Questõesde UFU-MG 2017
Um designer de jogos virtuais está simulando alguns deslocamentos associados com uma pirâmide
quadrangular regular, em que o lado do quadrado da base mede 40 cm.

(Figura ilustrativa e sem escalas)
Ele simula a trajetória de um lagarto pelas faces da pirâmide. Inicialmente o lagarto desloca-se de A até
E e, posteriormente, de E até F, em que F é o ponto médio de CD. Cada um desses dois trechos da
trajetória ocorre em linha reta.
A projeção perpendicular dessa trajetória em ABCD, presente no plano da base da pirâmide, descreve
uma curva R, a qual é a união de dois segmentos.
Nessas condições, o comprimento de R, em cm, é igual a

A porta aberta, ele percebe – saiu de casa e deixou uma fresta de pista. Com certeza
pegou o elevador para descer os dezenove andares, o que ele sabe fazer. Não, o porteiro
não viu [...]. O prédio, sinal dos tempos, ainda não tinha as grades altas com pontas
agudas e as câmeras de segurança e os fios elétricos desencapados que pouco depois
fechariam aquele pátio generoso e inteiro aberto, [...] Teria de achar a palavra certa para
explicar, as pessoas não sabem – talvez dizer “você viu meu filho? Ele é um menino com
problema”, ou “ele é meio bobo”; ou, ele é “deficiente mental”, e tudo aquilo não
corresponde nem ao filho nem ao que ele quer dizer para definir seu filho; ele é uma
criança carinhosa mas meio tontinho, talvez assim ficasse melhor: não pode dizer
“mongoloide”, que dói, nem “síndrome de Down” – naquela década de 1980, ninguém
sabe o que é isso.
TEZZA, Cristovão. O filho eterno. Rio de Janeiro: Record, 2013. p.163-164.
O fragmento evidencia uma temática que perpassa o livro O filho eterno, que é
Na obra O filho eterno, há várias passagens que indicam uma relação especular entre Felipe e seu pai.
O protagonista constata ser modelo para o filho quando ele, Felipe, começa a
buzinar no banco do fusca.
A estrutura familiar e seus vínculos estão presentes em várias obras, como em O filho eterno e no conto
em “Come, meu filho”, por exemplo. A respeito dessa temática, compreende-se que foi determinante
[Siqueleto] encara os prisioneiros com um só olho enquanto fala na língua local. Tuahir traduz:
– Ele diz que nos vai semear.
– Semear?
[...]
Muidinga, então, se excede. Grita. O velho aldeão se atenta para escutar, através da
tradução de Tuahir. [...]
Mas o desdentado aldeão já anoitecera, queixo no peito. Seu mundo já era esse que
Tuahir anunciara, de extensos sossegos. O próprio Muidinga está como se encantado
com as palavras de Tuahir. Não é a estória que o fascina mas a alma que está nela. E ao
ouvir os sonhos de Tuahir, com os ruídos da guerra por trás, ele vai pensando: “não
inventaram ainda uma pólvora suave, maneirosa, capaz de explodir os homens sem lhes
matar. [...]
Por um buraco da rede Muidinga consegue retirar um braço. Apanha um pau e escreve no
chão.
– Que desenhos são esses?, pergunta Siqueleto.
– É o teu nome, responde Tuahir.
– Esse é o meu nome?
O velho desdentado se levanta e roda em volta da palavra. Está arregalado. [...] Solta
Tuahir e Muidinga das redes. São conduzidos pelo mato, para lá do longe. Então, frente a
uma grande árvore, Siqueleto ordena algo que o jovem não entende.
– Está a mandar que escrevas o nome dele.
[...] No tronco Muidinga grava letra por letra o nome do velho. Ele queria aquela árvore
para parteira de outros Siqueletos, em fecundação de si. [...]
– Agora podem-se ir embora. A aldeia vai continuar, já meu nome está no sangue da
árvore.
COUTO, Mia. Terra sonâmbula. São Paulo: Companhia das Letras, 2015. p.63-67. (Adaptado).
Terra sonâmbula trata da guerra civil em Moçambique pós-independência. O autor tece uma escrita em
que ocorre a todo o momento o contato do antigo com o novo, das gerações antigas com as novas. Por
meio desses contatos, com a finalidade de que a nação sobreviva, compreende-se que a obra propõe
FLORES DO MAIS
devagar escreva
uma primeira letra
escrava
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro
olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais
CESAR, Ana Cristina. Flores do mais. In: Destino: poesia. Organização de Italo Moriconi. Rio de Janeiro: José
Olympio, 2016. p.41.
Expoente da poesia marginal da década de 1970, Ana C. escreve poesia que reflete experiências do
cotidiano. Em Flores do mais, com o auxílio da gradação dos fenômenos da natureza (furacões, vendavais,
marés), a autora metaforiza
FLORES DO MAIS
devagar escreva
uma primeira letra
escrava
nas imediações construídas
pelos furacões;
devagar meça
a primeira pássara
bisonha que
riscar
o pano de boca
aberto
sobre os vendavais;
devagar imponha
o pulso
que melhor
souber sangrar
sobre a faca
das marés;
devagar imprima
o primeiro
olhar
sobre o galope molhado
dos animais; devagar
peça mais
e mais e
mais
CESAR, Ana Cristina. Flores do mais. In: Destino: poesia. Organização de Italo Moriconi. Rio de Janeiro: José Olympio, 2016. p.41.
Expoente da poesia marginal da década de 1970, Ana C. escreve poesia que reflete experiências do
cotidiano. Em Flores do mais, com o auxílio da gradação dos fenômenos da natureza (furacões, vendavais,
marés), a autora metaforiza
Desafios atuais e ameaças

