Questõesde FGV sobre História Geral

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Foram encontradas 74 questões
b2bed14b-a6
FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral

“Em muitos reinos sudaneses, sobretudo entre os reis e as elites, o islamismo foi bem recebido e conseguiu vários adeptos, tendo chegado à região da savana africana, provavelmente, antes do século XI, trazido pela família árabe-berbere dos Kunta.

      (...) O islamismo possuía alguns preceitos atraentes e aceitáveis pelas concepções religiosas africanas, (...) associava as histórias sagradas às genealogias, acreditava na revelação divina, na existência de um criador e no destino. (...) O escritor árabe Ibn Batuta relatou, no século XIV, que o rei do Mali, numa manhã, comemorou a data islâmica do fim do Ramadã e, à tarde, presenciou um ritual da religião tradicional realizado por trovadores com máscaras de aves."

                   (Regiane Augusto de Mattos, História e cultura afro-brasileira. 2011)

Considerando o trecho e os conhecimentos sobre a história da África, é correto afirmar que

A
a penetração do islamismo nas regiões subsaarianas mostrou-se superficial porque atingiu poucos setores sociais, especialmente aqueles voltados aos negócios comerciais, além de sofrer forte concorrência do cristianismo.
B
a presença do islamismo no continente africano derivou da impossibilidade dos árabes em ocupar regiões na Península Ibérica, o que os levou à invasão de territórios subsaarianos, onde ocorreu violenta imposição religiosa.
C
o desprezo das sociedades africanas pela tradição árabe gerou transações comerciais marcadas pela desconfiança recíproca, desprezo mudado, posteriormente, com o abandono das religiões primitivas da África e com a hegemonia do islamismo.
D
o comércio transaariano foi uma das portas de entrada do islamismo na África, e essa religião, em algumas regiões do continente, ou incorporou-se às religiões tradicionais ou facilitou uma convivência relativamente harmônica.
E
as correntes islâmicas mais moderadas, caso dos sunitas, influenciaram as principais lideranças da África ocidental, possibilitando a formação de novas denominações religiosas, não islâmicas, desligadas das tradições tribais locais.
b2b87c65-a6
FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

“Não descreverei catástrofes pessoais de alguns dias infelizes, mas a destruição de toda a humanidade, pois é com horror que meu espírito segue o quadro das ruínas da nossa época. Há vinte e poucos anos que, entre Constantinopla e os Alpes Julianos, o sangue romano vem sendo diariamente vertido. A Cítia, Trácia, Macedônia, Tessália, Dardânia, Dácia, Épiro, Dalmácia, Panônia são devastadas pelos godos, sármatas, quedos, alanos (...); deportam e pilham tudo.

      Quantas senhoras, quantas virgens consagradas a Deus, quantos homens livres e nobres ficaram na mão dessas bestas! Os bispos são capturados, os padres assassinados, todo tipo de religioso perseguido; as igrejas são demolidas, os cavalos pastam junto aos antigos altares de Cristo (…)."

(São Jerônimo, Cartas apud Pedro Paulo Abreu Funari, Roma: vida pública e vida privada. 2000)

O excerto, de 396, remete a um contexto da história romana marcado pela

A
combinação da cultura romana com o cristianismo, além da desorganização do Estado Romano, em meio às invasões germânicas e de outros povos.
B
reorientação radical da economia, porque houve o abandono da relação com os mercados mediterrâneos e o início de contato com o norte da Europa.
C
expulsão dos povos invasores de origem não germânica, seguida da reintrodução dos organismos representativos da República Romana.
D
crescente restrição à atuação da Igreja nas regiões fronteiriças do Império, porque o governo romano acusava os cristãos de aliança com os invasores.
E
retomada do paganismo e o consequente retorno da perseguição aos cristãos, responsabilizados pela grave crise política do Império Romano.
83dfb8b7-97
FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

A partir do século XV, com o périplo africano, a exploração do litoral da África permitiu que os portugueses estabelecessem feitorias e intensificassem suas atividades mercantis. A respeito das atividades comerciais que se desenvolviam no continente africano a partir do século XV, assinale a afirmação correta.

