Questõessobre Período Colonial: produção de riqueza e escravismo

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UFMS 2018 - História - Colonialismo espanhol: Ocupação e exploração do território americano, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina

Sobre o processo de conquista da independência das antigas colônias portuguesa e espanhola na América, assinale a alternativa correta.

A
O Brasil se tornou independente de Portugal assim que a família real portuguesa aportou no território americano, em 1808, com a mudança da capital para o Rio de Janeiro, quando o Brasil se tornou sede do império português.
B
A independência do Peru ocorreu em 1821 liderada pelo general argentino José de San Martín, que também foi decisivo no processo de independência de Argentina e Chile.
C
O Paraguai se tornou independente da Espanha somente com a chegada da família Lopez ao poder, quando o Marechal Solano Lopez decretou guerra contra a Espanha e os demais países que não reconheciam sua independência.
D
A Argentina se tornou independente após uma longa negociação diplomática entre o revolucionário criollo Simón Bolivar e a corte espanhola, quando em 1813 a então província conquistou sua autonomia.
E
A independência da Venezuela ocorre somente em 1821, após intensas negociações entre a elite criolla e o governo espanhol, por intermédio do líder político Simón Bolivar.
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UECE 2021 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A chegada dos lusitanos no território que hoje é o Brasil está inserida no contexto da expansão marítima e comercial portuguesa. Sobre esse empreendimento da nação europeia, é correto afirmar que

A
teve início no século XVI, com a expedição liderada por Pedro Álvares Cabral, que chegou no litoral brasileiro ao buscar uma forma de contornar a África.
B
a passagem do Cabo Bojador por Gil Eanes em 1434 e do Cabo das Tormentas por Vasco da Gama em 1488 consolidaram o domínio português no Atlântico.
C
apesar de os portugueses terem descoberto o caminho para o oriente contornando a África, foram os espanhóis, liderados por Fernão de Magalhães, que primeiro chegaram às Índias.
D
a expedição de Pedro Álvares Cabral que aportou no Brasil em 1500 tinha como destino as Índias, de onde Vasco da Gama retornara em 1498.
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SÃO CAMILO 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Uma semelhança e uma diferença entre o panorama descrito no segundo parágrafo do texto e a experiência da colonização portuguesa no Brasil são, respectivamente:

Leia o texto para responder à questão.

    No concernente à mão de obra, a economia colonial hispano-americana baseou-se em variadas formas de trabalho compulsório.
     A escravidão indígena teve, no conjunto, escassa importância, salvo no “ensaio antilhano”, a inícios do século XVI, e nas regiões de “índios bravos”, reduzidos à escravidão quando aprisionados em guerra. A escravização dos rebeldes (“guerra justa”) era, aliás, a única via de legitimação da escravidão indígena, pois desde cedo a Coroa e a Igreja trataram, com relativo êxito, de combater tais práticas. Mas o sucesso desta política deveu-se, em grande medida, à existência de sistemas tributários pré-coloniais no México, na América Central e nos Andes.

(Ronaldo Vainfas. Economia e sociedade na
América Espanhola, 1984. Adaptado.) 
A
a distância geográfica da América Espanhola e do Brasil em relação às Antilhas e o estímulo das elites coloniais hispano-americanas à escravização dos nativos.
B
o sucesso das Coroas espanhola e portuguesa em reprimir a escravização de nativos e a inexistência de tráfico negreiro para a América Espanhola.
C
a existência de sistemas tributários pré-coloniais que facilitaram a difusão do trabalho servil e o apoio dos jesuítas, no Brasil, à escravização dos nativos.
D
o recurso à noção de guerra justa como justificativa para a escravização de nativos e a predominância, no Brasil, do trabalho de africanos escravizados.
E
o caráter tardio das práticas de escravização das populações nativas e a fácil aceitação da escravidão pelos indígenas que habitavam o território brasileiro.
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SÃO CAMILO 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No plano socioeconômico, [os indígenas] foram cruciais na montagem do complexo açucareiro na Bahia quinhentista, e mesmo no avançar o século XVII, pois a escravidão de origem africana só tomou impulso após exaurirem-se gerações de indígenas pelo trabalho escravo, pela guerra e por doenças. No planalto paulista, a mão de obra indígena escravizada foi a base para o que se chamou, com certo exagero, de “celeiro do Brasil”, labutando na produção de trigo e, sobretudo, de milho.

