Questõessobre Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura
“Qualquer objeto deve ser tratado como fonte de reflexão, desde o tronco de prender escravos no Museu
do Ceará até o copo descartável que faz parte do nosso cotidiano.”
(RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto – o museu no ensino de História. Chapecó: Argos, 2004. p. 22)
O texto acima se refere ao trabalho do historiador e ao espaço do museu. A partir da leitura do texto,
compreende-se que a história:
O historicismo moderno busca superar o dogmatismo medieval e escapar do ambiente teológico em que
se desenvolveu, sendo um dos marcos da Idade Moderna e base de uma nova cultura laica, consolidada
a partir do século XVII, a ênfase na natureza e na razão humanas, e não mais na origem divina.
Leia o texto abaixo:
As imagens, a Internet, a televisão, os MPs, o telefone e tudo o mais que permite ao sujeito articular com os
mundos mexeu, descaradamente, com o tempo pluralizando-o e transformando-o em bites. As viagens podem
ser ao passado, ao futuro e, quando interessante, a um presente que pode ser lento ou perene, entre outras
coisas. As reprises de seriados e novelas sobrepõem tempos acavalando o passado e o presente. Em tempos de
rádio-novela ou mesmo nos primórdios da televisão, as tramas duravam até dois anos, como foi o caso da
novela de rádio “O direito de nascer”. Hoje, em tempos pós-modernos, não conseguimos lembrar ao certo
quais novelas ocorreram no ano em que estamos. Os seriados de televisão podem provocar vivências em ritmo
lento ou podem em pouco tempo transitar por uma infinidade de informações ou, ainda, vender a ideia de uma
vida em tempo real na TV. Os programas de auditório, principalmente em sábados e domingos, sobrepõem
cenários, atores e enredos; os filmes para cinema são consumidos em casa pela via do DVD e feitos em série
ou etapas que confundem a ordem das estórias. Todas essas novidades do mundo em que vivemos colocam o
sujeito em um mix de tempo e espaço ao alcance das mãos.
Roberto dos Santos. Pós-modernidade, história e representação: cultura negra e identidade. Mouseion, v. 3, n. 5, p. 68-82, Jan.-
Jul./2009. Disponível em http://www.unilasalle.edu.br/museu/mouseion/pos_modernidade_cultura_negra.pdf
Qual alternativa abaixo está em consonância com a ideia de tempo histórico apresentado pelo texto?
Leia o texto abaixo:
As imagens, a Internet, a televisão, os MPs, o telefone e tudo o mais que permite ao sujeito articular com os mundos mexeu, descaradamente, com o tempo pluralizando-o e transformando-o em bites. As viagens podem ser ao passado, ao futuro e, quando interessante, a um presente que pode ser lento ou perene, entre outras coisas. As reprises de seriados e novelas sobrepõem tempos acavalando o passado e o presente. Em tempos de rádio-novela ou mesmo nos primórdios da televisão, as tramas duravam até dois anos, como foi o caso da novela de rádio “O direito de nascer”. Hoje, em tempos pós-modernos, não conseguimos lembrar ao certo quais novelas ocorreram no ano em que estamos. Os seriados de televisão podem provocar vivências em ritmo lento ou podem em pouco tempo transitar por uma infinidade de informações ou, ainda, vender a ideia de uma vida em tempo real na TV. Os programas de auditório, principalmente em sábados e domingos, sobrepõem cenários, atores e enredos; os filmes para cinema são consumidos em casa pela via do DVD e feitos em série ou etapas que confundem a ordem das estórias. Todas essas novidades do mundo em que vivemos colocam o sujeito em um mix de tempo e espaço ao alcance das mãos.
Roberto dos Santos. Pós-modernidade, história e representação: cultura negra e identidade. Mouseion, v. 3, n. 5, p. 68-82, Jan.- Jul./2009. Disponível em http://www.unilasalle.edu.br/museu/mouseion/pos_modernidade_cultura_negra.pdf
Qual alternativa abaixo está em consonância com a ideia de tempo histórico apresentado pelo texto?