Disponível em: <http://www.survivalbrasil.org/povos/indios-brasileiros>. Acesso em: 28 abr. 2017.
Com base na leitura do texto e nas expressões em destaque, assinale a alternativa INCORRETA.

Na “cidade”, como se diz, ele percebia toda a sua inferioridade de inteligência, de
educação; a sua rusticidade, diante daqueles rapazes a conversar sobre coisas de que ele
não entendia e a trocar pilhérias; em face da sofreguidão com que liam os placards dos
jornais, tratando de assuntos cuja importância ele não avaliava, Cassi vexava-se de não
suportar a leitura; comparando o desembaraço com que os fregueses pediam bebidas
variadas e esquisitas, lembrava-se que nem mesmo o nome delas sabia pronunciar;
olhando aquelas senhoras e moças que lhe pareciam rainhas e princesas, tal e qual o
bárbaro que viu, no Senado de Roma, só reis, sentia-se humilde; enfim, todo aquele
conjunto de coisas finas, atitudes apuradas, de hábitos de polidez e urbanidade, de
franqueza no gastar, reduziam-lhe a personalidade de medíocre suburbano, de
vagabundo doméstico, a quase coisa alguma.
BARRETO, Lima. Clara dos Anjos. São Paulo: Ática, 2011. p. 125.
Em suas entrelinhas, o trecho apresenta a dualidade “cidade” e subúrbio. Levando-se isso em conta, o
fragmento
A doação de sangue e o preconceito contra homossexuais
Preconceito contra doação de sangue de gays e bissexuais aumenta o déficit de
sangue nos hemocentros do País, diz Alexino Ferreira
O professor Ricardo Alexino Ferreira, em sua coluna semanal para a Rádio USP,
aborda a questão do preconceito a gays e bissexuais por parte do Ministério da Saúde, no
qual, mesmo com o déficit de sangue nos hemocentros do País, faz restrições quanto à
doação de homens que tenham tido relações sexuais com outros homens.
Segundo Alexino Ferreira, a portaria 2712 do Ministério da Saúde, datada de
novembro de 2013, parece insistir no grupo de risco (1), em detrimento ao comportamento
de risco (1). Afinal, já se estabeleceu, desde há muito, que o vírus HIV, transmissor da
aids, não faz distinção de orientação sexual e que, portanto (2), heterossexuais,
bissexuais ou homossexuais podem ser igualmente contaminados em situações de risco,
ou seja, quando não se faz uso de preservativos nas relações sexuais ou quando se tem
contato direto com sangue contaminado.
De fato, o colunista aponta uma contradição na própria portaria, a qual prevê que os
serviços de hemoterapia não devem (3) manifestar preconceito ou discriminação com
relação à orientação sexual ou com a identidade de gênero do doador.
Alexino Ferreira diz ainda que as organizações de direitos LGBTs vêm denunciando
(4) esse tipo de preconceito. De acordo com elas, existem casais homoafetivos estáveis,
que não têm relações extraconjugais, ou mesmo homens homossexuais ou bissexuais
que fazem sexo seguro com outros homens e não são usuários de drogas. Com esse tipo
de restrição, o Brasil perde 18 milhões de litros de sangue ao ano.
FERREIRA, Ricardo Alexino. Disponível em: <http://jornal.usp.br/atualidades/a-doacao-de-sangue-e-opreconceito-contra-homossexuais>. Acesso em: 28 abr. 2017.
Com base na leitura do texto e nos trechos numerados, assinale a alternativa INCORRETA.
