Questõessobre Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura

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Foram encontradas 81 questões
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UDESC 2017 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

A História, segundo o historiador Marc Bloch, pode ser definida como a ciência do homem no tempo. Quando estudada em instituições escolares, ela é, comumente, dividida em: Idade Antiga, Idade Medieval, Idade Moderna e Idade Contemporânea.

Sobre este modelo de organização do tempo histórico em períodos ou idades, analise as proposições.

I. O modelo acima foi instituído na Grécia durante o século IV a.C. por Aristóteles que, na época, assumia as funções de tutor de Alexandre da Macedônia.
II. A adoção deste modelo demonstra o forte vínculo existente entre os programas escolares de história e a tradição europeia, na medida em que as idades são organizadas a partir de processos ocorridos majoritariamente no Continente Europeu.
III. O modelo citado foi desenvolvido e institucionalizado em 1837, pelo Instituto Histórico Geográfico Brasileiro, e refere-se, exclusivamente, aos processos ocorridos a partir do Descobrimento do Brasil, em 1500.

Assinale a alternativa correta.

A
Somente a afirmativa I é verdadeira.
B
Somente a afirmativa III é verdadeira.
C
Somente as afirmativas I e II são verdadeiras.
D
Somente as afirmativas II e III são verdadeiras.
E
Somente a afirmativa II é verdadeira.
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UFC 2010 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

“Qualquer objeto deve ser tratado como fonte de reflexão, desde o tronco de prender escravos no Museu do Ceará até o copo descartável que faz parte do nosso cotidiano.”

(RAMOS, Francisco Régis Lopes. A danação do objeto – o museu no ensino de História. Chapecó: Argos, 2004. p. 22)

O texto acima se refere ao trabalho do historiador e ao espaço do museu. A partir da leitura do texto, compreende-se que a história:

A
foca seu estudo somente no passado.
B
é incapaz de produzir conhecimento sobre a escravidão.
C
recorre aos objetos para fazer a história exclusiva das elites.
D
deve deixar de abordar a política e se concentrar no cotidiano.
E
busca fazer a sociedade pensar sobre si mesma a partir de sua cultura material.
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UFBA 2013 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, Medievalidade Europeia, História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

O historicismo moderno busca superar o dogmatismo medieval e escapar do ambiente teológico em que se desenvolveu, sendo um dos marcos da Idade Moderna e base de uma nova cultura laica, consolidada a partir do século XVII, a ênfase na natureza e na razão humanas, e não mais na origem divina.

C
Certo
E
Errado
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ULBRA 2011 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Leia o texto abaixo:


As imagens, a Internet, a televisão, os MPs, o telefone e tudo o mais que permite ao sujeito articular com os mundos mexeu, descaradamente, com o tempo pluralizando-o e transformando-o em bites. As viagens podem ser ao passado, ao futuro e, quando interessante, a um presente que pode ser lento ou perene, entre outras coisas. As reprises de seriados e novelas sobrepõem tempos acavalando o passado e o presente. Em tempos de rádio-novela ou mesmo nos primórdios da televisão, as tramas duravam até dois anos, como foi o caso da novela de rádio “O direito de nascer”. Hoje, em tempos pós-modernos, não conseguimos lembrar ao certo quais novelas ocorreram no ano em que estamos. Os seriados de televisão podem provocar vivências em ritmo lento ou podem em pouco tempo transitar por uma infinidade de informações ou, ainda, vender a ideia de uma vida em tempo real na TV. Os programas de auditório, principalmente em sábados e domingos, sobrepõem cenários, atores e enredos; os filmes para cinema são consumidos em casa pela via do DVD e feitos em série ou etapas que confundem a ordem das estórias. Todas essas novidades do mundo em que vivemos colocam o sujeito em um mix de tempo e espaço ao alcance das mãos.


Roberto dos Santos. Pós-modernidade, história e representação: cultura negra e identidade. Mouseion, v. 3, n. 5, p. 68-82, Jan.- Jul./2009. Disponível em http://www.unilasalle.edu.br/museu/mouseion/pos_modernidade_cultura_negra.pdf


Qual alternativa abaixo está em consonância com a ideia de tempo histórico apresentado pelo texto?

