação do Império combatendo a imigração.
B
o Centro-Sul, especialmente a região do vale do Paraíba, manteve uma constante crítica à Monarquia, em razão da defesa que esta fazia do federalismo, opondo-se ao centralismo político-administrativo, prejudicial aos negócios do café.
C
a decadência da produção cafeeira no vale do Paraíba, relacionada aos problemas de solo, foi impulsionada pela abolição da escravatura, fato que levou os grandes proprietários de terra da região a retirarem o seu apoio à Monarquia.
D
as divergências entre os cafeicultores do vale do Paraíba e a liderança do Partido Conservador cristalizaram-se com o fim do tráfico de escravos, culminando no rompimento definitivo com a lei do Ventre Livre.
E
a posição antimonarquista dos cafeicultores do vale do Paraíba, fundadores do Partido Republicano, resultou na imposição de medidas, por parte da elite imperial, prejudiciais a essa elite, como a proibição da entrada de imigrantes.
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FGV 2014 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

    Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefício para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (...) [A Europa] está no comando e no comando deve permanecer.

(Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

A
a partilha afro-asiática da segunda metade do século XIX, liderada pela Inglaterra e França, fruto da expansão das relações capitalistas de produção, garantiu o controle de matérias-primas estratégicas para a indústria e a colonização como missão civilizadora da raça branca superior.
B
o velho imperialismo do século XVI foi produto da revolução comercial pela procura de novos produtos e mercados para Portugal e Espanha que, por meio do exclusivo metropolitano e do direito de colonização sobre os povos inferiores, validando os superlucros da exploração colonial.
C
o novo imperialismo da primeira metade do século XIX, na África e Oceania, consequência do capitalismo comercial, impôs o monopólio da produção colonial, em especial, para a Grã-Bretanha que, de forma pacífica, defendeu o direito de colonização sobre os povos inferiores.
D
o colonialismo do século XVI, na África e Ásia, tornou essas regiões fontes de matérias-primas e mercados para a Europa, em especial, Alemanha e França, que por meio da guerra, submeteram os povos inferiores e promoveram a industrialização africana.
E
a exploração da África e da Ásia na segunda metade do século XVII, pelas grandes potências industriais, foi um instrumento eficaz para a missão colonizadora daquelas áreas atrasadas e ampliou o domínio europeu em nome do progresso na medida em que implantou o monopólio comercial.
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FGV 2014 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral

A unidade italiana – o processo de constituição de um Estado único para o país – conserva o sistema oligárquico (...) Isto não impede a formação do Estado, mas retarda a eclosão do fenômeno nacional.

(Leon Pomer, O surgimento das nações, 1985, p. 40-42)

Fizemos a Itália; agora, precisamos fazer os italianos.

(Massimo d'Azeglio Apud E. J. Hobsbawm, A era do capital, 1977, p. 108)

A partir dos textos, é correto afirmar que

A
apesar de ter nascido antes da nação, o Estado italiano, unificado em 1871, representou os interesses dos não-proprietários, o que implicou a defesa de mudanças revolucionárias, que tornaram o Estado não autoritário e permitiram a emergência do sentimento nacional, já fortificado pelas guerras de unificação.
B
o Estado italiano, nascido em 1848, na luta da alta burguesia do norte pelo poder, representava os interesses liberais, isto é, a unidade do país como um alargamento do Estado piemontês, na defesa da pequena propriedade e do voto universal, condições para a consolidação do sentimento nacional que cria os italianos.
C
em 1848, a criação do Estado italiano, pela burguesia do Reino das Duas Sicílias, foi uma vitória do liberalismo, pois a estrutura fundiária, baseada na grande propriedade, e a exclusão política dos não-proprietários permaneceram, encorajando os valores nacionais, condição para diminuir as diferenças regionais.
D
em 1871, o processo de unificação e o sentimento nacional estavam intimamente ligados, na medida em que a classe proprietária do centro da península, vitoriosa na guerra contra a Áustria, absorveu os valores populares nacionais, o que legitimou a formação do Estado autoritário, defensor das desigualdades regionais.
E
o Estado italiano nasceu antes da nação, em 1871, como uma construção artificial, frágil e autoritária da alta burguesia do norte, cujos interesses de dominação excluíram as mudanças revolucionárias e atrasaram a emergência do sentimento nacional, ainda estranho para a grande maioria das diferentes regiões da península.
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FGV 2014 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Observe o mapa.


