Questõessobre Os Contratualistas (Hobbes, Locke e Rousseau)
O fim último, causa final e desígnio dos homens, ao introduzir uma restrição sobre si
mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e
com uma vida mais satisfeita; quer dizer, o desejo de sair da mísera condição de guerra que é
a consequência necessária das paixões naturais dos homens, como o orgulho, a vingança e
coisas semelhantes. É necessário um poder visível capaz de mantê-los em respeito, forçandoos, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito às leis, que são
contrárias a nossas paixões naturais.
HOBBES, T. M. Leviatã. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado).
Para o autor, o surgimento do estado civil estabelece as condições para o ser humano
A sociedade como um sistema justo de cooperação
social consiste em uma das ideias familiares
fundamentais, que dá estrutura e organização à justiça
como equidade. A cooperação social guia-se por
regras e procedimentos publicamente reconhecidos
e aceitos por aqueles que cooperam como sendo
apropriados para regular a sua conduta. Diz-se que a
cooperação é justa porque seus termos são tais que
todos os participantes podem razoavelmente aceitar,
desde que todos os demais também o aceitem.
FERES JR. J, POGREBINSCH1, T. Teoria politica contemporânea uma introdução.Rio de Janeiro: Elsevier, 2010.
No contexto do pensamento político, a ideia apresentada
mostra-se consoante o(a)
Leia o texto a seguir.
A “Querela do luxo” foi um dos mais intensos debates do século XVIII na França e consistiu em
defender o luxo como sinal do progresso da humanidade, ou em atacá-lo como signo de decadência. Rousseau, partidário da segunda via,
num dos seus textos, afirma:
A vaidade e a ociosidade, que engendram nossas ciências, também engendram o luxo. [...] Eis
como o luxo, a dissolução e a escravidão foram
[...] o castigo dos esforços orgulhosos que fizemos para sair da ignorância feliz na qual nos colocara a sabedoria eterna. [...] Crêem embaçar-
-me terrivelmente perguntando-me até onde se
deve limitar o luxo. Minha opinião é que absolutamente não se precisa dele. Para além da necessidade física, tudo é fonte de mal.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as
artes. Trad. Lourdes Santos Machado, 3ª ed. São Paulo:
Abril Cultural, 1983. p.395; 341; 410.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria
política e antropológica de Rousseau e a compreensão
do autor acerca das ciências, das artes e do luxo, considere as afirmativas a seguir.
I. A crítica de Rousseau às ciências e às artes e, por
extensão, ao luxo, resulta da sua compreensão da
natureza humana, na qual a necessidade física é o
critério decisivo sobre o que é bom para a humanidade.
II. Em sua teoria política, Rousseau dirige a crítica às
ciências, às artes e ao luxo, por identificar neles a
vigência de um princípio que sacrifica a possibilidade da criação de uma sociedade minimamente
justa.
III. A vaidade e a ociosidade, que engendram o luxo,
são uma constante da natureza humana, razão
pela qual também as ciências e as artes são expressões necessárias da natureza humana.
IV. A defesa da feliz ignorância, na qual nasce cada
ser humano, leva Rousseau a legitimar formas de
governo caracterizadas pelo sacrifício da inteligência e da crítica e pela obediência a um poder
soberano.
Assinale a alternativa correta.
Leia o texto a seguir.
A “Querela do luxo” foi um dos mais intensos debates do século XVIII na França e consistiu em defender o luxo como sinal do progresso da humanidade, ou em atacá-lo como signo de decadência. Rousseau, partidário da segunda via, num dos seus textos, afirma:
A vaidade e a ociosidade, que engendram nossas ciências, também engendram o luxo. [...] Eis como o luxo, a dissolução e a escravidão foram [...] o castigo dos esforços orgulhosos que fizemos para sair da ignorância feliz na qual nos colocara a sabedoria eterna. [...] Crêem embaçar- -me terrivelmente perguntando-me até onde se deve limitar o luxo. Minha opinião é que absolutamente não se precisa dele. Para além da necessidade física, tudo é fonte de mal.
ROUSSEAU, Jean-Jacques. Discurso sobre as ciências e as artes. Trad. Lourdes Santos Machado, 3ª ed. São Paulo: Abril Cultural, 1983. p.395; 341; 410.
Com base no texto e nos conhecimentos sobre a teoria política e antropológica de Rousseau e a compreensão do autor acerca das ciências, das artes e do luxo, considere as afirmativas a seguir.
I. A crítica de Rousseau às ciências e às artes e, por extensão, ao luxo, resulta da sua compreensão da natureza humana, na qual a necessidade física é o critério decisivo sobre o que é bom para a humanidade.
II. Em sua teoria política, Rousseau dirige a crítica às ciências, às artes e ao luxo, por identificar neles a vigência de um princípio que sacrifica a possibilidade da criação de uma sociedade minimamente justa.
