Questõesde FGV sobre Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto
Ao dizer "força de expressão" (2° parágrafo), o narrador informa que não se devem tomar as
palavras em seu sentido
Assinale a alternativa que ilustra um momento em que, em situação de evidente desigualdade, um
personagem zomba (tem uma atitude sarcástica) da situação do outro.
Considere a tirinha de Laerte.
(folha.uol.com.br)
Para a construção de seu significado, a tirinha recorre
De acordo com o texto, a pesquisa de Philippe Ariès
(www.fotografia.folha.uol.com.br)
O efeito de humor da charge decorre
De acordo com o poema,
Considerado o contexto do primeiro parágrafo, o verbo sublinhado indica um acontecimento
habitual, frequente, no passado, na frase:
Ao caracterizar determinada obra literária brasileira, assim se pronunciou o crítico Roberto
Schwarz:
“Entre a limitação do narrador e a inteligência de sua escrita o desacordo é total, e a conjunção é
forçada. Este é o X estético do livro.” Adaptado.
Costuma-se reconhecer que esse contraste entre a mentalidade estreita do narrador e a
qualidade de sua prosa pode ser verificado também, não obstante as diferenças, sobretudo na
seguinte obra:
Uma nota pessoal do autor de O Ateneu, Raul Pompeia, registra que, na sua concepção, “a prosa
tem de ser eloquente, para ser artística, tal como os versos”. Essa concepção
I manifesta-se na composição do trecho de O Ateneu, aqui reproduzido;
II orienta igualmente a prosa machadiana de Quincas Borba;
III contraria o ideal estilístico do autor de São Bernardo, Graciliano Ramos.
Está correto o que se indica em
Costuma-se considerar que O Ateneu, de Raul Pompeia, embora tenha como subtítulo “Crônica
de saudades”, pertence à modalidade literária conhecida como romance de formação, cujo
modelo ou paradigma é a narrativa do percurso de aprendizagem de um jovem, no qual ele
forma seu caráter, supera os problemas encontrados e prepara sua inserção harmônica na
sociedade.
Admitindo-se esse paradigma, a reflexão sobre o tempo apresentada pelo narrador na abertura
do livro, aqui reproduzida, indica que O Ateneu irá se configurar como um romance de formação
No início do texto, o pai do narrador revela pensar que a experiência do mundo é centrada na
luta. Consideradas as diferenças, também vê o mundo principalmente sob esse prisma a
personagem
O convívio de um repertório narrativo de caráter mítico ou lendário e de referências diretas a
coisas e pessoas reais, pertencentes à realidade histórica, presente nas Memórias de um sargento
de milícias, caracteriza também, principalmente, a estrutura da obra
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
A presença, no introito do livro, de amplas considerações a respeito do aparato judiciário
existente no Rio de Janeiro do período joanino, já indica a relevância, na obra,
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
Dentre as expressões do texto relativas à atividade própria dos meirinhos, citadas abaixo, a única
que assume conotação pejorativa é
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
Já na frase de abertura das Memórias de um sargento de milícias – “Era no tempo do rei.” –, que
remete ao mesmo tempo à abertura-padrão dos contos da carochinha e ao período joanino da
história do Brasil, manifestam-se as duas modalidades do tempo presentes nessa obra: uma, de
caráter lendário e intemporal e, outra, de caráter histórico bem determinado.
O convívio dessas duas modalidades do tempo indica que, do ponto de vista dessa obra, a
história brasileira caracterizou-se pela conjunção de
Era no tempo do rei.
Uma das quatro esquinas que formam as ruas do Ouvidor e da Quitanda, cortando-se mutuamente, chamava-se nesse tempo - O canto dos meirinhos -; e bem lhe assentava o nome, porque era aí o lugar de encontro favorito de todos os indivíduos dessa classe (que gozava então de não pequena consideração). Os meirinhos de hoje não são mais do que a sombra caricata dos meirinhos do tempo do rei; esses eram gente temível e temida, respeitável e respeitada; formavam um dos extremos da formidável cadeia judiciária que envolvia todo o Rio de Janeiro no tempo em que a demanda era entre nós um elemento de vida: o extremo oposto eram os desembargadores. Ora, os extremos se tocam, e estes, tocando-se, fechavam o círculo dentro do qual se passavam os terríveis combates das citações, provarás, razões principais e finais, e todos esses trejeitos judiciais que se chamava o processo.
Daí sua influência moral.
Manuel Antônio de Almeida, Memórias de um sargento de milícias.
Examine os seguintes comentários sobre diferentes elementos linguísticos presentes no texto:
I Na oração que inicia o texto, a palavra “concretas” é um adjetivo que amplia o significado de
outro adjetivo.
II No trecho “do documento que depois será objeto de pesquisa histórica”, a palavra “objeto”
assume sentido abstrato.
III A expressão “prova dos nove” deve ser entendida, no texto, em seu sentido literal.
Está correto o que se afirma em
Dentre as reminiscências da autora, há algumas que têm um caráter negativo ou desagradável, e
outras, um caráter positivo ou agradável. Essa oposição distingue o que está descrito nos dois
trechos citados em:
Considerando-se os elementos descritivos presentes no texto, é correto apontar, nele, o emprego
de
O nascimento do filho do retirante, anunciado nesse trecho de Morte e
vida severina , forma contraste com a seguinte marca da obra a que
pertence:
Texto para a pergunta
UMA MULHER, DA PORTA DE ONDE SAIU O HOMEM,
ANUNCIA-LHE O QUE SE VERÁ
– Compadre José, compadre,
que na relva estais deitado:
conversais e não sabeis
que vosso filho é chegado?
Estais aí conversando
em vossa prosa entretida:
não sabeis que vosso filho
saltou para dentro da vida?
Saltou para dentro da vida
ao dar o primeiro grito;
e estais aí conversando;
pois sabei que ele é nascido.
João Cabral de Melo Neto, Morte e vida severina.