Questõessobre Teoria Literária

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UniREDENTOR 2020 - Literatura - Teoria Literária

Texto 3:Canção amiga 

Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça,
Todas as mães se reconheçam,
E que fale como dois olhos.
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países.
Se não me veem, eu vejo
E saúdo velhos amigos.
Eu distribuo um segredo
Como quem ama ou sorri.
No jeito mais natural
Dois carinhos se procuram.
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante.
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas.
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças.

(DRUMMOND, Carlos. In: Novos Poemas)


Sobre a linguagem do poema, nota-se que foi empregada com o objetivo principal de: 

A
fazer referência a acontecimentos, transmitindo informações acerca do mundo exterior.
B
persuadir o leitor, em um forte apelo à sua sensibilidade.
C
demonstrar o processo de construção do poema, observando o papel da linguagem e do poeta
D
focalizar os sentimentos do eu lírico, suas sensações, reflexões e opiniões frente ao mundo real.
E
estabelecer contato comunicativo entre o emissor da mensagem e o receptor.
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UniREDENTOR 2020 - Literatura - Teoria Literária

Poeta do Modernismo, Manuel Bandeira escreveu vários poemas que podem ser considerados “poéticas”, ou seja, eles tratam do “fazer poesia”, ora dizendo para que a poesia serve, ora dizendo como ela deve ser.
Indique a alternativa em que NÃO fragmento de texto com a mesma intenção poética:

Vou lançar a poesia do poeta sórdido. Poeta sórdido: Aquele em cuja poesia há a marca suja da vida. Vai um sujeito, Sai um sujeito de casa com a roupa de brim branco [muito bem engomada, [e na primeira esquina passa um caminhão, [salpica-lhe o paletó de uma nódoa de lama: É a vida. O poema deve ser como a nódoa do brim: Fazer o leitor satisfeito de si dar o desespero. Sei que a poesia é também orvalho. Mas este fica para as menininhas, as estrelas alfas, [as virgens cem por cento [e as amadas que envelhecem sem maldade. (BANDEIRA, Manuel. Antologia poética. 1986)
A
Não faças versos sobre acontecimentos./Não há criação nem morte perante a poesia. (Drummond, À procura da poesia)
B
Penetra surdamente no reino das palavras./Lá estão os poemas que esperam ser escritos.(Drummond, À procura da poesia)
C
De onde ela vem?! De que matéria bruta/Vem essa luz que sobre as nebulosas. (Augusto do Anjos/ A ideia)
D
Não me importa a palavra, esta corriqueira./Quero é o esplêndido caos de onde emerge a sintaxe ( Adélia Prado/ Antes do nome)
E
Não sei quantas almas tenho./Cada momento mudei.(Fernando Pessoa/ Não sei quantas almas tenho)
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UEL 2019 - Literatura - Modernismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

A fala de Eduardo a respeito de ser pobre em O demônio familiar levanta a questão da representação dos pobres em textos literários. Assinale a alternativa que contém a correta correlação entre a obra referida e a temática da pobreza.

Leia o texto extraído do segundo ato de O demônio familiar e responda à questão

EDUARDO (Rindo-se) -– Eis um corretor de casamentos, que seria um achado precioso para certos indivíduos do meu conhecimento! Vou tratar de vender-te a algum deles para que possas aproveitar teu gênio industrioso.
PEDRO -– Oh! Não! Pedro quer servir a meu senhor! Vosmecê perdoa; foi para ver senhor rico!
EDUARDO -– E o que lucras tu com isto?! Sou tão pobre que te falte com aquilo de que precisas? Não te trato mais como um amigo do que como um escravo?
PEDRO — Oh! Trata muito bem, mas Pedro queria que o senhor tivesse muito dinheiro e comprasse carro bem bonito para... EDUARDO -– Para... Dize!
PEDRO -– Para Pedro ser cocheiro de senhor!
EDUARDO -– Então a razão única de tudo isto é o desejo que tens de ser cocheiro?
PEDRO — Sim, senhor!
EDUARDO — (Rindo-se) -– Muito bem! Assim, pouco te importava que eu ficasse mal com a pessoa que estimava; que me casasse com uma velha ridícula, que vivesse maçado e aborrecido, contanto que governasses dois cavalos em um carro! Tens razão!... E eu ainda devo dar-me por muito feliz, que fosse esse motivo frívolo, mas inocente, que te obrigasse a trair a minha confiança. (Eduardo sai.)

