Questõesde PUC - Campinas 2015

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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Também em prosadores românticos do século XIX encontram-se exemplos de tipos da sociedade fluminense, que protagonizam situações também típicas de uma exemplar sociedade burguesa. É o que se constata, por exemplo, no romance

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas.

                                                                                           (TÁVOLA, Bernardim da, inédito) 

A
O Guarani, de José de Alencar, no qual se consagram os ideais de coragem e lealdade, com profundas raízes na aristocracia medieval.
B

Senhora, de José de Alencar, no qual se confrontam os interesses materiais e os ideais sublimes dos personagens envolvidos numa caprichosa trama.

C
Inocência, do Visconde de Taunay, cuja protagonista é a encarnação da mulher idealizada segundo os códigos sociais da época.
D
Memorial de Aires, de Machado de Assis, quando o autor, ainda jovem, aplica-se na análise dos costumes da Corte.
E
Esaú e Jacó, de Machado de Assis, no qual o memorialismo de um velho diplomata recupera figuras da antiga sociedade do Rio de Janeiro.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Brasil Monárquico – Segundo Reinado 1831- 1889

Violências sociais abundaram no período regencial, momento em que eclodiram rebeliões populares que foram duramente reprimidas, caso da

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas.

                                                                                           (TÁVOLA, Bernardim da, inédito) 

A
Guerra de Canudos, que implicou a resistência armada, na Bahia, de milhares de famílias em torno do líder religioso Antonio Conselheiro, resultando em grande massacre.
B
Farroupilha, conflito iniciado no Rio Grande do Sul, que durou cerca de dez anos e foi motivado pela revolta contra a política de impostos vigente e por anseios separatistas de parte da elite.
C
Sabinada, originada no Maranhão, em regiões paupérrimas de cultivo de algodão e protagonizada por trabalhadores livres e escravos, que contaram com apoio de parte da elite local.
D
Guerra dos Palmares, conflito desencadeado pela repressão aos quilombolas liderados por Zumbi dos Palmares, com apoio de pequenos agricultores da região de Alagoas.
E
Revolta da Chibata, que mobilizou um grande contingente de escravos revoltados contra os maus tratos e a prática das chicotadas em praça pública, na cidade do Rio de Janeiro.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

Sobre o movimento a que o texto se refere é correto afirmar que, além de ter sido uma manifestação intelectual e artística,

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Contraditoriamente, foi o patrocínio da fração mais europeizada da aristocracia rural de São Paulo, aberta às influências internacionais, que permitiu o florescimento das inovações estéticas. O café pesou mais do que as indústrias. Os velhos troncos paulistas, ameaçados em face da burguesia e da imigração, se juntaram aos artistas numa grande “orgia intelectual”, conforme a definição de Mário de Andrade. Segundo ele, “foi da proteção desses salões literários [promovidos pela aristocracia rural] que se alastrou pelo Brasil o espírito destruidor do movimento modernista.

(MARQUES, Ivan. Cenas de um modernismo de província. São Paulo: Editora 34, 2011, p. 11)

A
foi um movimento político de contestação à ordem social vigente, na medida em que rompeu com o conservadorismo elitista dominante nas artes.
B
expressou a pujança do movimento operário e sua oposição à dominação oligárquica ao utilizar as novas maneiras de encarar as artes.
C
foi um movimento de protesto em relação às formas de expressão primitivista, que até então predominavam nas artes plásticas e na literatura.
D
reafirmou os valores artísticos do Brasil rural e patriarcal, assim como a permanência da estética naturalista e simplista da arte nacional.
E
transformou-se num marco de resistência artística à política tradicional da República Velha e ao modernismo norte-americano dominante.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Arcadismo

Manifestações socioculturais do período de que trata o texto assumem grande importância para o crítico Afrânio Coutinho na medida em que

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
representaram a libertação de nossa literatura dos vínculos estéticos com a tradição europeia.
B
exprimiram um sentimento nativista que iria desembocar num nacionalismo libertário.
C
deram voz a correntes superiores de pensamento, ligadas ao movimento da Contrarreforma.
D
documentaram o primeiro estágio do complexo processo de colonização do Brasil.
E
reagiram contra a derrocada do império português, que não interessava ao país naquele momento.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Arcadismo

Considera-se um aspecto importante da poesia arcádica e neoclássica de Tomás Antonio Gonzaga no seguinte segmento crítico:

