Questõesde UNESP sobre Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

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UNESP 2021 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Artigo 1° – Todos os escravos, que entrarem no território ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres [...].

Artigo 2° – Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do artigo cento e setenta e nove do Código Criminal, imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres [...].
(Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.)


A Lei de 7 de novembro de 1831, também conhecida como “Lei Feijó”,

A
proporcionou a imediata superação da escravidão no Brasil, que se consolidou com a entrada maciça de imigrantes europeus a partir da década de 1870.
B
teve efeito reduzido, pois o tráfico internacional de escravos e a entrada de mão de obra africana no território brasileiro persistiram nos governos sucessivos do país até a metade do século XIX.
C
foi promulgada por pressão da Coroa inglesa, que determinou que navios britânicos apreendessem todas as embarcações suspeitas de tráfico de escravizados.
D
proibiu a escravidão no Brasil, embora a escassez de mão de obra assalariada tenha levado à manutenção do emprego de mão de obra de escravizados até a década de 1880.
E
resultou da guinada ocorrida no Período Regencial, quando o Brasil assumiu diretrizes liberais e ilustradas na condução da política econômica e no reconhecimento dos direitos humanos.
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UNESP 2021 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A exploração do ouro, na região das Minas Gerais durante o século XVIII, implicou um conjunto de transformações no perfil geral da América portuguesa, tais como

A
a redução no emprego da mão de obra escrava e a facilitação da entrada de imigrantes na colônia.
B
a implementação do regime de intendências e a formação de nova estrutura administrativa na colônia.
C
a concentração das atividades econômicas no interior da colônia e o abandono do comércio agroexportador.
D
o aumento dos intercâmbios comerciais com a América hispânica e a constituição de um mercado aurífero no continente.
E
o contato direto da Inglaterra com as riquezas do território brasileiro e a dificuldade portuguesa de manter o monopólio comercial.
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UNESP 2021 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O consumo dos alimentos nas propriedades de monocultura de cana-de-açúcar estava […] baseado no que se podia produzir nas brechas de um grande sistema subordinado ao mercado externo, resultando em uma grande quantidade de farinha de mandioca, feijões de diversos tipos, batata-doce, milho e cará comidos com pouco rigor, além de uma cultura do doce, cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e simbolizada, popularmente, pela rapadura.


(Paula Pinto e Silva. “Sabores da colônia”. In: Luciano Figueiredo (org). História do Brasil para ocupados, 2013.)


O texto caracteriza formas de alimentação no Brasil colonial e revela

A
o esforço metropolitano de diversificar a produção da colônia, com o intuito de ampliar as vendas de alimentos para outros países europeus.
B
a diferença entre a sofisticação da alimentação da população colonial e o restrito conjunto de alimentos disponíveis na metrópole.
C
a articulação entre um sistema de produção voltado ao atendimento das necessidades e interesses da metrópole e as estratégias de subsistência.
D
o interesse dos grandes proprietários de terras na colônia de produzir para o mercado interno, rejeitando a submissão ao domínio metropolitano.
E
a separação entre as lavouras voltadas ao fornecimento de alimentos para os países vizinhos e as plantações destinadas ao consumo interno.
21dc52fa-65
UNESP 2021 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A produção de açúcar no Brasil colonial era parte de um conjunto de processos e relações que ultrapassavam os limites da colônia e incluíam

A
a estruturação do engenho como unidade produtiva, a disposição portuguesa de povoar a colônia e o comércio sistemático com a América espanhola.
B
as técnicas de cultivo indígenas, as mudas de cana procedentes do mundo árabe e a intermediação britânica na comercialização.
C
a adaptação da cana à terra roxa do Nordeste, o conhecimento técnico dos imigrantes e a atuação holandesa no transporte marítimo.
D
a constituição da grande propriedade, o tráfico de africanos escravizados e a existência de amplo mercado consumidor na Europa.
E
o avanço da ocupação das áreas centrais da colônia, o recurso à mão de obra nativa e o crescimento do gosto pelos sabores doces na Europa.
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UNESP 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Em um estudo publicado em 2005, o historiador Gustavo Acioli Lopes vale-se, no quadro da economia colonial, da expressão “primo pobre” para se referir ao produto derivado das lavouras mencionadas por Antônio Vieira em sua carta. No contexto histórico em que foi escrita a carta, o “primo rico” seria

    No fim da carta de que V. M.1 me fez mercê me manda V. M. diga meu parecer sobre a conveniência de haver neste estado ou dois capitães-mores ou um só governador.