(João Fragoso e Roberto Guedes. “Apresentação”. In: João Luís R. Fragoso e Maria de Fátima Gouvêa (org.). O Brasil Colonial, vol. 3, 2014. Adaptado.)

O excerto faz referência

A
aos resultados da mortalidade dos indígenas na colonização do interior.
B
aos lucros do tráfico negreiro para a Coroa e a burguesia metropolitana.
C
à utilização de mão de obra escrava africana na agricultura de subsistência.
D
à primazia do trabalho escravo indígena sobre o africano no açúcar e no ouro.
E
à importância econômica da mão de obra indígena na América Portuguesa.
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FGV 2020 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

De acordo com o processo de formação do território brasileiro, a ocupação dos sertões nos séculos XVII e XVIII realizou-se com

A
a revogação do Tratado de Tordesilhas entre Portugal e Espanha.
B
o estabelecimento de feitorias para abastecer populações tradicionais.
C
a opção colonial pelo povoamento da América do Sul.
D
o desenvolvimento das atividades pecuária e mineradora.
E
a abertura de novas fazendas cafeeiras pelos colonos italianos.
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UEA 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Os grandes lucros que diziam auferir os mercadores portugueses que fizeram o tráfico do pau-brasil nas duas primeiras décadas após o descobrimento, os rigores do monopólio fiscal decretado pelo rei de Portugal e até notícias fantasiosas de riquezas da terra virgem contribuíram, em primeira linha, para originar e desenvolver o contrabando nas costas da Santa Cruz.

(Bernardino José de Sousa. O pau-brasil na história nacional, 1978.)

O texto alude aos primeiros contatos dos colonizadores com o litoral da “nova terra” e descreve

A
o controle legal e efetivo da economia colonial pela Metrópole portuguesa.
B
o início e o desenrolar da ocupação da colônia por numerosas famílias portuguesas.
C
o financiamento e a instalação de engenhos de açúcar nas terras férteis da colônia.
D
a atração real e imaginária exercida pelas riquezas da colônia sobre os europeus.
E
a catequização e a escravização dos indígenas nas explorações auríferas coloniais.
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CESMAC 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No Brasil colonial, a palavra 'sertão' designava os territórios interioranos e litorâneos (“sertões de dentro” e “sertões de fora"), onde a presença lusa era quase inexistente ou ainda não havia se consolidado. Diante da necessidade de buscar espaços que pudessem produzir novas formas de sustento material e obtenção de lucros, o processo de conquista e colonização dos sertões se deu através de atividades como:

A
o comércio com os quilombos.
B
o cultivo da cana e do algodão.
C
a plantação do fumo.
D
a pecuária e a mineração
E
a troca de produtos e insumos com os indígenas.
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CESMAC 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Algumas das formas mais conhecidas de resistência escrava, durante o período colonial brasileiro, foram a fuga e a formação de quilombos. Contudo, a historiografia recente sobre esta temática evidenciou outras formas de resistência que ocorriam no cotidiano dos cativos, podendo-se destacar:

A
as greves que reivindicavam direitos trabalhistas e liberdade.
B
a preservação de hábitos culturais que remetiam à sua ancestralidade.
C
a recusa em aceitar a catequização pelas ordens religiosas missionárias.
D
a proibição da entrada de brancos nos movimentos abolicionistas.
E
associações escravas que atuavam nos tribunais portugueses.
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UFRGS 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Leia o segmento abaixo. 


Nossa história colonial não se confunde com a continuidade do nosso território colonial.


ALENCASTRO, L.F. O trato dos viventes; formação do

Brasil no Atlântico sul. São Paulo: Companhia das

Letras, 2000. p. 9.


Considerando a história brasileira, assinale a alternativa correta.