ALENCAR, José de. O demônio familiar. 4. ed. São Paulo: Martin Claret, 2013. p. 54-55. 
A
Nos Poemas escolhidos, Gregório de Matos ressalta que os pobres são aqueles excluídos de negócios escusos, sem deixar de considerar seus envolvimentos pouco nobres com os mais ricos e poderosos.
B
Em Alguma poesia, Carlos Drummond de Andrade exclui os pobres de seu foco, pois o poeta está concentrado na movimentação das elites econômicas.
C
Em Amor de perdição, Camilo Castello Branco dirige sua atenção para o modo como os pobres se organizam, com a finalidade de trair os mais ricos e tirá-los do poder.
D
Em Clara dos Anjos, Lima Barreto constrói a representação dos pobres, transferindo-lhes seu espírito de militância, por meio de reivindicações políticas e coletivas.
E
Em Quarenta dias, Maria Valéria Rezende vê como imagens mais marcantes dos pobres a violência e o individualismo, o que leva a protagonista a apegar-se cada vez mais a uma vida materialmente confortável.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Teoria Literária

Fragmento I
Esse Aires que aí aparece conserva ainda agora algumas das virtudes daquele tempo, e quase nenhum vício. Não atribuas tal estado a qualquer propósito. Nem creias que vais nisto um pouco de homenagem à modéstia da pessoa. Não, senhor, é verdade pura e natural efeito. Apesar dos quarenta anos, ou quarenta e dois, e talvez por isso mesmo, era um belo tipo de homem. Diplomata de carreira, chegara dias antes do Pacífico, com uma licença de seis meses.
ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó, São Paulo, FTD, 2011. p. 46.

Fragmento II
Também não creias que fosse outrora rico e adúltero, aberto de mãos, quando vinha de dizer adeus às suas amigas. Ni cet excès d´honneur, nit cette indignité. Era um pobre diabo sem mais ofício que a devoção.
ASSIS, Machado de. Esaú e Jacó, São Paulo, FTD, 2011. p. 21.

Observando os fragmentos (I e II) destacados do romance Esaú e Jacó e considerando a totalidade da obra, pode-se afirmar:

A
No fragmento I, a intertextualidade com outro livro do autor é evidente ao fazer alusão a Aires, o diplomata. No fragmento II, há um exemplo da erudição do autor ao citar outros autores, estratégia que se repete ao longo do livro.
B
No fregmento I, o narrador apresenta uma das personagens centrais do livro, genitor dos gêmeos Pedro e Paulo. No fragmento II, vemos uma citação em francês, o que atesta a semelhança deste romance com as obras do Romantismo, época em que havia influência da literatura de Victor Hugo.
C
Ambos os fragmentos atestam o gosto de Machado de Assis pela ironia, estratégia comum em toda sua obra.
D
Os fragmentos fogem ao estilo comum na obra do autor por serem expressionistas, novidade introduzida anos antes da publicação desse livro, quando abandonou o estilo realista e adotou o Romantismo.
E
Os fragmentos confirmam a filiação do autor ao estilo romântico, anterior a sua estreia como realista, que só ocorreu anos após a publicação de Esaú e Jacó.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Teoria Literária

O lançamento da obra Quarto de despejo, em 1960, fez de Carolina de Jesus o maior sucesso editorial da história da literatura brasileira, com cerca de um milhão de cópias vendidas. A autora deixou registrado o seguinte depoimento:

“Enquanto escrevo vou pensando que resido num castelo cor de ouro que reluz na luz do sol. Que as janelas são de prata e as luzes de brilhantes. Que a minha vista circula no jardim e eu contemplo as flores de todas as qualidades.”(1976).


O depoimento de Carolina de Jesus atesta o seguinte sobre sua relação com a vida e com a sua obra Quarto de despejo:

A
Seu estilo é romântico, com tendência a idealizar a realidade e a enxergar o mundo numa ótica maniqueísta, tanto na literatura como na vida.
B
Seu estilo é neossimbolista na literatura, mas tem uma tendência realista na relação com a vida.
C
Apesar de seu estilo ser realista e espelhar a realidade da vida na favela, a narradora desta obra permite-se penetrar no mundo onírico com as digressões subjetivas sobrepujando os registros documentais em seu livro, já que na vida costuma fantasiar e sonhar
D
A escritora vale-se de um recurso em que, apesar de retratar a vida como ela é em seu romance, inclusive com personagens retirados do mundo real das favelas, permite-se sublimar tudo isso na vida real, vendo assim o mundo idealizado apenas em pensamento.
E
A narrativa segue os princípios do Realismo Fantástico, em que realidade e sonho se sobrepõem e o leitor é levado a acreditar no mundo de castelos dourados e luzes brilhantes, assim como sonha no mundo real.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Modernismo, Teoria Literária, Escolas Literárias

Legado

Que lembrança darei ao país que me deu

tudo que lembro e sei, tudo quanto senti?

