Questõesde UFMS sobre Português

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3e769a39-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Sintaxe, Pontuação, Uso da Vírgula, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A questão refere ao seguinte fragmento de texto:


Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).


A alternativa correta com relação à estrutura sintática e de significação dos enunciados é:


A
as três últimas orações do primeiro período são subordinadas à oração principal (“Em termos muito simples, podemos dizer”), funcionando como complementos do verbo “dizer”.
B
as três últimas orações do primeiro período são de valor restritivo e, entre elas, há relação de adição.
C
das três últimas orações do primeiro período, a primeira é de valor restritivo; as demais são explicativas, conforme se pode confirmar pela presença da vírgula que as antecede.
D
a oração “Se o amor é aberto ao outro” indica a condição para o fato expresso em “o ódio é fechado a ele”, enquanto em “porque ele nos diminui” temos a causa de “que nos fecha”.
E
as orações “porque ele nos diminui” e “pois todos somos afetados pelo ódio” indicam a causa dos processos expressos nas orações a que se vinculam nos respectivos períodos.
3e7d59de-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a alternativa correta que aponta correspondência pertinente entre o recurso expressivo usado pelo poeta e o efeito produzido.

Leia o poema a seguir para responder à questão:


Índia Velha 


Índia Velha índia velha

se lembra do cheiro verde

na fonte limpa

onde se matava a sede

água boa de beber

índia velha

se lembra

do teu tempo de criança

tinha festa e tinha dança

pra chover.

índia velha

se lembra

do primeiro

do segundo

do terceiro branco

que chegou

se lembra?

se lembra

Quando tu andavas nua

olha a cor de teu vestido

encardido

quando andas pela rua.

se lembra!

se lembra de teus colares

teus amores a lua cheia

lençóis de flores na aldeia

se lembra?

índia velha

se lembra

dos pés pisando no mato

olha a cor de teu sapato

pisando asfalto e areia.

índia velha

se lembra

tantos brancos que

chegaram

tantos

que até perdestes as contas

e as contas de teus colares

hoje andas tonta nos bares

e é tão grande a dor que

sentes e que o amor de tua gente

foi junto ao rio

foi junto ao rio

por onde os brancos chegaram

se lembra?

se lembra?


(MARINHO, Emmanuel. Cantos de terra. Campo Grande: Letra Livre, 2016. A primeira edição foi publicada em 1981 [2]).

A
Sinestesia: antiguidade e simplicidade da cultura indígena.
B
Antíteses: confrontos entre brancos e índios.
C
Alternância no uso de pessoas gramaticais: simulação de diálogo entre locutores com hábitos linguísticos diferentes.
D
Falta de sinais de pontuação entre a maioria dos versos: rapidez da ocorrência dos fatos narrados.
E
Repetição do verso “foi junto ao rio” ao final do poema: insistência do interlocutor para fazer que a índia recupere a memória de fatos e cenas que vivenciou.
3e7a1237-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando as relações entre o texto e o processo histórico-social sobre o qual se pronuncia, assinale a alternativa correta.

Leia o poema a seguir para responder à questão:


Índia Velha 


Índia Velha índia velha

se lembra do cheiro verde

na fonte limpa

onde se matava a sede

água boa de beber

índia velha

se lembra

do teu tempo de criança

tinha festa e tinha dança

pra chover.

índia velha

se lembra

do primeiro

do segundo

do terceiro branco

que chegou

se lembra?

se lembra

Quando tu andavas nua

olha a cor de teu vestido

encardido

quando andas pela rua.

se lembra!

se lembra de teus colares

teus amores a lua cheia

lençóis de flores na aldeia

se lembra?

índia velha

se lembra

dos pés pisando no mato

olha a cor de teu sapato

pisando asfalto e areia.

índia velha

se lembra

tantos brancos que

chegaram

tantos

que até perdestes as contas

e as contas de teus colares

hoje andas tonta nos bares

e é tão grande a dor que

sentes e que o amor de tua gente

foi junto ao rio

foi junto ao rio

por onde os brancos chegaram

se lembra?

se lembra?


(MARINHO, Emmanuel. Cantos de terra. Campo Grande: Letra Livre, 2016. A primeira edição foi publicada em 1981 [2]).

