Na modernidade, a principal preocupação dos filósofos que pensavam o problema da política
era a de descobrir a origem do Estado. Para chegar até essa origem, tiveram que imaginar um estado
pré-político da humanidade, assim como as razões pelas quais os homens saíram desse estado e se
organizaram em sociedade. Surge assim a famosa hipótese do Estado de Natureza x Estado Civil ou
Estado Político. De maneira geral, o argumento consistia na ideia de que, a partir de um pacto
primitivo, a humanidade decide, em consenso, delegar certo poderes a uma instituição que estivesse
acima de todos: o Estado. Encontramos esses argumentos principalmente nas obras de Hobbes,
Locke e Rousseau.
Esses pensadores, mais tarde, acabaram ficando conhecidos como
Gabarito comentado
Resposta correta: C — Contratualistas
Tema central: trata-se da teoria do contrato social, explicação sobre a origem do Estado a partir de um pacto entre indivíduos que deixam um estado de natureza para criar autoridade política.
Resumo teórico claro: Na modernidade, filósofos como Thomas Hobbes (Leviathan, 1651), John Locke (Two Treatises, 1689) e Jean-Jacques Rousseau (O Contrato Social, 1762) elaboraram versões diferentes do contrato social. Em comum, a ideia: existia um estado pré-político (estado de natureza) e, por razões diversas (segurança, propriedade, liberdade), os homens acordam delegar poderes a uma autoridade comum — o Estado.
Justificativa da alternativa correta: O enunciado descreve exatamente essa hipótese de pacto originário e delegação de poderes — característica definidora dos contratualistas. Logo, a alternativa C é a correta.
Análise das alternativas incorretas:
A — Pré-Socráticos: referem-se a filósofos da Grécia antiga que investigavam a natureza (physis), não a hipótese do contrato social; cronologia e tema divergentes.
B — Modernistas: termo vago; embora Hobbes, Locke e Rousseau sejam pensadores modernos, “modernistas” não identifica a doutrina específica do pacto e seria impreciso.
D — Socialistas: socialismo surge mais tarde e foca em críticas à propriedade privada e à organização econômica; não descreve a teoria do pacto originário clássica.
E — Teólogos: apesar de debates teológicos sobre autoridade, o texto trata de argumentos filosóficos-políticos seculares sobre um contrato entre indivíduos, não de explicações teológicas.
Estratégia para provas: busque palavras-chave no enunciado — “pacto”, “estado de natureza”, “delegar poderes”, “consenso” — que apontam para contrato social. Desconfie de termos genéricos (ex.: “modernistas”) quando uma escola doutrinária específica está descrita.
Fontes sugeridas: Hobbes, Leviathan (1651); Locke, Two Treatises (1689); Rousseau, The Social Contract (1762); Stanford Encyclopedia of Philosophy — "Social Contract Theory".
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