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
na Lira dos vinte anos, combinam-se magistralmente as tendências lírica e satírica do poeta.
B
sua arte religiosa exalta a intuição anímica, identificada como uma visão dos olhos da alma.
C
seus poemas mais característicos devem ser elencados entre os da mais alta expressão dos ideais românticos.
D
seus versos sofridos evocam o remorso do monge devorado pelos mais abjetos impulsos carnais.
E
persiste nos versos de Marília de Dirceu um ânimo sossegado, o equilíbrio iluminista de uma felicidade caseira.
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PUC - Campinas 2015 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

É correto afirmar que, no século a que o texto de Afrânio Coutinho se refere, a mineração, ao atuar como polo de atração econômica,

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
foi responsável pela entrada no país de uma grande quantidade de produtos sofisticados que incentivou a criação de uma estrutura para o desenvolvimento da indústria nacional.
B
reforçou os laços de dependência e monopólio do sistema colonial ao garantir aos comerciantes portugueses o comércio de importação e exportação e impedir a concorrência nacional.
C
promoveu a descentralização administrativa colonial para facilitar o controle da produção pela metrópole e fez surgir o movimento de interiorização conhecido como bandeirismo de contrato.
D
iniciou o processo de integração das várias regiões até então dispersas e desarticuladas e fez surgir um fenômeno antes desconhecido na colônia: a formação de um mercado interno.
E
alterou qualitativamente o sistema social pois, ao estimular a entrada de imigrantes, promoveu a transformação dos antigos senhores de terras e minas em capitães de indústria brasileira.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Passagens muito representativas da tendência literária da segunda metade do século XIX, referida no texto, encontram-se em obras de Castro Alves e de Bernardo Guimarães, respectivamente

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.

(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37) 

A
nos versos ríspidos das Cartas chilenas e no prefácio a Iracema.
B
nas sátiras contra a aristocracia baiana e nos Contos fluminenses.
C
nos versos em tom épico de Os escravos e no romance A escrava Isaura.
D
nas estrofes líricas de Espumas flutuantes e nos contos de Noite na taverna.
E
nos poemas de feição neoclássica e no romance Casa de pensão.
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PUC - Campinas 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Considere a foto abaixo.

O conhecimento histórico permite afirmar que a construção do convento, retratado na foto, coincidiu com um período de prosperidade em Portugal, proporcionado principalmente

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
pelo maior desenvolvimento da América portuguesa: a exploração do ouro em Minas Gerais dinamizou as atividades econômicas na colônia.
B
pela pesada carga tributária imposta sobre a população portuguesa e pela riqueza acumulada pelo Estado com o tráfico de escravos africanos.
C
pela transferência da Corte portuguesa para o Brasil, que contribuiu para que o comércio externo da colônia fosse feito sem intermediação inglesa.
D
pelo desenvolvimento da nova agroindústria de exportação na colônia portuguesa na América: cultura cafeeira no Vale do rio Paraíba.
E
pela participação da Igreja católica no processo de colonização, que favoreceu a exploração econômica da colônia pelo Estado metropolitano.
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PUC - Campinas 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Considere o manifesto abaixo.

Manifesto dos Baianos, agosto de 1798

(...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre, com respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa.

(In: KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157)

Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados baianos,

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.

(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138) 

A
os movimentos de rebeldia favoreciam a divulgação das ideias liberais europeias e denunciavam a exploração metropolitana das riquezas da colônia.
B
o rompimento com a metrópole não significava apenas a autonomia política, mas também a manutenção da estrutura econômica tradicional no país.
C
a independência não era apenas a ruptura dos laços coloniais, mas também a alteração da ordem social, a começar pela abolição da escravatura.
D
a rebelião não era apenas uma manifestação contra a metrópole, mas também uma forma de demonstrar o amadurecimento da consciência colonial.
E
autonomia política era a melhor maneira de eliminar as desigualdades sociais e construir uma nação baseada nos princípios do socialismo utópico.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Realismo, Escolas Literárias

Atente para os seguintes segmentos do romance Dom Casmurro:

I. “Vendeu as fazendolas e os escravos, comprou alguns que pôs ao ganho ou alugou, uma dúzia de prédios, certo número de apólices, e deixou-se estar na rua de Matacavalos (...)”

II. “Tinha o dom de se fazer aceito e necessário; davase por falta dele, como de pessoa da família. (...) Minha mãe dava-lhe de quando em quando alguns cobres.”