A
No poema, evocam-se momentos distintos da história dos povos indígenas brasileiros, num jogo entre uma memória positiva de pertencimento a uma cultura e um presente de dolorosa aculturação à sociedade não indígena, além de aspectos e representações da realidade local.
B
A maioria dos versos reitera uma representação de caráter essencialmente local: a imagem do índio guarani-kaiowá que veio para a cidade grande em busca de uma nova identidade e sua luta por terras na região sul de Mato Grosso do Sul.
C
Na reiteração de “se lembra”, ora como afirmação, ora como exclamação, ora ainda como pergunta, o poeta insiste no processo de desidentificação sofrido pelo indígena sul-matogrossense, que escolheu trocar a aldeia pela cidade.
D
Ao trazer para o poema as imagens do vestido encardido, do sapato sujo e de asfalto e areia, o poeta afasta-se da questão indígena brasileira e cria uma tensão entre o cosmopolita e o universal.
E
Atravessado por um pensamento de natureza universal, o poema metaforiza a chegada dos portugueses, materializada na repetição do nome “branco”/”brancos”, pondo em destaque o significativo papel deste na miscigenação do povo brasileiro.
3e5bdad1-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia atentamente o texto informativo a seguir.

Nosso símbolo

O nome já deixa evidente a origem indígena da bebida consumida diariamente por sulmato-grossenses de todos os cantos. O tereré só se tornou símbolo do Estado porque os índios guaranis aprenderam a domesticar a erva-mate.

Depois da Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira consegue a concessão de aproximadamente 8 milhões de hectares da região sul-fronteira para explorar a planta. Posteriormente, funda a Companhia Mate Laranjeira, que exporta grande volume para Argentina e para o Uruguai. O professor da UFMS Antônio Hilário Urquiza destaca que 70% da mão de obra utilizada nos ervais era guarani, que já tinham prática na lida.

“Os guaranis que domesticaram a erva-mate, que criaram o tereré, o chimarrão. Não qualquer índio. Foram os guaranis que estão aqui no nosso Estado. E hoje [o tereré] é um símbolo da juventude, da gastronomia, um símbolo identitário do nosso Estado. E é indígena”, reforça o professor e antropólogo. [...]

(Correio do Estado. Caderno especial “MS 41 anos”, 11 out. 2018).


A respeito dos sentidos construídos por esse texto, cujo objetivo maior é o de informar os leitores a respeito do tereré como elemento identitário de Mato Grosso do Sul, é possível afirmar que:

A
entre a expressão empregada no título (nosso símbolo) e a que se encontra em suas linhas iniciais (símbolo do estado), não se verifica nenhuma diferença no que se refere ao grau de subjetividade.
B
de acordo com suas informações, não fosse a contribuição de grupos indígenas diversos, o tereré não teria alcançado a importância que possui para Mato Grosso do Sul.
C
os índices numéricos expostos no segundo parágrafo não apresentam nenhuma informação adicional em relação aos dados expostos no trecho anterior.
D
a referência a um professor na área de estudos antropológicos constitui-se como uma estratégia para conferir maior credibilidade às informações apresentadas.
E
na transcrição da fala do professor, nota-se o seu esforço para caracterizar o tereré como um símbolo de alcance restrito no âmbito do estado sul-mato-grossense.
3e5fa5f3-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Analise os elementos empregados na construção da letra da canção e assinale a alternativa correta. 

A Via Láctea 

Quando tudo está perdido

Sempre existe um caminho

Quando tudo está perdido

Sempre existe uma luz

Mas não me diga isso

Hoje a tristeza não é passageira

Hoje fiquei com febre a tarde inteira

E quando chegar a noite

Cada estrela parecerá uma lágrima

Queria ser como os outros

E rir das desgraças da vida

Ou fingir estar sempre bem

Ver a leveza das coisas com humor

Mas não me diga isso

É só hoje e isso passa

Só me deixe aqui quieto isso passa

Amanhã é um outro dia, não é?


Eu nem sei porque me sinto assim

Vem de repente um anjo triste perto de mim

E essa febre que não passa

E meu sorriso sem graça

Não me dê atenção

Mas obrigado por pensar em mim

Quando tudo está perdido

Sempre existe uma luz

Quando tudo está perdido

Sempre existe um caminho

Quando tudo está perdido

Eu me sinto tão sozinho

Quando tudo está perdido

Não quero mais ser quem eu sou

Mas não me diga isso

Não me dê atenção

E obrigado por pensar em mim


(LEGIÃO URBANA. A tempestade ou O livro dos dias (álbum). Rio de Janeiro: EMI Music Ltda, 1996).