Na noite do sem-fim, breve o tempo esqueceu

minha incerta medalha, e a meu nome se ri.

E mereço esperar mais do que os outros, eu?

Tu não me enganas, mundo, e não te engano a ti.

Esses monstros atuais, não os cativa Orfeu,

a vagar, taciturno, entre o talvez e o se.

Não deixarei de mim nenhum canto radioso,

uma voz matinal palpitando na bruma

e que arranque de alguém seu mais secreto espinho.

De tudo quanto foi meu passo caprichoso

na vida, restará, pois o resto se esfuma,

uma pedra que havia em meio do caminho.

Disponível em:<https://www.companhiadasletras.com.br/trechos/13225.pdf> . Acesso em: 20 ago. 2019.


Considerando-se a obra Claro Enigma, de Carlos Drummond de Andrade, no contexto histórico em que foi escrita, e o poema Legado, marque com V as afirmativas verdadeiras e com F, as demais.

( ) A obra Claro Enigma foi publicada durante o período da Guerra Fria, e alguns dos seus poemas fazem questionamentos sobre o futuro em tom pessimista.

( ) O poema Legado exemplifica uma fonte de inspiração comum aos poemas da obra Claro Enigma: foi inspirado pelas incertezas e angústias da época em que foram escritos.

( ) No poema Legado, pode-se constatar o tom melancólico do poeta.

( ) No poema Legado, fica claro que o sujeito poético passa de um estado contemplativo e melancólico para outro de renovação e de descoberta.

( ) No poema Legado, assim como na obra como um todo (Claro Enigma), o sujeito poético esboça um projeto de vida voltado para a superação da amargura e do sofrimento que o acompanharam durante toda a sua existência.


A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

A
F V V F V
B
V F V V F
C
V V V F F
D
F V F V V
E
V V F F V
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Teoria Literária

Trecho 01
— A senhora me faz saudades de minha terra. Lembrei-me de minha casa, e das tardes em que passeava assim por aqueles sítios, com minha mãe e minha irmã.
— O senhor tem mãe e irmã! Como deve ser feliz! disse Lúcia com sentimento.
— Quem é que não tem uma irmã! respondi-lhe sorrindo. E minha mãe ainda é muito moça para que eu tivesse a desgraça de a haver perdido.
— Perdi a minha muito cedo...
ALENCAR, José de. Senhora, São Paulo, FTD, 1991. p. 21-22

Trecho 02
Lúcia saiu um instante e voltou. [...] o fato é que a aparição já desvanecida surgira de repente aos meus olhos.
— Agora lembro-me! Estou vendo-a como a vi pela primeira vez!
— Como daquela vez não me verá mais nunca!
— O que lhe falta? — Falta o que o senhor pensava e não tornará a pensar! disse ela com a voz pungida por dor íntima!
ALENCAR, José de. Senhora, São Paulo, FTD, 1991. p. 24.

Trecho 03
Quando porém os meus lábios se colaram na tez de cetim e meu peito estreitou as formas encantadoras que debuxavam a seda, pareceu-me que o sangue lhe refluía ao coração. As palpitações eram bruscas e precípites. Estava lívida e mais branca do que o alvo colarinho do seu roupão.
ALENCAR, José de. Senhora, São Paulo, FTD, 1991. p. 25


Considerando-se os fragmentos destacados do romance Senhora e considerando-se a totalidade da obra, assinale o único item cujas afirmações não podem ser comprovadas com a leitura da obra.

