Questão 6496981e-fd
Prova:
Disciplina:
Assunto:
Sobre o fragmento da obra Vida e Morte de M. J. Gonzaga de
Sá, de Lima Barreto, assinale a alternativa CORRETA.
Sobre o fragmento da obra Vida e Morte de M. J. Gonzaga de
Sá, de Lima Barreto, assinale a alternativa CORRETA.
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
A felicidade, sensação tão volátil, instável, irredutível de
homem a homem é cousa diferente, e não consente média a
abranger centenas, milhares e milhões de seres humanos.
Imaginas tu que Madame Belasman, de Petrópolis, tem um
grande joanete, um defeito hediondo, com o qual sobremaneira
sofre; e o operário Felismino, da mortona, orgulha-se em
possuir um filho com talento. Madame Belasman vive
acabrunhada com a exuberância de seu joanete. [...]
entretanto, Felismino, quando bate rebites, sorri e antegoza o
estrondo que uma parcela do seu sangue vai causar na
sociedade. [...] Quem é mais feliz – pergunto – madame
Belasman ou o senhor Felismino? E, à vista disso, poderás
dizer que todas as damas de Petrópolis são felizes e os
operários de fundição são desgraçados? Há média possível
para a felicidade das classes? Nós, os modernos, nos vamos
esquecendo que essas histórias de classe, de povos, de raças,
são tipos de gabinetes, fabricados para as necessidades de
certos edifícios lógicos, mas que fora deles desaparecem
completamente: – Não são? Não existem.
Fonte: BARRETO, Lima. Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Cotia, SP:
Ateliê Editorial, 2017, p 100-101. (fragmento).
Leia o fragmento para responder a QUESTÃO .
A felicidade, sensação tão volátil, instável, irredutível de
homem a homem é cousa diferente, e não consente média a
abranger centenas, milhares e milhões de seres humanos.
Imaginas tu que Madame Belasman, de Petrópolis, tem um
grande joanete, um defeito hediondo, com o qual sobremaneira
sofre; e o operário Felismino, da mortona, orgulha-se em
possuir um filho com talento. Madame Belasman vive
acabrunhada com a exuberância de seu joanete. [...]
entretanto, Felismino, quando bate rebites, sorri e antegoza o
estrondo que uma parcela do seu sangue vai causar na
sociedade. [...] Quem é mais feliz – pergunto – madame
Belasman ou o senhor Felismino? E, à vista disso, poderás
dizer que todas as damas de Petrópolis são felizes e os
operários de fundição são desgraçados? Há média possível
para a felicidade das classes? Nós, os modernos, nos vamos
esquecendo que essas histórias de classe, de povos, de raças,
são tipos de gabinetes, fabricados para as necessidades de
certos edifícios lógicos, mas que fora deles desaparecem
completamente: – Não são? Não existem.
Fonte: BARRETO, Lima. Vida e Morte de M.J. Gonzaga de Sá. Cotia, SP:
Ateliê Editorial, 2017, p 100-101. (fragmento).
A
Apresenta a ideia de que a felicidade varia de pessoa
para pessoa e que, por ser um sentimento sólido e
estável, uma vez sentida, permanece.
B
Expõe a ideia de que a felicidade é um sentimento que
pode ser medido entre as classes sociais e que alcança
todos os seres humanos.
C
Compara a felicidade dos homens mais simples com a
felicidade das mulheres da classe alta, defendendo que a
felicidade depende de fatores divinos.
D
Defende que a felicidade depende da forma como cada
pessoa se vê e se relaciona com sua realidade,
independentemente de seu lugar social.