Leia o documento de 1346.
(...) se qualquer pessoa do dito ofício sofrer de pobreza pela idade, ou porque não possa trabalhar terá toda semana 7 dinheiros para seu sustento(...)
E nenhum estrangeiro trabalhará no dito ofício se não for aprendiz, ou homem admitido à cidadania do dito lugar.
(...) E se alguém do dito ofício tiver em sua casa trabalho que não possa completar... os demais do mesmo ofício o ajudarão, para que o dito trabalho não se perca.
(...) Prestando perante eles o juramento de indagar e pesquisar (...) os erros que encontrarem no dito comércio, sem poupar ninguém, por amizade ou ódio.
Ninguém que não tenha sido aprendiz e não tenha concluído seu termo de aprendizado do dito ofício poderá exercer o mesmo.
(Apud Leo Huberman, História da riqueza do homem, 1970, p. 65)
A partir do documento, é possível reconhecer as principais características das corporações de ofícios, a saber:
(...) se qualquer pessoa do dito ofício sofrer de pobreza pela idade, ou porque não possa trabalhar terá toda semana 7 dinheiros para seu sustento(...)
E nenhum estrangeiro trabalhará no dito ofício se não for aprendiz, ou homem admitido à cidadania do dito lugar.
(...) E se alguém do dito ofício tiver em sua casa trabalho que não possa completar... os demais do mesmo ofício o ajudarão, para que o dito trabalho não se perca.
(...) Prestando perante eles o juramento de indagar e pesquisar (...) os erros que encontrarem no dito comércio, sem poupar ninguém, por amizade ou ódio.
Ninguém que não tenha sido aprendiz e não tenha concluído seu termo de aprendizado do dito ofício poderá exercer o mesmo.
(Apud Leo Huberman, História da riqueza do homem, 1970, p. 65)
A partir do documento, é possível reconhecer as principais características das corporações de ofícios, a saber:
Gabarito comentado
Alternativa correta: B
Tema central: corporações de ofícios medievais — instituições urbanas que regulavam produção, organização do trabalho e assistência entre artesãos. É tema recorrente em provas de História Geral que exige identificar funções práticas das corporações: monopólio local, controle de qualidade, regulamento de aprendizes e solidariedade interna.
Resumo teórico: As corporações (guilds) regulavam quem podia produzir e vender numa cidade, exigiam aprendizado e juramento, garantiam padrões de qualidade e socorro aos membros (pensão, ajuda mútua). Eram mecanismos de proteção econômica e social que restringiam concorrência externa e controlavam preços e trabalho. (cf. Huberman, História da riqueza do homem, 1970; Encyclopaedia Britannica, entry “Guild”).
Por que a alternativa B está correta: a letra B reúne os elementos centrais do documento e da teoria: monopólio do mercado local (proibição de estrangeiros sem autorização), exclusão de estrangeiros (apenas aprendizes ou admitidos podem trabalhar), controle de qualidade (investigação de erros e juramento para punir práticas desonestas) e espírito de fraternidade/solidariedade (ajuda a pobres e cooperação para completar trabalhos). Esses pontos aparecem explicitamente no documento citado.
Análise das alternativas incorretas:
A — Incorreta: afirma defesa do livre mercado e regras flexíveis para estrangeiros; o contrário é verdadeiro: as corporações limitavam concorrência e excluíam estrangeiros não admitidos.
C — Incorreta: diz “ausência de controle do trabalho” e “incentivo à competição”; porém as corporações impunham rígido controle de qualidade e restringiam a competição, não a incentivavam.
D — Incorreta: mistura pontos falsos — “aprendizes desqualificados” e “liberdade de preço” não condizem com a prática corporativa, que regulava formação e frequentemente controlava preços/regras de mercado.
E — Incorreta: embora mencione controle de qualidade (verdadeiro), erra ao afirmar admissão sem aprendizado e defesa da concorrência e livre preços — contradições com a natureza reguladora e protecionista das corporações.
Dicas para interpretação: Procure palavras-chave no enunciado (aprendiz, estrangeiro, juramento, ajuda/semana para sustento). Essas indicam controle de entrada, fiscalização e solidariedade — características típicas de corporações, não de livre mercado.
Fontes rápidas: Leo Huberman, História da riqueza do homem (1970); Encyclopaedia Britannica — verbete “Guild”.
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