John Locke afirmou que a mente é como uma folha em branco na qual a cultura escreve seu texto e Descartes
demonstrava desconfiança em relação aos sentidos como fonte de conhecimento. A respeito desses dois
filósofos, verifica-se o seguinte:
Gabarito comentado
Resposta correta: B
Tema central: trata-se de epistemologia histórica — a oposição entre empirismo e racionalismo. Questões de concurso costumam cobrar identificação de autores por palavras-chave: "folha em branco" → tabula rasa (Locke); "desconfiança dos sentidos" → método da dúvida e primazia da razão (Descartes).
Resumo teórico: - Empirismo (Locke): conhecimento vem da experiência sensível; a mente ao nascer é uma tabula rasa que recebe impressões. Veja: John Locke, Essay Concerning Human Understanding (1690). - Racionalismo (Descartes): razão e ideias inatas/segurança a priori são fundamentais; os sentidos podem enganar, por isso a dúvida metódica: René Descartes, Meditações (1641).
Justificativa da alternativa B: a descrição dada no enunciado — "mente como folha em branco" refere-se diretamente ao empirismo de Locke; "desconfiança em relação aos sentidos" caracteriza o racionalismo cartesiano. Assim, Locke = empirismo; Descartes = racionalismo.
Análise das alternativas incorretas:
A — Inverte os papéis; falso: Locke não é racionalista e Descartes não é empirista. C — Afirma identidade entre ambos como críticos do Iluminismo: incorreto; ambos influenciaram o Iluminismo, não foram iguais em concepção. D — Termos "teologismo" e "culturalismo" não descrevem a oposição epistemológica apresentada; rótulos imprecisos. E — Materialismo vs. idealismo são categorias diferentes (metafísica), não as posições centrais de Locke e Descartes aqui; também incorreto.
Estratégia para provas:
- Busque palavras-chave (ex.: "tabula rasa", "dúvida", "inato"). - Relacione rapidamente o enunciado à corrente epistemológica (empír./racional.). - Desconfie de alternativas que usam termos fora do campo epistemológico pedido (p.ex. "teologismo", "culturalismo") — frequentemente são distrações.
Fontes sugeridas: Locke, Essay Concerning Human Understanding (1690); Descartes, Meditações (1641); Stanford Encyclopedia of Philosophy (entradas "John Locke" e "René Descartes").
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