A
A realidade territorial do Brasil foi definida exclusivamente em tratados diplomáticos, estabelecidos durante os conflitos entre Portugal e Espanha.
B
A compreensão da história brasileira exige o entendimento das relações sociais e econômicas, mantidas pelos colonos com a África e com a Europa.
C
A história da formação do Brasil é independente da relação comercial entre as diversas regiões do território brasileiro.
D
A ocupação da zona litorânea e a do interior do Brasil foram simultâneas.
E
O território do Brasil colonial é desimportante para o estudo da história brasileira.
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UFRGS 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Considere as seguintes afirmações sobre a história indígena no Brasil.

I - O letramento de índios guaranis, nas reduções jesuíticas do sul do Brasil, foi fundamental na defesa dos interesses territoriais indígenas, por ocasião das disputas entre as monarquias ibéricas, durante o século XVIII.
II - A Bula do Papa Paulo III, de 1537, ao reconhecer a possibilidade de conversão dos índios americanos à fé católica e ao interditar sua escravização, colocou fim à exploração da mão de obra indígena na América.
III- A independência do Brasil acarretou discussões a respeito da política indigenista, o que consolidou medidas legislativas que reconheciam o direito dos índios à terra, presente na Constituição de 1824.

Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C
Apenas I e III.
D
Apenas II e III.
E
I, II e III.
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URCA 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“A situação tende a piorar em decorrência dos recentes retrocessos políticos verificados no país e, consequentemente, do maior empoderamento de grupos que atentam contra os direitos fundamentais dos povos e comunidades tradicionais. Tais forças, cujas ideias ecoam no Palácio do Planalto, defendem a Proposta de Emenda Constitucional n° 215/2000 e outras tentativas de ceifar direitos assegurados na Lei Maior. Nesse sentido, Mato Grosso do Sul segue como o mais anti-indígena dos estados brasileiros e, anualmente, disputa com o maior número de mortes de índios no país e no mundo, dentre outras formas de violência.” (OLIVEIRA, Jorge Eremites de. Conflitos pela posse de terras indígenas em Mato Grosso do Sul. IN. Revista Ciência & Cultura, Temas e Tendências, Lixo. Revista da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência, janeiro, ano 68, 2016, p. 4-5).

Considerando o substrato de texto acima e a questão fundiária na História do Brasil, assinale a alternativa CORRETA. 

A
O Estado do Mato Grosso do Sul foi criado durante o governo de Luís Inácio Lula da Silva, a partir do desmembramento de Mato Grosso, sendo boa parte de seu território ocupada por comunidades indígenas; 
B
As disputas territoriais no Brasil são marcadas historicamente pela imposição de práticas de opressão e discriminação etnicorracial como forma de disciplinamento, exploração, subjugação e tentativas de assimilação por meio da aculturação. 
C

No sul do Brasil, especialmente no Mato Grosso do Sul, os conflitos com os povos indígenas estão relacionados à escassez de água no solo e subsolo da região; 

D
O processo de colonização no atual território do sul do Brasil foi mais intenso ainda no período colonial, até o século XVIII, o que fez com que os povos indígenas daquela região tenham sido completamente dizimados; 
E
A guerra entre a Tríplice Aliança e o Paraguai pois fim aos conflitos indígenas nos estados do Sul do Brasil, mas as disputas reiniciaram nos últimos dez anos com a intensificação dos processos de demarcação de grandes áreas territoriais para as reservas indígenas da região.
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URCA 2017 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Século XXI: maior tolerância e quebra de tabus são a marca da primeira década. Bancas de jornais exibem “mulheres frutas” de todos os tamanhos. Nas propagandas, casais seminus lambem os beiços e trocam olhares açucarados. Nas novelas de televisão, em horário, nobre, nenhum personagem hesita em retificar suas preferências sexuais, em expô-los e em expor-se. Na frente das câmaras, segredos pessoais são revelados sem constrangimento. Práticas antes marginalizadas estão nas telas. A Internet abriu um universo de possibilidades para o sexo. Nos sites, “ricos e famosos” falam abertamente de sua vida particular. A privacidade entrou na rede social” (DEL PRIORY Mary. Histórias íntimas: sexualidade e erotismo na história do Brasil. São Paulo: Editora Planeta do Brasil, 2011, p. 10)

Considerando as temáticas abordadas pela historiadora Mary Del Priory, assinale a única afirmativa correta nos itens a seguir. 

