Questõessobre República Autoritária : 1964- 1984
Vai passar/ Nessa avenida um samba popular/ Cada
paralelepípedo/ Da velha cidade/ Essa noite vai/ Se arrepiar/
Ao lembrar/ Que aqui passaram sambas imortais/ Que aqui
sangraram pelos nossos pés/ Que aqui sambaram nossos
ancestrais/ Num tempo/ Página infeliz da nossa história/
Passagem desbotada na memória/ Das nossas novas
gerações/ Dormia/ A nossa pátria mãe tão distraída/ Sem
perceber que era subtraída/ Em tenebrosas transações
“Vai passar”, Chico Buarque e Francis Hime
Com base nessa música gravada por Chico Buarque, em
1984, ano que marcou o auge da campanha pelas Diretas
Já, é INCORRETO afirmar que a canção:
Decretado em 13 de dezembro de 1968 e considerado como a expressão mais acabada do estado de exceção instaurado
pelo Golpe de 1964, este instrumento inconstitucional autorizava ao presidente da República suspender os direitos políticos e a
garantia de habeas-corpus dos cidadãos, bem como decretar recesso do Congresso Nacional, confiscar bens e intervir em
estados e municípios, tudo sem a apreciação judicial. Tal instrumento ficou conhecido como
Não nos esqueçamos de que este é um tempo de abertura.
Vivemos sob o signo da anistia que é esquecimento, ou devia
ser. Tempo que pede contenção e paciência. Sofremos todo
ímpeto agressivo. Adocemos os gestos. O tempo é de perdão.
(...) Esqueçamos tudo isto, mas cuidado! Não nos
esqueçamos de enfrentar, agora, a tarefa em que
fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. Não nos
esqueçamos de organizar a defesa das instituições
democráticas contra novos golpistas militares e civis para
que em tempo algum do futuro ninguém tenha outra vez de
enfrentar e sofrer, e depois esquecer os conspiradores, os
torturadores, os censores e todos os culpados e coniventes
que beberam nosso sangue e pedem nosso esquecimento.
Darcy Ribeiro. “Réquiem”, Ensaios insólitos.
Porto Alegre: L&PM, 1979.
O texto remete à anistia e à reflexão sobre os impasses da
abertura política no Brasil, no período final do regime militar,
implantado com o golpe de 1964. Com base nessas
referências, escolha a alternativa correta
Não nos esqueçamos de que este é um tempo de abertura. Vivemos sob o signo da anistia que é esquecimento, ou devia ser. Tempo que pede contenção e paciência. Sofremos todo ímpeto agressivo. Adocemos os gestos. O tempo é de perdão. (...) Esqueçamos tudo isto, mas cuidado! Não nos esqueçamos de enfrentar, agora, a tarefa em que fracassamos ontem e que deu lugar a tudo isto. Não nos esqueçamos de organizar a defesa das instituições democráticas contra novos golpistas militares e civis para que em tempo algum do futuro ninguém tenha outra vez de enfrentar e sofrer, e depois esquecer os conspiradores, os torturadores, os censores e todos os culpados e coniventes que beberam nosso sangue e pedem nosso esquecimento.
Darcy Ribeiro. “Réquiem”, Ensaios insólitos. Porto Alegre: L&PM, 1979.
O texto remete à anistia e à reflexão sobre os impasses da abertura política no Brasil, no período final do regime militar, implantado com o golpe de 1964. Com base nessas referências, escolha a alternativa correta
Responda à questão com base no
trecho da canção abaixo É proibido
proibir de Caetano Veloso.
A mãe da virgem diz que nãoE o anúncio da televisãoE estava escrito no portãoE o maestro ergueu o dedoE além da portaHá o porteiro, sim...
E eu digo não
E eu digo não ao não
Eu digo: É!
Proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir
É proibido proibir...
Neste trecho, o artista aborda questões
relacionadas a determinado contexto da história
brasileira, no qual alguns setores da sociedade
civil, especialmente no campo da cultura,
expressavam suas opiniões referentes à política
nacional naquele momento histórico particular.