A
Nos versos iniciais, predomina uma relação de valor causal na articulação entre os seus enunciados, revelando a importância dos elementos mencionados para o sujeito da letra.
B
Nela, recorre-se à metáfora para explicitar o estado melancólico do sujeito, conforme se evidencia na associação construída entre os vocábulos “lágrima” e “estrela”.
C
O enunciado “Quando tudo está perdido”, repetido por seis vezes ao longo da letra da canção, remete ao estado de desesperança em que o sujeito se encontra.
D
As figuras “anjo triste” e “sorriso sem graça” destoam de outras que se verificam no texto, em razão de conferirem traços que alimentam a crença do sujeito na reversão do estado vivido.
E
A construção da letra da canção como um diálogo contribui para atenuar a sensação de melancolia a que o sujeito se vê exposto.
3e66d169-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

A poesia de Manuel Bandeira, marcada pela simplicidade no modo de dizer, alcança grau considerável de lirismo e de subjetividade ao tratar de cenas do cotidiano, como pode ser notado no exemplo que segue: 

Poema de Finados

Amanhã que é dia dos mortos 

Vai ao cemitério. Vai 

E procura entre as sepulturas

A sepultura de meu pai. 


Leva três rosas bem bonitas.

Ajoelha e reza uma oração.


Não pelo pai, mas pelo filho:

O filho tem mais precisão.


O que resta de mim na vida

É a amargura do que sofri.

Pois nada quero, nada espero.

E em verdade estou morto ali.


(BANDEIRA, Manuel. Estrela da Vida Inteira. 20 ed. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1993. p. 144-5).


Ao observar a relação entre o conteúdo do Poema de Finados e seus aspectos formais, pode-se afirmar que:  

A
a organização métrica irregular dos versos que o compõem encontra ressonância no estado de espírito que o sujeito lírico vivencia.
B
ao se apresentar como uma espécie de diálogo com seu leitor, o texto opta pelo registro em uma linguagem cuja característica predominante é a de sua informalidade.
C
a presença de vocábulos que se vinculam ao campo de sentidos evocado pelo título contribui para o efeito de unidade do texto.
D
a expectativa construída a respeito da memória do pai, após sua morte, permanece ao longo das três estrofes do poema.
E
a estrutura de diálogo na qual o texto se apresenta restringe suas escolhas verbais à primeira e à segunda pessoas.
3e6c928d-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Funções da Linguagem: emotiva, apelativa, referencial, metalinguística, fática e poética., Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

“Quincas Borba”, considerada uma das grandes obras da fase áurea do escritor Machado de Assis, põe em cena a história de Rubião, um modesto professor de Barbacena, cidade no interior de Minas Gerais, que, ao receber uma herança inesperada do amigo Quincas Borba, resolve mudar para o Rio de Janeiro – na época, centro da vida política e econômica brasileira. Ali, encontra dificuldades para adaptar-se ao modo de ser dos que convivem com o poder, tornando-se uma vítima de aproveitadores que se fazem passar por amigos, caso, sobretudo, do casal Cristiano e Sofia Palha.
O capítulo transcrito a seguir é o último do livro. Nele se encontra uma espécie de síntese da narrativa, ao se elencarem personagens centrais da trama a partir da notícia da morte do cão Quincas Borba, cujo nome é o mesmo de seu primeiro dono, que foi herdado por Rubião.
“Queria dizer aqui o fim do Quincas Borba, que adoeceu também, ganiu infinitamente, fugiu desvairado em busca do dono, e amanheceu morto na rua, três dias depois. Mas, vendo a morte do cão narrada em capítulo especial, é provável que me perguntes se ele, se o seu defunto homônimo é que dá título ao livro, e por que antes um que outro, - questão prenhe de questões, que nos levariam longe... Eia! chora os dois recentes mortos, se tens lágrimas. Se só tens riso, rite. É a mesma coisa. O Cruzeiro, que a linda Sofia não quis fitar, como lhe pedia Rubião, está assaz alto para não discernir os risos e as lágrimas dos homens.”
(MACHADO DE ASSIS. Quincas Borba. São Paulo: Penguin Classics Companhia das Letras, 2012. p. 344).

