Questõessobre Filosofia e a Grécia Antiga

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Foram encontradas 251 questões
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UEPA 2011 - Filosofia - Os Pré-Socráticos, Filosofia e a Grécia Antiga

O VÉU E A ASA
O VOO
O ALVO
de TALES: ÁGUA
ALMA

(Herbert Emanuel, do Livro “Nada ou Quase Uma Arte”)

O poema faz referências explícitas a um filósofo pré-socrático. Na história da filosofia, entende-se por pré-socráticos aqueles filósofos que antecederam a Sócrates. Entre as alternativas abaixo, assinale a que contém somente filósofos pré-socráticos

A
Tales de Mileto / Santo Agostinho / Heráclito.
B
Parmênides / Anaximandro / Empédocles.
C
Parmênides / Pitágoras / Aristóteles.
D
Anaxágoras / Platão / Demócrito.
E
Anaxímenes, Xenófanes, Boécio.
7086bac8-d8
UEPA 2011 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

A filosofia surge na Grécia por volta do século VI a.C. Mudanças sociais, políticas e econômicas favoreceram o seu surgimento. Dentre estas mudanças, pode-se mencionar:

A
A estruturação do mundo rural, desenvolvimento do sistema escravagista e o estabelecimento de uma aristocracia proprietária de terras.
B
A expansão da economia local fundada no desenvolvimento do artesanato, o fortalecimento dos “demos” e da organização familiar patriarcal.
C
As disputas entre Atenas e Esparta, o desenvolvimento de Mecenas e do comércio jônico.
D
O uso da escrita alfabética, as viagens marítimas e a evolução do comércio e do artesanato.
E
O predomínio do pensamento mítico.
bab1d298-d9
UEM 2011 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

Sócrates, já na antiguidade, lançava mão de um conceito familiar aos tempos modernos, algo como uma estética funcionalista, ao associar o belo ao útil pois, para ele, sempre que um objeto cumpria sua função era belo. Desta forma, o filósofo refletia, em parte, o pensamento artístico grego.

“A Estética, enquanto reflexão filosófica, busca compreender, num primeiro momento, o que é beleza, o que é belo. A preocupação com o belo, com a arte e com a sensibilidade” é própria da reflexão estética. Não se trata de “uma discussão de preferências, simplesmente com o fim de uniformizar os gostos. Então, ela não poderá ser normativa, determinando o que deve ser, obrigatoriamente, apreciado por todos.” (Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 272). Ainda assim, a tentativa de uma definição do belo vem acompanhando a História da Arte há muito tempo, sendo correto afirmar que
C
Certo
E
Errado
babb2bc2-d9
UEM 2011 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Aristóteles associava o conceito de belo ao conceito de bom, e, para ele, as artes tinham uma função moral e social, ao reforçarem os laços da comunidade. Por esse motivo, preferia a tragédia, pois, nela, a imitação das ações humanas (boas ou más) reproduziriam um efeito chamado de catarse, ou seja, uma purificação dos sentimentos ruins a partir da sua visualização na arte.

“A Estética, enquanto reflexão filosófica, busca compreender, num primeiro momento, o que é beleza, o que é belo. A preocupação com o belo, com a arte e com a sensibilidade” é própria da reflexão estética. Não se trata de “uma discussão de preferências, simplesmente com o fim de uniformizar os gostos. Então, ela não poderá ser normativa, determinando o que deve ser, obrigatoriamente, apreciado por todos.” (Filosofia. Vários autores. Curitiba: SEED-PR, 2006, p. 272). Ainda assim, a tentativa de uma definição do belo vem acompanhando a História da Arte há muito tempo, sendo correto afirmar que
C
Certo
E
Errado
a17cc9e2-d7
UEM 2010 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Platão rejeitou a ironia socrática por considerá-la inadequada para a construção do discurso filosófico na forma dos diálogos.

