Questõessobre Mito e Filosofia
“Como se sabe, a palavra mythos raramente foi empregada por Heródoto (apenas duas vezes). Caracterizar um logos(narrativa) como mythos era para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso e inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do que é visível, um mythos não pode ser provado.”
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Brasília, Editora da UnB, 2003, p. 37.
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, é INCORRETO afirmar que
“Como se sabe, a palavra mythos raramente foi empregada por Heródoto (apenas duas vezes). Caracterizar um logos(narrativa) como mythos era para ele um meio claro de rejeitá-lo como duvidoso e inconvincente. [...] Situado em algum lugar além do que é visível, um mythos não pode ser provado.”
HARTOG, F. Os antigos, o passado e o presente. Brasília, Editora da UnB, 2003, p. 37.
Sobre a diferença entre mythos e logos acima sugerida, é INCORRETO afirmar que
Sobre as principais características dos relatos mitológicos, é INcorreto afirmar que
Podemos caracterizar a mitologia como resultante dos primeiros esforços do ser humano no Ocidente para dar explicações
para as coisas e atribuir sentido à realidade. Com base nesta compreensão, é correto afirmar:
A mitologia grega , base da religião dos gregos antigos, não tinha um livro sagrado como a Bíblia; sua origem era explicada através de dois livros Teogonia,de Hesíodo, e Ilíada e Odisséia, de Homero, sendo que o primeiro explicava a origem dos deuses e, o segundo, aventuras com heróis e deuses gregos. Era uma religião politeísta.
Marque a sequência que traz apenas nomes de deuses da mitologia grega.
A mitologia grega , base da religião dos gregos antigos, não tinha um livro sagrado como a Bíblia; sua origem era explicada através de dois livros Teogonia,de Hesíodo, e Ilíada e Odisséia, de Homero, sendo que o primeiro explicava a origem dos deuses e, o segundo, aventuras com heróis e deuses gregos. Era uma religião politeísta.
Marque a sequência que traz apenas nomes de deuses da mitologia grega.
não se pode afirmar que houve uma ruptura
radical entre a mitologia e a filosofia, pois a
filosofia dedica-se aos mesmos problemas da
mitologia, porém com argumentos diferentes;
nesse aspecto, há uma continuidade temática
entre elas.
filosofia e mitologia são discursos contrários,
pois a filosofia nega o sobrenatural e busca
sempre combater qualquer tipo de divindade.
o discurso filosófico jamais se opôs ao discurso
mítico, pois os filósofos eram sábios e
sacerdotes; logo, defensores das explicações
míticas.
os primeiros filósofos gregos buscaram
construir uma explicação racional para eventos
que eram explicados de forma mítica,
enfatizando, nesta reflexão, a origem natural
das coisas.
Antes do surgimento do pensar raciona-lfilosófico, os povos antigos possuíam outra forma de
explicação do mundo: o pensamento mítico.Considerando as características do
conhecimento mítico, atente para o que se afirma a
seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com
F o que for falso.( ) A mitologia foi a segunda forma de
explicação sobre o mundo, sucedendo as
explicações fornecidas pelas ciências dos
antigos povos, como a agrimensura e a
astrologia. ( ) Os mitos eram transmitidos por gerações,
principalmente através da forma narrativa
e faziam parte da tradição cultural de um
povo, não sendo originários da criação por
parte de um indivíduo específico.
( ) A mitologia explicava a origem do mundo
e dependia da adesão, pelas pessoas, de
um conjunto de verdades tidas como
inquestionáveis e imunes à crítica.
( ) Baseado, principalmente, nas forças da
natureza – physis –, as mitologias antigas,
ao contrário das religiões que as
sucederam, evitavam o recurso às forças
sobrenaturais como fonte de explicação da
existência.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Leia o texto e as assertivas abaixo a respeito das relações entre o nascimento da filosofia e a mitologia.
O nascimento da filosofia na Grécia é marcado pela passagem da cosmogonia para a cosmologia.
A cosmogonia, típica do pensamento mítico, é descritiva e explica como do caos surge o
cosmos, a partir da geração dos deuses, identificados às forças da natureza. Na cosmologia,
as explicações rompem com a religiosidade: a arché (princípio) não se encontra mais na ordem
do tempo mítico, mas significa princípio teórico, enquanto fundamento de todas as coisas. Daí
a diversidade de escolas filosóficas, dando origem a fundamentações conceituais (e portanto
abstratas) muito diferentes entre si.
ARANHA, M. L. A; MARTINS, M. H. P. Filosofando. São Paulo: Moderna, 1993, p. 93.
I - Uma corrente de pensamento afirma que houve ruptura completa entre mito e filosofia, tal corrente é a que defende
a tese do milagre grego.
II - Outra corrente de pensamento afirma que não houve ruptura completa entre mito e filosofia, mas certa continuidade,
é a que defende a tese do mito noético.
Assinale a alternativa correta.
A relação entre mito e filosofia é objeto de polêmica entre muitos estudiosos ainda hoje. Para alguns, a filosofia
nasceu da ruptura com o pensamento mítico (teoria do “milagre grego”); para outros, houve uma continuidade entre mito
e filosofia, ou seja, de alguma forma os mitos continuaram presentes – seja como forma, seja como conteúdo – no
pensamento filosófico. A partir destas informações, assinale a alternativa que NÃO contenha um exemplo de pensamento mítico no pensamento
filosófico.
Leia o texto a seguir.
