A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem
em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao
seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o
ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos
afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia.
Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
Assinale a alternativa correta sobre as relações de coesão estabelecidas no texto.
A questão refere ao seguinte fragmento de texto:
Em termos muito simples, podemos dizer que o amor é um horizonte de compreensão que tem em vista a real dimensão do outro, que não o inventa em uma projeção, que permanece aberto ao seu mistério. Se o amor é aberto ao outro, o ódio é fechado a ele. Tendemos a não querer ver o ódio que nos fecha porque ele nos diminui. “Não querer ver” é uma armadilha, pois todos somos afetados pelo ódio e contribuímos com a nossa parte para a sua persistência (TIBURI, Marcia. Odiar, verbo intransitivo. Revista Cult, n. 20, ano 18, p. 59, set. 2015. Fragmento).
Assinale a alternativa correta sobre as relações de coesão estabelecidas no texto.
Gabarito comentado
Tema central: Coesão textual, especialmente o uso de pronomes e seus referentes, destacando a importância dos pronomes relativos na organização e clareza dos textos, conforme a norma-padrão da Língua Portuguesa.
Comentário sobre a alternativa correta (E):
A alternativa E é a correta porque faz uma leitura precisa dos elementos de coesão do trecho. Os pronomes relativos “que”, nas três últimas orações do primeiro período, têm como antecedente o termo “horizonte de compreensão”. Eles retomam esse termo para evitar repetição e garantir a fluidez do texto, mantendo a coesão referencial.
Já os pronomes “o” e “seu” fazem referência ao termo “outro”. Ou seja, “não o inventa” (não inventa o outro) e “ao seu mistério” (ao mistério do outro).
De acordo com Evanildo Bechara (Moderna Gramática Portuguesa), identificar corretamente os antecedentes dos pronomes é vital para evitar ambiguidades de sentido.
Análise das alternativas incorretas:
A) O pronome “ele” não retoma “amor”, mas sim “outro”. “o ódio é fechado a ele” refere-se ao outro, em oposição ao “amor”.
B) “sua persistência” refere-se claramente ao “ódio”, não ao leitor. O possessivo “sua” está ligado ao substantivo imediatamente anterior (“ódio”).
C) “o” e “seu” referem-se ao ‘outro’, e não a “amor”. O texto é claro nesse vínculo referencial.
D) Os três “que” retomam, todos, o mesmo antecedente (“horizonte de compreensão”), não três termos diferentes, como sugere a alternativa.
Dicas de interpretação e estratégia de prova:
Leia atentamente, buscando o substantivo antecedente dos pronomes relativos e dos possessivos. Atenção a pegadinhas clássicas: ao usar pronomes, a banca pode tentar confundir você forçando associações incorretas. Releia o período, procurando sempre o termo mais próximo e coerente. Segundo Cunha & Cintra, esse é um dos pontos críticos para garantir a coesão e a clareza textual.
Resumo: Alternativa E é a correta por interpretar corretamente os vínculos de coesão referencial no texto, conforme exige a norma culta.
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