A
No Brasil, entre os séculos XVI e XVIII, a vida quotidiana era completamente desregulada. Fazer sexo, andar nu ou ter reações eróticas eram completamente liberados pelas leis e pela Igreja. O sentimento de individualidade sobrepunha-se ao de coletividade; 
B
No Brasil colonial, as regras e os ritos vindos da Europa foram consolidadas entre índios e escravos que facilmente assimilaram os conceitos de vergonha, pudor e castidade; 
C
O banho gozou de pouco prestígio entre as civilizações antigas, pois estava associado ao prazer. Com o cristianismo, os banhos passaram a ser incentivados para os religiosos, sobretudo os jovens, pois simbolizavam a pureza da alma; 
D
Durante a Idade Média, homens e mulheres se banhavam juntos, sem cobrirem suas partes pudendas, inclusive nos banhos públicos; 
E

Na fase da colonização brasileira pelos portugueses, enquanto nossos índios davam exemplo de higiene, banhando-se nos rios, os europeus eram perseguidos pelas leis das reformas católica e protestante que lhes interditavam nadar nus.

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ESPM 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

    Três monarcas governaram Portugal durante o século XVIII. O longo reinado de Dom João V cobriu a primeira metade do século, durante a qual fluíram grandes riquezas para Lisboa, vindas dos territórios brasileiros, a ‘vaca leiteira’ de Portugal, como tão pitorescamente descreveu o professor Charles Boxer o papel da América Portuguesa nesse período. Em 1750 Dom João V foi sucedido por seu filho Dom José I, cujo reinado se assinalou pela longa predominância do Marques de Pombal nos assuntos de Estado e pelo reinado da devota, e mais tarde louca, Dona Maria I, que sucedeu ao seu pai em 1777.

(Kenneth Maxwell. Marques de Pombal: paradoxo do Iluminismo)


A partir da leitura do texto e tendo em conta a relação entre a política de Marques de Pombal e o Brasil, assinale a alternativa que apresente a grande riqueza que fluía para Portugal levada do território brasileiro, bem como uma medida da administração pombalina com impacto na exploração de tal riqueza:

A
ouro – criação da Derrama;
B
ouro – criação das Casas de Fundição;
C
ouro – Tratado de Methuen;
D
cana de açúcar – criação do Conselho Ultramarino;
E
cana de açúcar – extinção das Capitanias Hereditárias.
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MACKENZIE 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

“Com a longa depressão dos preços do açúcar brasileiro que persistiu na maior parte do século XVIII, o tráfico baiano com a Costa da Mina tornouse a principal fonte de escravos na economia colonial em um sistema assemelhado ao uso da geritiba (cachaça) pelos comerciantes do Rio na compra de escravos em Benguela e Luanda. Os baianos compravam escravos no ocidente da África com tabaco de rolo feito com a parte não vendida da colheita e resultante de um processamento inferior que o tornava um produto agrícola de baixo custo em relação à indústria do fumo orientada para mercados metropolitanos.”

(PANTOJA, Selma e SARAIVA, José Flávio. Angola e Brasil nas rotas do Atlântico. Rio de Janeiro: Bertrand, 1998. p.27)

É possível inferir que o trecho acima indica que

A
A lucratividade do tráfico negreiro está relacionada com o baixo custo na aquisição dos escravos em território africano e o alto valor desses vendidos no litoral brasileiro.
B
A crise do açúcar brasileiro acarretada pela concorrência com o açúcar antilhano dinamizou o tráfico de escravos para o sudeste da colônia.
C
A geritiba e a tabaco eram os únicos produtos aceitos nas trocas entre traficantes de escravos africanos e baianos.
D
O preço do escravo africano caiu vertiginosamente no litoral brasileiro, durante o século XVIII, devido às crises econômicas coloniais.
E
A economia brasileira foi menos dependente da mão de obra escrava, durante o século XVIII, devido à mineração e a uma nova dinâmica econômica.
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URCA 2016 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

No fim de julho de 1750, rodeado de relíquias multiárias, embalado ao som de um canto coral eclesiástico expirava, afinal, D. João V, o moribundo Roi Soleil português. Três dias depois a ascensão de D. José começava a predominar nos negócios de Estado, Sebastião José de Carvalho e Melo, posteriormente conhecido como Marques de Pombal (MAXWELL. Kenneth). A devassa da devassa. São Paulo: Paz e Terra, 2005, p. 21). Sobre o período da História citado, assinale a alternativa correta.