    Eu, Senhor, razões políticas nunca as soube, e hoje as sei muito menos; mas por obedecer direi toscamente o que me parece.

    Digo que menos mal será um ladrão que dois; e que mais dificultoso serão de achar dois homens de bem que um. Sendo propostos a Catão dois cidadãos romanos para o provimento de duas praças, respondeu que ambos lhe descontentavam: um porque nada tinha, outro porque nada lhe bastava. Tais são os dois capitães-mores em que se repartiu este governo: Baltasar de Sousa não tem nada, Inácio do Rego não lhe basta nada; e eu não sei qual é maior tentação, se a 1 , se a 2 . Tudo quanto há na capitania do Pará, tirando as terras, não vale 10 mil cruzados, como é notório, e desta terra há-de tirar Inácio do Rego mais de 100 mil cruzados em três anos, segundo se lhe vão logrando bem as indústrias.

    Tudo isto sai do sangue e do suor dos tristes índios, aos quais trata como tão escravos seus, que nenhum tem liberdade nem para deixar de servir a ele nem para poder servir a outrem; o que, além da injustiça que se faz aos índios, é ocasião de padecerem muitas necessidades os portugueses e de perecerem os pobres. Em uma capitania destas confessei uma pobre mulher, das que vieram das Ilhas, a qual me disse com muitas lágrimas que, dos nove filhos que tivera, lhe morreram em três meses cinco filhos, de pura fome e desamparo; e, consolando-a eu pela morte de tantos filhos, respondeu-me: “Padre, não são esses os por que eu choro, senão pelos quatro que tenho vivos sem ter com que os sustentar, e peço a Deus todos os dias que me os leve também.”

    São lastimosas as misérias que passa esta pobre gente das Ilhas, porque, como não têm com que agradecer, se algum índio se reparte não lhe chega a eles, senão aos poderosos; e é este um desamparo a que V. M. por piedade deverá mandar acudir.

    Tornando aos índios do Pará, dos quais, como dizia, se serve quem ali governa como se foram seus escravos, e os traz quase todos ocupados em seus interesses, principalmente no dos tabacos, obriga-me a consciência a manifestar a V. M. os grandes pecados que por ocasião deste serviço se cometem.

(Sérgio Rodrigues (org.). Cartas brasileiras, 2017. Adaptado.)

1V. M.: Vossa Majestade.

A
o açúcar.
B
o pau-brasil.
C
o café.
D
o ouro.
E
o algodão.
92066c19-af
UNESP 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e citada no texto, foi provocada, sobretudo,

        Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.


(Maria Odila Leite da Silva Dias.

A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

A
pelo fim da ocupação francesa em Portugal e pelo projeto, defendido pelos liberais portugueses, de iniciar a gradual descolonização do Brasil.
B
pela pressão comercial espanhola e pela disposição, do príncipe regente, de impedir a expansão e o sucesso dos movimentos emancipacionistas na colônia.
C
pelo interesse de expandir as fronteiras da colônia, avançando sobre terras da América Espanhola, para assegurar o pleno domínio continental do Brasil.
D
pela invasão francesa em Portugal e pela proximidade e aliança do governo português com a política da Inglaterra.
E
pela intenção de expandir, para a América, o projeto de união ibérica, reunindo, sob a mesma administração colonial, as colônias espanholas e o Brasil.
920a4938-af
UNESP 2013 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A alteração na relação entre o governo português e o Brasil, mencionada no texto, pode ser notada, por exemplo

        Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.


