Leia as informações:

1968 não foi um ano qualquer. Em vários países, os jovens se rebelaram, embalados pelo sonho de um mundo novo. [...] Esse clima, que no Brasil teve efeitos visíveis no plano da cultura em geral e da arte [...], deu também impulso à mobilização social. [...] O catalisador das manifestações de rua em 1968 foi a morte de um estudante secundarista. Edson Luís foi morto pela Polícia Militar durante um pequeno protesto realizado no Rio de Janeiro, no mês de março [...]. Esses fatos criaram condições para uma mobilização mais ampla, reunindo não só os estudantes como setores representativos da Igreja e da classe média do Rio de Janeiro. O ponto alto da convergência dessas forças que se empenhavam na luta pela democratização foi a chamada Passeata dos 100 Mil, realizada em 25 de junho de 1968.
(FAUSTO, Boris. História do Brasil. SP: Edusp, 2012, p. 407-408.)

Tomando por base o excerto, assinale a alternativa que mais bem representa o momento político vivido pelo Brasil em 1968.

A decretação do AI-5 foi a causa imediata para o início dos movimentos de oposição ao regime militar, tendo sido a Passeata dos 100 Mil o primeiro grande movimento de reação a suas determinações.

Após a morte do estudante, a situação política do país se radicalizou, com o início da luta armada. Apesar disto, o governo teve êxito em conter a oposição, tendo sido a Passeata dos 100 Mil seu último grande evento.

A Passeata dos 100 Mil deve ser entendida como uma manifestação isolada contra o regime militar, uma vez que, a partir de 1968, o Brasil ingressou em uma fase de estabilidade política e econômica.

Se, por um lado, a Passeata dos 100 Mil demonstrou a mobilização de setores sociais contra os militares, por outro, abriu espaço para o endurecimento do regime, culminando com a decretação do AI-5, em dezembro de 1968.

Apesar de contar com o apoio de alguns grupos sociais, os movimentos de oposição ao regime militar se enfraqueceram após a Passeata dos 100 Mil, uma vez que a maioria da população apoiava o governo.