A
As rotas internas da África só se articularam ao circuito mercantil do Mediterrâneo com a expansão marítima e com a transposição do Cabo das Tormentas.
B
As rotas saarianas haviam sido intensificadas com a expansão islâmica e articularam-se ao processo de expansão comercial que envolveu também as rotas asiáticas de especiarias.
C
As rotas africanas do Saara foram interrompidas com o périplo português, que ampliou e acelerou o escoamento dos produtos do interior do continente.
D
O comércio interno do continente africano baseava-se no tráfico de escravos e no escravismo, sistema de exploração e venda de seres humanos, criado na África.
E
As atividades mercantis africanas dependiam do trânsito de mercadorias de luxo vindas da Ásia, dado que o continente africano não produzia esse tipo de mercadoria.
83ec3555-97
FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral

O direito ao sufrágio torna-se, na viragem do século, o eixo principal da luta feminista. Para as radicais não se trata apenas de um princípio de igualdade, mas de uma condição sine qua non da realização dos direitos na vida privada e pública. Para as moderadas, o sufrágio permanece um objetivo longínquo; ele será a coroação de seus esforços: devem merecê-lo graças a uma melhor formação e dar as suas provas por meio de um trabalho de utilidade pública.

KÄPPELI, A.-M., “Cenas feministas", in DUBY, G. e PERROT, M. dir., História das Mulheres. O século XIX. Trad., Porto: Afrontamento, 1994, p. 556.

Os movimentos feministas, no final do século XIX,  

A
possuíam como objetivo o estabelecimento de cotas de participação de mulheres nas atividades públicas nos países europeus.
B
conseguiram a equiparação com os homens no que diz respeito ao direito de voto em todos os países europeus até o final do século XIX.
C
tinham como objetivo o direito de voto mesmo que, para as mais moderadas, não fosse uma conquista a ser obtida imediatamente.
D
obtiveram o direito ao trabalho para as mulheres e para as crianças nas fábricas e em outros serviços urbanos oferecidos nos países da Europa.
E
mantiveram-se isolados e independentes dos movimentos socialistas e anarquistas do período.
83e61c15-97
FGV 2015, FGV 2015 - História - História Geral, A estruturação do Estado norte-americano : território, cidadania e política

Ao longo do século XIX, a chamada “Marcha para o Oeste" permitiu a expansão territorial dos Estados Unidos. Em relação a esse processo, assinale a alternativa correta.

A
A expressão “Destino Manifesto" justificava o expansionismo, relacionando-o a uma espécie de missão civilizadora por parte dos estadunidenses.
B
A expansão territorial foi impedida porque a população francesa da Louisiana se recusou a integrar a Federação americana.
C
O governo mexicano reconheceu a superioridade civilizacional dos Estados Unidos e cedeu territórios como o Texas e a Califórnia.
D
O regime de grande propriedade, predominante nos territórios do Oeste, atraiu grandes fluxos migratórios.
E
A construção de estradas de ferro, que acelerou a expansão para o Oeste, foi possível graças à compra de terras indígenas.
78aa4d99-3d
FGV 2014 - História - História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

    (...) dividamos a experiência (passeio na montanha-russa) em três partes. A primeira é a da ascensão contínua, metódica e persistente (...). Essa fase representa o período do século XVI até meados do século XIX, quando as elites da Europa promovem o desenvolvimento tecnológico que lhes asseguraria o domínio do mundo. A segunda nos precipita em uma queda vertiginosa, com a perda das referências do espaço, do que nos cerca e até o controle das faculdades conscientes (...). Isto ocorreu ao redor de 1870, com a chamada Revolução Científico-Tecnológica. (...) A terceira é a do loop, o clímax da aceleração precipitada, que representaria o atual período, assinalado por um novo surto dramático de transformações, a Revolução da Microeletrônica (...) o que faz os dois movimentos anteriores parecerem projeções em câmera lenta. (...) O aparato tecnológico torna-se cada vez mais imprevisível, irresistível e incompreensível.