A ironia consiste em se dizer o contrário do que se quer dar a entender. Nela, o dito exprime o não dito, utilizando a sátira para criticar ideias e comportamentos. Como forma de expressão crítica, a ironia pode ser encontrada na filosofia, na literatura e na linguagem em geral.
Assinale o que for correto. 
C
Certo
E
Errado
a16081c5-d7
UEM 2010 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

O domínio macedônico e a conquista da Grécia pelos romanos, no período helenístico (séc. III e II a.C), sofreram influência da politéia míxeis (regime misto) de Aristóteles.

O surgimento da filosofia está vinculado a transformações históricas e sociais que marcam a passagem de uma experiência de linguagem mítica (palavra-eficaz) para uma experiência de linguagem lógica (palavra-diálogo). Assinale o que for correto.
C
Certo
E
Errado
e4e10b7b-d9
UEA 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

— Imagina o seguinte. Se um homem descesse de novo para o seu antigo posto, não teria os olhos cheios de trevas, ao regressar subitamente da luz do Sol? E se lhe fosse necessário julgar daquelas sombras em competição com os que tinham estado sempre prisioneiros acaso não causaria o riso, e não diriam dele que por ter subido ao mundo superior, estragara a vista, e que não valia a pena tentar a ascensão? E a quem tentasse soltá-los e conduzi-los até cima, se pudessem agarrá-lo e matá-lo, não o matariam?

(Platão. A república, 1993. Adaptado.)

O texto, uma passagem da “Alegoria da Caverna”, pode estar se referindo, implicitamente, ao julgamento e execução de Sócrates na cidade de Atenas. A passagem descreve o retorno à caverna do homem que, liberto, conheceu a verdadeira realidade. Esse homem representa, metaforicamente, o filósofo na pólis como um indivíduo

A
magnânimo, interessado na justa solução de rivalidades entre grupos políticos.
B
orgulhoso, voltado para a exposição pública de saberes elevados.
C
incômodo socialmente, orientado por conhecimentos arduamente adquiridos.
D
inativo economicamente, dedicado à contemplação religiosa da luz do Sol.
E
sábio, compenetrado na missão de preparar os futuros líderes da democracia.
fde3e0ea-d1
UEA 2018 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

       [...] será que pode existir alguém mais feliz do que o sábio, que [...] nega o destino, apresentado por alguns como o senhor de tudo, já que as coisas acontecem ou por necessidade, ou por acaso, ou por vontade nossa; e que a necessidade é incoercível, o acaso, instável, enquanto nossa vontade é livre, razão pela qual nos acompanham a censura e o louvor?


(Epicuro. Carta sobre a felicidade, 2002.)



A passagem da carta do filósofo Epicuro (341 a.C. - 270 a.C.), endereçada a Meneceu, sintetiza a sua

A
visão metafísica, a existência dos homens determinada pelas forças da natureza.
B
proposição estética, o equilíbrio racional entre as faculdades do espírito.
C
noção de dialética, o caminho do saber por meio de diálogos.
D
concepção ética, a responsabilidade humana pelos seus atos deliberados.
E
argumentação ontológica, a racionalidade intrínseca ao movimento do mundo.
99f04f44-b9
UECE 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

Leia a seguinte passagem, que relaciona o regramento democrático ao desenvolvimento de uma prática social baseada na razão:

     “A democracia representa exatamente a possibilidade de se resolverem, através do entendimento mútuo, e de leis iguais para todos, as diferenças e divergências existentes em nome de um interesse comum. As decisões serão tomadas por consenso, o que acarreta persuadir, convencer, justificar, explicar. Anteriormente, havia a imposição, a violência, a obediência. A linguagem, o diálogo e a discussão rompem com a violência na medida em que todos os falantes têm, no diálogo, os mesmos direitos (isegoria): interrogar, questionar, contra-argumentar. A razão se sobrepõe à força”.

MARCONDES, Danilo. Iniciação à história da Filosofia: dos pré-socráticos a Wittgenstein. Rio de Janeiro: Zahar Ed.1998. Adaptado.

