Questõesde PUC - Campinas sobre Português

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Foram encontradas 128 questões
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Figuras de Linguagem

Entre os recursos estilísticos utilizados pelo poeta nesses versos, está

Para responder à questão, considere o excerto abaixo.


Senhor Grileiro de Terra,

É chegada a vossa vez,

A voz que ouvis e que berra

É a voz do camponês

Clamando do seu calvário

Contra a vossa mesquinhez.

O café vos deu o ouro,

Com que encheis vosso tesouro,

A cana vos deu a prata

Que reluz em vosso armário,

O cacau vos deu o cobre

Que atirais no chão do pobre,

O algodão vos deu o chumbo

Com que matais o operário:

É chegada a vossa vez,

Senhor latifundiário!


(Vinícius de Moraes. Poemas esparsos. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 58) 

A
a antítese, como ocorre entre as expressões encheis vosso tesouro e vos deu o ouro.
B
a alusão, como ocorre na expressão Clamando do seu calvário.
C
o paradoxo, como se dá na frase A cana vos deu a prata Que reluz em vosso armário.
D
a metáfora, como se verifica na construção Contra a vossa mesquinhez.
E
a personificação, tal como ocorre em É chegada a vossa vez.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto faz referência às contribuições de linha experimental e renovadora que dão o “timbre” aos anos 60 e 70. Mais recentemente, no campo da cultura, muitos especialistas têm ponderado sobre os efeitos da globalização, fenômeno bastante discutido desde os anos 1980. Considere as proposições a seguir, acerca desses efeitos.

I. A globalização vem possibilitando a ampliação da circulação de ideias, tendências e expressões artísticas num contexto de transformação do mundo em “aldeia global”, possibilitando a pluralização dos centros de influência.
II. Uma consequência comprovada desse fenômeno foi o fortalecimento das manifestações genuinamente populares e nacionais, como resistência à cultura de massa e ao acirramento do imperialismo cultural acentuado pela globalização.
III. Há crescente melhoria da qualidade de vida nos países pobres, em virtude da universalização do acesso aos meios de comunicação, graças ao barateamento dos aparelhos e à implantação da rede mundial de computadores − a internet −, que vem tornando os cidadãos menos aculturados e as sociedades economicamente menos desiguais.

Está correto o que se afirma em

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     O decênio de 1960 foi primeiro turbulento e depois terrível. (...) Na fase inicial, período Goulart, houve um aumento de interesse pela cultura popular e um grande esforço para exprimir as aspirações e reivindicações do povo − no teatro, no cinema, na poesia, na educação. (...) Mas o timbre dos anos 60 e sobretudo 70 na literatura foram as contribuições de linha experimental e renovadora, refletindo de maneira crispada, na técnica e na concepção da narrativa, esses anos de vanguarda estética e amargura política.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios. S. Paulo: Ática, 1987. p. 208-209) 
A
I, somente.
B
II, somente.
C
II e III, somente.
D
I e II, somente.
E
I, II e III.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais

Nos decênios de 1960 e 1970, consolidaram-se algumas tendências da vanguarda estética, sobretudo as que valorizavam, no gênero da poesia, a

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     O decênio de 1960 foi primeiro turbulento e depois terrível. (...) Na fase inicial, período Goulart, houve um aumento de interesse pela cultura popular e um grande esforço para exprimir as aspirações e reivindicações do povo − no teatro, no cinema, na poesia, na educação. (...) Mas o timbre dos anos 60 e sobretudo 70 na literatura foram as contribuições de linha experimental e renovadora, refletindo de maneira crispada, na técnica e na concepção da narrativa, esses anos de vanguarda estética e amargura política.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios. S. Paulo: Ática, 1987. p. 208-209) 
A
reformulação do verso, privilegiando os versos de menor número de sílabas.
B
recorrência de símbolos místicos e transcendentes.
C
dissolução do verso, privilegiando novas formas de poema em prosa.
D
visualização dos signos no espaço físico da página.
E
incorporação das falas regionais e da literatura de cordel.
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As expressões vanguarda estética e amargura política, pelo modo como se relacionam no contexto desse fragmento, indicam que o crítico julga importante