(Nicolau Sevcenko, A corrida para o século XXI, 2001, p. 14-17)

Segundo o texto,

A
a metáfora da montanha-russa nos incita a refletir sobre o mundo moderno e contemporâneo e, por meio da Revolução Científico-Tecnológica e da Revolução da Microeletrônica, nos joga em meio às invenções, na espetacularização da sociedade, na idolatria das imagens, na velocidade das relações cotidianas e na ausência de reflexão que contempla o presentismo.
B
a imagem da montanha-russa valoriza a tecnologia como critério histórico para medir o tempo, sua continuidade e suas rupturas, elogia o progresso, nos estimula a viver segundo as referências do passado, nos faz prever o futuro e, dessa forma, facilita a compreensão dos saltos qualitativos, tornando o homem consciente da sua ação histórica.
C
o loop, ou seja, o movimento de maior velocidade das mudanças, sintetiza o processo histórico, desde o século XVI até os inícios do século XXI pois, após dominar o mundo, o homem se lança na microeletrônica, no quase invisível, o que permite a ele o controle das situações adversas, a preservação do meio ambiente e o planejamento de uma sociedade menos violenta.
D
o século XXI inicia-se de maneira otimista, com as transformações da Revolução Microeletrônica que permitem ao homem o domínio do meio ambiente, a facilidade dos meios de comunicação, cada vez mais democratizados, a reflexão sobre seu próprio destino enfim, um mundo mais solidário que deixou para trás as guerras e os genocídios, guiado agora pela tecnologia.
E
o homem do século XXI tem mais condições materiais de refletir sobre si mesmo, sobre o mundo e sobre as relações entre homem/homem e homem/mundo, já que a tecnologia o instrumentaliza com a democratização das informações, tornando possível compreender as mudanças, mesmo que rápidas, e o mobiliza para uma ação mais consciente.
789a3f60-3d
FGV 2014 - História - História Geral, Período Entre-Guerras; Crise de 1929 e seus desdobramentos

    Esses anos [pós-guerra] também foram notáveis sob outro aspecto pois, à medida que o tempo passava, tornava-se evidente que aquela prosperidade não duraria. Dentro dela estavam contidas as sementes de sua própria destruição.

(J. K. Galbraith, Dias de boom e de desastre In J. M. Roberts (org), História do século XX, 1974, p. 1331)

Segundo Galbraith,

A
a crise do capitalismo norte-americano em 1929 não abalou os seus fundamentos porque foi gerada por ele mesmo, isto é, o funcionamento da economia provocou a superprodução agrícola e industrial, a especulação na bolsa de valores, e a expansão do crédito, o que garantiu os lucros aos empresários, diminuindo a desigual distribuição de renda com o recuo do desemprego.
B
a época referida no texto diz respeito à crise dos anos 1950, pós-Segunda Guerra, portanto externa ao capitalismo dos Estados Unidos, uma vez que os Estados europeus, endividados e destruídos, continuaram a contrair empréstimos e a comprar produtos norte-americanos, e os empresários, internamente, especularam na bolsa de valores, para minimizar os efeitos do desemprego.
C
nos fins dos anos 1920, com a economia desorganizada pela Primeira Guerra Mundial, o capitalismo norte-americano cresceu rumo à superprodução, com investimentos na indústria, à restrição ao crédito e ao controle da especulação na bolsa de valores, pois a crise foi motivada apenas por motivos internos, o que facilitou a intervenção do Estado.
D
a crise de 1929 foi gerada pelo próprio funcionamento do capitalismo nos Estados Unidos dos anos 1920, em um clima de euforia com o aumento da produção, a especulação na bolsa de valores, a concentração de renda e o crédito fácil, sem intervenção do Estado, apesar da diminuição das importações europeias e dos crescentes índices de desemprego.
E
a crise dos anos pós-Segunda Guerra Mundial mostrou a importância da ação do Estado, na medida em que a intervenção reduziu os desequilíbrios causados pelo próprio funcionamento da economia norte-americana, isto é, preservou o lucro dos empresários, baixou os índices da produção agrícola e industrial, e controlou os altos níveis do desemprego.
788da679-3d
FGV 2014 - História - História Geral, Imperialismo e Colonialismo do século XIX

    Em nome do direito de viver da humanidade, a colonização, agente da civilização, deverá tomar a seu encargo a valorização e a circulação das riquezas que possuidores fracos detenham sem benefício para eles próprios e para os demais. Age-se, assim, para o bem de todos. (...) [A Europa] está no comando e no comando deve permanecer.