A
A Inglaterra exercia um forte controle sobre Portugal, não só pelas dificuldades econômicas e sociais de Portugal, mas pelo rápido crescimento e progresso da economia inglesa.
B
No triângulo comercial entre Portugal, Brasil e Inglaterra, o Brasil e Inglaterra levavam a pior, enquanto Portugal ficava com a maior parte do ouro e diamantes brasileiros.
C
O grande fluxo de ouro para Portugal lhe permitiu criar uma formidável marinha e importantes indústrias.
D
O ouro circulante e o ouro não amoedado estimularam a queda da agricultura e o valor das terras na Inglaterra.
E
O ouro, o fumo e o açúcar britânico constituíam a base do complexo comércio do Atlântico Sul.
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FIMCA 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A travessia do Atlântico durava mais de dois meses. Espremidos nos porões dos navios negreiros, milhares de homens, mulheres e crianças suportavam calor, sede, fome, sujeira, ataques de ratos e piolhos, e surtos de sarampo e escorbuto. Muitos não resistiam e acabavam jogados ao mar.

(FLORENTINO, Manolo. 1997.)

O tráfico de escravos foi uma prática prevalente por vários séculos no Brasil. Sobre essa prática, analise as afirmativas a seguir.

I. O tráfico ultramarino de africanos, com o objetivo de escravizá-los, teve relação direta com a necessidade permanente de trabalhadores nos engenhos do Brasil.
II. O Brasil foi o lugar onde houve um dos mais desenvolvidos comércios de escravos, perdendo em quantidade apenas para a Inglaterra e para a França.
III. Os escravos eram conseguidos por traficantes que obtinham os prisioneiros comprando-os na África, caso fossem prisioneiros de guerra, ou por meio de emboscadas realizadas pelos próprios traficantes.
IV. Os navios negreiros, ou tumbeiros eram, de uma maneira geral, subvencionados pelo Estado e raramente ligados à iniciativa de comerciantes particulares.
V. No sistema colonial escravista, a existência do tráfico negreiro atendia a uma demanda por escravos das colônias e, por ser uma atividade altamente lucrativa, atendia aos interesses da metrópole e da colônia.

Estão corretas as afirmativas

A
I, II, III, IV e V.
B
I, II e V, apenas.
C
I, III e V, apenas.
D
II, IV e V, apenas.
E
III, IV e V, apenas.
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ESPM 2018 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

A primeira vez que se mencionou o açúcar e a intenção de implantar uma produção desse gênero no Brasil foi em 1516, quando o rei D. Manuel ordenou que se distribuíssem machados, enxadas e demais ferramentas às pessoas que fossem povoar o Brasil e que se procurasse um homem prático e capaz de ali dar princípio a um engenho de açúcar.
Os primeiros engenhos começaram a funcionar em Pernambuco no ano de 1535, sob a direção de Duarte Coelho. A partir daí os registros não parariam de crescer: quatro estabelecimentos em 1550; trinta em 1570, e 140 no fim do século XVI. A produção de cana alastrava-se não só numericamente como espacialmente, chegando à Paraíba, ao Rio Grande do Norte, à Bahia e até mesmo ao Pará. Mas foi em Pernambuco e na Bahia, sobretudo na região do recôncavo baiano, que a economia açucareira de fato prosperou. Tiveram início, então, os anos dourados do Brasil da cana, a produção alcançando 350 mil arrobas no final do século XVI.