Considerando a passagem acima, analise as seguintes afirmações: 

I. O surgimento de todas as formas de manifestação cultural, entre elas a filosofia, a arte e a narrativa histórica deve ser entendido a partir do contexto social e histórico no qual determinada sociedade está imersa.
II. O alvorecer da filosofia, no mundo antigo, teve como motivação o desenvolvimento de uma vida social democrática, mais voltada à harmonia e conciliação de interesses diversos, o que requeria o uso do argumento racional.
III O processo democrático na Grécia antiga inaugurou a obediência ao poder de todos e para todos e isso se refletiu no surgimento de um pensamento racional que, embora fosse inovador, continuava prisioneiro de uma visão autoritária de sociedade.

É correto o que se afirma em

A
I e III apenas.
B
I e II apenas.
C
II e III apenas.
D
I, II e III.
99e44c9c-b9
UECE 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

Leia atentamente os trechos a seguir, que são fragmentos das análises de Platão e Aristóteles sobre os sistemas de governo – suas opiniões sobre a democracia: 

     “A democracia se divide em várias espécies. Nas cidades que se tornaram maiores ela exibe a igualdade absoluta, a lei coloca os pobres no mesmo nível que os ricos e pretende que uns não tenham mais direitos do que os outros. O Estado cai no domínio da multidão indigente. Tal gentalha desconhece que a lei governa, mas onde as leis não têm força pululam os demagogos”.

ARISTÓTELES. A política. Trad. Roberto L. F. São Paulo: Martins Fontes, 1998. Adaptado. 

     “A passagem da democracia para a tirania não se fará da mesma forma que a da oligarquia para a democracia? Do desejo insaciável de riquezas? De tão-somente ganhar dinheiro, proveio a ruína da oligarquia. E o que destruiu a democracia, não foi a avidez do bem que ela a si mesma propusera? Qual foi o bem a que ela se propôs? — A liberdade. Da extrema liberdade nasce a mais completa e selvagem servidão”. 

PLATÃO: as grandes obras. A república. Livro VIII. Tradução Carlos A. Nunes, Maria L. Souza, A. M. Santos. Edição do Kindle, 2019. Adaptado.


Considerando o trecho acima, e o pensamento político dos dois filósofos da antiguidade, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) Para Platão, a melhor forma de governança era a aristocracia, na qual os melhores, por serem mais sábios, deveriam governar; entretanto, esta poderia se corromper e tornar-se uma timocracia.
( ) Aristóteles considerava a monarquia a pior das formas de governo. O governo de um só seria errado por corromper a natureza política dos indivíduos, um desvio para o governante. ( ) Diferente de Platão, Aristóteles entendia que a democracia era a melhor forma de governo, desde que não se corrompesse e se transformasse em uma demagogia.
( ) Tanto Platão como Aristóteles buscaram estabelecer, cada um a seu modo, os parâmetros de um bom e justo governo. Nenhum deles, entretanto, tinha admiração pela democracia, sobretudo em seu formato puro.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

A
V, F, V, F.
B
V, F, F, V.
C
F, V, F, V.
D
F, V, V, F.
99d9e790-b9
UECE 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

A filosofia helenística é profundamente marcada por uma preocupação central com a ética, entendida em um sentido prático, como o estabelecimento de regras do bem viver, da ‘arte de viver’. É ilustrativo disso o famoso Manual de Epicteto, filósofo estoico do período romano.
Considere as seguintes afirmações sobre a doutrina ética das principais correntes de pensamento helenísticas:

I. Para se ter uma conduta ética que assegure a felicidade, o estoicismo propõe o agir de acordo com os princípios da natureza, em equilíbrio com o cosmo e em busca da tranquilidade – ataraxia.
II. Agir eticamente, segundo o epicurismo, significa dar vazão aos desejos naturais de forma intensa e total. A vida ética requer o exercício pleno da paixão que não se opõe à razão, mas a complementa.
III. A ética estoica influenciou fortemente a ética cristã em virtude de seu caráter determinista e por sua valorização do autocontrole e da submissão.