(Armelle Enders, A nova história do Brasil, p. 109)

Os dados do mapa mostram que a emancipação política do Brasil

A
efetivou-se com o chamado Grito do Ipiranga, porque todas as províncias do Brasil, imediatamente, passaram a obedecer às ordens vindas do Rio de Janeiro na pessoa do Imperador Dom Pedro I e romperam todos os laços com as Cortes de Lisboa, defensoras da recolonização brasileira.
B
ocorreu de forma homogênea, com a divisão da liderança do movimento emancipacionista entre os principais comandos regionais do Brasil e com a constituição de acordos políticos que garantiram a unidade territorial e a efetivação do federalismo.
C
dividiu as regiões brasileiras entre as defensoras de uma emancipação vinculada ao fim do tráfico de escravos, caso das províncias do Norte e do Nordeste, e as províncias do Centro-Sul, contrárias à separação definitiva de Portugal e favoráveis à constituição de uma monarquia dual.
D
foi um processo complexo, no qual não houve adesão imediata de algumas províncias ao Rio de Janeiro, representado pelo poder do imperador Dom Pedro I, pois essas províncias continuaram fiéis às Cortes de Lisboa, levando a guerras de independência.
E
diferencia-se radicalmente das experiências da América espanhola, porque a América portuguesa obteve a sua independência sem que houvesse qualquer movimento de resistência armada por parte dos colonos ou da metrópole, interessados em uma separação negociada.
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FGV 2014 - História - História da América Latina, América Latina na segunda metade do século XX: revoluções, transformações e permanências

É a América Latina, as regiões das veias abertas. Desde o descobrimento até nossos dias, tudo se transformou em capital estrangeiro e como tal acumula-se até hoje. A causa nacional latino-americana é, antes de tudo, uma causa social.

(Eduardo Galeano, As veias abertas da América Latina, 1978, p. 14 e 281. Adaptado)

A partir do texto, é correto afirmar que

A
a luta na América pela ruptura do domínio espanhol manteve o poder econômico dos criollos, somado ao poder político que preservou a estrutura colonial, inclusive a escravidão, e garantiu o livre comércio aos britânicos, enquanto a maioria desapropriada, que lutou pela terra, continuou pobre e excluída, submetida à elite, dominante internamente e dominada externamente.
B
o processo de independência da América Latina transformou a estrutura colonial, na medida em que a elite criolla aboliu a escravidão e promoveu a reforma agrária, diminuindo as distâncias sociais, ou seja, elaborou um projeto social próprio, o que afastou os interesses britânicos, estimulou os investimentos nacionais e fez o Estado assumir sua própria identidade latino-americana.
C
o movimento de emancipação latino-americano restringiu-se aos aspectos culturais, ou seja, não ocorreu a descolonização, pois a estrutura colonial permaneceu, exceção à escravidão, obstáculo ao avanço do liberalismo, abolida pelos criollos para garantir o consumo dos produtos franceses, já que o projeto político dos proprietários estava em sintonia com os interesses externos capitalistas.
D
a ruptura latino-americana com a metrópole espanhola foi revolucionária, na medida em que as classes dominantes locais, os criollos, perderam o poder que tinham na estrutura colonial, graças à luta social dos não-proprietários que promoveram a descolonização e implantaram um projeto político identificado com os interesses populares, como o fim da escravidão, a reforma agrária e o voto universal.
E
o movimento de quebra dos laços coloniais ocorreu de forma violenta, no qual a maioria não-proprietária teve papel decisivo, transformando a luta em uma causa social, destruindo a estrutura colonial e construindo um projeto político que atendeu tanto aos interesses dos criollos como aos dos ingleses, isto é, fornecer produtos para o mercado externo e consumir os produtos industrializados.
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FGV 2014 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Caracteriza a agricultura colonial no Brasil do final do século XVIII:

