Questõessobre Variação Linguística

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ENCCEJA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Os trechos em itálico no texto sinalizam o que foi escrito pelo remetente da carta. Embora o personagem administrador da Santa Inácia inicie o recado na norma-padrão, em outros momentos usa “as chuvarada” (sem o “s” de plural), “divido o” em lugar de “devido ao”, demonstrando

    O coronel recusou a sopa.

    — Que é isso, Juca? Está doente?

    O coronel coçou o queixo. Revirou os olhos. Quebrou um palito. Deu um estalo com a língua.

    — Que é que você tem, homem de Deus?

    O coronel não disse nada. Tirou uma carta do bolso de dentro. Pôs os óculos. Começou a ler:

    — Exmo. Snr. Coronel Juca.

    — De quem é?

    — Do administrador da Santa Inácia.

    — Já sei. Geada?

    — Escute. Exmo. Snr. Coronel Juca. Respeitosas Saudações. Em primeiro lugar Saudo-vos. V.Ecia. e D. Nequinha. Coronel venho por meio desta respeitosamente comunicar para V. E. que o cafezal novo agradeceu bastante as chuvarada desta semana. E tal e tal e tal. Me acho doente diversos incômodos divido o serviço.

    — Coitado.

MACHADO, A. A. Notas biográficas do novo deputado. In: OLIVEIRA, N. Histórias de imigrantes. São Paulo: Scipione, 2007 (adaptado).

A
aproximar a linguagem ao entendimento do coronel.
B
ajustar os termos ao contexto de interlocução.
C
ser acessível à situação informal de comunicação.
D
ter dificuldades no domínio dessa variante.
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ENCCEJA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Uso das aspas, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Nesse texto, as falas do homem descrito pelo narrador são marcadas por aspas e algumas palavras grafadas em itálico. Esses destaques caracterizam uma variedade linguística

O Lavrador

    

    Esse homem deve ser de minha idade – mas sabe muito mais coisas. Era colono em terras mais altas, se aborreceu com o fazendeiro, chegou aqui ao Rio Doce quando ainda se podia requerer duas colônias de cinco alqueires “na beira da água grande” quase de graça. Brocou a mata com a foice, depois derrubou, queimou, plantou seu café.

    Explica-me: “Eu trabalho sozinho, mais o menino meu.” Seu raciocínio quando veio foi este: “Vou tratar de cair na mata; a mata é do governo, e eu sou fio do Estado, devo ter direito.” Confessa que sua posse até hoje não está legalizada: “Tenho de ir a Linhares, mas eu magino esse aguão...”

BRAGA, R. 200 crônicas escolhidas. Rio Janeiro: Record, 2004.

A
etária, pois os homens tinham a mesma idade.
B
de região, pois o fato ocorreu em Linhares.
C
de registro, pois indicam falas informais.
D
social, pois se referem ao dialeto caipira.
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ENCCEJA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Seja eu,

Seja eu

Deixa que eu seja eu.

E aceita

O que seja seu.

Então deita e aceita eu.


Molha eu,

Seca eu,

Deixa que eu seja o céu.

E receba

O que seja seu.

Anoiteça e amanheça eu.

ANTUNES, A.; LINDSAY, A.; MONTE, M. Mais. Rio de Janeiro: EMI-Odeon, 1991 (fragmento).


Nos trechos “Então deita e aceita eu/ Molha eu,/ Seca eu”, nota-se aspectos de uma variedade linguística que foi utilizada na canção como recurso para caracterizar um(a

A
argumento em favor do amor entre duas pessoas.
B
forma carinhosa típica de relações afetivas.
C
ordem para que se deixe alguém em paz.
D
pedido para que se mantenha algo em ordem.
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UEMG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O intérprete dos perdedores

(Antônio Gonçalves Filho)


No mundo de João Antônio, os personagens são os marginalizados e andam de um lado para outro, sem rumo. Os diálogos são secos e a narrativa é circular. A exclusão desses marginais é total numa cidade dividida, fragmentada e avessa ao diálogo entre diferentes classes sociais. Antonio Candido, num texto publicado no Estado por ocasião da morte do escritor João Antônio, ocorrida em outubro de 1996, evoca Lima Barreto para dizer que, assim como o ídolo do autor, João Antônio passou por cima das normas (também gramaticais) para criar um mundo de leis próprias, “transfigurando” a noite paulistana e fazendo da transgressão “um instrumento que nos humaniza”.