A
A análise histórica precisa levar em consideração que o tempo e as informações são relativizadas pelos sujeitos.
B
A História é uma ciência estática que mantém as mesmas ideias desde a sua criação.
C
O tempo histórico somente pode ser medido pela sequência de datas e fatos heroicos.
D
O passado define os caminhos da História, de tal forma que o presente não atua na construção do conhecimento histórico.
E
As informações apresentadas pelos meios de comunicação devem ser utilizadas, sem questionamento, para a construção da Ciência Histórica.
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UFCG 2009 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

“Desde o seu nascimento, no final do século XIX, o cinema produziu incontáveis filmes que tomam o passado como inspiração para seus temas e roteiros. (...) Além disso, mesmo quando não encena o passado, o produto audiovisual de cinema ou de televisão sempre é um documento de sua época, veiculando valores, projetos, ideologias.”

(CAPELATO, Maria Helena e outros. (orgs.) História e cinema. Dimensões históricas do audiovisual. São Paulo: Alameda, 2007, p. 09.)

O cinema é uma das linguagens de aproximação com a produção histórica. Considerando essas relações, é INCORRETO afirmar que o(s) filme(s):

A
“Cidade de Deus” (Brasil, 2002) problematiza a memória de pessoas que foram violentadas politicamente durante o Estado Novo. A fala das vítimas da ditadura varguista funciona tanto como um registro do vivido quanto como uma denúncia de práticas políticas intoleráveis.
B
“V de Vingança” (EUA/Alemanha, 2006) discute a relação entre cultura midiática e cultura política, apresentando o ditador como manipulador da verdade através de uma imprensa controlada rigidamente.
C
“Central do Brasil” (Brasil, 1998) polariza as experiências do urbano e do rural, em que o Rio de Janeiro é identificado como um espaço de aprisionamento dos indivíduos, enquanto o Nordeste menos urbanizado é tematizado como um horizonte utópico de liberdade.
D
“Que Bom te Ver Viva” e “V de Vingança”, ainda que de formas diferentes, discutem o abandono ou experimentação da democracia, e apresenta a liberdade como um direito inalienável, e que, quando limitado, gera infelicidade e empobrecimento da vida social e individual.
E
“Central do Brasil” colocou a cultura escrita como espaço de sociabilidade, de saudade, de manipulação e de exclusão social, dando visibilidade aos diversos conflitos dos migrantes nos centros urbanos.
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UFCG 2009 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

“Ao escrever a sua História, Heródoto de Halicarnasso teve em mira evitar que os vestígios das ações praticadas pelos homens se apagassem com o tempo e que as grandes e maravilhosas explorações dos Gregos, assim como as dos bárbaros, permanecessem ignoradas; desejava ainda, sobretudo, expor os motivos que os levaram a fazer guerra uns aos outros.”

(HERÓDOTO, História. 484 a.C.-425 a.C.)

O fragmento textual acima sugere pensar as práticas dos historiadores. Em relação à prática do historiador na atualidade, é INCORRETO afirmar que:

A
O problema de pesquisa para o historiador é uma investigação sobre as experiências humanas, contribuindo para “evitar que os vestígios das ações praticadas” desapareçam no tempo.
B
As fontes para o historiador são selecionadas a partir do problema de pesquisa e trabalhadas de acordo com os procedimentos metodológicos julgados adequados.
C
A organização das fontes, desde a sua seleção até o seu tratamento, é uma prática construída a partir do diálogo com a(s) teoria(s) da história.
D
Na atualidade, busca-se enfaticamente a objetividade, afastando a subjetividade do historiador da prática historiográfica.
E
Ao longo do século XX, com a intensificação das trocas intelectuais entre brasileiros e estrangeiros, a historiografia brasileira se sintonizou com os debates mais importantes do seu campo.
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UFCG 2009 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Eixo Temático: As representações do saber histórico: significados sobre as experiências humanas


Leia e analise os textos abaixo:


O mundo em que vivemos é o resultado de processos que se desenvolveram no passado, testemunhados pelas marcas produzidas pelos agentes naturais e humanos e pelas interações que deram dinâmica aos processos: objetos, edifícios, imagens, escritos, sítios, estruturas, paisagens, tradições, sons. Essas marcas estão e se distribuem nos territórios e revelam a sua estratificação e as suas transformações.


(Adaptado de: MATTOZZI, Ivo. Currículo de História e educação para o patrimônio. Educ. Rev., Belo Horizonte, n. 47, jun. 2008.)