Analisando o conteúdo do trecho da canção
podemos afirmar que:
• O contexto que motivou a edição do AI – 5 foi
marcado por:
ATO INSTITUCIONAL Nº 5, DE 13 DE DEZEMBRO DE 1968.
“O PRESIDENTE DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL,
ouvido o Conselho de Segurança Nacional,
(...) Resolve editar o seguinte:
(...)
Art. 4º - No interesse de preservar a Revolução, o Presidente da República, ouvido o Conselho de Segurança Nacional, e sem as limitações previstas na Constituição, poderá suspender os direitos políticos de quaisquer cidadãos pelo prazo de 10 anos e cassar mandatos eletivos federais, estaduais e municipais.
Parágrafo único - Aos membros dos Legislativos federal, estaduais e municipais, que tiverem seus mandatos cassados, não serão dados substitutos, determinando-se o quorum parlamentar em função dos lugares efetivamente preenchidos.
Art. 5º - A suspensão dos direitos políticos, com base neste Ato, importa, simultaneamente, em:
I - cessação de privilégio de foro por prerrogativa de função;
II - suspensão do direito de votar e de ser votado nas eleições sindicais;
III - proibição de atividades ou manifestação sobre assunto de natureza política;
IV - aplicação, quando necessária, das seguintes medidas de segurança:
a) liberdade vigiada;
b) proibição de freqüentar determinados lugares;
c) domicílio determinado; (…)
Art. 10º - Fica suspensa a garantia de habeas corpus, nos casos de crimes políticos, contra a segurança nacional, a ordem econômica e social e a economia popular.”
Retirado de: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/AIT/ait-05-68.htm. Acesso em 24/05/2017
“Zuleika de Souza Netto nasce em Curvelo, em 1921. No auge do sucesso de Zuzu
e de sua projeção internacional, seu filho é preso. Em 1971, a estilista realiza, em
Nova York, um desfile de protesto e a partir de então o luto passa a ser seu hábito.
Roupa preta, véu, crucifixos, o cinto, o anjo. Por onde fosse, sempre em busca de
informações sobre Stuart, também distribuía o santinho que mandou imprimir com
a foto do filho.” (novo.itaucultural.org.br. Mostra sobre Zuzu Angel).
Zuzu Angel, como ficou conhecida a estilista, lidou com o sumiço do filho
O documentário O dia que durou 21 anos (resultado de uma pesquisa que durou
mais de três anos) tem direção de Camilo Tavares, filho de Flavio Tavares, um dos
15 presos políticos libertados em troca do embaixador norte-americano Charles
Elbrick, sequestrado por militantes da esquerda.” (folha.uol.com.br. Adaptado).
O filme de Camilo Tavares retrata, por meio do levantamento de fontes
documentais diversas,
A vontade de mudar o nome do antigo Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu
Médici, em Salvador, não aconteceu por conta da efeméride dos 50 anos do golpe
militar. Segundo a diretora Aldair Almeida Dantas, essa era uma insatisfação antiga da
comunidade. “A novidade foi a convergência de intenções e a coincidência com esse
período de resgaste histórico”, disse a diretora do, agora, Colégio Estadual do Stiep
Carlos Marighella. Um colegiado escolar, formado pelos funcionários, professores, pais
de alunos e pela comunidade, entendeu que o lançamento de muitos candidatos ao
novo nome criaria confusão. Por isso surgiu a ideia de encontrar apenas dois que fossem
baianos e representassem o combate ao regime militar. Os nomes do guerrilheiro
Carlos Marighella e do geógrafo Milton Santos foram os escolhidos. “Ambos são da
Bahia. Cada um tentou lutar contra a imposição do regime”, analisa Aldair.
Adaptado de educacao.uol.com.br, 15/04/2014.
A escolha de nomes de logradouros e de edificações pode representar uma homenagem em
determinada época, assim como a mudança desses nomes pode indicar transformações
históricas, simbolizando novas demandas da sociedade.