O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir
a imaginação pelo saber. [..] O mito converte-se em esclarecimento, e a natureza em mera objetividade. O
preço que os homens pagam pelo aumento de poder é a alienação daquilo sobre o que exercem o poder. [...]
Quanto mais a maquinaria do pensamento subjuga o que existe, tanto mais cegamente ela se contenta com
essa reprodução. Desse modo, o esclarecimento regride à mitologia da qual jamais soube escapar.
ADORNO & HORKHEIMER. Dialética do esclarecimento. Fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge
Zahar, 1985. p.17; 21; 34.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a crítica à racionalidade instrumental e a relação entre mito e
esclarecimento em Adorno e Horkheimer, assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
O programa do esclarecimento era o desencantamento do mundo. Sua meta era dissolver os mitos e substituir a imaginação pelo saber. [..] O mito converte-se em esclarecimento, e a natureza em mera objetividade. O preço que os homens pagam pelo aumento de poder é a alienação daquilo sobre o que exercem o poder. [...] Quanto mais a maquinaria do pensamento subjuga o que existe, tanto mais cegamente ela se contenta com essa reprodução. Desse modo, o esclarecimento regride à mitologia da qual jamais soube escapar.
ADORNO & HORKHEIMER. Dialética do esclarecimento. Fragmentos filosóficos. Trad. Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1985. p.17; 21; 34.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a crítica à racionalidade instrumental e a relação entre mito e esclarecimento em Adorno e Horkheimer, assinale a alternativa correta.
Quando soube daquele oráculo, pus-me a refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que sentido oculto pôs na resposta? Eu
cá não tenho consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que quererá ele então significar declarando-me o mais sábio?
Naturalmente não está mentindo, porque isso lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por
fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a expor.
(PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.)
O texto acima pode ser tomado como um exemplo para ilustrar o modo como se estabelece, entre os gregos, a
passagem do mito para a filosofia. Essa passagem é caracterizada:
Quando soube daquele oráculo, pus-me a refletir assim: “Que quererá dizer o Deus? Que sentido oculto pôs na resposta? Eu cá não tenho consciência de ser nem muito sábio nem pouco; que quererá ele então significar declarando-me o mais sábio? Naturalmente não está mentindo, porque isso lhe é impossível”. Por longo tempo fiquei nessa incerteza sobre o sentido; por fim, muito contra meu gosto, decidi-me por uma investigação, que passo a expor.
(PLATÃO. Defesa de Sócrates. Trad. Jaime Bruna. Coleção Os Pensadores. Vol. II. São Paulo: Victor Civita, 1972, p. 14.)
O texto acima pode ser tomado como um exemplo para ilustrar o modo como se estabelece, entre os gregos, a passagem do mito para a filosofia. Essa passagem é caracterizada:
Nietzsche escreveu:
E vede! Apolo não podia viver sem Dionísio! O “titânico” e o “bárbaro” eram no fim de
contas, precisamente uma necessidade tal como o apolíneo!
NIETZSCHE, F. O nascimento da tragédia ou helenismo e pessimismo. Tradução de J. Guinsburg. São Paulo:
Companhia das Letras, 2007, p. 38.
Assinale a alternativa que descreve corretamente o dionisíaco e o apolíneo.
A filosofia grega parece começar com uma ideia
absurda, com a proposição: a água é a origem e a matriz
de todas as coisas. Será mesmo necessário deter-nos
nela e levá-la a sério? Sim, e por três razões: em primeiro
lugar, porque essa proposição enuncia algo sobre a
origem das coisas; em segundo lugar, porque o faz sem
imagem e fabulação; e enfim, em terceiro lugar, porque
nela, embora apenas em estado de crisálida, está contido
o pensamento: Tudo é um.
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento
da filosofia entre os gregos?
NIETZSCHE, F. Crítica moderna. In: Os pré-socráticos. São Paulo: Nova Cultural, 1999.
O que, de acordo com Nietzsche, caracteriza o surgimento da filosofia entre os gregos?
Compreende-se assim o alcance de uma reivindicação que surge desde o nascimento da cidade na Grécia antiga: a redação das leis. Ao escrevê-las, não se faz mais que assegurar-lhes permanência e fixidez. As leis tornam-se bem comum, regra geral, suscetível de ser aplicada a todos da mesma maneira.
VERNANT, J . P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado)
Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga, ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir o seguinte princípio:
VERNANT, J . P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992 (adaptado)
Para o autor, a reivindicação atendida na Grécia antiga, ainda vigente no mundo contemporâneo, buscava garantir o seguinte princípio:
A filosofia surge na Grécia no final do século VII e no início do século VI a.C. Dentre as condições históricas para o seu surgimento, destacam-se as seguintes:
A mitologia grega é composta de histórias de deuses que se assemelham aos seres humanos, tanto em aparência física quanto em sentimentos. Entre outras funções, tais histórias, transmitidas oralmente, de geração em geração, buscavam explicar a origem do universo, a fundação de uma polis ou um acontecimento extraordinário.
A dúvida pode significar o fim de uma fé, ou pode significar o começo de outra. Em dose moderada, estimula o pensamento. Em excesso, paralisa-o. A dúvida, como exercício intelectual, proporciona um dos poucos prazeres puros, mas, como experiência moral, ela é uma tortura. Aliada à curiosidade, é o berço da pesquisa
e assim de todo conhecimento sistemático. Em estado destilado, mata toda curiosidade e é o fim de todo conhecimento. |