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     O decênio de 1960 foi primeiro turbulento e depois terrível. (...) Na fase inicial, período Goulart, houve um aumento de interesse pela cultura popular e um grande esforço para exprimir as aspirações e reivindicações do povo − no teatro, no cinema, na poesia, na educação. (...) Mas o timbre dos anos 60 e sobretudo 70 na literatura foram as contribuições de linha experimental e renovadora, refletindo de maneira crispada, na técnica e na concepção da narrativa, esses anos de vanguarda estética e amargura política.
(Antonio Candido. A educação pela noite e outros ensaios. S. Paulo: Ática, 1987. p. 208-209) 
A
definir bem as características das várias escolas literárias.
B
considerar o objeto estético na sua relação com a história social.
C
opor a integridade da arte às indefinições da sociedade.
D
estabelecer uma relação de causa e efeito entre política e arte.
E
reconhecer que a vanguarda estética e a política andam juntas.
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As referências a bagaceira e senhor de engenho indicam tratar-se de um romance em que  

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    − É o que lhe digo, seu Laurentino. Você mora na vila. Soube valorizar o seu ofício. A minha desgraça foi esta história de bagaceira. É verdade que senhor de engenho nunca me botou canga. Vivo nesta casa como se fosse dono. Ninguém dá valor a oficial de beira de estrada. Se estivesse em Itabaiana, estava rico. Não é lastimar, não. Ninguém manda no mestre José Amaro. Aqui moro para mais de trinta anos.

(José Lins do Rego. Fogo morto. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956. p. 32) 

A
a vida cultural e os temas folclóricos ocupam o primeiro plano das ações narradas.
B
se assinala o contraste entre o processo industrial urbano e o atraso rural.
C
é tomado como tema o rápido desenvolvimento de parte do norte brasileiro.
D
jagunços e cangaceiros provocam a decadência econômica de uma parte do nordeste.
E
um ciclo econômico se mostra indissoluvelmente ligado à vida dos habitantes da região.
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Nesse trecho, o personagem Mestre Amaro, um dos protagonistas de Fogo morto, revela-se para o leitor como um

Para responder à questão, considere o texto abaixo.


    − É o que lhe digo, seu Laurentino. Você mora na vila. Soube valorizar o seu ofício. A minha desgraça foi esta história de bagaceira. É verdade que senhor de engenho nunca me botou canga. Vivo nesta casa como se fosse dono. Ninguém dá valor a oficial de beira de estrada. Se estivesse em Itabaiana, estava rico. Não é lastimar, não. Ninguém manda no mestre José Amaro. Aqui moro para mais de trinta anos.

(José Lins do Rego. Fogo morto. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1956. p. 32) 

A
agregado da casa grande, íntimo do velho patriarca e saudoso do seu tempo de professor.
B
profissional ao mesmo tempo livre e dependente do grande proprietário.
C
pobre mestre de ofício, desempregado e deslocado na periferia da cidade.
D
pequeno proprietário de terras, ameaçado pela usina que tomará conta das plantações de cana.
E
vaqueiro de ofício, ora submetido a penosas jornadas de trabalho na roça.
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Nesses versos, o poeta

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Espanha da liberdade,

Não a Espanha da opressão.

Espanha republicana:

A Espanha de Franco, não.

(...)

Espanha da livre crença,

Jamais a da Inquisição.

(...)

Espanha que se batia

Contra o corso Napoleão!

(Manuel Bandeira. 50 poemas escolhidos pelo autor. S. Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 60)

A
apura o caráter lírico de sua poesia, numa confidência pessoal.
B
vale-se da memória remota para fugir das vicissitudes do presente.
C
usa recursos da vanguarda modernista para valorizar sua época.
D
apura as características da linguagem épica, essencial em sua poesia.
E
usa a linguagem poética ao manifestar posicionamento ideológico.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Considerando-se os aspectos técnicos empregados nesse fragmento de poema, vê-se que o poeta recorreu a

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Espanha da liberdade,

Não a Espanha da opressão.

Espanha republicana:

A Espanha de Franco, não.

(...)

Espanha da livre crença,

Jamais a da Inquisição.

(...)

Espanha que se batia

Contra o corso Napoleão!

(Manuel Bandeira. 50 poemas escolhidos pelo autor. S. Paulo: Cosac Naify, 2006. p. 60)

A
versos brancos, para acentuar a espontaneidade da fala.
B
decassílabos, para imprimir à linguagem um tom heroico.
C
redondilhas maiores, para acentuar o ritmar de seu protesto.
D
versos livres, para acentuar o caráter libertário da mensagem.
E
rimas preciosas, para valorizar a acusação em que se empenha.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Um dos recursos utilizados pelos poetas concretos Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari se faz presente no poema de José Paulo Paes,

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Vila Rica, Vila Rica,

Cofre de muita riqueza:

Ouro de lei no cascalho,

Diamantes à flor do chão.

