A escravidão, com características diferenciadas, também
existiu na Roma Antiga, onde, a partir do século IV a.C.,
houve a
Atenção: Para responder à questão,
considere o texto abaixo.
Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em
nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia,
da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência
ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto
de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e
deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o
africano escravizado demorou para aparecer como protagonista
na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX,
Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram
em obras suas o tema da escravidão.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana.
História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013,
p. 436-37)
Atenção: Para responder à questão, considere o texto abaixo.
Nos poemas indianistas, o heroísmo dos indígenas em nenhum momento é utilizado como crítica à colonização europeia, da qual a elite era a herdeira. Ao contrário, pela resistência ou pela colaboração, os indígenas do passado colonial, do ponto de vista dos nossos literatos, valorizavam a colonização e deviam servir de inspiração moral à elite brasileira. (...) Já o africano escravizado demorou para aparecer como protagonista na literatura romântica. Na segunda metade do século XIX, Castro Alves, na poesia, e Bernardo Guimarães, na prosa, destacaram em obras suas o tema da escravidão.
(Adaptado de: NAPOLITANO, Marcos e VILLAÇA, Mariana. História para o ensino médio. São Paulo: Atual Editora, 2013, p. 436-37)
Gabarito comentado
Resposta correta: E
Tema central: a questão trata da escravidão na Roma Antiga a partir do século IV a.C., especialmente das fontes de fornecimento de escravos e de como a expansão territorial romana aumentou o aprisionamento em guerras.
Resumo teórico: com a expansão das cidades-estado romanas e, depois, da República, a guerra tornou-se a principal fonte de escravos. Conquistas e campanhas no mundo itálico e no Mediterrâneo no período clássico e republicano geraram grande número de prisioneiros, que eram vendidos e integrados às economias rurais e urbanas. Além de guerra, havia nascimentos de filhos de escravos (vernae), pirataria e comércio, mas o crescimento territorial amplificou o fluxo de cativos.
Justificativa da alternativa E: a alternativa afirma a "presença crescente de escravos provenientes do aprisionamento em guerras de conquista, em virtude da expansão territorial." Isso corresponde ao quadro histórico: a partir do século IV–III a.C. (Guerras samnitas, guerras contra povos italianos e, depois, as guerras púnicas), Roma passou a incorporar grande número de prisioneiros de guerra, explicando o aumento e a regionalização da escravidão. Portanto, E é correta.
Análise das alternativas incorretas:
A — Erro: não houve, como política geral, repulsa racial institucionalizada contra escravos "não brancos". A escravidão romana não se baseava em racismo moderno; cativos vinham de várias regiões e etnias, valorizados por utilidade econômica.
B — Parcialmente verdadeira, mas enganosa: houve revoltas significativas (como a liderada por Espártaco), porém não foram "bem-sucedidas" em derrubar o sistema; foram contidas com grande violência. A alternativa afirma sucesso indevido.
C — Incorreta: não houve deslocamento legal que proibisse escravidão na capital; Roma utilizou escravos tanto nas colônias quanto na cidade. A instituição permaneceu amplamente presente em todo o território.
D — Errado no contexto temporal: a escravidão por dívida (nexum) diminuiu antes e foi gradualmente regulada; a transformação da economia romana levou à predominância da escravidão por guerra, não à intensificação de plebeus tornando-se escravos por dívida no período indicado.
Dica de prova: procure marcadores cronológicos (ex.: "a partir do século IV a.C.") e conecte-os a processos históricos (expansão romana → mais prisioneiros de guerra). Elimine alternativas que introduzam anacronismos ou juízos anacrônicos (ex.: racismo moderno).
Fontes sugeridas: obras sobre Roma antiga (Cambridge Ancient History), estudos sobre escravidão romana (p. ex. Keith Hopkins, Harriet Flower) e fontes primárias como Tácito e Livy para contextualização.
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