A
a importância alcançada pela produção de tabaco em São Paulo e em Minas Gerais, que ocorreu após o Conselho Ultramarino ter permitido esse cultivo, o que favoreceu a sua troca com manufaturas inglesas e francesas.
B
um novo produto, o trigo, foi beneficiado pela estrutura originada da Revolução Industrial, que aprofundou a divisão entre os papéis a serem exercidos pelas nações, isto é, as ricas, produtoras de industrializados e, as pobres, de matérias-primas.
C
o valor especial adquirido pelo extrativismo no Norte do Brasil, com o guaraná, que concorreu com os produtos agrícolas tradicionais, como o açúcar, permitiu um rápido desenvolvimento dessa região e a sua articulação com o restante da colônia.
D
o revigoramento da produção de açúcar e o desenvolvimento do cultivo do algodão decorrentes, principalmente, de alguns fatos internacionais importantes, em especial, a independência das treze colônias inglesas e a Revolução Haitiana.
E
o aparecimento do café na pauta de exportações coloniais, o que revolucionou as relações entre o Estado português e a elite escravista, pois a sustentação econômica da metrópole exigiu o abrandamento das restrições mercantilistas.
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FGV 2014 - História - História do Brasil

    A interrupção desse fluxo comercial levaria os negociantes e financistas da República a fundarem a Companhia das Índias Ocidentais (1621). (...)

   O historiador Charles Boxer considera que esse conflito, por produtos e mercados, entre o Império Habsburgo e as Províncias Unidas, foi tão generalizado que pode ser considerado, de fato, a Primeira Guerra Mundial, pois atingiu os quatros cantos do mundo.

(Regina Célia Gonçalves, Fim do domínio holandês In Circe Bittencourt (org), Dicionário de datas da história do Brasil, p. 34)

Acerca do fragmento, que aborda o conflito entre o Império Espanhol e as Repúblicas das Províncias Unidas, nas primeiras décadas do século XVII, é correto afirmar que

A
os fundamentos da presença holandesa em todos os domínios coloniais portugueses devem ser associados à conjuntura de guerra religiosa dominante na Europa, cabendo aos representantes batavos, prioritariamente, impor o calvinismo nas regiões recém-conquistadas, caso de Angola.
B
as práticas holandesas de desrespeito aos domínios coloniais das outras potências europeias, especialmente Portugal e França, determinaram uma onda permanente de guerras entre essas potências, gerando o isolamento estratégico das companhias de comércio de capital holandês.
C
a presença holandesa no Nordeste brasileiro, visando o comando da produção açucareira, fez parte de um processo mais amplo, porque esteve associada ao domínio de espaços fornecedores de escravos na África, além de outros domínios no Oriente, até então sob o domínio português.
D
o maior interesse da companhia de comércio holandesa era a exploração mineral na América portuguesa e, para atingir esse objetivo, optou pela entrada no Brasil por meio do Nordeste açucareiro, porque era uma região menos protegida militarmente e mais aberta à influência estrangeira.
E
a disputa por espaços coloniais no Caribe e na região oeste da América do Norte gerou uma guerra europeia de grandes proporções, envolvendo as principais monarquias do continente e obrigando a Espanha a se aliar à França e à Inglaterra, com o intuito de se defender da marinha de guerra holandesa.
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FGV 2014 - História - História Geral, Mercantilismo e a economia de Estados

    O Estado era tanto o sujeito como o objeto da política econômica mercantilista. O mercantilismo refletia a concepção a respeito das relações entre o Estado e a nação que imperava na época (séculos XVI e XVII). Era o Estado, não a nação, o que lhe interessava.
                             (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques  e et alii (seleção), História moderna através de textos, 1989, p. 85. Adaptado)
Segundo o autor,

A
as relações profundas entre o Estado absolutista e o nacionalismo levaram à intolerância e a tudo o que impedia o bem-estar dos súditos, unidos por regulamentações e normas rígidas.
B
as práticas econômicas intervencionistas do Estado absolutista tinham o objetivo específico de enriquecer a nação, em especial, os comerciantes, que impulsionavam o comércio externo, base da acumulação da época.
C
o mercantilismo foi um sistema de poder, pois o Estado absolutista implantou práticas econômicas intervencionistas, cujo objetivo maior foi o fortalecimento do poder político do próprio Estado.
D
o Estado absolutista privilegiou sua aliada política, a nobreza, ao adotar medidas não intervencionistas, para preservar a concentração fundiária, já que a terra era a medida de riqueza da época.
E
a nação, compreendida como todos os súditos do Estado absolutista, era o alvo maior de todas as medidas econômicas, isto é, o intervencionismo está intimamente ligado ao nacionalismo.