Questõesde UNESP 2021 sobre História
Entre as tensões anteriores à Primeira Guerra Mundial
(1914-1918) que contribuíram para o desgaste das relações
diplomáticas e para o início do conflito armado, é possível citar:
O importante trabalho de fazer um alfinete é dividido em
mais ou menos dezoito operações distintas. Vi uma pequena
fábrica que só empregava dez operários e onde, em consequência, alguns deles eram encarregados de duas ou três
operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e, por
isso, mal aparelhada, quando em atividade, eles conseguiam
fazer cerca de doze libras de alfinetes por dia: ora, cada libra
contém mais de quatro mil alfinetes de tamanho médio.
Assim, esses dez operários podiam fazer mais de quarenta
e oito mil alfinetes por dia de trabalho; logo, se cada operário fez um décimo desse produto, podemos dizer que fez,
num dia de trabalho, mais de quatro mil e oitocentos alfinetes.
Mas, se todos tivessem trabalhado à parte e independentemente uns dos outros, e se eles não tivessem sido moldados
a essa tarefa particular, cada um deles não teria feito, com
certeza, vinte alfinetes.
(Adam Smith. A riqueza das nações (1776). Apud: André Gorz.
Crítica da divisão do trabalho, 1980. Adaptado.)
Considerando que uma libra equivale a aproximadamente
450 gramas, o texto indica que
Artigo 1°
– Todos os escravos, que entrarem no território
ou portos do Brasil, vindos de fora, ficam livres [...].
Artigo 2°
– Os importadores de escravos no Brasil incorrerão na pena corporal do artigo cento e setenta e nove do
Código Criminal, imposta aos que reduzem à escravidão pessoas livres [...].
(Lei de 7 de novembro de 1831. https://camara.leg.br.)
A Lei de 7 de novembro de 1831, também conhecida como
“Lei Feijó”,
O processo de formação e consolidação dos Estados nacionais na América hispânica, nas duas primeiras décadas do
século XIX, envolveu
A “política dos governadores” é considerada a última
etapa da montagem do sistema oligárquico ou liberalismo
oligárquico, que permitiu, de forma duradoura, o controle do
poder central pela oligarquia cafeeira.
(Carlos Alberto Ungaretti Dias.
“Política dos governadores”. https://cpdoc.fgv.br.)
A afirmação do texto pode ser justificada pelo fato de que
essa política
O reconhecimento do território africano empreendido
pelas campanhas de exploração e pelas missões religiosas
foi facilitador de uma verdadeira invasão de mercadores
europeus nas caravanas e rotas de comércio que ligavam
diferentes pontos do continente. Muitos desses mercadores
começaram a controlar algumas redes de comércio, criando
novos sistemas de autoridade que não passavam mais por
líderes africanos. De início, isso não representou nenhum
tipo de perigo para as elites africanas, que já estavam acostumadas a negociar com árabes, indianos e com os próprios
europeus. No entanto, no decorrer do século, os europeus se
tornaram senhores das principais rotas comerciais do litoral
africano, inclusive as que ligavam as cidades orientais com o
continente asiático.
(Ynaê Lopes dos Santos.
História da África e do Brasil afrodescendente, 2017.)
Ao avaliar a presença europeia no continente africano ao
longo do século XIX, o texto caracteriza
A exploração do ouro, na região das Minas Gerais durante
o século XVIII, implicou um conjunto de transformações no
perfil geral da América portuguesa, tais como
A expansão romana pelo mar Mediterrâneo pode ser considerada um exemplo de “globalização em sociedades
pré-modernas”, pois envolveu
Atualmente, muitos estudiosos acreditam que é possível identificar processos de globalização em sociedades pré-modernas, em vista de fenômenos como o encurtamento relativo das distâncias (através de meios de transporte e comunicação mais eficazes), maior conectividade entre regiões previamente isoladas [...].
(Rafael Scopacasa. Revista de História, no
177, 2018.)
O consumo dos alimentos nas propriedades de monocultura de cana-de-açúcar estava […] baseado no que se podia
produzir nas brechas de um grande sistema subordinado ao
mercado externo, resultando em uma grande quantidade de
farinha de mandioca, feijões de diversos tipos, batata-doce,
milho e cará comidos com pouco rigor, além de uma cultura do
doce, cristalizada na mistura das frutas com açúcar refinado e
simbolizada, popularmente, pela rapadura.
(Paula Pinto e Silva. “Sabores da colônia”. In: Luciano Figueiredo (org).
História do Brasil para ocupados, 2013.)
O texto caracteriza formas de alimentação no Brasil colonial
e revela
Essas notícias têm em comum conflitos que envolvem
questões
Quinta-feira, 14 de novembro de 1991
Para checheno, russos impõem “terror real”
O presidente da Checheno-Ingushia (Cáucaso, sul da Rússia) declarou ontem que a Rússia prepara uma campanha desestabilizadora contra seu país. O Parlamento russo exigiu uma “solução pacífica” e o envio de um grupo de deputados para a negociação.
Segunda-feira, 18 de novembro de 1991
Sérvios derrotam croatas em Vukovar
Croácia admite a perda da cidade para o Exército iugoslavo,
que a sitiava há 86 dias
A Croácia admitiu ter perdido militarmente para o Exército iugoslavo a cidade sitiada de Vukovar. A queda de Vukovar é uma das piores derrotas sofridas pela Croácia.