Apesar de Machado de Assis construir parte significativa de sua obra ainda em fins do século XIX, é possível já verificar, em seus textos, o emprego de recursos próprios da literatura moderna. A esse propósito, sobre o trecho em questão, pode-se afirmar que:

A
a projeção de um leitor hipotético no corpo do texto confere traços de indeterminação à narrativa, atualizando uma questão central do enredo, como se este continuasse em aberto.
B
o exercício de reflexão em torno da metalinguagem, convida o leitor a refletir sobre esse ponto.
C
ao tratar, inicialmente, da morte do cão, criatura querida dos personagens, em seus últimos momentos, de um modo repleto de ternura, o narrador chama atenção para a necessidade de humanização de alguns aspectos da vida em sociedade.
D
a identificação de reações contrárias por parte do leitor (chorar/rir), decorrentes de um mesmo acontecimento, aponta para a criação de uma imagem complexa do ser humano em meio às relações sociais.
E
a parte final do capítulo visa a funcionar como uma espécie de ensinamento moral, desdobrado de toda a história que o precedeu, a ser apreendido pelo leitor, em função do valor universal que acompanha esse desfecho.
3e6fe537-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Em A hora da estrela, de Clarice Lispector, acompanhamos a história de Macabeá, jovem nordestina que vive, no Rio de Janeiro, uma existência solitária e anônima, marcada por privações de todo o tipo. Nessa obra, a escrita clariceana alterna momentos em que se expressa de um modo direto, próprio para remeter à dureza da vida de sua personagem central, como outros em que emprega diversos recursos afeitos à linguagem poética, como no relato do encontro de Macabéa com Olímpico de Jesus.
“Maio, mês das borboletas noivas flutuando em brancos véus. Sua exclamação talvez tivesse sido um prenúncio do que ia acontecer no final da tarde desse mesmo dia: no meio da chuva abundante encontrou (explosão) a primeira espécie de namorado de sua vida, o coração batendo como se ela tivesse englutido um passarinho esvoaçante e preso. O rapaz e ela se olharam por entre a chuva e se reconheceram como dois nordestinos, bichos da mesma espécie que se farejam. Ele a olhara enxugando o rosto molhado com as mãos. E a moça, bastou-lhe vê-lo para torná-lo imediatamente sua goiaba-com-queijo.”
(LISPECTOR, Clarice. A hora da estrela. 23 ed. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1995. p. 59).

A respeito do trecho acima, é correto afirmar que:

A
ao se referir à exclamação de Macabéa como um possível “prenúncio do que ia acontecer”, o narrador realça o traço de fatalidade que paira sobre as ações e a vida da personagem no desenrolar da história.
B
a suavidade que se depreende da frase inicial acaba por conferir a todo o parágrafo um sentido romântico, criando o ambiente necessário para o primeiro encontro entre Macabéa e Olímpico.
C
a comparação que associa o bater do coração a um pássaro, ao mesmo tempo, livre e preso aponta diretamente para a simplicidade do sentimento amoroso, o que marca as ações de Macabéa ao longo da narrativa.
D
a imagem “bichos da mesma espécie que se farejam”, remetendo à condição nordestina de Macabéa e Olímpico, revela um preconceito do narrador em torno da origem desses personagens.
E
ao atribuir a Macabéa um olhar sobre Olímpico como “sua goiaba-com-queijo”, o narrador indica uma de suas características marcantes ao longo da história, a de mulher apegada às coisas fúteis da vida.
3e730ba8-0b
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Pronomes relativos, Pronomes pessoais retos, Pronomes possessivos, Pronomes pessoais oblíquos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto, Morfologia - Pronomes

A questão refere ao seguinte fragmento de texto:


Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).


Assinale a alternativa correta sobre as relações de coesão estabelecidas no texto.

A
Em “Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele”, o pronome “ele” retoma “amor”.
B
O pronome “sua”, em “sua persistência”, refere-se ao leitor.
C
No primeiro período do texto, o pronome “o” e o pronome “seu” referem-se a “amor”.
D
O pronome relativo que introduz as três últimas orações do primeiro período (“que”, nas três) retoma, respectivamente, “horizonte de compreensão”, “outro” e “projeção”.
E
Nas três últimas orações do primeiro período, o pronome relativo “que” retoma “horizonte de compreensão”. Assim, o pronome “o” e o pronome “seu” referem-se a “outro”.
41c6db11-cc
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto a seguir.