(Maria Odila Leite da Silva Dias.

A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)

A
na redução dos impostos sobre a exportação do açúcar e do algodão, no reforço do sistema colonial e na maior integração do território brasileiro.
B
no estreitamento dos vínculos diplomáticos com os Estados Unidos, na instalação de um modelo federalista e na modernização dos portos.
C
na ampliação do comércio com as colônias espanholas do Rio da Prata, na reurbanização do Rio de Janeiro e na redução do contingente do funcionalismo público.
D
na abertura de estradas, na melhoria das comunicações entre as capitanias e no maior aparelhamento militar e policial.
E
no restabelecimento de laços comerciais com França e Inglaterra, na fundação de casas bancárias e no aprimoramento da navegação de cabotagem.
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UNESP 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

O dia em que o capitão-mor Pedro Álvares Cabral levantou a cruz [...] era a 3 de maio, quando se celebra a invenção da Santa Cruz em que Cristo Nosso Redentor morreu por nós, e por esta causa pôs nome à terra que se encontrava descoberta de Santa Cruz e por este nome foi conhecida muitos anos. Porém, como o demônio com o sinal da cruz perdeu todo o domínio que tinha sobre os homens, receando perder também o muito que tinha em os desta terra, trabalhou que se esquecesse o primeiro nome e lhe ficasse o de Brasil, por causa de um pau assim chamado de cor abrasada e vermelha com que tingem panos [...].

(Frei Vicente do Salvador, 1627. Apud Laura de Mello e Souza.
O Diabo e a Terra de Santa Cruz, 1986. Adaptado.)

O texto revela que

A
a Igreja católica defendeu a prática do extrativismo durante o processo de conquista e colonização do Brasil.
B
um esforço amplo de salvação dos povos nativos do Brasil orientou as ações dos mercadores portugueses.
C
os nomes atribuídos pelos colonizadores às terras do Novo Mundo sempre respeitaram motivações e princípios religiosos.
D
o objetivo primordial da colonização portuguesa do Brasil foi impedir o avanço do protestantismo nas terras do Novo Mundo.
E
uma visão mística da colonização acompanhou a exploração dos recursos naturais existentes nas terras conquistadas.
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UNESP 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Na colônia, a justiça era exercida por toda uma gama de funcionários a serviço do rei. A violência, a coerção e a arbitrariedade foram suas principais características. [...]

Nas regiões em que a presença da Coroa era mais distante, os grandes proprietários de terras exerciam considerável autoridade administrativa e judicial. No sertão, os potentados impunham seus interesses à população livre.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)


Ao analisar o aparato judiciário no Brasil Colonial, o texto

A
identifica a isonomia e a impessoalidade na administração da justiça e seu embasamento no direito romano.
B
explicita a burocratização do sistema jurídico nacional e reconhece sua eficácia no controle interno.
C
indica o descompasso entre as determinações da Coroa portuguesa e os interesses pessoais dos governadores-gerais.
D
distingue o sistema oficial da dinâmica local e atesta o prevalecimento de ações autoritárias em ambas.
E
diferencia as funções do Poder Judiciário e do Poder Executivo e caracteriza a ação autônoma e independente de ambos.
32797a8a-58
UNESP 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

De acordo com o texto,

      As primeiras expedições na costa africana a partir da ocupação de Ceuta em 1415, ainda na terra de povos berberes, foram registrando a geografia, as condições de navegação e de ancoragem. Nas paradas, os portugueses negociavam com as populações locais e sequestravam pessoas que chegavam às praias, levando-as para os navios para serem vendidas como escravas. Tal ato era justificado pelo fato de esses povos serem infiéis, seguidores das leis de Maomé, considerados inimigos, e portanto podiam ser escravizados, pois acreditavam ser justo guerrear com eles. Mais ao sul, além do rio Senegal, os povos encontrados não eram islamizados, portanto não eram inimigos, mas eram pagãos, ignorantes das leis de Deus, e no entender dos portugueses da época também podiam ser escravizados, pois ao se converterem ao cristianismo teriam uma chance de salvar suas almas na vida além desta.