(Lilia M. Schwarcz. Brasil: uma Biografia)

A partir do texto e considerando a economia açucareira e a civilização do açúcar, é correto assinalar:

A
a cana de açúcar era um produto autóctone, ou seja, nativo do Brasil e gradativamente foi caindo no gosto dos portugueses e dos europeus, a partir do século XVI;
B
a produção e comercialização do açúcar ocorreram sob a influência do livre-cambismo em que se baseou o empreendimento colonial português;
C
a metrópole estabeleceu o monopólio real, porém a comercialização do açúcar passou para os porões dos navios holandeses, que acabaram por assumir parte substancial do tráfego entre Brasil e Europa;
D
os portugueses mantiveram um rigoroso monopólio sobre o processo de produção e refinação do açúcar, só permitindo a participação de estrangeiros na comercialização do produto;
E
para implantação da indústria canavieira no Brasil, o projeto colonizador luso precisava contar com mão de obra compulsória e abundante, dada a extensão do território e por isso sempre privilegiou a utilização dos nativos, cuja captura proporcionava grandes lucros para a coroa.
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UFRGS 2019 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Com relação às dimensões políticas, econômicas e sociais da escravidão, na formação do Estado brasileiro no século XIX, considere as seguintes afirmações.

I - A proibição do tráfico de africanos, colocada em prática em 1850, ocasionou um aumento do fluxo interno de escravizados, oriundos da região norte, para atender a demanda de mão de obra nas lavouras cafeeiras do sudeste.
II - As ameaças internacionais de grupos e entidades abolicionistas motivaram esforços de defesa do regime escravista, articulando interesses comuns de setores da elite brasileira com comerciantes da América hispânica e dos Estados Unidos.
III - A dinâmica do mercado externo e o desenvolvimento do capitalismo industrial tornaram consensual, na elite política imperial, o apoio ao fim da escravidão, aproximando Luzias e Saquaremas, durante a chamada "grande conciliação", ocorrida no Segundo Reinado.

Quais estão corretas?

A
Apenas I.
B
Apenas II.
C

Apenas III.

D
Apenas I e II.
E
I, II e III.
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UNINOVE 2015 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil

Em uma aldeia no Espírito Santo, o padre jesuíta José de Anchieta fez representar uma peça que escreveu na língua tupi, em homenagem a Nossa Senhora da Assunção. Leia o trecho:

Vem, Virgem Maria,
mãe de Deus, visitar esta aldeia
[...]
Afasta as enfermidades
febres, disenterias,
as corruções e a tosse,
para que seus habitantes
creiam em Deus, teu filho.

(Apud Luiz Felipe de Alencastro. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul, 2000.)

Esses versos, que seriam recitados por um menino índio vestido de anjo,

A
revelam a assimilação de culturas e a estratégia violenta dos jesuítas.
B
remetem ao sincretismo cultural e ao medo causado pelas doenças.
C
mostram a ocorrência de epidemias e o pânico decorrente da catequese.
D
defendem a preservação das crenças indígenas e a ação dos padres.
E
criticam o trabalho dos jesuítas e a mistura de costumes e tradições.
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UNICAMP 2021 - História - Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina

A questão da consciência ou autopercepção nacional nas colônias da América tem sido frequentemente tratada de forma desligada do seu contexto político e social. Podemos, todavia, pensar em um sentimento de distinção e diferença, uma falta de identificação com a Europa e uma consciência da realidade colonial que teria existido entre populações mestiças.

(Adaptado de Stuart B Schwartz, “A formação de uma identidade colonial no Brasil”, em Da América Portuguesa ao Brasil. Lisboa: Difel, 2003, p. 218.)

Com base no texto acima sobre a formação da identidade colonial, assinale a alternativa correta.

A
No continente ibero-americano, prevaleceu uma percepção colonial de mestiços distinta daquela das elites coloniais, nascidas ou não nessa região, pois essas elites foram formadas nos cânones universitários coloniais desde o século XVI.
B
Composta por imigrantes vindos da Europa e por seus descendentes brancos nascidos no Brasil, a elite colonial e os mestiços construíam suas identidades calcadas nas tensões sociais e hierarquias sóciopolíticas da realidade colonial.
C
Em função de experiências sociais distintas, a noção de pertencimento era similar entre os sujeitos envolvidos na realidade colonial ibero-americana. Por exemplo, os quilombolas tinham a mesma identidade nacional que os pardos livres.
D
Os brasileiros desenvolveram, desde o período colonial ibero-americano, uma consciência nacional homogênea, porque o modo como eram vistos exteriormente e o modo como se viam influenciavam a compreensão da relação liberal estabelecida entre a colônia e a metrópole.