A
No trecho 01, a personagem faz uma alusão ao trauma do passado que a fez assumir uma nova identidade social.
B
No trecho 02, a linguagem vaga na fala da personagem ilustra sua consciência acerca da dupla imagem de mulher assumida por ela.
C
No trecho 03, as reações instintivas de Lúcia comprovam que sua verdadeira natureza difere da imagem que tenta passar para a sociedade e que compõem seu novo status social.
D
Na obra como um todo, há constantemente um contraste nas descrições de Lúcia: às vezes o foco está na sua aparência, outras vezes na sua verdadeira natureza.
E
No epílogo da obra, Lúcia se redime de todos os seus pecados voltando a assumir seu antigo papel social de moça recatada e assim restaurando sua imagem perante a sociedade.
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UNICENTRO 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

TEXTO:
Nove anos procurou Blimunda. Começou por contar as estações, depois perdeu-lhes o sentido. Nos primeiros tempos calculava as léguas que andava por dia, quatro, cinco, às vezes seis, mas depois confundiram-se-lhes os números, não tardou que o espaço e o tempo deixassem de ter significado, tudo se media em manhã, tarde, noite, chuva, soalheira, granizo, névoa e nevoeiro, caminho bom, caminho mau [...] milhares de rostos, rostos sem número que o dissesse, quantas vezes mais os que em Mafra se tinham juntado, e de entre os rostos, os das mulheres para as perguntas, os dos homens para ver se neles estava a resposta...
SARAMAGO. José. Memorial do convento. 25. ed. Rio de Janeiro, Bertrand Brasil, 1982. p. 345.

Considerando que José Saramago apresenta uma escrita peculiar, com um estilo próprio e uma linguagem inovadora, marque com V ou F, conforme sejam verdadeiras ou falsas as afirmativas acerca do estilo, do enredo ou da linguagem presentes na obra, não só levando em conta o trecho, mas também a totalidade do livro.
( ) No trecho “Nove anos procurou Blimunda”, a personagem em foco sofre a ação verbal, portanto Blimunda funciona como complemento do verbo "procurar".
( ) A linguagem da obra, como atesta o fragmento, é documental e realista, sendo seu estilo chamado de neorrealismo.
( ) O narrador, no trecho acima, assim como em outros, apresenta ao leitor como a personagem sente, em sua subjetividade, os aspectos vividos na realidade concreta.
( ) Considerando que esse trecho é parte do epílogo da obra, a personagem procurada por Blimunda é Baltazar.
( ) A personagem em questão, Blimunda, tem poderes extraordinários, que podem ser entendidos literalmente ou metaforicamente.

A alternativa que contém a sequência correta, de cima para baixo, é a

A
F F V F F
B
F F V V V
C
V V V V V
D
V F V F V
E
V F V V V
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Sobre o fragmento do Poema Sujo, de Ferreira Gullar, assinale a alternativa CORRETA.

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

       Corpo meu corpo corpo
que tem um nariz assim uma boca
dois olhos
e um certo jeito de sorrir
de falar
que minha mãe identifica como sendo de seu filho
que meu filho identifica
como sendo de seu pai

corpo que se para de funcionar provoca
um grave acontecimento na família:
sem ele não há José Ribamar Ferreira
não há Ferreira Gullar

e muitas pequenas coisas acontecidas no planeta
estarão esquecidas para sempre

corpo-facho corpo-fátuo corpo-fato
[...]
meu corpo nascido numa porta-e-janela da Rua dos Prazeres
ao lado de uma padaria
sob o signo de Virgo
sob as balas do 24º BC
na revolução de 30
e que desde então segue pulsando como um relógio
num tic tac que não se ouve
(senão quando se cola o ouvido à altura do meu coração)
tic tac tic tac

Fonte: GULLAR, Ferreira. Poema Sujo. São Paulo: Círculo do Livro, 1980, p. 11-
13. (fragmento). 
A
Retrata, por meio de um narrador em terceira pessoa, a memória de um homem cosmopolita de meia idade.
B
Traz como temáticas centrais as paixões da juventude e a solidão que compõe o eu-lírico na idade adulta.
C
Apresenta as impressões do eu-lírico sobre o corpo-vida que o constitui.
D
Compõe-se de um narrador em terceira pessoa que descreve sua trajetória de vida, do nascimento à velhice.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Sobre o fragmento da obra Vida e Morte de M. J. Gonzaga de Sá, de Lima Barreto, assinale a alternativa CORRETA.

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

A felicidade, sensação tão volátil, instável, irredutível de homem a homem é cousa diferente, e não consente média a abranger centenas, milhares e milhões de seres humanos. Imaginas tu que Madame Belasman, de Petrópolis, tem um grande joanete, um defeito hediondo, com o qual sobremaneira sofre; e o operário Felismino, da mortona, orgulha-se em possuir um filho com talento. Madame Belasman vive acabrunhada com a exuberância de seu joanete. [...] entretanto, Felismino, quando bate rebites, sorri e antegoza o estrondo que uma parcela do seu sangue vai causar na sociedade. [...] Quem é mais feliz – pergunto – madame Belasman ou o senhor Felismino? E, à vista disso, poderás dizer que todas as damas de Petrópolis são felizes e os operários de fundição são desgraçados? Há média possível para a felicidade das classes? Nós, os modernos, nos vamos esquecendo que essas histórias de classe, de povos, de raças, são tipos de gabinetes, fabricados para as necessidades de certos edifícios lógicos, mas que fora deles desaparecem completamente: – Não são? Não existem.

