Entre as formas de resistência negra à escravidão, durante o período colonial brasileiro, podemos citar,
Gabarito comentado
Resposta correta: Alternativa C
Tema central: formas de resistência negra à escravidão no período colonial brasileiro — entender que resistência não foi só revoltas militares, mas também cultural, cotidiana, legal e coletiva.
Resumo teórico: A historiografia aponta várias estratégias: fuga individual e para quilombos (ex.: Palmares), revoltas (mais esporádicas), resistência cultural (manutenção de línguas, rituais, cultos afro-brasileiros), sabotagem do trabalho, e recursos legais quando possível. Autores de referência: João José Reis, Stuart B. Schwartz e Florestan Fernandes tratam dessas dimensões em estudos sobre escravidão e resistência.
Por que C está correta: A preservação de crenças e rituais africanos constitui forma clara de resistência cultural: manter identidade, redes de solidariedade e práticas religiosas desafiava a tentativa de apagamento imposta pela escravidão e pela Igreja (que frequentemente condenava ou tentava controlar essas práticas). Essa resistência ajudou a proteger saberes, reforçar laços comunitários e facilitar fugas e organização.
Análise das alternativas incorretas:
A — incorreta: quilombos eram geralmente comunidades autônomas formadas por fugitivos e muitas vezes combatidas pelas autoridades; não viviam “sob supervisão de autoridades brancas”.
B — incorreta: é anacrônica/duvidosa. Sabotagens existiram (trabalho lento, quebra de ferramentas), mas a ideia de introdução deliberada de pragas da África nas plantações de café não é documentalmente sustentada e, além disso, o auge do café ocorre no século XIX, fora do contexto típico do período colonial açucareiro.
D — incorreta: houve revoltas e fugas, sobretudo dos engenhos, mas embarques clandestinos em massa de volta à África foram raros devido a controles e custos; retorno em grande escala não compõe uma forma típica de resistência.
E — incorreta: o batismo ou conversão ao catolicismo não garantia alforria imediata; a Igreja às vezes intervinha, mas a norma jurídica e social não concedia liberdade automática por adoção da fé.
Dica de prova: procure anacronismos (culturas/atividades típicas de outro século), termos absolutos (sempre/sempre garantido), e verifique se a alternativa confunde controle religioso com benefício jurídico.
Fontes sugeridas: João José Reis (estudos sobre resistência escrava), Stuart B. Schwartz (história colonial), Florestan Fernandes (integração do negro).
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