Último poema

Agora deixa o livro 
volta os olhos 
para a janela 
a cidade 
a rua
o chão
o corpo mais próximo 
tuas próprias mãos: 
aí também
se lê


MARQUES, Ana Martins. O livro das semelhanças. São Paulo: Companhia das Letras, 2015, p. 29


Em O livro das semelhanças (2015), a poeta Ana Martins Marques aproxima-se de uma espécie de estética do cotidiano, em poemas nos quais a sensibilidade pode ser objeto da poesia a partir de relações estabelecidas com sensações ou objetos do senso comum. Em “Último poema”, o eu lírico: 

A
volta-se para a materialidade das coisas de modo a separar, em universos descontínuos, o literário e a vida.
B
convoca o leitor a enxergar a poesia além do livro, contida no mundo e no próprio corpo e que carece do olhar para ser percebida.
C
decreta o fim da poesia de modo panfletário o que, metonimicamente, relaciona-se com o fim do livro na era digital.
D
explicita que está nas mãos do leitor a responsabilidade sobre a interpretação, prescindindo da leitura.
E
manifesta-se centrado em sua subjetividade a partir de uma oposição maniqueísta entre o exterior e o interior, sendo este hierarquicamente superior àquele.
41b7a82a-cc
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto a seguir.

Hum? Eh-eh... É. Nhor sim. Ã-hã, quer entrar, pode entrar... Hum, hum. Mecê sabia que eu moro aqui? Como é que sabia? Hum-hum... Eh. Nhor não, n’t, n’t... Cavalo seu é esse só? Ixe. Cavalo tá manco, aguado. Presta mais não. Axi... Pois sim. Hum, hum. Mecê enxergou este foguinho meu, de longe? É. A’pois. Mecê entra, cê pode ficar aqui.

Hã-hã. Isto não é casa... É. Havéra. Acho. Sou fazendeiro não, sou morador... Eh, também sou morador não. Eu – toda a parte. Tou aqui, quando eu quero eu mudo. Aqui eu durmo. Hum. Nhém? Mecê é que tá falando. Nhor não... Cê vai indo ou vem vindo?

Hã, pode trazer tudo pra dentro. Erê Mecê desarreia cavalo, eu ajudo. Mecê peia cavalo, eu ajudo... Traz alforje pra dentro, traz saco, seus dobros. Hum, hum Pode. Mecê cipriuara, homem que veio pra mim, visita minha; iá-nhã? Bom. Bonito. Cê pode sentar, pode deitar no jirau. Jirau é meu não. Eu – rede. Durmo em rede. Jirau é do preto. Agora eu vou ficar agachado. Também é bom. Assopro o fogo. Nhem? Se essa é minha, nhem? Minha é a rede. Hum. Hum-hum. É. Nhor não. Hum, hum... Então, por que é que cê não quer abrir saco, mexer no que tá lá dentro dele? Atié Mecê é lobo gordo... Atié... É meu, algum? Que é que eu tenho com isso? Eu tomo suas coisas não, furto não. A-hé, a-hé, nhor sim, eu quero. Eu gosto. Pode botar no coité. Eu gosto demais...

ROSA, João Guimarães. Meu tio o Iauaretê. In.: ______. Estas histórias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 191. (Fragmento)

O conto “Meu tio o Iauaretê” é considerado um dos momentos primorosos da concepção de estilo do escritor João Guimarães Rosa. A partir do fragmento que dá início ao conto, é correto afirmar que:

A
Como já é de conhecimento no senso comum, são empregados pelo escritor inúmeros neologismos, como “jirau”, “aguado” e “coité”, presentes no fragmento apresentado.
B
É notável que houve um trabalho estilístico, na medida em que são imperceptíveis as escolhas fonéticas, morfológicas ou sintáticas que diferenciam a linguagem empregada no trecho em questão da norma padrão do português brasileiro.
C
O narrador expressa-se em primeira pessoa e o fragmento do conto dá a entender que se trata de um diálogo, como se pode perceber por marcas do registro oral tal qual “Hum?”, “Eheh” e “n’t n’t”, que buscam representar sons da fala. No entanto, apesar de perceber que o narrador está conversando com alguém (“Mecê é que tá falando. [...] Cê vai indo ou vem vindo?”), o leitor não tem acesso às falas do interlocutor.
D
A utilização de termos como “hã-hã”, “hum-hum”, “erê”, “Axi” ou “a-hé” não tem função na linguagem fora do contexto literário, visto que tais expressões não são encontradas na língua falada e referem-se, exclusivamente, a criações do escritor com fins puramente estéticos
E
Os caracteres telegráficos, perceptíveis por meio do emprego de frases curtas e intercaladas, coadunados ao uso excessivo de expressões que buscam representar a fala, denotam o emprego de uma linguagem tipicamente jornalística, própria da experiência profissional do escritor.
41bb3f67-cc
UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia o texto seguir.