Fonte: BARRETO, Lima. Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Cotia, SP: Ateliê Editorial, 2017, p 100-101. (fragmento).
A
Apresenta a ideia de que a felicidade varia de pessoa para pessoa e que, por ser um sentimento sólido e estável, uma vez sentida, permanece.
B
Expõe a ideia de que a felicidade é um sentimento que pode ser medido entre as classes sociais e que alcança todos os seres humanos.
C
Compara a felicidade dos homens mais simples com a felicidade das mulheres da classe alta, defendendo que a felicidade depende de fatores divinos.
D
Defende que a felicidade depende da forma como cada pessoa se vê e se relaciona com sua realidade, independentemente de seu lugar social.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Assinale a alternativa CORRETA. No fragmento de Quarto de despejo, Carolina Maria de Jesus apresenta um olhar

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

3 DE MAIO... Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito, porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por não ter o que comer.

6 DE MAIO [...] ...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para saber descrevê-la.

9 DE MAIO... Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso: Faz de conta que eu estou sonhando.

10 DE MAIO... [...] O tenente interessou-se pela educação dos meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso, que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que tornar-se util a patria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto, porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor Janio Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver nem as minhas dificuldades. ... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou fome. A fome também é professora. Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas crianças.

16 DE MAIO Eu amanheci nervosa. Porque eu queria ficar em casa, mas eu não tinha nada para comer.
... Eu não ia comer porque o pão era pouco. Será que é só eu que levo esta vida? O que posso esperar do futuro? Um leito em Campos do Jordão. Eu quando estou com fome quero matar o Janio, quero enforcar o Adhemar e queimar o Juscelino. As dificuldades corta o afeto do povo pelos politicos.

Fonte: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983, p. 25-29. (fragmento).
A
submisso ao discurso dos homens da lei sobre a propensão para o crime, das pessoas da favela.
B
crítico com relação à problemática da fome e à falta de atenção dos políticos para com a população pobre.
C
otimista quanto à possibilidade de mudança de sua vida e de sua família.
D
culpado por não conseguir comida suficiente para si e seus filhos.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

A partir da leitura do fragmento de texto de Daniel Munduruku, é INCORRETO afirmar que:

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

Contam os velhos do povo Karajá que um misterioso acontecimento estava deixando a aldeia alarmada. Isso acontecia porque os guerreiros estavam sumindo durante a caçada e ninguém conseguia explicar por que isso estava acontecendo. Havia um clima de medo.
Um rapaz, no entanto, resolveu rastrear pela trilha dos parentes sumidos. Entrou na mata cautelosamente e logo adiante avistou um bando de urubus. Isso era um sinal de que havia carniça por perto. Redobrou sua atenção e arrastou-se até chegar perto de uma grande árvore em cuja raiz encontrou objetos e ossadas dos parentes desaparecidos. Seu susto foi maior quando avistou dois monstruosos indivíduos saindo de uma caverna. Comentavam um para o outro:
– Estou com uma fome tão grande. Tô com vontade de comer gente!
– Vamos botar uma espera? Sinto que hoje vamos pegar alguém!
O jovem, ouvindo aquela conversa, sentiu-se amedrontado, achando que ele poderia ser o alimento daquela gente estranha.
[...] Quando chegou à aldeia, estava muito angustiado. Começou a gritar para chamar a atenção de todos. _ Inã biroxikre nhaçã rekã!... (Bugios grandalhões estão devorando gente!).
[...] Onde vais com tanta pressa, valente guerreiro?
– Vou caçar nhaçã rekã! – respondeu o jovem de forma arrogante.
– Se me tomares como esposa, eu te ensinarei como caçar aquelas perigosas feras feiticeiras! – propôs a mulher-sapo.  

Fonte: MUNDURUKU, Daniel. A Caveira-Rolante, a Mulher-Lesma e outras
histórias. Ilustrações Maurício Negro. São Paulo: Global, 2010, p. 40-41.
(fragmento).