(http://goo.gl/BQVYD. Acesso: 14/03/2013. Adaptado.)


Com base na leitura do texto, qual a importância da variação linguística na obra do escritor João Antônio?

A
Criar um estilo literário que torne inédita a obra do ficcionista.
B
Dar voz às classes marginalizadas e excluídas na sociedade.
C
Moralizar aqueles que são considerados fracassados sociais.
D
Valorizar as normas da gramática culta da língua portuguesa.
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UEMG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Esse texto está expresso em uma variante linguística fundamentada em um fator

Cuitelinho

Cheguei na beira do porto
Onde as onda se espaia
As garça dá meia volta
E senta na beira da praia
E o cuitelinho não gosta
Que o botão de rosa caia ai ai

Ai quando eu vim
da minha terra
Despedi da parentaia
Eu entrei no Mato Grosso
Dei em terras paraguaias
Lá tinha revolução
Enfrentei fortes bataia ai ai

A tua saudade corta
Como aço de navaia
O coração fica aflito
Bate uma a outra faia
E os óio se enche d’água
Que até a vista se atrapaia ai

(http://goo.gl/vsUiC. Acesso: 14/03/2013. Adaptado.)
A
estilístico.
B
etário.
C
geográfico.
D
histórico.
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UEMG 2019 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

As gravações de “Cuitelinho”
(Sírio Possenti)

“Cuitelinho” é o título de belíssima canção “folclórica”, já gravada por dezenas de cantores. Sua letra é corpus muito interessante para quem quiser saber como é o português falado no Brasil. Sendo música do folclore, tem evidentemente muitas características da gramática do português popular. Ouvindo as diversas gravações, descobrem-se pelo menos duas coisas: a primeira é que há muita variação, especialmente de pronúncia ou sotaque; a segunda, bem mais curiosa, deixando os detalhes de lado, refere-se ao fato de que, quanto menos “letrados” são os cantores, mais eles corrigem a letra, confirmando a tese de que a ideologia dominante é a ideologia da classe dominante.

(http://goo.gl/QTUzd. Acesso: 28/03/2013. Adaptado.)


O que as correções feitas pelos intérpretes na pronúncia da letra “Cuitelinho” revelam acerca da relação entre ideologia e variação linguística?

A
A ignorância por parte dos cantores populares em relação aos fatores políticos que envolvem a linguagem.
B
A imposição da variante padrão da língua como estratégia de dominação de uma classe sobre as demais.
C
O maior conhecimento da variante não padrão da língua por parte dos cantores mais letrados e esclarecidos.
D
O orgulho dos intérpretes menos letrados ao afirmarem uma identidade popular expressa no sotaque.
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UNICENTRO 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Com base na leitura da charge supracitada, bem como de seus conhecimentos acerca da variação linguística do Português brasileiro, avalie as proposições a seguir:

I) A língua é entidade imutável, homogênea, cabendo aos falantes atender à norma padrão culta.
II) Toda língua é um conjunto diversificado, porque as sociedades humanas têm experiências históricas, sociais, culturais e políticas diferentes e essas experiências se refletirão no comportamento linguístico de seus membros.
III) As variações (sintáticas e lexicais) são inerentes à fala e à escrita de pessoas pouco escolarizadas.
IV) A aceitação ou não de certas formas linguísticas por parte da comunidade falante está relacionada com o significado social que lhe é imposto pelo grupo que as usam essa variante.

A partir da análise é correto considerar que:

Leia o texto a seguir para responder a questão


Disponível em http://www.chargeonline.com.br/. Acesso em 23 set. 2017

A
Somente a alternativa II está correta.
B
Somente a alternativas III está correta.
C
Somente as alternativas II e IV estão corretas.
D
Somente as alternativas II e III estão corretas.
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FUVEST 2017 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

Constitui marca do registro informal da língua o trecho


 Aluísio Azevedo, O cortiço.