Num golpe só de bateia,

Nosso bem ou perdição.


(...)


Vila Rica, Vila Rica,

Forja de muito covarde:

Só o corpo mutilado

De um bravo e simples alferes

Te salva e te justifica

Vila Rica vil e rica.


(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 91-92) 

A
na figura literária Cofre de muita riqueza.
B
na sintaxe de Num golpe só de bateia / Nosso bem ou perdição.
C
na apóstrofe Vila Rica, Vila Rica.
D
na antítese de Nosso bem ou perdição.
E
no jogo verbal Vila rica vil e rica.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Gêneros Textuais, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Esses versos de José Paulo Paes ressoam, pelo tema e por certas semelhanças estilísticas,

Para responder à questão, considere o poema abaixo.


Vila Rica, Vila Rica,

Cofre de muita riqueza:

Ouro de lei no cascalho,

Diamantes à flor do chão.

Num golpe só de bateia,

Nosso bem ou perdição.


(...)


Vila Rica, Vila Rica,

Forja de muito covarde:

Só o corpo mutilado

De um bravo e simples alferes

Te salva e te justifica

Vila Rica vil e rica.


(José Paulo Paes, Poesia completa. S. Paulo: Companhia das Letras, 2008. p. 91-92) 

A
o poema Romanceiro da Inconfidência, de Cecília Meireles.
B
os sonetos neoclássicos do inconfidente Cláudio Manuel da Costa.
C
as crônicas Confissões de Minas, de Carlos Drummond de Andrade.
D
as passagens épicas de Grande sertão: veredas, de Guimarães Rosa.
E
as Cartas Chilenas, do inconfidente Tomás Antônio Gonzaga.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Coesão e coerência, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O que nesse trecho se afirma pode ser adequadamente ilustrado com esta passagem de Oswald de Andrade:

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
Todo e qualquer sentimento, toda e qualquer verdade, toda e qualquer intenção não consegue se tornar beleza, se não se transformar nesse sentimento técnico que lhes dá a forma.
B
Nesta fase se desenvolve um gênero em que sempre tivemos bons escritores, desde os folhetinistas do tempo do Império: a crônica, livre e ocasional, aderente aos fatos
C
Quando abandonaremos a parte inútil e decorativa do nosso ser? Quando nos aproximaremos com fervor da nossa essência, partindo nosso pobre pão com o Hóspede que está no céu?
D
Para esta ilha não se levará bíblia nem se carregarão discos. Algum amigo que saiba contar histórias está naturalmente convidado. Bem como alguma amiga de voz doce ou quente.
E
Nunca fomos catequizados. Fizemos foi Carnaval. O índio vestido de senador do Império. Ou figurando nas óperas de Alencar cheio de bons sentimentos portugueses.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Assinale a afirmação que explica a intensificação, no século XVII, da atividade de captura a que o texto de Celso de Oliveira faz referência.

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
Exercida exclusivamente pelo espírito de aventura, os colonos paulistas, vinculados à elite proprietária vicentina, organizaram expedições para atacar as missões jesuíticas e fornecer mão de obra escrava à região açucareira.
B
Muito valorizado, em razão de capturar escravos negros e índios fugidos, o trabalho dos paulistas tinha principalmente o objetivo de servir para intimidar escravos, desestimular as novas fugas e a formação de núcleos de quilombos.
C
A pressão metropolitana sobre o comércio ilegal de escravos indígenas contribuiu para que os colonos paulistas se aventurassem na procura e caça de escravos e para a expansão e conquista do território para além da linha das Tordesilhas.
D
Profundos conhecedores dos sertões e habilitados na luta contra o gentio, muitos paulistas passaram a ser contratados pelas autoridades e senhores de fazendas para combater os índios resistentes aos brancos e os negros dos quilombos.
E
O estabelecimento de aldeamentos indígenas em áreas territoriais de interesse metropolitano incentivou os proprietários de terra a contratar muitos paulistas para capturar negros e nativos para o trabalho escravo nas lavouras de cana.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