A
Munduruku faz referência a elementos da cultura indígena.
B
a história Karajá narrada por Munduruku traz à cena criaturas misteriosas.
C
na construção da sua narrativa Munduruku utiliza palavras da língua indígena.
D
Munduruku trata do aniquilamento de guerreiros Karajá por tribos inimigas.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

A partir da leitura dos dois poemas do escritor tocantinense Célio Pedreira é CORRETO afirmar que eles:

Leia os poemas para responder a QUESTÃO.

Texto I

Bulandeira
O braço
rompe a roda
a roda
vira o ralo
o ralo
na raiz da fome
farinha.


Texto II

Tapioca na gamela
Eita que esse destino de furupa
guarnece a brasa e o tição
o forno de assar o bolo
alvura que ama a tapioca na gamela
amassando a vida com as mãos
pois a festa é certa
quando certo o pão.
Fonte: PEDREIRA, Célio. As tocantinas. Palmas–TO: Universidade Federal do
Tocantins/EDUFT, 2014, p. 36 e 20. 
A
aludem ao trabalho e ao preparo artesanal de alimentos retirados da mandioca.
B
resgatam as tradições do preparo de alimentos servidos nas festas religiosas e rezas.
C
retomam memórias afetivas de festejos populares que ocorrem nas comunidades interioranas.
D
remetem ao trabalho coletivo e ao ambiente festivo durante a preparação de pratos tradicionais.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

A partir da leitura do fragmento de O auto de São Lourenço, de José de Anchieta, é CORRETO afirmar que

Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .

SÃO LOURENÇO:
Mas existe a confissão,
remédio senhor da cura.
Os índios que enfermos são
com ela se curarão,
e a comunhão os segura.

Quando o pecado lhes pesa,
vão-se os índios confessar.
Dizem: "Quero melhorar..."
O padre sobre eles reza
para o seu Deus aplacar.
[...]

AIMBIRÊ: [criado do diabo]:
Afastado,
"quando à morte fôr chegado,
diz o índio, expulsarei
todo o crime que ocultei".

GUAIXARÁ [diabo chefe]:
Ouve, oh! sim; pois com cuidado
seus maus atos desfiei. 

SÃO LOURENÇO:
Com todo vosso ódio, sei
que procurais condená-los.
Deles não me afastarei,
mas a Deus suplicarei
para sempre auxiliá-los.
Eles em mim confiaram,
construindo essa capela;
velhos vícios extirparam,
por patrono me tomaram
que em firmá-los se desvela. 

Fonte: ANCHIETA, José de. Teatro de Anchieta. In: O auto de São Lourenço.
Edições Loyola: São Paulo, 1977, p. 158. (fragmento). (adaptado). 
A
apresenta um diálogo entre São Lourenço, Guaixará e Aimbirê, no qual o Santo intercede pelos índios junto ao divino.
B
exibe uma disputa entre o bem e o mal, em que o chefe dos diabos faz acusações contra São Lourenço.
C
intenciona apresentar as virtudes dos diabos e os vícios dos índios.
D
retoma o evangelho cristão, no qual São Lourenço condena os índios por seus vícios.
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UFT 2019 - Literatura - Teoria Literária

Os fragmentos das obras de Bernardo Élis e de João Guimarães Rosa narram, respectivamente, a notícia da chegada de um viajante e a chegada de outro viajante. É CORRETO afirmar que os narradores:

Leia os fragmentos para responder a QUESTÃO .

Texto I
O Juiz Valério alegrava-se com a aproximação da comissão. Acreditava em justiça, em lei, achava que o governo fosse dotado de uma clarividência que o comum dos homens não possuía, de uma reta intenção de punir o mal e premiar o bem. Daquele recanto tão afastado, Governo era assim algo de sobre-humano e inatacável. Antes porém que a Comissão chegasse ao [Vila do] Duro, aportaram ali notícias do que era ela. Era como o vento que precede a chuva braba. Quem vinha chefiando a comissão era um juiz togado, com assento em Porto Nacional, formado pela Faculdade do Recife, com militança no Foro de Salvador e Belém do Pará, homem de estudo, homem de preparo, homem sabido e corrido.

Fonte: ÉLIS, Bernardo. O tronco. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008, p.15. (fragmento). (adaptado).


Texto II
Sucedeu então vir o grande sujeito entrando no lugar, capiau de muito longínquo: tirado à arreata o cavalo raposo, que mancara, apontava de noroeste, pisando o arenoso. Seus bigodes ou a rustiquez – roupa parda, botinões de couro de anta, chapéu toda a aba – causavam riso e susto. Tomou fôlego, feito burro entesa orelhas, no avistar um fiapo de povo mas a rua, imponente invenção humana. Tinha vergonha de frente e de perfil, todo o mundo viu, devia também de alentar internas desordens no espírito.

