Leia o segmento abaixo.
Nossa história colonial não se confunde com
a continuidade do nosso território colonial.
ALENCASTRO, L.F. O trato dos viventes; formação do
Brasil no Atlântico sul. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000. p. 9.
Considerando a história brasileira, assinale a
alternativa correta.
Leia o segmento abaixo.
Nossa história colonial não se confunde com a continuidade do nosso território colonial.
ALENCASTRO, L.F. O trato dos viventes; formação do
Brasil no Atlântico sul. São Paulo: Companhia das
Letras, 2000. p. 9.
Considerando a história brasileira, assinale a
alternativa correta.
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: entender que a história do Brasil colonial não se reduz à moldura territorial (tratados) — exige analisar as relações sociais e econômicas que ligaram o território colonial à África e à Europa (comércio, escravidão, circulação de pessoas e mercadorias).
Resumo teórico (claro e progressivo): A formação do Brasil se dá no contexto do Atlântico — o chamado "mundo atlântico" — em que ciclos econômicos (açúcar, ouro, algodão) e o tráfico de escravizados africanos foram fundamentais. Essas relações moldaram instituições, estrutura social e economia regional, mais do que apenas os limites fixados por tratados como Tordesilhas (1494) ou Madri (1750). Fonte útil: Lúcio Flávio de Almeida Alencastro, O trato dos viventes (2000); para panorama econômico-social, Caio Prado Júnior e Sérgio Buarque de Holanda são referências clássicas.
Por que a alternativa B está correta: ela aponta que compreender a história brasileira exige analisar as relações sociais e econômicas com África e Europa — exatamente o enfoque do estudo do mundo atlântico e das trocas transoceânicas. O comércio triangular, a escravidão e a dependência de mercados externos explicam a organização do trabalho, da propriedade e das cidades coloniais.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta. Os tratados diplomáticos (como Tordesilhas ou Madri) foram importantes, mas o controle efetivo do território resultou também de ocupações, bandeirismo, casamento, comércio e conflitos locais. A definição territorial não foi "exclusiva" dos tratados.
C — Incorreta. A relação comercial entre regiões (portos, sertões, minas) foi decisiva para integrar o espaço e explicar desigualdades e funções regionais; não existe formação nacional independente dessas trocas.
D — Incorreta. A ocupação litorânea começou primeiro (ciclos açucareiros, portos); a interiorização (bandeiras, mineração) ocorreu depois, em processos desiguais e por fases.
E — Incorreta. O território colonial é essencial para entender a história brasileira: geografia, recursos e rotações econômicas explicam estruturas sociais e políticas.
Estratégia para provas: Desconfie de termos absolutos ("exclusivamente", "independente", "simultâneas"). Conecte o enunciado ao quadro maior (mundo atlântico, ciclos econômicos, escravidão). Identifique se a alternativa reconhece relações sociais/econômicas — isso costuma ser chave em perguntas sobre formação do Brasil.
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