Questão 6493c6e1-fd
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Assinale a alternativa CORRETA. No fragmento de Quarto de
despejo, Carolina Maria de Jesus apresenta um olhar
Assinale a alternativa CORRETA. No fragmento de Quarto de
despejo, Carolina Maria de Jesus apresenta um olhar
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
3 DE MAIO... Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar
qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito,
porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por
não ter o que comer.
6 DE MAIO [...] ...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é
que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para
saber descrevê-la.
9 DE MAIO... Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso:
Faz de conta que eu estou sonhando.
10 DE MAIO... [...] O tenente interessou-se pela educação dos
meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso,
que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que
tornar-se util a patria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto,
porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor
Janio Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora
falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver
nem as minhas dificuldades.
... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou
fome. A fome também é professora.
Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas
crianças.
16 DE MAIO Eu amanheci nervosa. Porque eu queria ficar em
casa, mas eu não tinha nada para comer.
... Eu não ia comer porque o pão era pouco. Será que é só eu
que levo esta vida? O que posso esperar do futuro? Um leito
em Campos do Jordão. Eu quando estou com fome quero
matar o Janio, quero enforcar o Adhemar e queimar o
Juscelino. As dificuldades corta o afeto do povo pelos politicos.
Fonte: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983, p. 25-29. (fragmento).
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
3 DE MAIO... Fui na feira da Rua Carlos de Campos, catar
qualquer coisa. Ganhei bastante verdura. Mas ficou sem efeito,
porque eu não tenho gordura. Os meninos estão nervosos por
não ter o que comer.
6 DE MAIO [...] ...O que eu aviso aos pretendentes a politica, é
que o povo não tolera a fome. É preciso conhecer a fome para
saber descrevê-la.
9 DE MAIO... Eu cato papel, mas não gosto. Então eu penso:
Faz de conta que eu estou sonhando.
10 DE MAIO... [...] O tenente interessou-se pela educação dos
meus filhos. Disse-me que a favela é um ambiente propenso,
que as pessoas tem mais possibilidades de delinquir do que
tornar-se util a patria e ao país. Pensei: Se ele sabe disto,
porque não faz um relatorio e envia para os politicos? O senhor
Janio Quadros, o Kubstchek e o Dr. Adhemar de Barros? Agora
falar para mim, que sou uma pobre lixeira. Não posso resolver
nem as minhas dificuldades.
... O Brasil precisa ser dirigido por uma pessoa que já passou
fome. A fome também é professora.
Quem passa fome aprende a pensar no proximo, e nas
crianças.
16 DE MAIO Eu amanheci nervosa. Porque eu queria ficar em
casa, mas eu não tinha nada para comer.
... Eu não ia comer porque o pão era pouco. Será que é só eu
que levo esta vida? O que posso esperar do futuro? Um leito
em Campos do Jordão. Eu quando estou com fome quero
matar o Janio, quero enforcar o Adhemar e queimar o
Juscelino. As dificuldades corta o afeto do povo pelos politicos.
Fonte: JESUS, Carolina Maria de. Quarto de despejo: diário de uma favelada.
Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1983, p. 25-29. (fragmento).
A
submisso ao discurso dos homens da lei sobre a
propensão para o crime, das pessoas da favela.
B
crítico com relação à problemática da fome e à falta de
atenção dos políticos para com a população pobre.
C
otimista quanto à possibilidade de mudança de sua vida e
de sua família.
D
culpado por não conseguir comida suficiente para si e
seus filhos.