A vinda da Corte portuguesa para o Brasil, ocorrida em 1808 e
citada no texto, foi provocada, sobretudo,
Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da
colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas
de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que
viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o
fomento do bem-estar da própria população local.
(Maria Odila Leite da Silva Dias.
A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)
Com a vinda da Corte, pela primeira vez, desde o início da colonização, configuravam-se nos trópicos portugueses preocupações próprias de uma colônia de povoamento e não apenas de exploração ou feitoria comercial, pois que no Rio teriam que viver e, para sobreviver, explorar “os enormes recursos naturais” e as potencialidades do Império nascente, tendo em vista o fomento do bem-estar da própria população local.
(Maria Odila Leite da Silva Dias.
A interiorização da metrópole e outros estudos, 2005.)
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa D
Tema central: a razão imediata da vinda da Corte portuguesa para o Brasil em 1808: fuga da família real diante da invasão napoleônica e a estreita relação com a Inglaterra.
Resumo teórico: Em 1807 Napoleão determinou a ocupação de Portugal (por acordo com a Espanha pelo Tratado de Fontainebleau/aliança franco-espanhola). Temendo captura, a família real e a Corte, com escolta naval britânica, transferiram-se para o Rio de Janeiro em 1808. Esse evento decorreu da invasão francesa e da tradicional aliança luso-britânica (conveniência estratégica e naval), não de projetos expansionistas portugueses sobre a América espanhola nem de iniciativas liberais internas.
Justificativa da alternativa D: ela reúne os fatores reais e imediatos: invasão francesa em Portugal (ameaça de aprisionamento do governo) e a proximidade/aliança com a Inglaterra, que forneceu apoio naval e diplomático para a evacuação. Fontes clássicas: Boris Fausto, História do Brasil; João José Reis; documentos da diplomacia luso-britânica (Arquivo Nacional Torre do Tombo).
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta: não houve “fim da ocupação francesa em Portugal” antes da vinda; e o liberalismo português não era causa da mudança (os liberais chegam a incidir depois, em 1820).
B — Incorreta: a questão não decorre de “pressão comercial espanhola” nem de estratégia exclusiva do príncipe regente contra movimentos emancipacionistas; a causa imediata foi militar/política (invasão napoleônica).
C — Incorreta: expansão territorial sobre colônias espanholas não motivou a transferência da Corte; essa ideia é posterior e episódica, não causa imediata de 1808.
E — Incorreta: não houve intenção portuguesa de implantar um projeto de união ibérica sobre a América; a união foi um objetivo indireto de Napoleão/França, não da monarquia portuguesa que fugia.
Dica de prova: busque no enunciado palavras-chave como “vinda da Corte”, “1808”, “invasão” ou “aliança inglesa”. Elas costumam apontar para o contexto napoleônico e o papel da Inglaterra.
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