É correto o que se afirma em

A
I e III apenas.
B
I, II e III
C
II e III apenas.
D
I e II apenas.
99c41557-b9
UECE 2019 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

O seguinte excerto encerra o mito da caverna, de Platão:

 

    “E agora, meu caro Glauco, é preciso aplicar exatamente essa alegoria ao que dissemos anteriormente. Devemos assimilar o mundo que apreendemos pela vista à estada na prisão, a luz do fogo que ilumina a caverna à ação do Sol. Quanto à subida e à contemplação do que há no alto, considera que se trata da ascensão da alma até o lugar inteligível, e não te enganarás sobre minha esperança, já que desejas conhecê-la. Deus sabe se há alguma possibilidade de que ela seja fundada sobre a verdade. Em todo o caso, eis o que me aparece tal como me aparece; nos últimos limites do mundo inteligível aparece-me a ideia do Bem, que se percebe com dificuldade, mas que não se pode ver sem concluir que ela é a causa de tudo o que há de reto e de belo” 


PLATÃO. A República (514a-517c): Disponível em: http://www.usp.br/nce/wcp/arq/textos/203.pdf 


Considerando o pensamento platônico, assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.

( ) As virtudes humanas podem ser adquiridas facilmente por todos os indivíduos, cabendo aos filósofos a missão político-pedagógica de ensinar-lhes o caminho, através da dialética socrática.

( ) Para Platão, a virtude resulta do trabalho reflexivo da razão: o bem é, portanto, atingido pelo esforço do conhecimento, pela busca da sabedoria.

( ) Seguindo a tradição sofista, Platão propunha que o verdadeiro é tudo que pode ser provado e defendido pelo esforço da razão, afastando-se do domínio da mera opinião – doxa.

( ) No pensamento platônico, o processo de descobrimento da verdade é representado por um movimento de libertação de um mundo de realidades parciais e ilusórias.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

A
F, F, V, F.
B
V, F, F, V.
C
F, V, F, V.
D
V, V, V, F.
99babd6a-b9
UECE 2019 - Filosofia - Mito e Filosofia, Filosofia e a Grécia Antiga

Antes do surgimento do pensar raciona-lfilosófico, os povos antigos possuíam outra forma de explicação do mundo: o pensamento mítico.
Considerando as características do conhecimento mítico, atente para o que se afirma a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( ) A mitologia foi a segunda forma de explicação sobre o mundo, sucedendo as explicações fornecidas pelas ciências dos antigos povos, como a agrimensura e a astrologia.
( ) Os mitos eram transmitidos por gerações, principalmente através da forma narrativa e faziam parte da tradição cultural de um povo, não sendo originários da criação por parte de um indivíduo específico.
( ) A mitologia explicava a origem do mundo e dependia da adesão, pelas pessoas, de um conjunto de verdades tidas como inquestionáveis e imunes à crítica.
( ) Baseado, principalmente, nas forças da natureza – physis –, as mitologias antigas, ao contrário das religiões que as sucederam, evitavam o recurso às forças sobrenaturais como fonte de explicação da existência.

A sequência correta, de cima para baixo, é:

A
F, V, V, F.
B
V, F, V, F.
C
F, V, F, V.
D
V, F, F, V.
785213dd-b1
UENP 2017 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Segundo Aristóteles, as ciências dividem-se em teoréticas, práticas e produtivas. O propósito imediato de cada uma delas é o conhecimento, contudo, se diferem em seus propósitos últimos. Sobre Aristóteles e a classificação das ciências, assinale a alternativa correta.

A
A conduta é o fim do conhecimento das ciências teoréticas e produtivas.
B
As ciências produtivas visam ao conhecimento como um guia de conduta.
C
As ciências teoréticas têm em vista o conhecimento por si próprio.
D
Nas ciências práticas, o conhecimento é empregado para produzir algo útil.
E
O objetivo do conhecimento das ciências práticas é o cultivo de algo belo.
7984e7d4-c4
UNIOESTE 2019 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

Leia os dois trechos a seguir.