(Albert Sarrault, Grandeza y servidumbres coloniales Apud Hector Bruit, O imperialismo, 1987, p. 11)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

A
a partilha afro-asiática da segunda metade do século XIX, liderada pela Inglaterra e França, fruto da expansão das relações capitalistas de produção, garantiu o controle de matérias-primas estratégicas para a indústria e a colonização como missão civilizadora da raça branca superior.
B
o velho imperialismo do século XVI foi produto da revolução comercial pela procura de novos produtos e mercados para Portugal e Espanha que, por meio do exclusivo metropolitano e do direito de colonização sobre os povos inferiores, validando os superlucros da exploração colonial.
C
o novo imperialismo da primeira metade do século XIX, na África e Oceania, consequência do capitalismo comercial, impôs o monopólio da produção colonial, em especial, para a Grã-Bretanha que, de forma pacífica, defendeu o direito de colonização sobre os povos inferiores.
D
o colonialismo do século XVI, na África e Ásia, tornou essas regiões fontes de matérias-primas e mercados para a Europa, em especial, Alemanha e França, que por meio da guerra, submeteram os povos inferiores e promoveram a industrialização africana.
E
a exploração da África e da Ásia na segunda metade do século XVII, pelas grandes potências industriais, foi um instrumento eficaz para a missão colonizadora daquelas áreas atrasadas e ampliou o domínio europeu em nome do progresso na medida em que implantou o monopólio comercial.
788820e7-3d
FGV 2014 - História - Construção de Estados e o Absolutismo, História Geral

A unidade italiana – o processo de constituição de um Estado único para o país – conserva o sistema oligárquico (...) Isto não impede a formação do Estado, mas retarda a eclosão do fenômeno nacional.

(Leon Pomer, O surgimento das nações, 1985, p. 40-42)

Fizemos a Itália; agora, precisamos fazer os italianos.

(Massimo d'Azeglio Apud E. J. Hobsbawm, A era do capital, 1977, p. 108)

A partir dos textos, é correto afirmar que

A
apesar de ter nascido antes da nação, o Estado italiano, unificado em 1871, representou os interesses dos não-proprietários, o que implicou a defesa de mudanças revolucionárias, que tornaram o Estado não autoritário e permitiram a emergência do sentimento nacional, já fortificado pelas guerras de unificação.
B
o Estado italiano, nascido em 1848, na luta da alta burguesia do norte pelo poder, representava os interesses liberais, isto é, a unidade do país como um alargamento do Estado piemontês, na defesa da pequena propriedade e do voto universal, condições para a consolidação do sentimento nacional que cria os italianos.
C
em 1848, a criação do Estado italiano, pela burguesia do Reino das Duas Sicílias, foi uma vitória do liberalismo, pois a estrutura fundiária, baseada na grande propriedade, e a exclusão política dos não-proprietários permaneceram, encorajando os valores nacionais, condição para diminuir as diferenças regionais.
D
em 1871, o processo de unificação e o sentimento nacional estavam intimamente ligados, na medida em que a classe proprietária do centro da península, vitoriosa na guerra contra a Áustria, absorveu os valores populares nacionais, o que legitimou a formação do Estado autoritário, defensor das desigualdades regionais.
E
o Estado italiano nasceu antes da nação, em 1871, como uma construção artificial, frágil e autoritária da alta burguesia do norte, cujos interesses de dominação excluíram as mudanças revolucionárias e atrasaram a emergência do sentimento nacional, ainda estranho para a grande maioria das diferentes regiões da península.
7869a681-3d
FGV 2014 - História - História Geral, Mercantilismo e a economia de Estados

    O Estado era tanto o sujeito como o objeto da política econômica mercantilista. O mercantilismo refletia a concepção a respeito das relações entre o Estado e a nação que imperava na época (séculos XVI e XVII). Era o Estado, não a nação, o que lhe interessava.
                             (Eli F. Heckscher, La epoca mercantilista, 1943, p. 459-461 Apud Adhemar Marques  e et alii (seleção), História moderna através de textos, 1989, p. 85. Adaptado)
Segundo o autor,