O texto de Celso de Oliveira pode remeter a uma das fases da história do movimento das bandeiras. Sobre esse movimento, é correto afirmar que os bandeirantes ao ultrapassarem constantemente a linha de Tordesilhas provocaram conflitos entre espanhóis e portugueses, como o de 1680 na região

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
do Acre, quando aos espanhóis pretendendo conquistar áreas anteriormente pertencentes aos portugueses, promoveram a revolta dos brasileiros e um confronto fronteiriço.
B
da Colônia do Sacramento, quando os espanhóis procuraram expandir seus domínios nas terras onde viviam os índios Guaranis, contrariando o previsto no Tratado de Madri.
C
de Sete Povos das Missões, quando os portugueses obrigaram os indígenas da região a se transferirem para as terras dominadas pelos espanhóis, no atual Rio Grande do Sul.
D
do Rio Oiapoque, quando os portugueses penetraram em terras espanholas e provocaram uma guerra pela definição da fronteira entre o Brasil e a Guiana Francesa.
E
do Prata, quando procurando ampliar os seus domínios, os portugueses fundaram a cidade de Nova Colônia do Santíssimo Sacramento, no atual Uruguai.
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PUC - Campinas 2010 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

Atente para este pequeno poema do livro Pau Brasil, de Oswald de Andrade.


Escapulário

No Pão de Açúcar

De Cada Dia

Dai-nos Senhor

A Poesia

De Cada Dia


Nesses versos, 

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
mesclam-se o estilo alto da linguagem religiosa e o efeito de uma notação bem-humorada.
B
processa-se uma paródia do nacionalismo típico dos primeiros românticos.
C
a conversão religiosa é tratada com simplicidade poética e verdade de sentimento.
D
mostra-se que a realização da poesia lírica está na capacidade da mais alta transcendência.
E
faz-se piada da fracassada intenção modernista de associar poesia e experiência religiosa.
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O trecho acima releva uma singular reação do narrador machadiano, diante da escravidão: a ênfase na

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
tese abolicionista.
B
indignação política.
C
naturalização da violência.
D
valorização da irracionalidade.
E
defesa da justiça social.
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Deve-se depreender da leitura desse trecho que o narrador machadiano

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Nas poucas vezes em que o narrador de Machado de Assis abordou diretamente o tema da escravidão, foi contundente e incisivo, a seu modo. Em vez de acusar os horrores da condição e dos castigos que se impunham ao escravo, preferia tratá-los com irônica candura, como se fossem trivialidades aceitáveis. Colocava no mesmo pé a razão de fuga do escravo e a de quem tinha como ofício capturá-lo sob recompensa, isto é, movido por uma necessidade, razão não menos nobre... Na estratégia machadiana, apresentar como natural a brutalidade humana é um modo eficaz de acentuar a barbárie e provocar a indignação do leitor.
(Celso de Oliveira, de um estudo inédito) 
A
afirma o sentido exclusivo e rigoroso do que entende como um ato de nobreza.
B
mostra-se compreensivo com as razões pelas quais se assume um ofício pouco dignificante.
C
abomina as ações que implicam violência desnecessária contra o escravo.
D
relata com repulsa a forma pela qual os escravos fugidos eram recapturados.
E
considera que a ordem social pode ser comprometida pela desordem jurídica.
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No final da década de 20 os modernistas sofreram o impacto da quebra da bolsa de valores de Nova York. Esse acontecimento resultou, para o Brasil,

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
no gradual aumento das exportações de café para países europeus, uma vez que os Estados Unidos mergulharam numa profunda crise econômica, da qual se recuperariam somente após a II Guerra Mundial.
B
na elaboração de um projeto político de substituição de importações, influenciado pelo keynesianismo, política que apregoava o Estado do Bem-Estar Social.
C
na adoção de política semelhante ao New Deal, que implicou garantias de subsídio estatal aos cafeicultores, evitando a falência massiva e a crise generalizada. 
D
no aumento do número de imigrantes estrangeiros, à medida em que a crise ganhava proporções internacionais, obrigando os trabalhadores empobrecidos a buscarem empregos em países menos afetados.
E
na bancarrota dos latifundiários que dependiam dos empréstimos norte-americanos para manter suas exportações, e que passaram a culpar o Estado e a aderir fervorosamente aos valores liberais.
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Nesse trecho, o historiador da literatura deixa ver que