* ensarilhar-se: emaranhar-se.

** rezinga: resmungo.

A
“mas um só ruído compacto” (L. 2-3).
B
“ouviam-se gargalhadas” (L. 5).
C
“o prazer animal de existir” (L. 8-9).
D
“gritou ela para baixo” (L. 14).
E
“bata na porta” (L. 15).
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ENCCEJA 2019 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto poético Assum preto apresenta uma variedade linguística caracterizada pela informalidade da situação de comunicação e pelo gênero letra de canção regional. Essa variedade de língua está marcada no texto pela

Assum preto

  Tudo em vorta é só beleza            

  Sol de abril e a mata em frô           

Mas Assum preto, cego dos óio   

Num vendo a luz, ai, canta de dô.


Tarvez por ignorança                   

Ou mardade das pió                    

 Furaro os óio do Assum preto      

 Pra ele assim, ai, cantá mió.        


Assum preto veve sorto              

Mas num pode avuá                    

  Mil vez a sina de uma gaiola         

  Desde que o céu, ai, pudesse oiá.


   Assum preto, o meu cantar            

É tão triste como o teu                

 Também robaro o meu amor        

 Que era a luz, ai, dos óio meu.    

GONZAGA, L.; TEIXEIRA, H. Disponível em:

www.vagalume.com.br. Acesso em: 17 jul. 2014.

A
representação escrita da fala.
B
estrutura em estrofes do texto.
C
temática ambiental abordada.
D
rima ao final de alguns versos.
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UFVJM-MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

No conto A terceira margem do rio, de Guimarães Rosa, publicado no livro Primeiras Estórias (1962), a narrativa se constrói por meio de um relato em primeira pessoa que se propõe a contar um evento passado, em que o autor utilizou tanto a língua padrão culta quanto a inclusão de traços da oralidade.

ASSINALE a alternativa em que há o discurso direto e a marca da oralidade:

Texto III
Não consultes dicionários. Casmurro não está aqui no sentido que eles lhe dão, mas no que lhe pôs o vulgo de homem calado e metido consigo. Dom veio por ironia, para atribuir-me fumos de fidalgo. Tudo por estar cochilando! Também não achei melhor título para a minha narração; se não tiver outro daqui até ao fim do livro, vai este mesmo. O meu poeta do trem ficará sabendo que não lhe guardo rancor. E com pequeno esforço, sendo o título seu, poderá cuidar que a obra é sua. Há livros que apenas terão isso dos seus autores; alguns nem tanto. Agora que expliquei o título, passo a escrever o livro. Antes disso, porém, digamos os motivos que me põem a pena na mão.


Texto IV
O meu fim evidente era atar as duas pontas da vida, e restaurar na velhice a adolescência. Pois, senhor, não consegui recompor o que foi nem o que fui. Em tudo, se o rosto é igual, a fisionomia é diferente. Se só me faltassem os outros, vá; um homem consola-se mais ou menos das pessoas que perde; mas falto eu mesmo, e esta lacuna é tudo. O que aqui está é, mal comparando, semelhante à pintura que se põe na barba e nos cabelos, e que apenas conserva o hábito externo, como se diz nas autópsias; o interno não agüenta tinta.

FONTE: ASSIS, Machado de. Dom Casmurro. Fixação de texto e notas de Manoel M. S. Almeida; prefácio de John Gledson. São Paulo: Globo, 2008.
A
“Do que eu mesmo me alembro, ele não figurava mais estúrdio nem mais triste do que os outros, conhecidos nossos. Só quieto.”
B
“Era a sério. Encomendou a canoa especial, de pau de vinhático, pequena, mal com a tabuinha da popa, como para caber justo o remador”.
C
“Nosso pai era homem cumpridor, ordeiro, positivo; e sido assim desde mocinho e menino , pelo que testemunharam as diversas sensatas pessoas, quando Indaguei a informação.”
D
“Nossa mãe, a gente achou que ela ia esbravejar, mas persistiu somente alva de pálida, mascou o beiço e bramou: — Cê vai, ocê fique, você nunca volte!" Nosso pai suspendeu a resposta.”
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UFVJM-MG 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É justificativa para o uso da variante padrão no texto I:

Texto I


O desafio da escolha profissional

Roseli Filizatti


Mello, F. A. F. (2002). O desafio da escolha profissional. São Paulo: Papirus, 240 p.