Fonte: ROSA, João Guimarães. Tutaméia (Terceiras estórias). Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2001, p. 58. (fragmento).
A
descrevem a valentia desses viajantes.
B
constroem imaginários desses viajantes.
C
delineiam as características físicas desses viajantes.
D
explicam as relações entre esses viajantes e o governo.
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CÁSPER LÍBERO 2018 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

Ao invocar "Ggum, o Prometeu africano'', a dedicatória de Mayombe, de Pepetela:

A
denuncia os ódios tribais.
B
reforça os valores ocidentais.
C
busca recuperar os antigos mitos gregos.
D
identifica as raízes identitárías do povo português.
E
conclama os guerrilheiros à luta.
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UFPR 2019 - Literatura - Teoria Literária

Leia os versos abaixo, de Gonçalves Dias e Basílio da Gama:


O Gigante de Pedra
    (II, Estrofes 5 e 6)


Tornam prados a despir-se,
Tornam flores a murchar,
Tornam de novo a vestir-se,
Tornam depois a secar;
E como gota filtrada
De uma abóboda escavada
Sempre, incessante a cair,
Tombam as horas e os dias,
Como fantasmas sombrias,
Nos abismos do porvir!


E no féretro de montes
Inconcusso, imóvel, fito,
Escurece os horizontes
O gigante de granito.
Com soberba indiferença
Sente extinta a antiga crença
Dos Tamoios, dos Pajés;
Nem vê que duras desgraças,
Que lutas de novas raças
Se lhe atropelam aos pés!

Gonçalves Dias


A Tempestade
(Estrofes 1-4)


Um raio
Fulgura
No espaço,
Esparso
De luz;
E trêmulo
E puro
Se aviva,
S'esquiva,
Rutila.
Seduz!


Vem a aurora
Pressurosa,
Côr-de-rosa,
Que se cora
De carmim;
A seus raios
As estrelas,
Que eram belas,
Têm desmaios,
Já por fim.

O sol desponta
Lá no horizonte,
Doirando a fronte,
E o prado e o monte
E o céu e o mar;
E um manto belo
De vivas cores
Adorna as flores
Que entre verdores
Se vê brilhar.


Um ponto aparece,
Que o dia entristece,
O céu, onde cresce,
De negro a tingir;
Oh! Vede a procela
Infrene, mais bela,
No ar s'encapela
Já pronta a rugir!

Gonçalves Dias


O Uraguai
(Canto IV, v. 30-52)


Assim quem olha do escarpado cume
Não vê mais do que o céu, que o mais lhe encobre
A tarda e fria névoa, escura e densa.
Mas quando o sol, de lá do eterno e fixo
Purpúreo encosto de dourado assento,
Co'a criadora mão desfaz e corre
O véu cinzento de ondeadas nuvens,
Que alegre cena para nossos olhos!
Podem Daquela altura, por espaço imenso,
Ver as longas campinas retalhadas
De trêmulos ribeiros, claras fontes
E lagos cristalinos, onde molha
As leves asas o lascivo vento.
Engraçados outeiros, fundos vales
E arvoredos copados e confusos,
Verde teatro onde se admira quanto
Produziu a supérflua Natureza.
A terra sofredora de cultura
Mostra o rasgado seio; e as várias plantas,
Dando as mãos entre si, tecem compridas
Ruas, por onde a vista saudosa
Se estende e se perde. O vagaroso gado
Mal se move no campo, e se divisam
Por entre as sombras da verdura, ao longe,
As casas branquejando e os altos templos.

Basílio da Gama


Com base na análise dos versos acima e na leitura integral de O Uraguai e de Os últimos cantos, considere as seguintes afirmativas:


1. Embora as “Poesias Americanas” tenham alcançado grande destaque nas leituras posteriores da obra de Gonçalves Dias, em Últimos Cantos elas ocupam um espaço menor do que o conjunto das outras duas partes: “Poesias Diversas” e “Hinos”.


2. No poema “O gigante de pedra”, é a montanha, da sua altura, quem assiste aos acontecimentos da história. Os versos acima citados de O Uraguai, por sua vez, adotam a perspectiva do olhar humano para descrever a natureza que se descortina do alto de uma montanha.


