De acordo com o processo de formação do território brasileiro, a ocupação dos sertões nos séculos XVII e XVIII realizou-se com

Alternativa correta: D — o desenvolvimento das atividades pecuária e mineradora.

Tema central: Ocupação dos sertões (ss. XVII–XVIII) — entender o que motivou a expansão para o interior do território colonial brasileiro: não foi um povoamento ordenado, mas expansão econômica ligada a pecuária, bandeirismo e, sobretudo no século XVIII, à mineração.

Resumo teórico: A ocupação dos sertões decorreu em duas frentes complementares. Primeiro, a pecuária (século XVII) abriu rotas, estabeleceu fazendas e forneceu mantimentos e mulas para o interior. Em seguida, o ciclo do ouro (século XVIII) impulsionou a interiorização com bandeiras e povoamentos em Minas Gerais e áreas vizinhas. Bandeirantes e tropeiros foram agentes-chave na penetração territorial.

Justificativa da alternativa D: A pecuária criou a infraestrutura (estradas de tropeiros, fazendas-sede) e a mineração atraiu população, capital e instituições (villas, fiscalização régia). Esse processo explica a formação de vilas, a exploração do subsolo e a fixação de rotas que consolidaram o território colonial.

Análise das alternativas incorretas:

A — Revogação do Tratado de Tordesilhas: incorreto. O tratado (1494) foi progressivamente esvaziado na prática, mas não houve uma “revogação” formal nos ss. XVII–XVIII que explique a ocupação dos sertões; a expansão foi econômica e de fatos consumados (bandeiras).

B — Estabelecimento de feitorias: errado. Feitorias eram estruturas costeiras de comércio e controle no período inicial (século XVI), não instrumento de ocupação do interior sertanejo nos ss. XVII–XVIII.

C — Opção colonial pelo povoamento: enganosa. A política metropolitana valorizou exploração e extração (exportação de produtos), não um povoamento intensivo da América do Sul; a interiorização foi consequência de atividades econômicas, não de uma opção sistemática de povoamento.

E — Abertura de fazendas cafeeiras por colonos italianos: anacrônico. A expansão cafeeira e imigração italiana ocorrem no século XIX e XX, muito depois do período referido.

Dica de prova: Atente para indicativos temporais (ss. XVII–XVIII) e termos-chave (“sertões”, “ocupação”): associe com agentes e atividades econômicas dominantes (bandeirantes, pecuária, mineração). Elimine alternativas que tragam anacronismos ou fenômenos costeiros quando o enunciado trata do interior.

Fontes recomendadas: Caio Prado Júnior, Formação do Brasil Contemporâneo; Sérgio Buarque de Holanda, Raízes do Brasil; estudos sobre bandeirismo e ciclo do ouro (bibliografia universitária).

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