Em relação ao patrimônio histórico material e imaterial, na sua relação com práticas de cidadania, é INCORRETO afirmar que:

A
Os sujeitos se organizam em relação a territórios, que são marcados tanto pelos eventos naturais quanto pelas ações humanas.
B
As marcas do território, conforme indicam as figuras acima, possibilitam relatos acerca da experiência passada dos sujeitos, o que se faz a partir dos interesses, das necessidades e da curiosidade do presente.
C
O passado se atualiza tanto a partir das culturas material e imaterial quanto pelas significações produzidas pelo presente.
D
O estudo do passado, feito através de variadas fontes (objetos, edifícios, imagens, escritos, feiras, paisagens, tradições e sons) permite discutir as diferenças e as semelhanças das experiências históricas, problematizando a pluralidade dos sujeitos.
E
O direito à memória, à história e ao passado não é reconhecido pela historiografia como direitos humanos, impossibilitando os sujeitos e grupos sociais de construírem suas relações com as experiências anteriores ao presente.
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IF-BA 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

A ciência da História, como qualquer outra ciência, é um conhecimento racional, objetivo, progressivo, verificável e verdadeiro, ainda que falível. Contudo, a ciência da História para conhecer a realidade dos homens no tempo tem determinada especificidade, essa especificidade na construção do passado dos homens no tempo é:

A
A ciência historiográfica como qualquer outra ciência social ou humana necessita, na maioria das vezes, entrevistar os sujeitos que testemunharam os fatos históricos.
B
Na elaboração da historiografia, o historiador necessita aliar a pesquisa científica à imaginação e ficção narrativa.
C
Cabe ao historiador descrever cronologicamente os acontecimentos dos homens.
D
Na elaboração da historiografia, o historiador necessita imaginar como era o passado dos homens no tempo e elaborar a narrativa do passado dos homens.
E
Na elaboração da historiografia, o historiador necessita do acesso às fontes ou testemunhos para conhecer o passado dos homens no tempo.
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UEA 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral, Pré-História ou História Não-Escrita

Podemos definir como “artefatos” os objetos que parecem manifestar um aspecto inteligível da ação do homem. Existem casos duvidosos de atribuição de origem, como nas escavações de sítios paleolíticos chineses, em que certas pedras lascadas pelo fogo parecem ter sido resultado de uma ação exclusiva da natureza.

(Henri-Irénée Marrou. De la connaissance historique, 1975. Adaptado.)

Depreende-se do texto que as condições essenciais para a pesquisa histórica são

A
as constituições das grandes civilizações históricas.
B
as organizações de arquivos históricos pelos sábios do passado.
C
as fontes diversas produzidas pelos seres humanos em sociedade.
D
as existências de relatos escritos sobre feitos militares.
E
as invenções dos instrumentos de produção agrícola.
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UEA 2018 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Podemos definir como “artefatos” os objetos que parecem manifestar um aspecto inteligível da ação do homem. Existem casos duvidosos de atribuição de origem, como nas escavações de sítios paleolíticos chineses, em que certas pedras lascadas pelo fogo parecem ter sido resultado de uma ação exclusiva da natureza.


(Henri-Irénée Marrou. De la connaissance historique, 1975. Adaptado.)



Depreende-se do texto que as condições essenciais para a pesquisa histórica são

A
as constituições das grandes civilizações históricas.
B
as organizações de arquivos históricos pelos sábios do passado.
C
as fontes diversas produzidas pelos seres humanos em sociedade.
D
as existências de relatos escritos sobre feitos militares.
E
as invenções dos instrumentos de produção agrícola.
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CESMAC 2017 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

É importante refletir sobre a História e não deixar de compreender sua multiplicidade de conflitos. Para os marxistas, a História é:

A
a luta entre operários e capitalistas, marcada por uma violência que não cessa.
B
o conflito entre os assalariados e a burguesia financeira, onde prevalece a manipulação absoluta da mídia.
C
epleta de contradições e desigualdades com domínio de uma minoria que acumula riquezas.
D
a construção da modernidade que consagra a razão e exalta a acumulação exclusiva das riquezas materiais.
E
a luta constante pela riqueza social, mas com o domínio da democracia parlamentar e dos partidos políticos.
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UECE 2016 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Leia atentamente o seguinte excerto: “Se o homem comum não conhece as suas origens ele é como um macaco louco. Ele não conhece ao certo as relações de sua grande família, é como um dragão descomunal. Ele que não conhece as circunstâncias e o curso das ações de seu nobre pai e avô é como um homem que, tendo preparado a dor para seus filhos, joga-os neste mundo”
(MOMIGLIANO, A. As raízes clássicas da historiografia moderna. Bauru: EDUSC, 2004, p.55)

