Em Filosofia Política, Thomas Hobbes pode ser considerado defensor:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: a questão aborda o pensamento político de Thomas Hobbes — especificamente ideias sobre o direito de natureza, o contrato social e a legitimidade do poder soberano. É essencial saber o que Hobbes entende por "estado de natureza" e por que defende um poder político forte.
Resumo teórico (claro e progressivo):
Estado de natureza: condição pré-política em que não há autoridade comum; prevalece a insegurança e a guerra de todos contra todos.
Direito de natureza (jus naturale): é o direito que cada indivíduo tem de usar seus meios para sua própria conservação.
Contrato social: os indivíduos, para escapar do estado de natureza, cedem parte dos seus direitos a um soberano que garanta paz e segurança.
Soberano: autoridade com poder amplo/absoluto para preservar a ordem; a legitimidade advém do acordo/transferência de direitos dos indivíduos (ver Thomas Hobbes, Leviathan, 1651; consulta útil: Stanford Encyclopedia of Philosophy).
Justificativa da alternativa A: Hobbes defende que, partindo do direito natural individual, as pessoas concordam em transferir poderes a um soberano. Assim, o poder do soberano é legitimado por essa passagem de direitos — ou seja, o direito de natureza e o contrato explicam a origem da autoridade do rei/soberano. Portanto a alternativa A sintetiza corretamente essa relação entre direito natural e legitimidade do poder.
Análise das alternativas incorretas:
B (princípio democrático): Incorreta — Hobbes não defende que o verdadeiro poder político esteja nas mãos dos cidadãos por meio de processos democráticos; ele privilegia um soberano forte para evitar anarquia.
C (liberalismo clássico): Incorreta — o liberalismo clássico busca limitar a interferência estatal; Hobbes, ao contrário, justifica amplo poder do Estado em nome da segurança.
D (anarquia): Incorreta — Hobbes critica o estado de natureza (anarquia) como situação indesejável; sua solução é o contrato social que cria autoridade.
E (tirania): Incorreta — embora Hobbes defenda soberania ampla, ele não celebra a tirania por prazer da força; legitima o soberano como condição para paz; além disso, o direito de resistência é muito restrito.
Dica de interpretação: Procure identificar termos-chave (estado de natureza, contrato, soberano, legitimidade). Relacione cada alternativa com o núcleo da teoria hobbesiana (Leviathan). Evite confundir “poder absoluto” com “apologia da tirania” — a ênfase hobbesiana é na estabilidade social.
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