A opção por uma profissão nem sempre é algo fácil e pode tornar-se uma tortura para o jovem que necessita posicionar-se diante de uma profissão. Isso ocorre porque normalmente a escolha é feita numa época de transformações e mudanças físicas e psíquicas, o que por si só já gera conflitos. Além disso, a sociedade, a família e os amigos cobram urgência num posicionamento para o qual nem sempre o jovem está preparado.

No presente livro o autor disserta sobre a orientação vocacional, as dificuldades encontradas durante o processo de escolha profissional e sobre as consequências que uma escolha inadequada pode trazer. São explanadas também influências teóricas, tipos de orientação e reflexões sobre as variáveis relacionadas com a escolha profissional. Os títulos e subtítulos que compõem os sete capítulos do livro elucidam claramente o conteúdo tratado.

No primeiro capítulo, Orientação Vocacional e Psicologia: Visão Inicial, o autor relata um breve histórico sobre a orientação vocacional (OV) e discute o significado do termo vocação. Expõe os fundamentos teóricos que sustentam a OV, com base em diversas áreas de conhecimento psicológico: psicologia diferencial, psicologia do desenvolvimento, psicologia da personalidade e psicodinâmica, psicologia social e sociologia e psicologia industrial. O capítulo termina com a análise da influência externa e interna sobre os comportamentos humanos e o papel da OV nesse contexto, qual seja, ajudar o sujeito a se conhecer e a conhecer o seu meio, para então escolher uma profissão mais adequada a sua realidade e conteúdos internos.

Concepções sobre o Processo de Orientação Vocacional, o segundo capítulo, relata, a princípio, as principais teorias que conduzem a OV, abordando a psicometria, a carreira, a motivação e a teoria psicodinâmica. O autor descreve as teorias, ressalta seus pontos fortes e dificuldades e alega que o ideal seria uma integração dessas para melhor eficácia da OV. Defende que a OV faz parte de um processo, que não se faz somente durante a orientação, e sim durante toda a história de vida do sujeito, que acumula informações e reações emocionais trazidas da interação com o meio e aspectos internos, desde a infância, e se transformam em crenças e preferências. Essas crenças e preferências são trazidas à tona nesse processo e trabalhadas a fim de verificar se não são simplistas ou irreais. Durante o capítulo são definidos alguns conceitos relacionados ao tema e às teorias descritas, como interesses, valores e crenças, validade, fidedignidade, precisão e padronização.

O terceiro capítulo, Desenvolvimento, Maturidade e Adequação Vocacional, traz a explanação sobre o desenvolvimento vocacional durante a vida do sujeito, como parte do desenvolvimento da personalidade. O autor relaciona desenvolvimento vocacional com desenvolvimento ocupacional e desenvolvimento pessoal. Ainda, salienta que o desenvolvimento desses processos se relaciona com a identidade pessoal, identidade vocacional e identidade ocupacional. O capítulo estabelece os estágios da vida vocacional-ocupacional: estágio do crescimento, exploratório, estabelecimento, declínio e aposentadoria, descrevendo os fatores que podem afetar esse desenvolvimento.