“Desde o seu nascimento, no final do século XIX, o
cinema produziu incontáveis filmes que tomam o passado
como inspiração para seus temas e roteiros. (...) Além disso,
mesmo quando não encena o passado, o produto audiovisual
de cinema ou de televisão sempre é um documento de sua
época, veiculando valores, projetos, ideologias.”
(CAPELATO, Maria Helena e outros. (orgs.) História e cinema. Dimensões
históricas do audiovisual. São Paulo: Alameda, 2007, p. 09.)
O cinema é uma das linguagens de aproximação com
a produção histórica. Considerando essas relações, é
INCORRETO afirmar que o(s) filme(s):
“Ao escrever a sua História, Heródoto de Halicarnasso teve
em mira evitar que os vestígios das ações praticadas pelos
homens se apagassem com o tempo e que as grandes e
maravilhosas explorações dos Gregos, assim como as dos
bárbaros, permanecessem ignoradas; desejava ainda,
sobretudo, expor os motivos que os levaram a fazer guerra
uns aos outros.”
(HERÓDOTO, História. 484 a.C.-425 a.C.)
O fragmento textual acima sugere pensar as práticas
dos historiadores. Em relação à prática do historiador na
atualidade, é INCORRETO afirmar que:
Eixo Temático: As representações do saber histórico: significados sobre as experiências humanas
Leia e analise os textos abaixo:
O mundo em que vivemos é o resultado de processos que se desenvolveram no passado, testemunhados pelas marcas produzidas
pelos agentes naturais e humanos e pelas interações que deram dinâmica aos processos: objetos, edifícios, imagens, escritos,
sítios, estruturas, paisagens, tradições, sons. Essas marcas estão e se distribuem nos territórios e revelam a sua estratificação e as
suas transformações.
(Adaptado de: MATTOZZI, Ivo. Currículo de História e educação para o patrimônio. Educ. Rev., Belo Horizonte, n. 47, jun. 2008.)
Em relação ao patrimônio histórico material e imaterial, na sua relação com práticas de cidadania, é INCORRETO afirmar
que:
Eixo Temático: As representações do saber histórico: significados sobre as experiências humanas
Leia e analise os textos abaixo:
O mundo em que vivemos é o resultado de processos que se desenvolveram no passado, testemunhados pelas marcas produzidas pelos agentes naturais e humanos e pelas interações que deram dinâmica aos processos: objetos, edifícios, imagens, escritos, sítios, estruturas, paisagens, tradições, sons. Essas marcas estão e se distribuem nos territórios e revelam a sua estratificação e as suas transformações.
(Adaptado de: MATTOZZI, Ivo. Currículo de História e educação para o patrimônio. Educ. Rev., Belo Horizonte, n. 47, jun. 2008.)
Em relação ao patrimônio histórico material e imaterial, na sua relação com práticas de cidadania, é INCORRETO afirmar
que:
A ciência da História, como qualquer outra
ciência, é um conhecimento racional, objetivo, progressivo, verificável e verdadeiro, ainda que falível. Contudo, a ciência da
História para conhecer a realidade dos homens no tempo tem determinada especificidade, essa especificidade na construção
do passado dos homens no tempo é:
Podemos definir como “artefatos” os objetos que parecem manifestar um aspecto inteligível da ação do homem.
Existem casos duvidosos de atribuição de origem, como
nas escavações de sítios paleolíticos chineses, em que certas pedras lascadas pelo fogo parecem ter sido resultado
de uma ação exclusiva da natureza.
(Henri-Irénée Marrou. De la connaissance historique, 1975. Adaptado.)
Depreende-se do texto que as condições essenciais para a
pesquisa histórica são
Podemos definir como “artefatos” os objetos que parecem manifestar um aspecto inteligível da ação do homem.
Existem casos duvidosos de atribuição de origem, como
nas escavações de sítios paleolíticos chineses, em que certas pedras lascadas pelo fogo parecem ter sido resultado
de uma ação exclusiva da natureza.