Você tem treze anos. Os membros crescem em uma relação díspar, como se estivessem competindo entre si, mas fossem muito diferentes nas competências que os fazem avançar. Os pés crescem mais rápido que as próprias pernas; o nariz dispara com larga vantagem em relação ao resto dos demais elementos que constituem a face; os braços se alongam de uma maneira que faz o tronco parecer pequeno demais para os anexos que carrega. Aqui e ali, pelos começam a surgir sem um padrão aparentemente definido: pernas, braços, axilas. A sombra de uma barba começa a se pronunciar timidamente. Na barriga, um rastilho de pólvora. Com treze anos, talvez você pense em garotas. Talvez você pense em garotos. Talvez você não saiba muito bem o que pensar ou, até mesmo, pensar seja a última coisa que você cogite quando o assunto são garotas. Ou garotos. Talvez seus pés enormes e desproporcionais ainda não estejam crescidos o suficiente para chegar do outro lado da linha. O lado que você tem convicção de certas coisas, o lado em que você já avançou o suficiente para não sentir falta daquilo que precisa deixar para trás ou para se sentir atraído por tudo aquilo que está por vir. Talvez você ainda não tenha avançado o suficiente, mesmo com seus pés enormes, para saber o que é a língua de uma garota, ou de um garoto, operando movimentos circulares e molhados dentro da sua boca. Vagando por essa área nebulosa em que você já não é mais exatamente o que era, mas também não é plenamente o que pode vir a ser [...].

TIMM, André. Modos inacabados de morrer. Rio de Janeiro: Oito e meio, 2016, p. 13. (Fragmento)


O romance Modos inacabados de morrer (2016), do gaúcho, radicado em Santa Catarina, André Timm, destaca-se no cenário da literatura brasileira, tendo sido finalista do Prêmio São Paulo de Literatura em 2017. Com base no fragmento apresentado, é INCORRETO afirmar que:

A
O fragmento apresenta, do ponto de vista temático, dúvidas próprias de uma fase da vida, a adolescência, em que aspectos ligados ao desenvolvimento do corpo, do caráter e da personalidade do indivíduo são questionados, dado o período de transição entre a infância e a maturidade.
B
O fragmento apresenta, ao lançar mão do recurso da enumeração, as impressões sobre a modificação do corpo; ora sob o viés da desproporcionalidade entre os membros superiores e inferiores, ora apresentando uma gradação sobre o surgimento de pelos: “pernas, braços e axilas”, “sombra de uma barba”, “na barriga, um rastilho de pólvora”, como que na tentativa de conferir ordem ao caos das transformações.
C
O emprego de pronomes como “aqui” e “ali”, de advérbios como “talvez” e “aparentemente” e de formas verbais condicionais como “se estivessem” e “fossem” acaba por criar, juntamente com os demais elementos descritivos empregados, um efeito de realismo e clareza em que o narrador se expressa sem margem para a subjetividade.
D
O uso da segunda pessoa do discurso pode causar o efeito de aproximação do leitor com a situação narrada. À medida que a narrativa progride, o uso reiterado do pronome “você” pode agir no sentido de posicionar o leitor no lugar desse “tu” a que o narrador se dirige
E
Dentre os questionamentos apresentados no fragmento, dois apresentam-se como relevantes, devido ao fato de serem retomados: a desproporção do tamanho dos pés, repetida em “talvez seus pés enormes” e “mesmo com seus pés enormes”, e a dúvida sobre a sexualidade, repetida em “quando o assunto são garotas. Ou garotos” e “para saber o que é a língua de uma garota, ou de um garoto”
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UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Leia os textos a seguir.

Caiu da escada
e foi para o andar de cima
MYRTES, Adrienne. Sem título. In.: FREIRE, Marcelino (Org.). Os cem menores
contos brasileiros do século. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2004, p. 02.

Uma vida inteira pela frente.
O tiro veio por trás.
MOSCOVICH, Cíntia. Sem título. In.: FREIRE, Marcelino (Org.). Os cem menores
contos brasileiros do século.
Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2004, p. 16

Não podendo eliminar
o resto da humanidade,
suicidou-se.
MATTOSO, Glauco. O eutanazista. In.: FREIRE, Marcelino (Org.). Os cem menores contos brasileiros do século. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2004, p. 02.


