Atenção e cuidado devem guiar a escrita
historiográfica, que se utiliza de diferentes tipos de
memória para compreender o passado. A memória
está, de diversas maneiras, presente em todas as
sociedades como experiência vivida; está em
monumentos, em obras e manuais, e em tradições
que instituem matrizes de pensamentos. São
categorias que evidenciam a separação entre a
memória e a história:
Gabarito comentado
Alternativa correta: D
Tema central: a questão trata da distinção entre memória e história e pede as categorias que caracterizam a memória na escrita historiográfica.
Resumo teórico: na historiografia, a memória não é um registro neutro do passado; ela é seletiva (escolhe o que lembrar), tende a cristalizar em rituais, monumentos e narrativas que tornam elementos estáveis, e sofre reatualização quando o presente ressignifica o passado. Autores-chave: Maurice Halbwachs (memória coletiva), Pierre Nora (lugares de memória) e Jan Assmann (memória cultural).
Por que D está certa? — Seletividade, cristalização e reatualização descrevem exatamente como a memória opera: escolhe conteúdos, institucionaliza-os em formas fixas (cristalização) e é continuamente ativada e reinterpretada conforme necessidades presentes. Essas categorias explicam a separação entre memória (viva, seletiva, situacional) e história (método crítico, busca de explicação).
Análise das alternativas incorretas:
A — registro oficial, categorização e esquecimento: mistura conceitos administrativos e o termo "esquecimento" não constitui uma categoria operacional da memória como processo dinâmico; não enfoca reativação ou institucionalização.
B — alinhamentos entre passado, presente e futuro: é uma ideia genérica sobre temporalidade, não enumera as propriedades internas da memória (seleção, fixação, reinterpretação).
C — aquisição, armazenamento e tempo: remete a modelos informacionais ou cognitivos; insuficiente para descrever manifestações sociais e culturais da memória tratadas pela historiografia.
Dica de prova: ao ler enunciados que pedem categorias conceituais, busque termos que indiquem processos (seleção, institucionalização, reativação). Elimine alternativas com vocabulário muito técnico de outras áreas ou genérico demais.
Referências rápidas: Maurice Halbwachs, La mémoire collective; Pierre Nora, Les lieux de mémoire; Jan Assmann, Cultural Memory and Early Civilization.
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