III. A vaidade e a ociosidade, que engendram o luxo, são uma constante da natureza humana, razão pela qual também as ciências e as artes são expressões necessárias da natureza humana.
IV. A defesa da feliz ignorância, na qual nasce cada ser humano, leva Rousseau a legitimar formas de governo caracterizadas pelo sacrifício da inteligência e da crítica e pela obediência a um poder soberano.
Assinale a alternativa correta.
Analise a figura 1 a seguir e responda à questão.
Alia Ghanem, mãe do líder da al-Qaeda Osama
bin Laden, mentor dos atentados de 11 de Setembro,
manifestou-se pela primeira vez sobre as ações do
terrorista em uma entrevista ao jornal britânico
“The Guardian”, publicada na sexta-feira, 3 de agosto de
2018.
“Ele se tornou um homem diferente.” Um dos
homens que ele conheceu foi Abdullah Azzam, um
membro da Irmandade Muçulmana que mais tarde foi
exilado da Arábia Saudita e se tornou o conselheiro
espiritual de Osama. “Ele foi uma criança muito boa até
conhecer algumas pessoas que praticamente fizeram
lavagem cerebral em seus 20 e poucos anos. Você pode
chamar isso de culto. Eles conseguiram dinheiro para a
causa deles. Eu sempre dizia a ele para ficar longe deles, e
ele nunca iria admitir para mim o que ele estava fazendo,
porque ele me amava tanto”. Ela ressaltou que ainda o
ama e acredita que o filho, ainda o
ama e acredita que o filho, ainda jovem, recebeu más
influências.
Disponível em:
<http://www.tnh1.com.br/noticias/noticias-detalhe/mundo/>.
Acesso em: 4 ago. 2018
Relacionando as informações do texto ao pensamento
filosófico, o pensador que defende a seguinte tese:
“O homem nasce bom, a sociedade é que o corrompe.” é
“Em situações de crise econômica, social,
institucional, moral, aquilo que era aceito porque
não havia outra possibilidade deixa de sê-lo. E
aquilo que era um modelo de representação
desmorona na subjetividade das pessoas. Só resta o
poder descarnado de que as coisas são assim, e
aqueles que não aceitarem que saiam às ruas, onde
a polícia os espera. Essa é a crise de legitimidade.”
CASTELLS, Manuel. Ruptura: a crise da democracia liberal.
Trad. Joana Angélica d’Avila Melo. Rio de Janeiro: Zahar,
2018, p.14.
O texto acima adverte para a crise do modelo
político representativo pensado e legitimado por
pensadores como Thomas Hobbes, Locke e outros.
Trata-se da crise da república representativa, na
qual o poder é exercido por representantes eleitos.
Considerando o texto de Castells, é correto dizer
que o modelo representativo está em crise de
legitimidade, o que quer dizer que
Atente para o seguinte trecho de Locke sobre
o pacto social:
“Se todos os homens são, como se tem dito, livres,
iguais e independentes por natureza, ninguém pode
ser retirado deste estado e se sujeitar ao poder
político de outro sem o seu próprio consentimento. A
única maneira pela qual alguém se despoja de sua
liberdade natural e se coloca dentro das limitações
da sociedade civil é através de acordo com outros
homens para se associarem e se unirem em uma
comunidade para uma vida confortável, segura e
pacífica uns com os outros, desfrutando com
segurança de suas propriedades e melhor protegidos
contra aqueles que não são daquela comunidade”.
LOCKE, John. Dois tratados sobre o governo. Petrópolis:
Vozes, 1994, p. 139. Coleção clássicos do pensamento
político. – Citação adaptada.
No que diz respeito ao estabelecimento da sociedade
civil em John Locke, considere as seguintes
afirmações:
I. O estabelecimento da sociedade civil amplia
a liberdade dos homens.
II. O estabelecimento da sociedade civil funda-se no consentimento.
III. O estabelecimento da sociedade civil funda-se na liberdade e igualdade que existe entre
todos os homens.
É correto o que se afirma em
“O massacre físico do povo palestino se
sustenta na sua eliminação simbólica. Armas,
imagens e palavras são dispositivos bélicos, cada
um com sua especificidade, mas todos articulados
em torno de um objetivo estratégico: o povo
palestino deve desaparecer. É da imaterialidade das
palavras e imagens que Israel estrutura a
legitimação da violência. Em que consiste esta
violência simbólica? Há dois eixos discursivos
conectados: o não reconhecimento da existência de
um povo que habitava as terras que serviriam para
o território-cemitério de Israel (‘cemitério’ porque
em cada pedaço de metro quadrado construído por
Israel há uma história assassinada, memórias
negadas, corpos palestinos enterrados). Por outro, a
ressignificação do ‘árabe’ como ser genérico, sem
rosto, sem singularidade.”