Diz-se com frequência que a linguagem contemporânea é dinâmica, rápida. Com o uso constante de mídias digitais, principalmente por meio dos aparelhos celulares, nos comunicamos com maior frequência por meio de mensagens rápidas, curtas. Algumas redes sociais, como o Twitter, exploram essa característica e limitam o usuário a postagens de até 140 caracteres.
Em 2004, o escritor Marcelino Freire desafiou ficcionistas e poetas a criarem histórias inéditas, fazendo uso de até cinquenta letras (sem contar título e pontuação). Com base nos três textos acima, retirados da obra intitulada Os cem menores contos brasileiros do século, é possível afirmar que, no que tange ao leitor, os microcontos exigem:

A
o acompanhamento de um texto complementar, necessariamente, pois carecem de contexto de significação.
B
ser lidos como poesia, na medida em que são apresentados em verso, o que caracteriza distintivamente o gênero lírico
C
o distanciamento do leitor, uma vez que os textos trazem todas as informações necessárias à interpretação explicitamente.
D
a identificação do título, como acontece no microconto de Glauco Mattoso, não sendo possível interpretar os demais.
E
a participação ativa do leitor, uma vez que os textos dependem das pressuposições ou relações que o leitor faz para preencher informações que não são dadas explicitamente.
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UFMS 2018 - Português - Sintaxe, Concordância verbal, Concordância nominal

Considerando a norma culta da língua portuguesa, assinale a alternativa em que a concordância está correta:

A
Concluído as questões da prova objetiva, a maioria dos candidatos passou imediatamente a elaborar a redação. Na sala, não se ouvia qualquer ruídos, a não ser o do virar das folhas do caderno de questões
B
Concluídas as questões da prova objetiva, a maioria dos candidatos passou imediatamente a elaborar a redação. Na sala, não se ouviam quaisquer ruídos, a não ser o do virar das folhas do caderno de questões.
C
Concluída as questões da prova objetiva, a maioria dos candidatos passaram imediatamente a elaborar a redação. Na sala, não se ouvia quaisquer ruídos, a não ser o do virar das folhas do caderno de questões.
D
Haviam bastantes candidatos que já tinham terminado a redação, pois optou por fazê-la primeiro.
E
Havia bastante candidatos que já tinha terminado a redação, pois optaram por fazê-la primeiro.
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UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Tipologia Textual, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Sobre as sequências tipológicas em que se estruturam os textos 1, 2 e 3, é correto afirmar que:

              Texto 1

            Um lugar Bonito pela própria natureza

"Se o interesse é água, a cidade localizada na borda do Pantanal dá um banho. Seja em rios, lagos ou cachoeiras, o que não falta aos ecoturistas é aventura, emoção e muita adrenalina

No encontro com as águas cristalinas e calcárias dos rios de Bonito (MS), o importante é se deixar levar pela leve correnteza entre piraputangas avermelhadas e dourados gulosos, alguns dos peixes da região."

(Fragmento de reportagem produzida pelo jornalista Antônio Paulo Pavone, em 21-2-2003. Disponível em http://www.estadao.com.br/turismo/brasil/bonito/tu1.htm)

        Texto 2

“Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,

Entre outras mil,

és tu, Brasil,

Ó, Pátria amada![...]”

(Fragmento da letra do Hino Nacional Brasileiro, escrita por Osório Duque Estrada [1909])

 Texto 3

“Moro num país tropical,

abençoado por Deus

E bonito por natureza (mas que beleza)

Em fevereiro (em fevereiro)

Tem carnaval (tem carnaval)

[...]”

(Fragmento da letra da canção “País tropical”, escrita por Jorge Ben Jor [1969])

A
No texto 2, predominam sequências dialogais e instrucionais.
B
No texto 1, predominam sequências descritivas e informativas.
C
No texto 3, predominam sequências narrativas e informativas.
D
Nos textos 2 e 3, predominam sequências dialogais e narrativas.
E
Nos textos 1 e 3, predominam sequências injuntivas e descritivas.
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UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O intertexto é um componente de grande relevância no processo de produção de textos, pois os discursos não surgem do nada, mas apoiam-se em outro(s) em relação ao(s) qual(is) tomam posição. Com base nesse conceito e considerando as relações entre os textos 1, 2 e 3, assinale a alternativa correta: 

              Texto 1

            Um lugar Bonito pela própria natureza

"Se o interesse é água, a cidade localizada na borda do Pantanal dá um banho. Seja em rios, lagos ou cachoeiras, o que não falta aos ecoturistas é aventura, emoção e muita adrenalina

No encontro com as águas cristalinas e calcárias dos rios de Bonito (MS), o importante é se deixar levar pela leve correnteza entre piraputangas avermelhadas e dourados gulosos, alguns dos peixes da região."