                        (Marina de Mello e Souza. África e Brasil africano, 2007.)

A
a motivação da conquista europeia da África foi essencialmente religiosa, destituída de caráter econômico.
B
os líderes políticos africanos apoiavam a catequização dos povos nativos pelos conquistadores europeus.
C
os africanos aceitavam a escravização e não resistiam à presença europeia no continente.
D
os povos africanos reconheciam a ação europeia no continente como uma cruzada religiosa e moral.
E
a escravização foi muitas vezes justificada pelos europeus como uma forma de redimir e salvar os africanos.
45167905-3c
UNESP 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

Quanto à organização da vida e do trabalho no engenho colonial, o texto

A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Pró- ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...].
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.). 50 textos de história do Brasil,1986.)
A
destaca a ausência de quaisquer relações de trabalho e de amizade dos senhores com os seus escravos.
B
demonstra a distribuição espacial das construções e seu papel no funcionamento e na lógica do poder dentro do engenho.
C
enfatiza a predominância do trabalho compulsório e os lucros obtidos na comercialização de escravos de origem africana.
D
denuncia o descaso dos senhores de engenho com a escolha da localização para a instalação do engenho.
E
atesta a irracionalidade do posicionamento das edificações e os problemas logísticos trazidos pela falta de planejamento espacial.
45193c12-3c
UNESP 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Quanto à relação do engenho colonial com as áreas externas a ele, o texto

A casa-grande, residência do senhor de engenho, é uma vasta e sólida mansão térrea ou em sobrado; distingue-se pelo seu estilo arquitetônico sóbrio, mas imponente, que ainda hoje empresta majestade à paisagem rural, nas velhas fazendas de açúcar que a preservaram. Constituía o centro de irradiação de toda a atividade econômica e social da propriedade. A casa-grande completava-se com a capela, onde se realizavam os ofícios e as cerimônias religiosas [...]. Pró- ximo se erguia a senzala, habitação dos escravos, os quais, nos grandes engenhos, podiam alcançar algumas centenas de “peças”. Pouco além serpenteava o rio, traçando através da floresta uma via de comunicação vital. O rio e o mar se mantiveram, no período colonial, como elementos constantes de preferência para a escolha da situação da grande lavoura. Ambos constituíam as artérias vivificantes: por meio delas o engenho fazia escoar suas safras de açúcar e, por elas, singravam os barcos que conduziam as toras de madeira abatidas na floresta, que alimentavam as fornalhas do engenho, ou a variedade e a multiplicidade de gêneros e artigos manufaturados que o engenho adquiria alhures [...].
(Alice Canabrava apud Déa Ribeiro Fenelon (org.). 50 textos de história do Brasil,1986.)
A
revela o papel decisivo que a Igreja Católica desempenhou no impedimento da escravização das populações indígenas.
B
defende a ideia de que a colonização portuguesa no Brasil, no lugar de explorar as riquezas naturais, privilegiou a ocupação do território.
C
caracteriza sua preocupação ambiental, demonstrando o respeito dos administradores às matas e aos rios que compunham a paisagem rural.
D
identifica articulações entre as atividades internas e a dinâmica de circulação de mercadorias dentro e fora dos limites da colônia.
E
sustenta sua autonomia e autossuficiência, mostrando-o como desvinculado do restante da empresa colonial.
ce9ed119-29
UNESP 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Os colonos que emigram, recebendo dinheiro adiantado, tornam-se, pois, desde o começo, uma simples propriedade de Vergueiro & Cia. E em virtude do espírito de ganância, para não dizer mais, que anima numerosos senhores de escravos, e também da ausência de direitos em que costumam viver esses colonos na província de São Paulo, só lhes resta conformarem-se com a ideia de que são tratados como simples mercadorias ou como escravos.