Analise a presença da partícula se nos exemplos abaixo. A seguir, faça a correspondência dos
exemplos com as explicações dadas.
I. Se você não chegar cedo, teremos de improvisar um apresentador para o recital.
II. Com tantos problemas, vive-se um dia de cada vez.
III. Os irmãos, João e Luísa, deram-se as mãos.
IV. Naquele condomínio, vendem-se casas.
( ) O se, no exemplo, indica que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada
por outro agente.
( ) O se, nesse caso, é chamado de índice de indeterminação do sujeito. É utilizado em frases cujo
sujeito é indeterminado.
( ) O se, no exemplo, é pronome pessoal. Nesse caso, a ação envolve dois sujeitos, sendo que um
pratica a ação sobre o outro e, portanto, ambos sofrem a consequência da ação praticada.
( ) O se, nesse caso, indica uma condição para a oração principal.
A sequência correta, de cima para baixo, é:
Leia os trechos do diário abaixo. A seguir, numere-os de 1 a 5, de modo a organizar o texto com coesão
e coerência. Em seguida, assinale a alternativa correta.
( ) Tomara que amanhã isso não aconteça. Sobre isso, estive pensando qual profissão
gostaria de ter no futuro e não cheguei numa conclusão concreta. Uma coisa eu sei: quero
ajudar as pessoas e fazer diferença no mundo. Tenho fé nisso!!! Termino esse dia com a
frase de um autor que gosto muito, do Drummond: “Há campeões de tudo, inclusive de
perda de campeonatos.
Boa noite!
Helena
( ) No recreio, não tive coragem de falar com elas e fiquei no meu canto, lendo a matéria
de história e aproveitando para responder as questões que o prof. passou na aula
passada. Quando cheguei em casa, almocei e fiquei enfiada no quarto o dia inteiro
pensando que não quero mais voltar pra escola. Nem fome eu tive!
( ) Na sala de aula, a Ana e a Célia ficaram dando risadinhas e olhando pra mim. Depois
veio o Hugo e me disse que eu tinha um chiclete no cabelo. A minha questão foi: Quem
colocou ele ali? E porque ao invés de me falarem ficaram rindo da minha cara? Fiquei
muito chateada com a atitude delas e de outras pessoas que passavam bilhetinho
enquanto aproveitavam para olhar pra minha cabeça. Ainda bem que bateu o sinal para o
intervalo.
( ) Depois de tanto pensar, resolvi enfrentar o problema e escrevi uma carta pra Ana e
pra Célia. Acho que ficou bem legal, ainda que no texto eu não reprovei a atitude delas.
Pelo contrário, convidei elas para serem minhas amigas. Gosto delas, mas não gosto de
injustiças, de caçoar dos outros. Acho muito feio rir de um defeito ou da desgraça alheia.
Eu sei: tenho um coração mole!!!.
( ) Londrina, 05 de julho de 2013. Querido Diário, hoje já acordei com uma sensação
estranha. Talvez por ser o “dia das bruxas”. Como habitual, fui à escola e logo pude
entender que algo inusitado iria acontecer. Tivemos duas aulas vagas, pois o professor de
geografia ficou doente. Ficamos de boa na sala.
Disponível em: <https://www.todamateria.com.br/genero-textual-diario>. Acesso em: 03 mai. 2017. (Adaptado).
A sequência correta, de cima para baixo, é:
O Banheiro
FERNANDES, Millor. O banheiro. Disponível em: <http://releituras.com/millor_banheiro.asp>. Acesso em: 28 abr. 2017. (Fragmento)
No texto, nas linhas 11, 12 e 13, o autor usa a explicação, contida nos parênteses, para