A situação apresentada na reportagem exemplifica, para a sociedade brasileira atual, um
contexto político associado a:
A vontade de mudar o nome do antigo Colégio Estadual Presidente Emílio Garrastazu Médici, em Salvador, não aconteceu por conta da efeméride dos 50 anos do golpe militar. Segundo a diretora Aldair Almeida Dantas, essa era uma insatisfação antiga da comunidade. “A novidade foi a convergência de intenções e a coincidência com esse período de resgaste histórico”, disse a diretora do, agora, Colégio Estadual do Stiep Carlos Marighella. Um colegiado escolar, formado pelos funcionários, professores, pais de alunos e pela comunidade, entendeu que o lançamento de muitos candidatos ao novo nome criaria confusão. Por isso surgiu a ideia de encontrar apenas dois que fossem baianos e representassem o combate ao regime militar. Os nomes do guerrilheiro Carlos Marighella e do geógrafo Milton Santos foram os escolhidos. “Ambos são da Bahia. Cada um tentou lutar contra a imposição do regime”, analisa Aldair.
Adaptado de educacao.uol.com.br, 15/04/2014.
A escolha de nomes de logradouros e de edificações pode representar uma homenagem em determinada época, assim como a mudança desses nomes pode indicar transformações históricas, simbolizando novas demandas da sociedade. A situação apresentada na reportagem exemplifica, para a sociedade brasileira atual, um contexto político associado a:
A Lei de Anistia de 1979, promulgada pelo então presidente, João Batista Figueiredo,
permitiu a volta de muitos exilados políticos e perdoou crimes políticos cometidos
durante os nãos da ditadura. Indique a alternativa correta sobre as consequências da
lei de Anistia de 1979.
Em 1970 o Brasil estava entre a conquista do tri campeonato mundial e a ditadura
militar que sob o comando de Médici levou a repressão à sua expressão máxima.
Indique a alternativa correta sobre a relação entre política e futebol na história
brasileira.
O exílio do ex-Presidente Juscelino Kubitschek, entre 1964 e 1965, foi uma decisão tomada após a
decretação do AI -1, que o atingiu ao:
O regime militar foi o período da política em que militares conduziram o país. Foi marcado por prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.Quando iniciou o regime militar no Brasil e qual presidente foi deposto?
O regime militar foi o período da política em que militares conduziram o país. Foi marcado por prática de vários Atos Institucionais que colocavam em prática a censura, a perseguição política, a supressão de direitos constitucionais, a falta total de democracia e a repressão àqueles que eram contrários ao regime militar.Quando iniciou o regime militar no Brasil e qual presidente foi deposto?
O Pasquim não nasceu para fazer jornalismo político e procurou, através de um jornalismo
de humor, criticar o comportamento da classe média brasileira, a partir da moral e dos bons
costumes, defendidos pelos Militares. Sendo assim, O Pasquim começou a despertar a atenção
dos Militares e dos órgãos responsáveis pela Censura.
Fonte: VAUCHER, Thiago Araújo. O Pasquim: Alternativa e Corajoso. file:///C:/Users/Eliane/Downloads/4378-14796-1-PB.pdf
Acesso 08-10-2015.
Imagem: https://www.facebook.com/photo.php?fbid=272658292796469&set=a.124625930933040.20000.100001569022
672&type=3&l=a3c7ff9f95&theater. Acesso em 08-20-2015.
BLOCO C - PESO 2
Nascido no âmbito da Ditadura Militar Brasileira, O Pasquim teve como propósito fazer humor,
mas foi assumindo, ao longo da sua história, um importante papel político. Segundo o conteúdo
do texto e da imagem, um dos fatos que contribuíram para a expansão do jornal foi
Leia as informações:
1968 não foi um ano qualquer. Em vários países,
os jovens se rebelaram, embalados pelo sonho
de um mundo novo. [...] Esse clima, que no Brasil
teve efeitos visíveis no plano da cultura em geral e da arte [...], deu também impulso à mobilização social. [...] O catalisador das manifestações de rua em 1968 foi a morte de um estudante secundarista. Edson Luís foi morto pela Polícia Militar durante um pequeno protesto realizado no Rio de Janeiro, no mês de março [...].