No quarto capítulo, O Processo da Escolha Profissional, o autor alega que a escolha se faz sempre num processo constante de diagnóstico-prognóstico (feito pelo sujeito e pelo orientador), envolvendo diagnóstico pessoal, informação ocupacional e prognóstico vocacional. Entre as teorias psicométrica, psicodinâmica ou integrada, defende como melhor solução o uso da teoria integrada. Uma escolha vocacional traz conflitos porque envolve, além das aptidões, capacidades, desejos e aspirações do sujeito, também aspectos emocionais, visto que se trata de um projeto de vida. O autor enfatiza que o conflito é acentuado pelo fato de sempre existir uma variedade de ocupações compatíveis com cada indivíduo e pelas dificuldades emocionais ao lidar com perdas e ao enfrentar o desconhecido. Assim, a escolha também se relaciona com o tipo de estrutura psicológica, emocional e social do sujeito, podendo se dar de forma prematura. Ao final do capítulo, ressalta que a responsabilidade por uma escolha profissional não é somente do sujeito que passa pela orientação, mas também do orientador. E ainda mais, enfatiza que se ocorrer uma escolha inadequada, poderá haver uma desestruturação existencial e emocional do sujeito.

A Orientação Vocacional com Grupos Típicos, as características de cada população, as peculiaridades que devem ser focadas com cada tipo de grupo são discutidas no quinto capítulo. O autor discute a OV com adolescentes, aposentados ativos ou idosos saudáveis, adultos desempregados, insatisfeitos com a profissão ou instáveis, deficientes físicos, mulheres e os que apresentam uma condição social ou econômica inferiorizada.

No sexto capítulo o autor aborda A Informação Ocupacional e sua importância, ou seja, é necessário dar informações claras, precisas e detalhadas sobre o mundo profissional em que o orientado pretende ingressar. Elas devem focalizar tendências para o futuro e ser bem trabalhadas para o sujeito compreendê-las e analisá-las, podendo ser transmitidas pelo psicólogo orientador, ou ser buscadas pelo próprio orientando ou escola. O autor ressalva novamente a assimilação dessas informações desde a infância, de uma forma muitas vezes informal. Na OV as mesmas podem ser transmitidas pela técnica de baralho chamada R-O. Enfatiza a polivalência ocupacional e finaliza o capítulo ressaltando os motivos que podem levar a uma falha no processo de OV, como reestruturação do mercado de trabalho, falta de maturidade do jovem, conteúdos transmitidos inadequadamente, visão distorcida do perfil psicológico da profissão.

A obra é finalizada com o capítulo sobre O Processo e sua Prática sob três perspectivas, o tempo, as estratégias e os procedimentos. Defende que embora a escolha seja feita no presente, destina-se a uma vida profissional futura, referindo-se a um projeto de vida. Também trata dos critérios para a escolha profissional que devem ser baseados na polivalência ocupacional, nos atributos pessoais do sujeito, na amplitude ocupacional, na busca por uma solução adequada, nos interesses, na motivação e nos valores predominantes do sujeito, no seu conceito de carreira e em seus aspectos psicológicos. Analisa os procedimentos a serem utilizados, citando a entrevista e instrumentos como a Bateria CEPA, testes objetivos e projetivos. Mostra a importância do pré-diagnóstico e diagnóstico vocacional, os quais servem para posicionar o orientador e o sujeito e de base para a elaboração de táticas de ação. Aborda o papel da auto-imagem na escolha por uma profissão e mostra a importância do prognóstico vocacional, resultado da interação entre orientador e sujeito, para analisar e sintetizar os dados levantados no processo e assim resolver os conflitos referentes à ocupação profissional. Disserta, ainda, sobre os três objetivos fundamentais da OV: ajudar o cliente a clarificar sua identidade vocacional, a alcançar um autoconhecimento realista para uma escolha profissional adequada e a contribuir para o desenvolvimento de sua personalidade e ajustamento psicológico.

O conteúdo é um tema atual e importante para o auxílio dos jovens que necessitam de amparo para uma escolha profissional adequada. O assunto foi tratado de forma abrangente, o que possibilita uma visão geral e adequada sobre o mesmo; além disso, a obra apresenta-se estruturada de maneira organizada e com linguajar simples, o que facilita a leitura e o entendimento.

Cabe ressaltar que embora seja apresentado no final do livro um “Questionário sobre valores e objetivos de vida”, a meu ver, essa obra seria mais completa se fossem discutidos outros instrumentos que podem ser utilizados no processo de OV. O autor se centra mais na entrevista e acaba não descrevendo outros instrumentos.

