Considere o manifesto abaixo.
Manifesto dos Baianos, agosto de 1798
(...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por
ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre,
com respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua
revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa.
(In: KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157)
Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados baianos,
Considere o manifesto abaixo.
Manifesto dos Baianos, agosto de 1798
(...) considerando os muitos e repetidos latrocínios feitos com os títulos de imposturas, tributos e direitos que são cobrados por ordem da Rainha de Lisboa (...) e no que respeita à inutilidade da escravidão do mesmo Povo tão sagrado e digno de ser livre, com respeito à liberdade e qualidade ordena, manda e quer que para o futuro seja feita nesta cidade e seu termo a sua revolução para que seja exterminado para sempre o péssimo jugo da Europa.
(In: KOSHIBA, Luiz e PEREIRA, Denise M. F. História do Brasil, no contexto da história ocidental. São Paulo: Atual, 2003, p.157)
Com base no manifesto pode-se afirmar que, para os conjurados baianos,
Atenção: Para responder à questão,
considere o texto abaixo.
Também no Brasil o século XVIII é momento da maior
importância, fase de transição e preparação para a Independência.
Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século
vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e
administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo
para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins
do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se
apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a
sua expressão máxima.
(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio
de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138)
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Também no Brasil o século XVIII é momento da maior importância, fase de transição e preparação para a Independência. Demarcada, povoada, defendida, dilatada a terra, o século vai lhe dar prosperidade econômica, organização política e administrativa, ambiente para a vida cultural, terreno fecundo para a semente da liberdade. (...) A literatura produzida nos fins do século XVIII reflete, de modo geral, esse espírito, podendo-se apontar a obra de Tomás Antônio Gonzaga como a sua expressão máxima.
(COUTINHO, Afrânio. Introdução à Literatura no Brasil. Rio de Janeiro: EDLE, 1972, 7. Ed. p. 127 e p. 138)
Gabarito comentado
Alternativa correta: C
Tema central: movimentos políticos do final do século XVIII no Brasil (conjurações), influência das ideias iluministas e revolucionárias e o vínculo entre independência política e transformações sociais — em especial a crítica à escravidão.
Resumo teórico: A Conjuração Baiana (1798) foi um movimento marcado por reivindicações de maior autonomia e por propostas sociais mais amplas do que as típicas elites cariocas/minas: havia influência da Revolução Francesa e do Iluminismo e uma clara crítica ao sistema escravista. Obras e manifestos da época revelam que, para parte dos conspiradores na Bahia, a ruptura com a metrópole deveria vir acompanhada de mudanças na ordem social.
Por que a letra C está certa
A alternativa C afirma que, para os conjurados baianos, a independência envolvia também a alteração da ordem social, começando pela abolição da escravatura. Isso está em consonância com o próprio teor dos documentos e manifestos baianos que tratam da "inutilidade da escravidão" e defendem liberdade para o povo — ou seja, a luta não era apenas contra impostos/metrópole, mas por reformas sociais concretas. (Ver: Coutinho; Koshiba & Pereira.)
Análise das alternativas incorretas
A — Parcialmente verdadeira: os movimentos realmente divulgavam ideias liberais e denunciavam exploração metropolitana, porém não capta a dimensão social específica (a abolição) presente no manifesto baiano; por isso não é a resposta mais completa.
B — Errada: afirma que o rompimento manteria a estrutura econômica tradicional. Contrapõe-se ao documento baiano, que critica a escravidão e busca mudança social — logo, não havia intenção de conservar integralmente a ordem econômica colonial.
D — Parcialmente correta: a rebelião evidencia amadurecimento da consciência colonial, mas essa alternativa é demasiado genérica e não retoma a questão central do manifesto — a proposta explícita de alterar a ordem social e abolir a escravidão.
E — Errada: atribui aos conjurados um projeto alinhado ao socialismo utópico, anacronismo e desvio interpretativo. As ideias inspiradoras eram iluministas e revolucionárias, não um programa socialista moderno.
Fontes indicadas: Coutinho, Afrânio — Introdução à Literatura no Brasil; Koshiba & Pereira — História do Brasil (para contexto da Conjuração Baiana).
Estratégia de prova: busque termos explícitos no enunciado/trecho (por exemplo, menção à escravidão, liberdade, "jugo da Europa") — quando o texto apresenta claramente um objetivo social, prefira a alternativa que contempla essa dimensão.
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