(Fragmento de reportagem produzida pelo jornalista Antônio Paulo Pavone, em 21-2-2003. Disponível em http://www.estadao.com.br/turismo/brasil/bonito/tu1.htm)

        Texto 2

“Gigante pela própria natureza,

És belo, és forte, impávido colosso,

E o teu futuro espelha essa grandeza.

Terra adorada,

Entre outras mil,

és tu, Brasil,

Ó, Pátria amada![...]”

(Fragmento da letra do Hino Nacional Brasileiro, escrita por Osório Duque Estrada [1909])

 Texto 3

“Moro num país tropical,

abençoado por Deus

E bonito por natureza (mas que beleza)

Em fevereiro (em fevereiro)

Tem carnaval (tem carnaval)

[...]”

(Fragmento da letra da canção “País tropical”, escrita por Jorge Ben Jor [1969])

A
O texto 1 evoca os demais, porém seu conteúdo é conflitante com ambos, pois estes tratam do Brasil como um todo, com foco em suas paisagens edênicas, enquanto aquele faz referência a apenas um lugar e de perspectiva completamente diferente, puramente política.
B
 O autor do texto 1 inscreve seu texto em um campo já conhecido do leitor: reutiliza materiais já escritos, com os quais dialoga ironicamente, desconstruindo o discurso ufanista que caracteriza os textos 2 e 3 e adotando um posicionamento puramente comercial.
C
Como o texto 1 foi escrito em 2003, momento em que o Brasil já não é mais a terra da igualdade, mas da injustiça social e de privilégios para as elites, a relação entre os três textos torna-se polêmica. 
D
O texto 1 relaciona-se explicitamente com os textos 2 e 3, ambos anteriores a ele, porém numa relação de subversão: limitando-se a valorizar o ecoturismo, apresenta um espaço descaracterizado culturalmente, distante daquele Brasil representado nos textos 2 e 3.
E
Ao evocar, no título, os textos 2 e 3, o autor do texto 1 incorpora-os por imitação, porém reatualiza seu sentido e sua temática de exaltação de elementos nacionais, focalizando especificamente uma prática ainda desconhecida no século XIX, o ecoturismo. 
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UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência

Ainda em observância à norma culta, assinale a alternativa em que NÃO há problema de coesão nem erro de pontuação:

A
Pelos serviços que presta à humanidade, a ONU continua essencial, mas especialistas em política internacional apontam que a entidade funciona como espelho do mundo; ou seja: não funciona se a comunidade internacional está desunida.
B
Pelos serviços que presta à humanidade a ONU, continua essencial, mas, especialistas em política internacional, apontam que a entidade funciona como espelho do mundo. Ou seja, não funciona se a comunidade internacional está desunida.
C
Pelos serviços, que presta à humanidade, a ONU continua essencial, onde especialistas em política internacional apontam que, a entidade funciona como espelho do mundo. Ou seja: não funciona, se a comunidade internacional, está desunida. 
D
A ação puramente racional, leva-nos à ruína, a saída é a adoção de soluções morais, incentivar à cooperação e punir o egoísmo, e não técnicas. O que, só é possível, por meio de uma autoridade.
E
A ação puramente racional, leva-nos à ruína. A saída, é a adoção de soluções morais (incentivar à cooperação e punir o egoísmo), e não técnicas, onde só é possível por meio de uma autoridade.
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UFMS 2018 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Há mais de uma década, no mesmo ano em que o Ministério da Justiça publicou o Manual da nova classificação indicativa, a Folha de S. Paulo trouxe o seguinte texto da chargista e cartunista Laerte:




A alternativa que traz informações corretas sobre o texto e seu respectivo gênero é: 

A
Entre a imagem e os discursos verbais que constituem a charge há perfeita coerência, de que resulta o núcleo do sentido desse gênero, que é o humor. No caso, satiriza-se a falta de responsabilidade dos pais quanto à educação dos filhos.
B
O efeito de humor produzido no cartum resulta da ironia presente na fala do personagem, que, explicitamente, representa o discurso de pais que controlam a vida dos filhos, impedindo-os de assistir a determinados programas na TV. 
C
A charge comporta, além de um efeito de humor, decorrente da contradição entre os elementos não verbais e os discursos verbais, uma crítica à ineficácia das normas da programação de TV, distantes da realidade social.
D
O cartum aborda uma situação que pode ocorrer em qualquer tempo ou lugar, satirizando certos costumes humanos, como o de preferir fumar, jogar e beber a assistir a programas educativos na TV. 
E
A tirinha representa a rebeldia dos filhos e sua desobediência às ordens dos pais em relação aos programas de TV a que podem ou não assistir.