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
a poesia barroca é um gênero literário mais eficaz na denúncia política do que os sermões de um padre da Ilustração.
B
homens de letras não deixam de repercutir, em suas obras ou ações, valores de algum posicionamento político.
C
o estilo barroco foi determinante para que poetas ou sermonistas manifestassem repulsa ao processo colonial.
D
as preocupações políticas prejudicam o valor literário tanto dos poetas como dos prosadores.
E
as relações comerciais entre a colônia e a coroa foram decisivas para a fixação do estilo barroco entre nós.
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O significado original da antropofagia para as sociedades indígenas no Brasil pode ser relacionado

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

     Do primitivismo de Pau-Brasil, saiu em 1927 o movimento Antropófago, chefiado por Oswald de Andrade, com Tarsila do Amaral, Raul Bopp, Antônio de Alcântara Machado e outros. A posição anterior é aí requintada em sentido mitológico e simbólico mais amplo, com uma verdadeira filosofia embrionária da cultura. Oswald propugnava uma atitude brasileira de devoração ritual dos valores europeus, a fim de superar a civilização patriarcal e capitalista, com as suas normas rígidas no plano social e os seus recalques impostos, no plano psicológico.
(Antonio Candido e José Aderaldo Castello, Presença da Literatura Brasileira − Modernismo. 6. ed. Rio de Janeiro/S. Paulo: Difel, 1977. p. 16) 
A
à ideia de sacrifício humano presente, com idêntico sentido, nas culturas Inca e Asteca, por meio do qual o sangue humano deveria ser derramado para apaziguar a fúria dos deuses e evitar tragédias coletivas.
B
ao sincretismo religioso proveniente do contato intenso com o catolicismo do colonizador português, que gradativamente transformou essa prática na repartição simbólica da carne e do sangue de Cristo.
C
ao ritual que sucedia o aprisionamento de um guerreiro inimigo, a quem, por suas qualidades, era concedida a honra de servir de alimento aos vencedores, que assim incorporariam sua bravura e seus melhores atributos.
D
ao rito de passagem a que eram submetidos os jovens guerreiros após sua primeira batalha bem sucedida: estes deveriam celebrar sua bravura aprisionando inimigos e oferecendo, à tribo, um banquete cerimonial.
E
à prática do canibalismo, revestida de significado mítico e disseminada em momentos de penúria, quando as tribos indígenas organizavam rituais coletivos para satisfazer suas necessidades e dissipar sortilégios.
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A consolidação do poder monárquico luso a que o texto faz referência deve ser compreendida historicamente no contexto da formação dos Estados Nacionais na Europa, durante a época moderna. Dentre as ideias que embasaram esse processo, no caso português, pode-se citar: 

Para responder à questão, considere o texto abaixo.

    O padre Antonio Vieira, ao contrário de um Gregório de Matos saudoso do “Antigo Estado”, sabia que a máquina mercante da colonização viera para ficar, irreversível, inexorável. E que, sendo inútil lamentar a sua intrusão nos portos da Colônia, importava dominá-la imitando seus mecanismos e criando, na esfera do poder monárquico luso, uma estrutura similar que pudesse vencê-la na concorrência entre os impérios. Esse projeto o situa no centro nervoso da política colonial. Enquanto conselheiro de D. João IV, inspira ao rei a fundação de uma Companhia das Índias Ocidentais assentada principalmente em capitais judaicos.
(Alfredo Bosi, Dialética da colonização. S. Paulo: Companhia das Letras, 1992. p. 120) 
A
o fortalecimento do poder da Igreja Católica diante da concepção do direito divino do monarca, o nacionalismo e a adoção de medidas liberais para desenvolver e expandir a economia nacional.
B
a elaboração de leis nacionais sintetizadas numa Carta Magna, a afirmação da soberania por meio de guerras de expansão, e a aliança entre clero, monarquia e nobreza para conter os interesses e a atuação da burguesia.
C
o despotismo esclarecido, a concepção de que o Estado deveria ser empreendedor e alimentado pela arrecadação de impostos, a formação de um exército forte e autônomo e o rompimento com os valores feudais.
D
a organização do governo em três poderes (executivo, legislativo e judiciário), a afirmação da nacionalidade em oposição à cultura estrangeira e a defesa da liberdade individual e do “estado de natureza”.
E
a defesa da monarquia absolutista, o projeto de integração nacional através da unidade territorial, linguística e monetária, e o incentivo estatal ao desenvolvimento mercantilista.