“(...) a imaginação é algo diverso tanto da percepção sensível quanto do raciocínio (...) imaginação será o movimento que ocorre pela atividade da percepção sensível. (...) E porque [as imagens produzidas passivamente a partir da percepção sensível] perduram e são semelhantes às percepções sensíveis, os animais fazem muitas coisas com elas: (...) como os homens, por terem o intelecto algumas vezes obscurecido pela doença ou pelo sono.” 

ARISTÓTELES, De Anima. Trad.: Maria Cecília Gomes dos Reis. São Paulo: Editora 34, 2006.

“(...) em geral, a palavra imagem está cheia de confusão na obra dos psicólogos: veem-se imagens, reproduzem-se imagens, guardam-se imagens na memória. A imagem é tudo, exceto um produto direto da imaginação. Na obra de Bergson Matéria e Memória, em que a noção de imagem tem uma grande extensão, uma única referência (p. 198) é dedicada à imaginação produtora. Essa produção fica sendo então uma atividade de liberdade menor, que quase não tem relação com os grandes atos livres, trazidos à luz pela filosofia bergsoniana. (...) Propomos, ao contrário, que se considere a imaginação como um poder maior da natureza humana. Certamente não adianta nada dizer que a imaginação é a faculdade de produzir imagens. Mas essa tautologia tem ao menos o interesse de deter as assimilações das imagens às lembranças.”


BACHELARD, Gaston. A poética do espaço. Trad.: A.C. Leal; Lídia Leal. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1984.


Segundo os trechos de Aristóteles e de Bachelard, acima, é CORRETO dizer que:

A
Aristóteles e Bachelard coincidem na avaliação da imaginação passiva e na avaliação da imaginação produtiva.
B
Aristóteles afirma que os seres humanos se valem da imaginação somente quando privados da intelecção. Essa mesma tese é partilhada, mais de dois mil anos depois, por Bachelard, que critica a subordinação da imaginação à memória, como era frequente para a psicologia de sua época e observado mesmo em Bergson.
C
em Aristóteles, a imaginação é uma mudança provocada pela percepção sensível de algo, mas essa mudança não é ainda o raciocínio. Somente aquele que dorme ou está doente recorre à imaginação para compreender a realidade. Gaston Bachelard, contrariamente, advoga uma imaginação produtiva, de poder tão grande quanto a memória ou quanto a razão na natureza humana.
D
no passado clássico grego, a imaginação era objeto de defesa dos filósofos, pois as divindades eram todas imaginárias; por isso Aristóteles, para denunciar esse traço, estuda a imaginação ao lado da percepção (dependendo dela) e do raciocínio (menor que ele). A razão, assim, supera o mito. Já o pensador francês contemporâneo Gaston Bachelard põe a imaginação produtiva acima de todas as faculdades humanas e, com isso, abre as portas a um novo misticismo religioso.
E
as teses de Aristóteles e de Bachelard divergem quanto à imaginação passiva, dependente da percepção e subordinada à razão, mas convergem quanto à imaginação produtiva, autônoma em relação à percepção sensível.
797989ec-c4
UNIOESTE 2019 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

“Então, considera o que segue (...). O que me parece é que, se existe algo belo além do Belo em si, só poderá ser belo por participar desse Belo em si. O mesmo admito de tudo mais. Admites essa espécie de causa?”


PLATÃO, Fédon, 100 c. Belém: Ed. UFPA, 2011.


Sobre o excerto acima, considere as seguintes afirmações:

I. A hipótese platônica das Ideias (ou hipótese das Formas) compreende a Ideia como causa do ser das coisas.
II. “Participação” é o modo pelo qual a Ideia dá causa às coisas.
III. O Belo corresponde à Forma; a coisa bela é a Ideia.
IV. A teoria ou hipótese das Ideias distingue entre entidades supratemporais que são em si mesmas, frente a entidades que não são por si mesmas e estão submetidas ao devir. As primeiras são causa do ser das últimas.


Sobre as afirmações acima, assiale a alternativa CORRETA.

