Leia atentamente o texto informativo a seguir.
Nosso símbolo
O nome já deixa evidente a origem indígena da bebida consumida diariamente por sulmato-grossenses de todos os cantos. O tereré só se tornou símbolo do Estado porque os índios
guaranis aprenderam a domesticar a erva-mate.
Depois da Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira consegue a concessão de
aproximadamente 8 milhões de hectares da região sul-fronteira para explorar a planta.
Posteriormente, funda a Companhia Mate Laranjeira, que exporta grande volume para Argentina
e para o Uruguai. O professor da UFMS Antônio Hilário Urquiza destaca que 70% da mão de obra
utilizada nos ervais era guarani, que já tinham prática na lida.
“Os guaranis que domesticaram a erva-mate, que criaram o tereré, o chimarrão. Não
qualquer índio. Foram os guaranis que estão aqui no nosso Estado. E hoje [o tereré] é um
símbolo da juventude, da gastronomia, um símbolo identitário do nosso Estado. E é indígena”,
reforça o professor e antropólogo. [...]
(Correio do Estado. Caderno especial “MS 41 anos”, 11 out. 2018).
A respeito dos sentidos construídos por esse texto, cujo objetivo maior é o de informar os leitores
a respeito do tereré como elemento identitário de Mato Grosso do Sul, é possível afirmar que:
Leia atentamente o texto informativo a seguir.
Nosso símbolo
O nome já deixa evidente a origem indígena da bebida consumida diariamente por sulmato-grossenses de todos os cantos. O tereré só se tornou símbolo do Estado porque os índios guaranis aprenderam a domesticar a erva-mate.
Depois da Guerra do Paraguai, Tomás Laranjeira consegue a concessão de aproximadamente 8 milhões de hectares da região sul-fronteira para explorar a planta. Posteriormente, funda a Companhia Mate Laranjeira, que exporta grande volume para Argentina e para o Uruguai. O professor da UFMS Antônio Hilário Urquiza destaca que 70% da mão de obra utilizada nos ervais era guarani, que já tinham prática na lida.
“Os guaranis que domesticaram a erva-mate, que criaram o tereré, o chimarrão. Não qualquer índio. Foram os guaranis que estão aqui no nosso Estado. E hoje [o tereré] é um símbolo da juventude, da gastronomia, um símbolo identitário do nosso Estado. E é indígena”, reforça o professor e antropólogo. [...]
(Correio do Estado. Caderno especial “MS 41 anos”, 11 out. 2018).
A respeito dos sentidos construídos por esse texto, cujo objetivo maior é o de informar os leitores
a respeito do tereré como elemento identitário de Mato Grosso do Sul, é possível afirmar que:
Gabarito comentado
Comentário do Gabarito – Interpretação de Texto
Tema central: Esta questão explora estratégias discursivas e interpretação de texto, cobrando do candidato a habilidade de perceber como o uso de referências a especialistas agrega credibilidade a um texto informativo.
Alternativa correta: D
Justificativa: O texto utiliza a fala de um professor e antropólogo da UFMS, evidenciando uma estratégia recorrente do jornalismo: ampliar a confiança nas informações ao citar autoridades no assunto. De acordo com gramáticas de referência como Cunha & Cintra, a citação de especialistas serve para "[...] transferir parte do prestígio do especialista para o texto", reforçando a autoridade do conteúdo para o leitor.
No texto, a inclusão do especialista ocorre intencionalmente para legitimar a informação sobre a “origem indígena” e o papel social do tereré como símbolo, cumprindo o objetivo maior informativo e persuasivo textual. Assim, o candidato atento reconhece que a credibilidade é acentuada por essa estratégia.
Análise das alternativas incorretas:
- A: Erro de subjetividade: “Nosso símbolo” é mais subjetivo que “símbolo do Estado”, pois “nosso” inclui sentimento de pertencimento (ver Bechara, “Modos de expressão”).
- B: Generalização indevida: O texto cita apenas os guaranis, não “grupos indígenas diversos”. Pegadinha clássica de extrapolação do sentido.
- C: Dados complementares: Os números do segundo parágrafo trazem novos elementos (concessão de terras e exportação), agregando contexto ao tema, e não sendo meramente repetitivos.
- E: Restrição equivocada: O professor destaca o tereré como símbolo identitário estadual, mas sem restringi-lo ("um símbolo da juventude, da gastronomia"). Atenção à armadilha de leitura literal!
Resumo para provas: Sempre que identificar citação de autoridade científica ou acadêmica em textos informativos, desconfie que há intenção de aumentar a credibilidade junto ao leitor — estratégia discursiva fundamental!
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