Segunda-feira, 16 de maio de 1994
Combate se intensifica na Bósnia
Sérvios e muçulmanos ignoram apelo internacional por diálogo;
denunciadas novas atrocidades
Tropas muçulmanas e sérvias intensificaram os combates na região de Tuzla, nordeste da Bósnia, ameaçando jogar por terra o esforço por novas conversações de paz. Os novos combates indicam que sérvios e muçulmanos não estão dispostos a aceitar os apelos internacionais por novas conversações.
(https://acervo.folha.com.br. Adaptado.)
O apoio à recuperação das economias capitalistas da
Europa Ocidental e os investimentos na Ásia, na África e
na América Latina, mencionados no texto, correspondem à
atuação dos Estados Unidos
Com o fim da Segunda Guerra Mundial, os Estados Unidos se viram numa situação privilegiada, como a mais forte, coesa e próspera economia mundial. O governo americano coordenou um vasto plano de apoio para recuperar as economias capitalistas da Europa Ocidental, já no contexto da Guerra Fria. As agitações revolucionárias na Ásia, África e América Latina forçariam desdobramentos dos investimentos americanos também para essas áreas.
O resultado desse conjunto de medidas foi um crescimento econômico sem precedentes das economias industriais. Entre 1953 e 1975 a taxa de produção industrial cresceu na escala extraordinária de seis por cento ao ano. O crescimento da riqueza foi de cerca de quatro por cento per capita em todo esse período. Mesmo com a crise do petróleo, que atingiu e abateu os mercados entre 1973 e 1980, o crescimento continuou, embora reduzido a cerca de dois e meio por cento ao ano, o que ainda era uma escala notável.
(Nicolau Sevcenko. A corrida para o século XXI: no loop da montanha-russa, 2001. Adaptado.)
No que dizia respeito ao Estado a ser construído, genericamente o modelo disponível era aquele que prevalecia no
mundo ocidental. Tratava-se de organizar um aparato político-administrativo com jurisdição sobre um território definido,
que exercia as competências de ditar as normas que deveriam regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar
compulsoriamente tributos para financiá-lo e às suas políticas, exercer o poder punitivo para aqueles que não respeitassem as normas por ele ditadas.
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil império, 2019.)
O texto refere-se à organização política do Brasil após a
independência, em 1822. O novo Estado brasileiro foi baseado em padrões
No que dizia respeito ao Estado a ser construído, genericamente o modelo disponível era aquele que prevalecia no mundo ocidental. Tratava-se de organizar um aparato político-administrativo com jurisdição sobre um território definido, que exercia as competências de ditar as normas que deveriam regrar todos os aspectos da vida na sociedade, cobrar compulsoriamente tributos para financiá-lo e às suas políticas, exercer o poder punitivo para aqueles que não respeitassem as normas por ele ditadas.
(Miriam Dolhnikoff. História do Brasil império, 2019.)
O texto refere-se à organização política do Brasil após a independência, em 1822. O novo Estado brasileiro foi baseado em padrões
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”,
recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo
com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram
“necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de
acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula:
visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram
A classificação das raças em “superiores” e “inferiores”, recorrente desde o século XVII, ganha uma falsa legitimidade baseada no mito iluminista do saber científico, coincidindo com a necessária justificativa de que a dominação e a exploração da África, mais do que “naturais” e inevitáveis, eram “necessárias” para desenvolver os “selvagens” africanos, de acordo com as normas e os valores da civilização ocidental.
(Leila Leite Hernandez. A África na sala de aula: visita à história contemporânea, 2005.)
As teorias raciais utilizadas durante o processo de colonização da África no século XIX eram
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806).

O evento representado na imagem mostra
Observe a gravura de Isidore-Stanislas Helman (1743-1806).
O evento representado na imagem mostra
O processo de independência na América espanhola, ocorrido nas primeiras décadas do século XIX,
A afirmação do texto de que, diferentemente do medieval, o
homem contemporâneo “se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela” pode ser justificada pela
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sentido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substituibilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)
A produção de açúcar no Brasil colonial era parte de um conjunto de processos e relações que ultrapassavam os limites
da colônia e incluíam
O “papel de alcance amplo”, “importante para o equilíbrio”,
representado pelas pessoas que viviam na Idade Média,
pode ser associado, entre outros fatores,
O “papel de alcance amplo”, “importante para o equilíbrio”,
representado pelas pessoas que viviam na Idade Média,
pode ser associado, entre outros fatores,
Entende-se hoje que a civilização medieval, apesar de limitada segundo os padrões atuais, dava ao homem um sentido de vida. Ele se via desempenhando um papel, por menor que fosse, de alcance amplo, importante para o equilíbrio do Universo. Não sofria, portanto, com o sentimento de substituibilidade que atormenta o homem contemporâneo. O medievo se sentia impotente diante da natureza, mas convivia bem com ela. O ocidental de hoje se sente a ponto de dominar a natureza, por isso se exclui dela.
(Hilário Franco Júnior. A Idade Média: nascimento do Ocidente, 1988.)