Embora cite no final do livro uma vasta referência bibliográfica, no transcorrer da obra ele se referencia muito a Super et al. (1957). Fica a impressão de que outros autores não foram pesquisados. Psico-USF (Impr.) vol.8 no.1 Itatiba Jan./June 2003.


Fonte:http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1413-82712003000100013

Acesso em 29 de setembro de 2016.

A
trata-se de um texto escrito.
B
trata-se de um texto com mais de um autor.
C
trata-se de um meio de circulação de prestígio.
D
trata-se de uma forma de cortesia do resenhista.

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IFAL 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Marque abaixo a única alternativa que não está de acordo com o texto.

A
Os verbos “acender” e “apagar”, tendo em vista o contexto em que aparecem, têm como objeto a chama que é produzida no isqueiro do homem, que não aparece no texto por acaso.
B
Na charge, a figura que representa a pedra de crack aparece sorrindo, em oposição ao estado de abatimento do sujeito que está prestes a consumi-la, denunciando, no conjunto, a propaganda enganosa que está por trás do uso dessa droga.
C
A fala presente no balão utiliza expedientes linguísticos da comunicação poética para impactar o leitor e dar maior expressividade à mensagem, que tem um viés educativo.
D
Os elementos não verbais que servem para compor a imagem do sujeito que consome a droga evidenciam os impactos socioeconômicos gerados por essa prática, os quais vão além dos efeitos meramente individuais de ordem psíquica.
E
No tocante ao uso dos pronomes no texto, se a fala dentro do balão fosse produzida em contexto formal – e não em situação coloquial –, deveria adequar-se linguisticamente, podendo fazer-se assim: “Hoje tu me acendes, amanhã eu te apago.”
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IFAL 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em vista da intenção do autor – refletir sobre o uso da expressão “dito-cujo” –, o texto se organiza linguisticamente observando certas propriedades de estilo. Quanto a essas propriedades, apenas está correto o que se afirma em:

Texto 2


Será que os dicionários liberaram o ‘dito-cujo’?


Por Sérgio Rodrigues


Brasileirismo informal, termo não está proibido, mas deve ser usado de forma brincalhona


O registro num dicionário não dá certificado automático de adequação a expressão alguma: significa apenas que ela é usada com frequência suficiente para merecer a atenção dos lexicógrafos.

O substantivo “dito-cujo”, que substitui o nome de uma pessoa que já foi mencionada ou que por alguma razão não se deseja mencionar, é um brasileirismo antigo e, de certa forma, consagrado, mas aceitável apenas na linguagem coloquial.

Mais do que isso: mesmo em contextos informais seu emprego deve ser sempre “jocoso”, ou seja, brincalhão, como anotam diversos lexicógrafos, entre eles o Houaiss e o Francisco Borba. Convém que quem fala ou escreve “dito-cujo” deixe claro que está se afastando conscientemente do registro culto.

Exemplo: “O leão procurou o gerente da Metro e se ofereceu para leão da dita-cuja, em troca de alimentação”, escreveu Millôr Fernandes numa de suas “Fábulas fabulosas”.  



(http://veja.abril.com.br/blog/sobrepalavras/consultorio/sera-que-os-dicionarios-liberaram-odito-cujo/>. Acesso em 13/11/2015. Texto adaptado) 

A
A linguagem é culta, com traços de erudição que restringem a abrangência de interlocutores do texto, conforme objetiva o autor.
B
O texto compõe-se em estilo formal, sem perder de vista a proximidade com o leitor, recurso que está adequado à finalidade didática da mensagem.
C
Desde o título, que vem em forma de pergunta, o texto busca o coloquialismo, em diálogo simples com o leitor.
D
O texto é formal e coloquial ao mesmo tempo, pois se vale de seriedade e de jocosidade para discutir o tema.
E
O uso exagerado de palavras próprias da linguagem oral deixa o texto leve e informal, garantindo a compreensão geral deste pelo leitor.
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UNICENTRO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

A fala da mãe do menino, no último quadrinho, revela o uso de uma variação linguística conhecida como