(Thomas Davatz. Memórias de um colono no Brasil (1850), 1941.)

O texto aponta problemas enfrentados por imigrantes europeus que vieram ao Brasil para

A
trabalhar nas primeiras fábricas, implantadas na região Sudeste do país, para reduzir a dependência brasileira de manufaturados ingleses.
B
substituir a mão de obra escrava nas lavouras de café e cana-de-açúcar, após a decretação do fim da escravidão pela lei Áurea.
C
trabalhar no sistema de parceria, estando submetidos ao poder político e econômico de fazendeiros habituados à exploração da mão de obra escrava.
D
substituir a mão de obra indígena na agricultura e na pecuária, pois os nativos eram refratários aos trabalhos que exigiam sua sedentarização.
E
trabalhar no sistema de colonato, durante o período da grande imigração, e se estabeleceram nas fazendas de café do Vale do Paraíba e litoral do Rio de Janeiro.
ce91820a-29
UNESP 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

O conceito de “guerra justa” foi empregado, durante a colonização portuguesa do Brasil, para

Leia o texto para responder à questão.

      Prova da barbárie e, para alguns, da natureza não humana do ameríndio, a antropofagia condenava as tribos que a praticavam a sofrer pelas armas portuguesas a “guerra justa”.

      Nesse contexto, um dos autores renascentistas que escreveram sobre o Brasil, o calvinista francês Jean de Léry, morador do atual Rio de Janeiro na segunda metade da década de 1550 e quase vítima dos massacres do Dia de São Bartolomeu (24.08.1572), ponto alto das guerras de religião na França, compara a violência dos tupinambás com a dos católicos franceses que naquele dia fatídico trucidaram e, em alguns casos, devoraram seus compatriotas protestantes:

      “E o que vimos na França (durante o São Bartolomeu)? Sou francês e pesa-me dizê-lo. O fígado e o coração e outras partes do corpo de alguns indivíduos não foram comidos por furiosos assassinos de que se horrorizam os infernos? Não é preciso ir à América, nem mesmo sair de nosso país, para ver coisas tão monstruosas”.

                 (Luís Felipe Alencastro. “Canibalismo deu pretexto para escravizar”.

                                                          Folha de S.Paulo, 12.10.1991. Adaptado.)

A
justificar a captura, o aprisionamento e a escravização de indígenas.
B
justificar a instalação de missões jesuíticas em áreas de colonização francesa.
C
impedir a prisão e o exílio de lideranças e comunidades nativas hostis à colonização.
D
impedir o acesso de protestantes e judeus às áreas de produção de açúcar.
E
impedir que os nativos fossem utilizados como mão de obra na lavoura.
e845b770-94
UNESP 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Indique a alternativa, que pode ser confirmada pelos dados apresentados na tabela.

A tabela contém dados extraídos de A formação do capitalismo dependente no Brasil, 1977, de Ladislau Dowbor, que se referem ao preço médio de um escravo (sexo masculino) no Vale do Paraíba.




A
A comercialização interna de escravos permitiu que os preços se mantivessem altos na primeira metade do século XIX.
B
A Lei do Ventre Livre, de 1871, foi a principal responsável pela diminuição no número de escravos e pela redução dos preços.
C
A grande imigração, a partir de 1870, aumentou o uso de mão de obra escrava e provocou redução nos preços.
D
A proibição do tráfico de escravos, em 1850, provocou sensível aumento nos preços, pois limitou drasticamente o ingresso de africanos.
E
A aplicação da tarifa Alves Branco, em 1844, aumentou os impostos de importação, dificultou o tráfico de escravos e provocou elevação nos preços.
3cd8f62f-8d
UNESP 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Analise o mapa.

                            Do arquipélago colonial ao território do estado

                      

A partir do mapa, são feitas as seguintes afirmações:

I. Imensa colônia de um pequeno Estado europeu, o território do Brasil colonial foi resultado da partilha de 1494 entre as duas potências ibéricas.