Analise o infográfico a seguir:

Disponível em: <http://rede.novaescolaclube.org.br/planos-de-aula/interpretacao-de-texto-com-auxilio-demateriais-graficos>. Acesso em: 26 abr. 2017. (Adaptado).
Pode-se, a partir das informações do infográfico, constatar que:
Analise o infográfico a seguir:
Rare ‘Coffin Birth' Found in Black Death Burial Site
by Rossella Lorenzi
Researchers investigating a 14th century burial ground have identified a rare case of
"coffin birth" - a gruesome phenomenon in which a deceased pregnant woman's fetus is
expelled within the grave. The event, which has seldom been reported in archaeology, is
known as postmortem fetal extrusion. It results from a build-up of gas pressure within the
decomposing body. "In this case, we have a partial expulsion of a 38- to 40-week-old fetus,
which was found to be complete and to lie within the birth canal," Deneb Cesana, at the
University of Genova, told Seeker.
Disponível em: <https://www.seeker.com/coffin-birth-found-in-black-death-burial-2333620306.html>. Acesso em: 23 abr. 2017.
Com base no texto, é correto afirmar que

Disponível em: <http://www.callouscomics.com/index/14-november-2014>. Acesso em: 22 abr. 2017.
Sobre a tirinha, pode-se concluir que o homem

Surgeons Conduct Head Transplants on Rats, Say Humans Are Next
After 14 head transplants on rats, a pair of surgeons say they will attempt a human head
transplant in the next 10 months in China.
by Eva Hershaw
Chinese scientists have transplanted the head of a donor rat onto the back of a host body,
creating an equally garish and impressive two-headed rat that may offer insights into the
viability of an eventual human head transplant.
The process, which was done by way of a rat triad, which included a donor, recipient, and
blood supply rat, provided a continuous blood supply to the donor brain throughout the
transplant, avoiding brain tissue hypothermia — a condition where the brain suffers in
absence of a blood supply. The problem has long been one of the major barriers to
carrying out a successful head transplant in animal specimens.
Disponível em: <https://www.seeker.com/health/medicine/surgeons-conduct-head-transplants-on-rats-sayhumans-are-next>. Acesso em: 23 abr. 2017.
Com base no texto, é possível afirmar que
I. um transplante de cabeça foi realizado em ratos.
II. cientistas planejam transplantar cabeça em humanos.
III. o rato que recebeu o transplante não sobreviveu.
IV. o rato teve sua cabeça substituída por uma outra.
V. dois ratos foram usados no procedimento descrito.
Assinale a alternativa que apresenta apenas afirmativas corretas.
Most Teens Take a Voluntary Week-Long Break From Social Media
by Barbara Ortutay
The common stereotype has teens glued to their phones 24-7. But nearly 60 percent of
teens in the U.S. have actually taken a break from social media — the bulk of them
voluntarily, a new survey found. The poll, from The Associated Press-NORC Center for
Public Affairs Research, surveyed teens aged 13 to 17 and found that most value the
feeling of connection with friends and family that social media provides. A much smaller
number associate it with negative emotions, such as being overwhelmed or needing to
always show their best selves. The survey, released Thursday, found that teens' social
media breaks are typically a week or longer, and that boys are more likely to take longer
breaks.
Disponível em: <http://time.com/4758172/teenagers-social-media-break-survey/>. Acesso em: 23 abr. 2017.
De acordo com o texto, pode-se inferir que
Most Teens Take a Voluntary Week-Long Break From Social Media
by Barbara Ortutay
The common stereotype has teens glued to their phones 24-7. But nearly 60 percent of teens in the U.S. have actually taken a break from social media — the bulk of them voluntarily, a new survey found. The poll, from The Associated Press-NORC Center for Public Affairs Research, surveyed teens aged 13 to 17 and found that most value the feeling of connection with friends and family that social media provides. A much smaller number associate it with negative emotions, such as being overwhelmed or needing to always show their best selves. The survey, released Thursday, found that teens' social media breaks are typically a week or longer, and that boys are more likely to take longer breaks.
Disponível em: <http://time.com/4758172/teenagers-social-media-break-survey/>. Acesso em: 23 abr. 2017.
De acordo com o texto, pode-se inferir que