Esses segmentos retratam tipos sociais, aqui representados, respectivamente,

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      O universo ficcional de Machado de Assis é povoado pelos tipos sociais que se mesclavam na sociedade fluminense do século XIX: proprietários, rentistas, comerciantes, homens pobres mas livres e escravos. Cruzam seus interesses e medem-se em seus poderes ou em sua falta de poder. É essa a configuração das personagens das obras-primas Memórias póstumas de Brás Cubas e Dom Casmurro. A tragédia do negro escravizado está exposta em contos violentos, e o capricho dos senhores proprietários dá o tom a narradores como Brás Cubas e Bento Santiago, o Bentinho, que contam suas histórias de modo a apresentar com ar de naturalidade a prática das violências pessoais ou sociais mais profundas.

                                                                                           (TÁVOLA, Bernardim da, inédito) 

A
pela proprietária D. Glória e pelo agregado José Dias.
B
pelo seminarista Bentinho e pelo funcionário Pádua.
C
pelo conselheiro Aires e pelo advogado Tio Cosme.
D
pelo capitalista Jacobina e pelo agregado Escobar.
E
pela viúva D. Severina e pelo político Rubião.
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PUC - Campinas 2015 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

O imaginário que povoou as crenças dos viajantes no contexto da expansão marítima europeia pressupunha a

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      (...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu quatrocentista”.

(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498- 1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197) 

A
presença de perigos mortais advindos de forças sobrenaturais no então denominado Mar Sangrento ou Vermelho em função do número de tragédias que ocorriam durante sua travessia.
B
certeza de que o chamado Mar Oceano se conectava ao Pacífico, por meio de uma passagem que posteriormente seria nomeada como Estreito de Gibraltar.
C
existência de monstros marinhos, ondas gigantescas e outros tipos de ameaça no chamado Mar Tenebroso, como era conhecido o Atlântico.
D
dúvida em relação à possibilidade de circunavegação da terra, pois a primeira volta completa ao mundo só ocorreu no final do século XVI, quando Colombo prosseguiu em sua busca de uma rota para as Índias.
E
necessidade de que em toda expedição houvesse um padre e um grande crucifixo, artifícios que impediriam qualquer ameaça durante a travessia, inclusive epidemias como o escorbuto, causadas pela falta de higiene.
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PUC - Campinas 2015 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Durante a Idade Média, havia um imaginário vinculado às cruzadas, pautado pela concepção de que

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      (...) os mitos e o imaginário fantástico medieval não foram subitamente subtraídos da mentalidade coletiva europeia durante o século XVI. (...) Conforme Laura de Mello e Sousa, “parece lícito considerar que, conhecido o Índico e desmitificado o seu universo fantástico, o Atlântico passará a ocupar papel análogo no imaginário do europeu quatrocentista”.

(VILARDAGA, José Carlos. Lastros de viagem: expectativas, projeções e descobertas portuguesas no Índico (1498- 1554). São Paulo: Annablume, 2010, p. 197) 

A
os nobres tinham a missão sagrada de proteger a população europeia dos “infiéis” que, após a tomada da Península Ibérica, vinham impondo violentamente sua crença e cobrando altos impostos a toda a cristandade.
B
os vassalos deveriam morrer por meio do “bom combate” pois, ainda que não houvesse esperança alguma de reconquistar Jerusalém, o sacrifício humano fortaleceria a fé católica e o poder do Papa.
C
a Guerra Santa iniciada pelos muçulmanos era uma provação que os cristãos deveriam enfrentar para que a tragédia da Peste Negra e outros castigos divinos não voltassem a incidir sobre o Ocidente.
D
a longa peregrinação e os combates militares movidos pela fé, a fim de recuperar a Terra Santa, assegurariam, a todos os participantes, o perdão de seus pecados e a purificação de suas almas.
E
o enriquecimento obtido através de pilhagens deveria ser inteiramente destinado às ordens mendicantes instaladas no Oriente e às famílias pobres muçulmanas como prova do não apego aos bens materiais pela Igreja católica.
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PUC - Campinas 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No sistema colonial português, o trabalho compulsório indígena

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.