II. O Brasil colonial não era uma construção contínua, uma vez que as capitanias, relativamente independentes umas das outras, mantinham um laço direto com a metrópole.

III. A localização de quatro áreas de evangelização de indígenas pelos jesuítas estavam distribuídas na fronteira dos territórios portugueses e espanhóis.

IV. A característica do relevo sul-americano possibilitou o rápido avanço populacional tanto do lado Atlântico como do Pacífico, o que evitou, na região central do continente, vazios demográficos desde 1650.

Estão corretas as afirmações


A
I e II, apenas.
B
I, II e III, apenas.
C
III e IV, apenas.
D
II, III e IV, apenas.
E
I, II, III e IV.
3c769ecb-8d
UNESP 2011 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Entre as características da sociedade da região das Minas Gerais no período da extração de ouro, no século XVIII, podemos citar:

A
maior mobilidade social que no restante da colônia.
B
pequeno desenvolvimento artístico e ausência de estímulo à produção cultural.
C
predomínio do meio rural sobre o urbano, como no restante da colônia.
D
comércio interno restrito e ausência de setores sociais intermediários.
E
menor presença de irmandades religiosas que no restante da colônia.
04e0348b-8d
UNESP 2010 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro, podemos citar,

A
a organização de quilombos, nos quais, sob supervisão de autoridades brancas, os negros podiam viver livremente.
B
as sabotagens realizadas nas plantações de café, com a introdução de pragas oriundas da África.
C
a preservação de crenças e rituais religiosos de origem africana, que eram condenados pela Igreja Católica.
D
as revoltas e fugas em massa dos engenhos, seguidas de embarques clandestinos em navios que rumavam para a África.
E
a adoção da fé católica pelos negros, que lhes proporcionava imediata alforria concedida pela Igreja.
efea6642-36
UNESP 2012 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, Mercantilismo, Colonialismo e a ocupação portuguesa no Brasil, História do Brasil

Nas primeiras três décadas que se seguiram à passagem da armada de Cabral, além das precárias guarnições das feitorias [...], apenas alguns náufragos [...] e “lançados” atestavam a soberania do rei de Portugal no litoral americano do Atlântico Sul.

(Adriana Lopez e Carlos Guilherme Mota. História do Brasil: uma interpretação, 2008.)

Os lançados citados no texto eram

A
funcionários que recebiam, da Coroa, a atribuição oficial de gerenciar a exploração comercial do pau-brasil e das especiarias encontradas na colônia portuguesa.
B
militares portugueses encarregados da proteção armada do litoral brasileiro, para impedir o atracamento de navios de outros países, interessados nas riquezas naturais da colônia.
C
comerciantes portugueses encarregados do tráfico de escravos, que atuavam no litoral atlântico da África e do Brasil e asseguravam o suprimento de mão de obra para as colônias portuguesas.
D
donatários das primeiras capitanias hereditárias, que assumiram formalmente a posse das novas terras coloniais na América e implantaram as primeiras lavouras para o cultivo da cana-de-açúcar.
E
súditos portugueses enviados para o litoral do Brasil ou para a costa da África, geralmente como degredados, que acabaram por se tornar precursores da colonização.
10240ccb-36
UNESP 2010 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Sobre o emprego da mão de obra escrava no Brasil colonial, é possível afirmar que

A
apenas africanos foram escravizados, porque a Igreja Católica impedia a escravização dos índios.
B
as chamadas “guerras justas” dos portugueses contra tribos rebeldes legitimavam a escravização de índios.
C
interesses ligados ao tráfico negreiro controlado pelos holandeses forçavam a escravização do africano.
D
os engenhos de açúcar do Nordeste brasileiro empregavam exclusivamente indígenas escravizados.
E
apenas indígenas eram escravizados nas áreas em que a pecuária e o extrativismo predominavam.