A
as relações profundas entre o Estado absolutista e o nacionalismo levaram à intolerância e a tudo o que impedia o bem-estar dos súditos, unidos por regulamentações e normas rígidas.
B
as práticas econômicas intervencionistas do Estado absolutista tinham o objetivo específico de enriquecer a nação, em especial, os comerciantes, que impulsionavam o comércio externo, base da acumulação da época.
C
o mercantilismo foi um sistema de poder, pois o Estado absolutista implantou práticas econômicas intervencionistas, cujo objetivo maior foi o fortalecimento do poder político do próprio Estado.
D
o Estado absolutista privilegiou sua aliada política, a nobreza, ao adotar medidas não intervencionistas, para preservar a concentração fundiária, já que a terra era a medida de riqueza da época.
E
a nação, compreendida como todos os súditos do Estado absolutista, era o alvo maior de todas as medidas econômicas, isto é, o intervencionismo está intimamente ligado ao nacionalismo.
78643e02-3d
FGV 2014 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Leia o documento de 1346.

    (...) se qualquer pessoa do dito ofício sofrer de pobreza pela idade, ou porque não possa trabalhar terá toda semana 7 dinheiros para seu sustento(...)
    E nenhum estrangeiro trabalhará no dito ofício se não for aprendiz, ou homem admitido à cidadania do dito lugar.
    (...) E se alguém do dito ofício tiver em sua casa trabalho que não possa completar... os demais do mesmo ofício o ajudarão, para que o dito trabalho não se perca.
   (...) Prestando perante eles o juramento de indagar e pesquisar (...) os erros que encontrarem no dito comércio, sem poupar ninguém, por amizade ou ódio.
   Ninguém que não tenha sido aprendiz e não tenha concluído seu termo de aprendizado do dito ofício poderá exercer o mesmo.

(Apud Leo Huberman, História da riqueza do homem, 1970, p. 65)

A partir do documento, é possível reconhecer as principais características das corporações de ofícios, a saber:

A
solidariedade; defesa do livre mercado para além da cidade; regras flexíveis para seus membros, inclusive estrangeiros, que poderiam exercer vários ofícios.
B
defesa do monopólio do mercado da cidade; exclusão de estrangeiros; controle de qualidade do trabalho para evitar práticas desonestas e espírito de fraternidade.
C
ausência de controle do trabalho; monopólio do mercado da cidade; admissão de estrangeiros; incentivo à competição e admissão de aprendizes de diferentes ofícios.
D
emprego de aprendizes desqualificados; liberdade de preço dos produtos; exclusão de estrangeiros; espírito de fraternidade e produção de vários tipos de produtos.
E
produção com controle de qualidade; admissão de artesãos sem aprendizado anterior; defesa da concorrência entre os artesãos e livre mercado de preços dos produtos.
785ed769-3d
FGV 2014 - História - História Geral, Expansão Comercial a Marítima: a busca de novos mundos

   (...) quais mecanismos levaram à escravidão nas sociedades africanas do século VII ao século XV?

   (...)

  Genericamente, a escravidão esteve presente na África como um todo, fazendo-se necessário observar as especificidades históricas próprias de complexos sociais e políticos e das formas de poder das diversas sociedades africanas. Mas é fundamental acrescentar que a dinâmica e a intensidade da escravidão no continente africano tem a ver com a maior ou menor demanda do tráfico atlântico gerada pelo expansionismo europeu na América. Isso acarreta mudanças sociais na África, como a expansão e a subsequente transformação da poligenia, o desenvolvimento de diferentes tipos de escravidão no continente, além do empobrecimento de uma classe de mercadores africanos.

(Leila Leite Hernandez, A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2008, p. 37-8)

A partir do fragmento, é correto afirmar que

A
a maior mudança ocorrida na África, após a imposição do colonialismo ibérico, esteve relacionada com a passagem da mercantilização do trabalho compulsório para formas mais brandas de exploração da escravidão, com o avanço de direitos para os africanos convertidos ao cristianismo.
B
a chegada do colonialismo europeu na África subsaariana foi fundamental para o desenvolvimento do continente, em razão da organização do tráfico intercontinental de escravos, permitindo que a maior parte das rendas advindas dessa atividade ficasse no próprio continente.
C
a existência da escravidão na África negra era desconhecida até a chegada dos primeiros exploradores coloniais, caso dos portugueses, que impuseram essa forma de organização do trabalho, condição necessária para a posterior acumulação de capitais entre as elites regionais africanas.
D
as práticas de utilização do trabalho compulsório em todo o território africano, até a chegada dos exploradores europeus, estavam articuladas com a essência da religiosidade do continente, caracterizada pela concepção de que os sacrifícios materiais levavam os homens à graça divina.
E
a escravidão existente no continente africano, antes da expansão marítima, tinha uma multiplicidade de características, sendo inclusive doméstica, e o tráfico de escravos, para atender aos interesses mercantilistas europeus, trouxe decisivas transformações para as inúmeras regiões da África.
7859c6a8-3d
FGV 2014 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