Do trecho acima, depreendem-se algumas características da escrita da História, quais sejam:

A
conservação da memória do passado, quadro cronológico e interpretação dos acontecimentos.
B
conhecimento da natureza, origem das espécies animais e lembrança ancestral.
C
dialética socrática, valores teóricos e morais e busca pela verdade intrínseca da origem humana.
D
atitude crítica em relação ao registro dos acontecimentos, desinteresse pelo passado e árvore genealógica.
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UECE 2014 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Para escrever a História é necessário reunir fontes ou testemunhos, que são objetos e documentos – restos do passado – que ajudam a compreender um contexto em determinado período. Sobre as fontes documentais, é correto afirmar que

A
não variam de modo algum; devem ser documentos escritos e registrados pela autoridade competente da época e do local do qual fazem parte.
B
são criadas e elaboradas criteriosamente para fins de escrita por arqueólogos, etnólogos, paleógrafos e paleontólogos.
C
são várias, como as escritas, as orais, as narrativas e os mitos populares, e diferentes tipos de imagens.
D
são os mapas geográficos e históricos, e as linhas temporais, cronologias específicas dos calendários geomorfológicos.
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UECE 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Atenção e cuidado devem guiar a escrita historiográfica, que se utiliza de diferentes tipos de memória para compreender o passado. A memória está, de diversas maneiras, presente em todas as sociedades como experiência vivida; está em monumentos, em obras e manuais, e em tradições que instituem matrizes de pensamentos. São categorias que evidenciam a separação entre a memória e a história:

A
registro oficial, categorização e esquecimento.
B
alinhamentos entre passado, presente e futuro.
C
aquisição, armazenamento e tempo.
D
seletividade, cristalização e reatualização.
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UECE 2011 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Analise o excerto a seguir:

“Há múltiplas histórias a serem contadas já que os grupos sociais, étnicos, sexuais, generacionais, de baixo ou de cima, se constituem de maneiras diversas, mas têm diferentes modos de narrá-las. A História pode mostrar formas diferentes de pensar, de organizar a vida, de problematizar, vivenciadas por outras sociedades, em outros momentos históricos”. 

RAGO, M.L. “Estudo reavalia rumo da escola dos Annales”. In: O Estado de São Paulo, São Paulo, 11-06-2000, D2.

Segundo a autora, a História é

A
metódica e cíclica, com início, meio e fim.
B
unilateral, indica o futuro em relação ao passado.
C
única e voltada para a descrição do que propriamente aconteceu.
D
rica e plural com valorização dos sujeitos.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral, Revolução Intelectual do século XVIII: Iluminismo

Uma privatização do espaço maior do que aquela proporcionada pelo quarto evidencia-se cada vez mais nos séculos XVII e XVIII. Como as ruelles [espaço entre a cama e a parede], as alcovas são espaços além do leito, longe da porta que dá acesso à sala (ou à antecâmara, nas casas da elite). Thomas Jefferson, tecnólogo do estilo século XVIII, mandou construir uma parede em torno de sua cama a fim de fechar completamente o pequeno cômodo além do leito — cômodo no qual só ele podia entrar, descendo da cama do lado da ruelle.
RANUM, O. Os refúgios da intimidade. In: CHARTIER, R. (Org.). História da vida privada: da Renascença ao Século das Luzes. São Paulo: Cia. das Letras, 2009 (adaptado).

A partir do século XVII, a história da casa, que foi se modificando para atender aos novos hábitos dos indivíduos, provocou o(a)

A
ampliação dos recintos.
B
iluminação dos corredores.
C
desvalorização da cozinha.
D
embelezamento dos jardins.
E
especialização dos aposentos.
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ENEM 2019, ENEM 2019 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Para dar conta do movimento histórico do processo de inserção dos povos indígenas em contextos urbanos, cuja memória reside na fala dos seus sujeitos, foi necessário construir um método de investigação, baseado na História Oral, que desvelasse essas vivências ainda não estudadas pela historiografia, bem como as conflitivas relações de fronteira daí decorrentes. A partir da história oral foi possível entender a dinâmica de deslocamento e inserção dos índios urbanos no contexto da sociedade nacional, bem como perceber os entrelugares construídos por estes grupos étnicos na luta pela sobrevivência e no enfrentamento da sua condição de invisibilidade.
MUSSI, P. L. V. Tronco velho ou ponta da rama? A mulher indígena terena nos entrelugares da fronteira urbana. Patrimônio e Memória, n. 1, 2008. O

uso desse método para compreender as condições dos povos indígenas nas áreas urbanas brasileiras justifica-se por