BENTO, Berenice. Os muros que separam os palestinos do
mundo. In: Outras palavras. Publicado em 28/05/2019.
Disponível em:
https://outraspalavras.net/geopoliticaeguerra/cartilhapara-riscar-os-palestinos-do-mapa/
Na passagem acima, as expressões “imagens e
palavras são dispositivos bélicos” e “eixos
discursivos conectados” correspondem à concepção
de poder
Em Filosofia Política, Thomas Hobbes pode ser considerado defensor:
“É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra, e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais [...] E entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.
”HOBBES, Thomas. Do Cidadão.Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p. 83s.
O Texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse estado anterior ao pacto social é
“É um dito corrente que todas as leis silenciam em tempos de guerra, e é verdade, não apenas se falarmos de leis civis, mas também naturais [...] E entendemos que tal guerra é de todos os homens contra todos os homens.
”HOBBES, Thomas. Do Cidadão.Trad. Raul Fiker. São Paulo: Edipro, 2016, p. 83s.
O Texto de Hobbes se refere a um estado de guerra de todos contra todos, que enseja, pelo medo da morte, um estado civil. O nome dado por Hobbes a esse estado anterior ao pacto social é
Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a origem do Estado está no contrato social. Partem do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser gerado a partir do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Todavia, há nuances entre eles. Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( )Em comum, esses pensadores buscavam justificar reformas do Estado para limitar o poder despótico dos monarcas absolutos.( )Para Hobbes, o contrato social é a renúncia dos direitos individuais ao soberano em nome da paz civil.( )Para Locke, o contrato social é a renúncia parcial dos direitos naturais em favor da liberdade e da propriedade.( )Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Três pensadores modernos marcaram a reflexão sobre a questão política: Hobbes, Locke e Rousseau. Um ponto comum perpassa o pensamento desses três filósofos a respeito da política: a origem do Estado está no contrato social. Partem do princípio de que o Estado foi constituído a partir de um contrato firmado, entendendo o contrato como um acordo. Portanto, o Estado deve ser gerado a partir do consenso entre as pessoas em torno de alguns elementos essenciais para garantir a existência social. Todavia, há nuances entre eles. Considerando o enunciado acima, atente para o que se diz a seguir e assinale com V o que for verdadeiro e com F o que for falso.
( )Para Rousseau, contrato social é a transferência dos direitos individuais para a vontade geral em favor da liberdade e da igualdade civis.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Em termos de Filosofia Política, Thomas Hobbes é um pensador da modernidade que apresenta concepções de poder
muito próximas das ideias predominantes na nobreza de sua época. Sobre o pensamento deste autor, analise como V
(verdadeira) ou F (falsa) as seguintes afirmações.
( ) Hobbes viveu no século XIX e defendeu com veemência o papel da liberdade de pensamento e de ação na
sociedade dominada pelo poder absoluto dos Reis.
( ) De acordo com Thomas Hobbes, o homem, em seu estado de natureza, não dominaria seus impulsos e viveria em
um ambiente de guerra de todos contra todos, pois, sem o controle do Estado, “o homem é lobo do homem”.
( ) Vivendo em um contexto em que começam a se construir ideias liberais, Hobbes, partidário do Absolutismo, faz de
sua filosofia política uma defesa do papel do Estado no controle da ordem social.
( ) Hobbes defende a importância de uma espécie de contrato, pelo qual os súditos abdicam de suas liberdades e
conferem poder soberano ao Rei, a quem compete decidir sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto.
( ) Thomas Hobbes utiliza-se da figura do Leviatã para definir o papel do Estado: um gigante cuja carne é a mesma de
todos os homens pertencentes ao Estado, a quem ele defende.
Marque a alternativa correta.
( ) Hobbes viveu no século XIX e defendeu com veemência o papel da liberdade de pensamento e de ação na sociedade dominada pelo poder absoluto dos Reis.
( ) De acordo com Thomas Hobbes, o homem, em seu estado de natureza, não dominaria seus impulsos e viveria em um ambiente de guerra de todos contra todos, pois, sem o controle do Estado, “o homem é lobo do homem”.
( ) Vivendo em um contexto em que começam a se construir ideias liberais, Hobbes, partidário do Absolutismo, faz de sua filosofia política uma defesa do papel do Estado no controle da ordem social.
( ) Hobbes defende a importância de uma espécie de contrato, pelo qual os súditos abdicam de suas liberdades e conferem poder soberano ao Rei, a quem compete decidir sobre o bem e o mal, sobre o justo e o injusto.
( ) Thomas Hobbes utiliza-se da figura do Leviatã para definir o papel do Estado: um gigante cuja carne é a mesma de todos os homens pertencentes ao Estado, a quem ele defende.