É a partir do século VIII a.C. que começamos a entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados ou pólis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes.

(Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado)

Nas pólis, é correto

A
assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos.
B
reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora.
C
destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais.
D
identificar a acumulação de capital pela ação do Estado.
E
apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra.
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FGV 2014 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial

Sobre a participação brasileira na Primeira Guerra Mundial, é correto afirmar:

A
O governo brasileiro declarou guerra à Alemanha em 1914, após o torpedeamento de um navio, carregado de café, que acabara de deixar o porto de Santos.
B
O governo brasileiro manteve-se neutro ao longo de todo o conflito devido aos interesses do ministro das relações exteriores Lauro Muller, de origem alemã.
C
A partir de 1916, o Exército brasileiro participou de batalhas na Bélgica e no norte da França com milhares de soldados desembarcados na região.
D
O Brasil enviou uma missão médica, um pequeno contingente de oficiais do Exército e uma esquadra naval, que se envolveu em alguns confrontos com submarinos alemães.
E
Juntamente com a Argentina, o governo brasileiro organizou uma esquadra naval internacional incumbida de patrulhar o Atlântico Sul contra as ofensivas alemãs.
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FGV 2014 - História - História Geral

Napoleão Bonaparte assumiu o poder na França em 1799. A partir do chamado Golpe do 18 Brumário, tornou-se primeiro cônsul, depois primeiro cônsul vitalício e, posteriormente, imperador. Durante o seu governo,

A
retomou as relações com a Igreja Católica e permitiu total autonomia dos seus sacerdotes.
B
estabeleceu uma monarquia parlamentarista, nos moldes do sistema de governo vigente na Inglaterra.
C
estabeleceu um novo Código Civil que manteve a igualdade jurídica para os cidadãos do sexo masculino e o direito à propriedade privada.
D
procurou retomar antigas possessões marítimas francesas, envolvendo-se em uma guerra desgastante no Haiti e no sudeste asiático.
E
aliou-se aos “sans culottes”, grupos mais radicais da Revolução Francesa, e, por isso, foi derrubado em 1814.
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FGV 2014 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Da mesma forma que a Terra Santa, ainda que com identidade menor, a Península Ibérica possibilitava a reunião das ideias de paz (luta no exterior da Cristandade), de Guerra Santa (engrandecimento da Igreja em terra anteriormente cristã) e de peregrinação (corpo santo apostólico em Santiago de Compostela). A Reconquista revelou-se especialmente atraente, o que é significativo, para o centro-sul francês (...) cujos cavaleiros foram os mais constantes participantes ultramontanos da luta antimoura na Península.

                                                                   FRANCO JÚNIOR, Hilário. Peregrinos, monges e guerreiros.
                 Feudo-clericalismo e religiosidade em Castela Medieval
. São Paulo: Hucitec, 1990, p. 161.

Sobre a Reconquista Ibérica, é correto afirmar que se trata de

A
um conjunto de guerras e conquistas territoriais cujas motivações foram semelhantes àquelas que estimularam a ação dos cristãos durante as Cruzadas.
B
um movimento dirigido pelos comerciantes castelhanos, interessados em se apropriar das riquezas e rotas mercantis do mundo islâmico.
C
um movimento sem vinculação às crenças religiosas e devocionais cristãs e estimuladas pelo avanço científico precoce da Península Ibérica.
D
uma incursão de cavaleiros a serviço da monarquia francesa com o intuito de anexar a Península Ibérica e reestruturar o antigo Império Carolíngio.
E
um movimento essencialmente religioso que visava a combater o fanatismo muçulmano e estabelecer monarquias cristãs que respeitassem a liberdade religiosa na Península Ibérica.