A
focalizar a empregabilidade de indivíduos carentes de especialização técnica.
B
permitir o recenseamento de cidadãos ausentes das estatísticas oficiais.
C
neutralizar as ideologias de observadores imbuídos de viés acadêmico.
D
promover o retorno de grupos apartados de suas nações de origem.
E
registrar as trajetórias de sujeitos distantes das práticas de escrita.
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UECE 2010 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Leia com atenção o texto a seguir. ''Os homens fazem sua própria história, mas não a fazem como querem; não a fazem sob circunstâncias de sua escolha e sim sob aquelas com que se defrontam diretamente, legadas e transmitidas pelo passado''

MARX, Karl. O Dezoito Brumário de Louis Bonaparte. São Paulo: Centauro, 2006.

Baseado no texto, assinale a afirmação verdadeira.

A
A história não é construída pelos homens porque ela é pré-definida pelo destino.
B
A história permite perceber que a realidade depende unicamente das escolhas dos homens.
C
A história é feita pelos homens dentro de condicionamentos herdados do passado.
D
A história não é feita pelo passado e sim pelas circunstâncias das escolhas.
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IF-TM 2011 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral

Leia o extrato a seguir:


“A imprensa, o rádio, a televisão, o cinema são indústrias ultra-ligeiras. Ligeiras pelo aparelhamento produtor, são ultra-ligeiras pela mercadoria produzida: esta fica gravada sobre a folha do jornal, sobre a película cinematográfica, voa sobre as ondas e, no momento do consumo, torna-se impalpável, uma vez que esse consumo é psíquico. Entretanto, essa indústria ultra-ligeira está organizada segundo o modelo da indústria de maior concentração técnica e econômica. No quadro privado, alguns grandes grupos de imprensa, algumas grandes cadeias de rádio e televisão, algumas sociedades cinematográficas concentram em seu poder o aparelhamento (rotativas, estúdios) e dominam as comunicações de massa. No quadro público, é o Estado que assegura a concentração”.


(MORIN, Edgard. “A indústria cultural” In: FORACCHI, Marialice Mencarini & MARTINS,
José de Souza (org.). Sociologia e Sociedade: leituras de introdução à sociologia.
Rio de Janeiro: Livros Técnicos e Científicos, 1977, p.300).



O texto é de um dos mais importantes pensadores da atualidade, o sociólogo, antropólogo e filósofo francês Edgard Morin (1921). Sobre o tema tratado pelo autor, a questão da “indústria cultural” - termo cunhado pelos autores da chamada Escola de Frankfurt, Theodor Adorno e Max Horkheimer -, assinale a alternativa correta:

A
A indústria cultural consegue conjugar organização burocrática, que visa à produção padronizada e em larga escala de seus produtos, com individualização e novidade desejadas pelos consumidores.
B
A produção cultural de massa procura transformar a cultura em mercadoria, nivelando os valores e os padrões estéticos de boa parte dos consumidores.
C
Na indústria cultural há um equilíbrio entre interesses econômicos, domínio da técnica, organização burocrática e exercício da criatividade.
D
A indústria cultural, diferentemente de outros ramos da produção industrial, não visa ao lucro. Seus produtos são comercializados a preço de custo e seu consumidor não é tratado como “cliente” e sim como fã ou colecionador.
E
O ritmo ligeiro da indústria cultural e sua produção em série conjugam baixo custo e promoção da criatividade, contribuindo com a expansão dos bens culturais e, portanto, da consciência crítica da massa populacional.
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UFBA 2013 - História - Fundamentos da História : Tempo, Memória e Cultura, História Geral, História do Brasil

A respeito das obras Casa Grande & Senzala (1933), de Gilberto Freyre, Raízes do Brasil (1936), de Sérgio Buarque de Holanda e Formação do Brasil Contemporâneo (1942), de Caio Prado Júnior, a maioria dos críticos tende a afirmar que a obra de Caio Prado é tributária dos estudos antropológicos e do culturalismo de Franz Boas, e as obras de Freyre e de Sérgio Buarque são influenciadas pelo marxismo, que chegou ao Brasil nos anos 30 do século passado.

C
Certo
E
Errado