3. O hino “A tempestade” recria em seus versos os efeitos do fenômeno atmosférico que deslumbra o poeta. Nas três estrofes citadas, podem-se perceber os recursos poéticos utilizados: métrica crescente, esquema de rimas diferente a cada estrofe, adjetivos e verbos que vão do claro ao escuro, do tranquilo ao agitado.


4. A reiteração sonora do verbo “tornar”, na mesma posição dos versos iniciais da estrofe 
5 de “O Gigante de Pedra”, marca a variação das estações do ano, sendo que a mesma característica é atribuída à montanha na estrofe seguinte e ao longo de todo o poema.


5. A partir de acidentes geográficos de localização precisa, a cadeia de montanhas localizada na atual cidade do Rio de Janeiro e o rio Uruguai, localizado na fronteira sul do país, “O Gigante de Pedra” e O Uraguai narram um episódio específico e datado da história brasileira.



Assinale a alternativa correta.

A
Somente a afirmativa 5 é verdadeira.
B
Somente as afirmativas 4 e 5 são verdadeiras.
C
Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras.
E
As afirmativas 1, 2, 3, 4 e 5 são verdadeiras.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

Sobre o conto “Felicidade clandestina”, de Clarice Lispector, é CORRETO afirmar que:

A
traz um protagonista masculino, o que é típico do universo ficcional desta escritora.
B
traz um narrador masculino envolvido por personagens femininas, como estratégia de reafirmação da posição feminina no universo ficcional.
C
traz um narrador feminino, marcado pela falta, por uma carência que são típicas da humanidade tal como costuma ser descrita no universo ficcional desta escritora.
D
traz como narrador-protagonista uma personagem imbuída de bastante poder, para questionar a forma como ela lida com ele cotidianamente.
E
traz uma narradora observadora, que critica o comportamento masculino para reafirmar-se diante dos homens.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Modernismo: Tendências contemporâneas, Teoria Literária, Escolas Literárias

Para responder a esta questão, leia os excertos abaixo:


“Onde se viu ir ao cinema, de luto pesado! A dor já estava sendo cultivada pelas aparências, e eu, que sempre gostara apenas regularmente de meu pai, mais por instinto de filho que por espontaneidade de amor, me via a ponto de aborrecer o bom do morto”.

“Voltei, abri a porta e ele ao me ver disse ‘não faça isso, doutor, só tenho o senhor no mundo’. Não acabou de falar ou se falou eu não ouvi, com o barulho do tiro”.

“— Será que ele está vendo a gente de algum lugar? — perguntou o rapazinho. Olhou para o alto — o teto ainda de luz acesa —, como se a alma do morto estivesse por ali, observando-os; não viu nada, mas sentia como se a alma estivesse por ali”.

“Ai, por que não fugi? Pegou a vassoura atrás da porta e me encheu de pancada. Me desviei, a criança ali nos braços, o cabo deu no canto da mesa e se quebrou”.


Os fragmentos acima correspondem, respectivamente, aos seguintes contos:

A
“O arquivo”, “Morre desgraçado”, “O outro”, “O negócio”.
B
“Peru de Natal”, “O outro”, “Fazendo a barba”, “Morre desgraçado”.
C
“Pai contra mãe”, “O enfermeiro”, “O negócio”, “Morre desgraçado”.
D
“Fazendo a barba”, “O enfermeiro”, “O espelho”, “O outro”.
E
“Peru de Natal”, “O outro”, “O espelho”, “Pai contra mãe”.
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UNIOESTE 2019 - Literatura - Teoria Literária

No que tange o romance Fogo morto, de José Lins do Rego, é CORRETO afirmar que:

A
a obra fora escrita para denunciar o cangaço e o cangaceiro, representados na personagem Antônio Silvino, que espalhava terror e morte pelo Nordeste brasileiro, mormente na década de 30.
B
trata-se de um romance panfletário, de tom político, pois nota-se a denúncia dos problemas sociais: a miséria, a fome, a seca que assolam o sertão nordestino da época.
C
o título “fogo morto” aponta para a decadência em sentido amplo, tanto do engenho que cede lugar à usina, quanto da expressão de um Nordeste decadente.
D
a obra Fogo morto pertence ao ciclo do cangaço, juntamente a outros dois romances do autor: Pedra bonita e Cangaceiros, haja vista a decadência do engenho.
E
Coronel Lula, Capitão Vitorino e Capitão Antônio Silvino são representantes do Exército nacional, que tiveram ascensão no Nordeste brasileiro na década de 40.