(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37) 

A
foi empregado em pequena escala nas missões e em regiões onde não se dispunha de outra mão de obra, até a expulsão da Companhia de Jesus, no século XVII, momento em que a Coroa Portuguesa regulamentou essa forma de exploração.
B
mostrou-se menos vantajoso aos proprietários de terras, nas grandes lavouras, considerando, entre outros fatores, as rebeliões e fugas frequentes, favorecidas pelo conhecimento da região e a eficácia do tráfico negreiro no abastecimento de mão de obra.
C
assumiu formas distintas ao longo do processo de colonização, sendo empregado sistematicamente nas Entradas e Bandeiras mediante acordos entre brancos e indígenas, os quais previam a divisão das riquezas eventualmente encontradas.
D
causou grande polêmica ao longo do período colonial principalmente quando se tratava de escravidão, prática combatida por jesuítas como José de Anchieta e André João Antonil, que defendiam que sequer os negros deveriam ser escravizados.
E
existiu na forma de trabalho semi-servil, com o consentimento da Igreja, quando se entendia que os indígenas da região não poderiam ser “pacificados” ou catequizados sem uso da força, ou seja, quando se praticava a chamada Guerra Santa.
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PUC - Campinas 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Por muito tempo vigorou, nos livros didáticos, uma simplificação dos conceitos colonização de exploração e colonização de povoamento. Tal simplificação se baseava na hipótese de que

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.

(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37) 

A
o primeiro conceito denunciava a exploração da mão de obra nativa e escrava em larga escala nas zonas agrícolas em todo o continente, enquanto o segundo enaltecia a fundação de núcleos urbanos, como aqueles surgidos nas zonas de mineração, considerados espaços mais democráticos e suscetíveis à mobilidade social.
B
na América Portuguesa teria predominado a exploração predatória e a devastação ambiental, sem qualquer preocupação com a ocupação do território, enquanto, na América Espanhola, o povoamento planejado teria sido o foco central da empresa colonizadora.
C
o modelo de exploração era atribuído à colonização ibérica, e o modelo de povoamento à colonização inglesa, buscando diagnosticar os contrastes entre atraso e desenvolvimento e minimizando alguns elementos complicadores como o fato de que nas colônias britânicas também existiu a plantation e intensa exploração.
D
essa diferenciação havia sido instituída no discurso oficial das próprias metrópoles e amplamente ratificada pelos missionários religiosos que atuaram nas Américas, a fim de reforçar a ideia de que a catequização fazia parte de um processo de povoamento com resultados civilizatórios, diferente da ação dos primeiros aventureiros.
E
o primeiro conceito remetia ao período compreendido entre os séculos XV e XVIII, quando teria predominado a extração de matérias primas e metais preciosos no continente, enquanto o segundo valorizava a ampla imigração europeia dos séculos XIX e XX, considerada altamente benéfica para o desenvolvimento das ex-colônias.
81318657-31
PUC - Campinas 2015 - Literatura - Escolas Literárias, Romantismo

Entende-se do texto que o Indianismo, no Brasil, identificou-se como um movimento romântico que

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.

(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37) 

A
se dedicou a expressar com fidedignidade o processo de aculturação dos nativos brasileiros.
B
traduziu os aspectos típicos e essenciais da cultura indígena, exaltando-os em si mesmos.
C
se opôs aos rumos tomados pela Abolição, uma vez que se considerava prioritária a atenção aos indígenas.
D
idealizou o caráter dos indígenas, tomando-o como paradigma de moralidade a ser seguido.
E
valorizou a bravura dos nossos indígenas, para melhor sublinhar as fraquezas da cultura civilizada.
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PUC - Campinas 2015 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

A escravidão, com características diferenciadas, também existiu na Roma Antiga, onde, a partir do século IV a.C., houve a

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

      Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.

(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37) 

A
repulsa dos cidadãos romanos a escravos que não fossem de cor branca ou de regiões diferentes da Europa, uma vez que outras raças eram consideradas bárbaras e não confiáveis.
B
ocorrência de grandes revoltas bem sucedidas, integradas por escravos fugidos e ex-escravos, a exemplo da liderada pelo gladiador Espártaco.
C
concentração de escravos nas colônias, uma vez que na capital, após a instituição do Direito Romano, passaram a vigorar restrições a essa prática.
D
intensificação dos casos em que um plebeu se tornava escravo pelo não pagamento de suas dívidas e impostos, apesar deste segmento social possuir alguns direitos políticos.
E
presença crescente de escravos provenientes do aprisionamento em guerras de conquista, em virtude da expansão territorial.
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PUC - Campinas 2015 - Português - Interpretação de Textos, Análise sintática, Homonímia, Paronímia, Sinonímia e Antonímia, Uso das aspas, Sintaxe, Pontuação, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É correta a seguinte afirmação:

Atenção: Para responder à questão, considere o trecho abaixo, do romance Dois irmãos, do escritor amazonense Milton Hatoum. 