AMARILDO. Charge. Disponível em: . Acesso em: 11 jul. 2016
A
diatópica, isto é, própria de determinada região do país.
B
diafásica, ou seja, estabelecida pelo contexto comunicativo.
C
jargão, que é uma variante ligada à área profissional em que atua o falante.
D
gíria, o equivalente a um linguajar específico de determinados grupos sociais.
E
histórica, uma vez que é reveladora de mudanças ocorridas ao longo do tempo.
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UNIVESP 2014 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Coesão e coerência, Redação - Reescritura de texto

Temos uma só língua que, na prática, modifica-se conforme a situação. Portanto, há níveis de linguagem que se adaptam conforme o contexto. O texto abaixo é uma reprodução, em linguagem coloquial, de um trecho de uma entrevista de um jogador de futebol.

“A gente sabia que eles eram perigosos, e o professor já tinha avisado que eles iam explorar o nosso desespero. Nossa equipe começou antenada, mas demos uma dormida, tomamos um gol aos 15 segundos e aí ficou complicado.”

(CASTRO, Ruy. Folha de S.Paulo,1º caderno, 17/10/2009, p.2.)

Assinale a alternativa que apresenta a melhor reescrita do texto em linguagem culta.

A
A gente sabia que eles eram perigosos, e o treinador já havia avisado que eles iam explorar o nosso desespero. Nossa equipe começou antenada, mas demos uma dormida, tomamos um gol aos 15 segundos e aí ficou complicado.
B
Nós sabíamos que eles eram perigosos, e o treinador já havia avisado que eles iam explorar o nosso desespero. Nossa equipe começou antenada, mas nos distraímos, tomamos um gol aos 15 segundos e aí ficou complicado.
C
Nós sabíamos que eles eram perigosos, e o treinador já havia avisado que eles explorariam o nosso desespero. Nossa equipe começou atenta, mas nos distraímos, tomamos um gol aos 15 segundos e, por causa disso, ficou complicado.
D
A gente sabia que eles eram perigosos, e o treinador já havia avisado que eles explorariam o nosso desespero. Nossa equipe começou atenta, mas nos distraímos, tomamos um gol aos 15 segundos e, por causa disso, ficou complicado.
E
A gente sabia que eles eram perigosos, e o treinador já havia avisado que eles explorariam o nosso desespero. Nossa equipe começou atenta, mas nos distraímos, tomamos um gol aos 15 segundos e aí ficou complicado.
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UNIVIÇOSA 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

A linguagem usada neste texto pode ser classificada como

A
regional.
B
formal.
C
informal.
D
literária.
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FAG 2015 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística

O segmento que mostra um tipo de variedade de linguagem diferente dos demais é:

Texto 3


Um dos maiores mitos propagados por aí é o de que dois raios não caem no mesmo lugar. Mas não dê ouvidos a tudo o que lhe dizem. Em áreas de grande incidência, podem cair não somente dois, mas diversos raios. Prova disso é o Cristo Redentor, agraciado por seis raios por ano, em média, de acordo com o Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). E o Empire State Building, em Nova York, que recebe 25 descargas, sendo que já aconteceu de o topo do prédio ser atingido oito vezes em apenas oito minutos.
A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em termos estatísticos: é menor do que um para um milhão. O que não é motivo para baixar a guarda. Se você estiver em uma área descampada (como uma praia ou campo de futebol) durante uma tempestade forte, a probabilidade é bem maior: de um para mil. Isso porque o seu corpo acaba se transformando em para-raios nessas situações.
Raios são descargas elétricas de grande intensidade que conectam as nuvens de tempestade e o solo. Ou seja: para que eles ocorram, é necessário haver uma nuvem carregada de partículas com carga negativa (geradas pelo choque das partículas de gelo) e um solo repleto de partículas com carga positiva. Como os campos elétricos costumam se acumular em extremidades, não é de se estranhar que arranha-céus, monumentos pontiagudos, copas de árvores e cabeças sejam mais vulneráveis.
É bom lembrar que relâmpago é o nome genérico que se dá às descargas elétricas, mas os raios são só os que se conectam ao solo. E o trovão? É o som produzido pelo ar que se aquece e se expande rapidamente na região em que circula a corrente elétrica do raio.
http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/
A
“Um dos maiores mitos propagados por aí é o de que dois raios não caem no mesmo lugar.”
B
“Mas não dê ouvidos a tudo o que lhe dizem.”
C
“A chance de uma pessoa ser atingida diretamente por um raio é muito baixa, em termos estatísticos: é menor do que um para um milhão.”
D
“O que não é motivo para baixar a guarda.”
E
“Em áreas de grande incidência, podem cair não somente dois, mas diversos raios.”
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ENCCEJA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Aos dezoito anos pai Norato deu uma facada num rapaz, num adjutório, e abriu o pé no mundo. Nunca mais ninguém botou os olhos em riba dele, afora o afilhado. — Padrinho, evim cá chamá o sinhô pra mode i morá mais eu. — Quá, flo, esse caco de gente num sai daqui mais não. — Bamo. Buli gente num bole, mais bicho... O sinhô anda perrengado...
ÉLIS, B. Obras reunidas. Rio de Janeiro: José Olympio, 1987.