(Henri-Irénée Marrou. De la connaissance historique, 1975. Adaptado.)
Depreende-se do texto que as condições essenciais para a
pesquisa histórica são
Podemos definir como “artefatos” os objetos que parecem manifestar um aspecto inteligível da ação do homem. Existem casos duvidosos de atribuição de origem, como nas escavações de sítios paleolíticos chineses, em que certas pedras lascadas pelo fogo parecem ter sido resultado de uma ação exclusiva da natureza.
(Henri-Irénée Marrou. De la connaissance historique, 1975. Adaptado.)
Depreende-se do texto que as condições essenciais para a pesquisa histórica são
É importante refletir sobre a História e não deixar de
compreender sua multiplicidade de conflitos. Para os
marxistas, a História é:
Leia atentamente o seguinte excerto: “Se o
homem comum não conhece as suas origens ele é
como um macaco louco. Ele não conhece ao certo as
relações de sua grande família, é como um dragão
descomunal. Ele que não conhece as circunstâncias
e o curso das ações de seu nobre pai e avô é como
um homem que, tendo preparado a dor para seus
filhos, joga-os neste mundo”(MOMIGLIANO, A. As raízes clássicas da historiografia
moderna. Bauru: EDUSC, 2004, p.55)
Do trecho acima, depreendem-se algumas
características da escrita da História, quais sejam:
Para escrever a História é necessário reunir
fontes ou testemunhos, que são objetos e
documentos – restos do passado – que ajudam a
compreender um contexto em determinado período.
Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que
Atenção e cuidado devem guiar a escrita
historiográfica, que se utiliza de diferentes tipos de
memória para compreender o passado. A memória
está, de diversas maneiras, presente em todas as
sociedades como experiência vivida; está em
monumentos, em obras e manuais, e em tradições
que instituem matrizes de pensamentos. São
categorias que evidenciam a separação entre a
memória e a história:
Analise o excerto a seguir:
“Há múltiplas histórias a serem contadas já que os grupos sociais, étnicos, sexuais, generacionais, de baixo ou de cima, se constituem de maneiras diversas, mas têm diferentes modos de narrá-las. A História pode mostrar formas diferentes de pensar, de organizar a vida, de problematizar, vivenciadas por outras sociedades, em outros momentos históricos”.
RAGO, M.L. “Estudo reavalia rumo da escola dos Annales”. In: O Estado de São Paulo, São Paulo, 11-06-2000, D2.
Segundo a autora, a História é
RAGO, M.L. “Estudo reavalia rumo da escola dos Annales”. In: O Estado de São Paulo, São Paulo, 11-06-2000, D2.
Segundo a autora, a História é
Uma privatização do espaço maior do que aquela
proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais
nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a
cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito,
longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara,
nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do
estilo século XVIII, mandou construir uma parede em
torno de sua cama a fim de fechar completamente o
pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só
ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle.
RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.).
História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes.
São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).
A partir do século XVII, a história da casa, que foi se
modificando para atender aos novos hábitos dos
indivíduos, provocou o(a)
Para dar conta do movimento histórico do processo
de inserção dos povos indígenas em contextos
urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos,
foi necessário construir um método de investigação,
baseado na História Oral, que desvelasse essas
vivências ainda não estudadas pela historiografia,
bem como as conflitivas relações de fronteira daí
decorrentes. A partir da história oral foi possível
entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos
índios urbanos no contexto da sociedade nacional,
bem como perceber os entrelugares construídos por
estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no
enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena
nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008.
O
uso desse método para compreender as condições
dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras
justifica-se por
Leia com atenção o texto a seguir. ''Os homens fazem sua própria história, mas não a
fazem como querem; não a fazem sob
circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas
com que se defrontam diretamente, legadas e
transmitidas pelo passado''
MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis
Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.
Baseado no texto, assinale a afirmação
verdadeira.
Leia com atenção o texto a seguir. ''Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado''
MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.
Baseado no texto, assinale a afirmação verdadeira.