A
(linhas 1 e 2) No segundo período do texto, há retomada de termo por meio de expressão que pode ser considerada seu sinônimo.
B
(linha 6) A circunstância em tempo de penúria constitui traço obrigatório de composição do tipo de homem “bon vivant”.
C
(linhas 6 e 7) Em Não participava da leitura das cartas, os dois segmentos introduzidos pela preposição “de” exercem a mesma função sintática.
D

(linhas 1 e 8) São exemplos de linguagem informal, pelo uso de palavra ou expressão de gíria, o que se vê em Numa das fotos, posou com a farda do Exército e “Um lesão com pinta de importante”.

E
(linha 8) As aspas indicam que o dizer de Omar está apresentado em discurso indireto.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Modernismo, Escolas Literárias

O conceito de carnavalização, aplicado às artes e aos processos culturais, indica uma operação que o dicionário define como subversão ou marginalização de padrões ou regras (sociais, morais, ideológicas) em favor de conteúdos mais ligados aos instintos e aos sentidos, ao riso, à sensualidade. O poeta Manuel Bandeira, ao publicar seu segundo livro, Carnaval (1919), fez ver que desejava

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Personagem frequente dos carros alegóricos, d. Pedro surgia, nos anos 1880, ora como Pedro Banana ou como Pedro Caju, numa alusão à sua falta de participação nos últimos anos do Império. Mas é só com a queda da monarquia que se passa a eleger um rei do Carnaval. Com efeito, o rei Momo é uma invenção recente, datada de 1933. No século XIX ele não era rei, mas um deus grego: zombeteiro, pândego e amante da galhofa. Nos anos 30 vira Rei Momo e logo depois cidadão. Novos tempos, novos termos.

(SCHWARCZ, Lilian Mortiz. As barbas do Imperador: Dom Pedro II , um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 281) 

A
moderar os excessos libidinosos que marcaram a poesia de Libertinagem.
B
se libertar do aspecto depressivo que dava o tom aos versos de A cinza das horas.
C
denunciar as festas momescas, alinhando-se com o espiritualismo de Murilo Mendes e Jorge de Lima.
D
dissolver a disciplina do verso clássico, prestigiando a voga pré-modernista do poema em prosa.
E
reagir à opressão política que caracterizou a sociedade brasileira dos anos 1910.
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PUC - Campinas 2015 - Literatura - Barroco, Escolas Literárias

A crítica galhofeira a autoridades e a pessoas de prestígio foi uma arma contundente de que se valeu

Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.

Personagem frequente dos carros alegóricos, d. Pedro surgia, nos anos 1880, ora como Pedro Banana ou como Pedro Caju, numa alusão à sua falta de participação nos últimos anos do Império. Mas é só com a queda da monarquia que se passa a eleger um rei do Carnaval. Com efeito, o rei Momo é uma invenção recente, datada de 1933. No século XIX ele não era rei, mas um deus grego: zombeteiro, pândego e amante da galhofa. Nos anos 30 vira Rei Momo e logo depois cidadão. Novos tempos, novos termos.

(SCHWARCZ, Lilian Mortiz. As barbas do Imperador: Dom Pedro II , um monarca nos trópicos. São Paulo: Companhia das Letras, 1998, p. 281) 

A
o poeta barroco Gregório de Matos, em sua poesia satírica.
B
Claúdio Manuel da Costa, nas cartas que escreveu ao mandatário de Minas Gerais.
C
o poeta Carlos Drummond de Andrade, nos ácidos versos de Claro enigma.
D
Clarice Lispector, na prosa provocadora de A hora da estrela.
E
a geração de 45, reagindo contra os chamados “papas” do modernismo.
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PUC - Campinas 2015 - Português - Interpretação de Textos, Noções Gerais de Compreensão e Interpretação de Texto

É adequado o seguinte comentário envolvendo sentidos do último parágrafo:

Atenção: Para responder à questão, considere o trecho abaixo, do romance Dois irmãos, do escritor amazonense Milton Hatoum. 


A
A imitação debochada que fazia do modo de falar de Yaqub era a maneira como Omar manifestava o seu desdém pelo irmão.
B
O impacto da fala de Omar em Domingas era único, não tinha semelhança com o que ocorria com nenhuma outra personagem.
C
Se o fato de não participar da leitura das cartas indicava que Omar era indiferente ao irmão, o fato de mangar das fotografias expostas na sala negava essa indiferença.
D
A frase “O corpo e a voz de Omar desenhou na minha mente a imagem de Yaqub”, em substituição ao penúltimo período, não altera traço algum do sentido original.
E
A substituição da palavra porque na última frase por “enquanto” não prejudica o sentido original.