A língua portuguesa falada no Brasil apresenta uma grande variedade de dialetos. Nesse sentido, a linguagem usada no texto

A
revela o subdesenvolvimento do país.
B
constitui uma fala socialmente inaceitável.
C
impede a comunicação entre os personagens.
D
representa falantes de determinado grupo social.
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ENCCEJA 2018 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A defesa da língua
O jornalista Eduardo Martins, colaborador de Agitação e autor do Manual de Redação do jornal O Estado de S. Paulo, foi o convidado de honra do almoço realizado no dia 31 de agosto, em São Paulo, pelas academias Paulista de Letras, Cristã de Letras, Internacional de Direito Econômico, Paulista de Educação, de Medicina de São Paulo e Paulista de História. O evento faz parte do calendário mensal das academias e sempre conta com uma personalidade para falar sobre temas atuais ligados à educação e à literatura. Martins abordou os vícios que castigam a língua portuguesa. Os mais comuns, de acordo com o jornalista, são o descaso com a concordância – principalmente no caso do plural –, o uso de estrangeirismos, a utilização errônea da crase e o internetês, a linguagem cifrada adotada pelos jovens na rede mundial de computadores e que começa a migrar para as lições escolares.
Agitação, n. 65, set.-out. 2005.

A língua portuguesa, como toda língua viva, agrega ao longo de seu desenvolvimento histórico elementos que marcam variações em seu sistema. Entretanto, algumas pessoas veem tais variações como “erros”. Percebe-se que o jornalista citado tem esse pensamento, pois, segundo a notícia, ele

A
preocupa-se com assuntos relativos à literatura brasileira para proteger a língua.
B
vê o uso da linguagem abreviada da internet como danoso a nossa língua.
C
entende que na escola não se ensina os alunos a empregar corretamente a crase.
D
defende a língua portuguesa de males que podem vir a destruí-la futuramente.
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IF-TO 2016 - Português - Interpretação de Textos, Variação Linguística, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Na parte inferior esquerda do anúncio, há duas frases em letras menores: “Seleção tá no coração” e “Copa do Mundo tá na Globo”. Sobre o uso da palavra “tá” nessas frases, está correta a alternativa:

A
O autor do anúncio utilizou essa expressão (comum na linguagem oral informal), propositalmente, para aproximar-se do interlocutor, visto que é comum na linguagem oral da maioria das pessoas o uso de “tá” no lugar da forma verbal “está”.
B
O emprego da expressão “tá” está inadequado a esse gênero textual, uma vez que o objetivo do texto publicitário é vender um produto ou uma imagem; desse modo, ao utilizar uma expressão coloquial, o autor torna a imagem da seleção brasileira e da Rede Globo desprestigiada.
C
O uso da expressão “tá” revela que o autor do anúncio não tem conhecimento gramatical.
D
O autor do anúncio utilizou essa expressão, propositalmente, para mostrar que os brasileiros, de forma geral, não falam corretamente.
E
Ouve um erro de digitação, pois a expressão “tá” não existe na língua portuguesa.