A
Somente uma está incorreta.
B
Somente uma está correta.
C
Duas estão corretas e duas estão incorretas.
D
Todas estão corretas.
E
Todas estão incorretas.
9cb28986-c5
UEG 2018 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga

Para muitos autores, a filosofia possui data e local de nascimento, final do século VII a.C., nas colônias gregas da Ásia Menor. Ela também nasce com um conteúdo específico, sendo uma cosmologia. Entretanto, surge o problema de saber se a filosofia é uma criação própria do povo grego ou depende das contribuições da sabedoria oriental. Em relação a tal problema, surgem algumas posições:

A
tanto ocidentalistas quanto orientalistas negam a origem grega da filosofia, já que a reflexão filosófica estaria presente nos mitos orientais.
B
para os orientalistas, não há possibilidade de a cultura oriental ter influenciado os gregos, já que a filosofia grega é essencialmente racional e pagã.
C
aqueles que defendiam a tese do milagre grego consideravam que a filosofia tinha uma origem sobrenatural, irredutível a experiências racionais.
D
os ocidentalistas afirmam a tese do milagre grego, justificando que a filosofia é uma criação exclusiva dos gregos, sem a influência de povos orientais.
E
para os ocidentalistas, a filosofia surge devido a um milagre que não pode ser explicado pela razão sem o apoio da fé em um mundo sobrenatural.
a2f6298e-c4
UEG 2018 - Filosofia - Platão e o Mundo das Ideias, Filosofia e a Grécia Antiga

Platão é considerado um filósofo fundamental para a filosofia ocidental. Ele propôs a chamada teoria das ideias para explicar a realidade das coisas. Nesse sentido, a teoria das ideias afirma:

A
a impossibilidade do conhecimento racional verdadeiro, já que o homem só pode conhecer o mundo sensível testemunhado pelos sentidos.
B
a separação entre o mundo sensível e o mundo inteligível, onde estariam as ideias perfeitas e eternas, modelos das coisas sensíveis.
C
que a verdade estaria nas coisas sensíveis, dadas aos sentidos, ao passo que as ideias seriam fruto da imaginação e fonte de erros.
D
a cisão entre o mundo sensível e o mundo inteligível, tornando impossível o conhecimento do mundo inteligível, mera cópia do mundo sensível.
E
que o homem é um animal guiado pelos desejos, mas que também pode ser determinado por suas ideias, ainda que estejam no mundo inteligível.
9670443b-c3
UFU-MG 2019 - Filosofia - A Metafísica de Aristóteles, Filosofia e a Grécia Antiga

“O homem feliz deverá possuir o atributo em questão (isto é, constância na prática de atividades conforme a excelência) e será feliz por toda a sua vida, pois ele estará sempre, ou pelo menos frequentemente, engajado na prática ou na contemplação do que é conforme a excelência. Da mesma forma ele suportará as vicissitudes com maior galhardia e dignidade, sendo como é, ‘verdadeiramente bom e irrepreensivelmente tetragonal (honesto)’.”
ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Coleção Os Pensadores. São Paulo: Nova Cultural, 1996. p. 132. (Adaptado)

Considerando-se o excerto acima, diz-se que, para Aristóteles, a felicidade é

A
um presente distribuído aleatoriamente por Deus.
B
fruto do exercício da razão e das virtudes morais.
C
o resultado da acumulação de riquezas materiais.
D
somente uma possibilidade teórica, jamais real.
9668513b-c3
UFU-MG 2019 - Filosofia - Filosofia e a Grécia Antiga, Sócrates e a Maiêutica

Sócrates buscou verdades absolutas, enquanto os sofistas, por sua vez, afirmaram que a verdade era construída pela linguagem, logo, para eles, todo conhecimento era relativo.
“Embora em sua época tenha sido confundido com os sofistas, Sócrates travou uma polêmica profunda com estes filósofos. Ele procurava um fundamento último para as interrogações humanas (O que é o bem? O que é a virtude? O que é a justiça?)”.
COTRIM, Gilberto e FERNANDES, Mirna. Fundamentos de Filosofia. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 284

Com base nas considerações e no excerto acima, diz-se que Sócrates buscava principalmente

A
valores relativos.
B
verdades morais.
C
domínio retórico.
D
ensinar dogmas.