Esses fatos criaram condições para uma mobilização mais ampla, reunindo não só os estudantes como setores representativos da Igreja e da
classe média do Rio de Janeiro. O ponto alto da
convergência dessas forças que se empenhavam na luta pela democratização foi a chamada
Passeata dos 100 Mil, realizada em 25 de junho
de 1968.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. SP: Edusp, 2012, p. 407-408.)
Tomando por base o excerto, assinale a alternativa que mais bem representa o momento político vivido pelo Brasil em 1968.
Leia as informações:
1968 não foi um ano qualquer. Em vários países, os jovens se rebelaram, embalados pelo sonho de um mundo novo. [...] Esse clima, que no Brasil teve efeitos visíveis no plano da cultura em geral e da arte [...], deu também impulso à mobilização social. [...] O catalisador das manifestações de rua em 1968 foi a morte de um estudante secundarista. Edson Luís foi morto pela Polícia Militar durante um pequeno protesto realizado no Rio de Janeiro, no mês de março [...]. Esses fatos criaram condições para uma mobilização mais ampla, reunindo não só os estudantes como setores representativos da Igreja e da classe média do Rio de Janeiro. O ponto alto da convergência dessas forças que se empenhavam na luta pela democratização foi a chamada Passeata dos 100 Mil, realizada em 25 de junho de 1968.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. SP: Edusp, 2012, p. 407-408.)
Tomando por base o excerto, assinale a alternativa que mais bem representa o momento político vivido pelo Brasil em 1968.
O bipartidarismo foi adotado no Brasil na (o):
Analise as proposições a respeito da participação de militares em movimentos políticos no
Brasil republicano.
I. O único registro de participação efetiva de militares na vida política nacional ocorreu entre
1964 e 1985, durante o período da ditadura militar.
II. O envolvimento de militares com a política nacional pode ser observado em diferentes
momentos, dentre eles citam-se a Proclamação da República, o Movimento Tenentista e o
Golpe de 1964.
III. Em 1964, a instauração do governo militar deu-se, democraticamente, por meio de uma
ampla votação.
IV. Durante o período da ditadura militar assistiu-se a um aumento das diferenças sociais no
Brasil, resultante, entre outras coisas, da intervenção direta do governo na política de
reajustes salariais.
Assinale a alternativa correta.
Analise as proposições a respeito da participação de militares em movimentos políticos no Brasil republicano.
I. O único registro de participação efetiva de militares na vida política nacional ocorreu entre 1964 e 1985, durante o período da ditadura militar.
II. O envolvimento de militares com a política nacional pode ser observado em diferentes momentos, dentre eles citam-se a Proclamação da República, o Movimento Tenentista e o Golpe de 1964.
III. Em 1964, a instauração do governo militar deu-se, democraticamente, por meio de uma ampla votação.
IV. Durante o período da ditadura militar assistiu-se a um aumento das diferenças sociais no Brasil, resultante, entre outras coisas, da intervenção direta do governo na política de reajustes salariais.
Assinale a alternativa correta.
Sobre o contexto de promulgação da Lei da Anistia, em agosto de 1979, assinale a alternativa INCORRETA.
Observe este cartaz.
Fonte: < http://textosdetherezapires.blogspot.com.br/2015/08/da-campanha-pela-anistia-1978-28-de.html>
Acesso em 29 maio 2017.
Esse cartaz é uma campanha política pela:
Observe este cartaz.
Fonte: < http://textosdetherezapires.blogspot.com.br/2015/08/da-campanha-pela-anistia-1978-28-de.html> Acesso em 29 maio 2017.
Esse cartaz é uma campanha política pela: