Questõessobre República Autoritária : 1964- 1984
A formação de inúmeras organizações clandestinas no Brasil, nas décadas de 1960 e 1970, esteve relacionada:
A atuação dos partidos políticos MDB e ARENA pode ser corretamente relacionada:
Comemoraram-se em 2009 os 30 anos de Anistia no Brasil. Sobre o movimento da Anistia no Brasil, é
correto afirmar:
“O movimento de 31 de março de 1964 tinha sido lançado, aparentemente, para livrar o país da
corrupção e do comunismo e para restaurar a democracia (...) O novo regime começou a mudar as
instituições do país através dos chamados Atos Institucionais, justificados como decorrência do
exercício do Poder Constituinte, inerente a todas as revoluções”.
(FAUSTO, Boris. História Concisa do Brasil. São Paulo: EDUSP, Imprensa Oficial do Estado, 2002. p. 257.)
Sobre a ação do Estado no período da ditadura civil-militar no Brasil (1964-1984), é correto afirmar que:
A tragédia dos últimos meses do governo Goulart residiu
na tendência cada vez mais acentuada de se descartar a via
democrática para a solução da crise. A direita ganhou os conservadores moderados, sobretudo amplos setores da classe
média, para sua perspectiva de que só uma revolução promoveria a “purificação da democracia”, pondo fim aos perigos
do comunismo, à luta de classes, ao poder dos sindicatos e
à corrupção.
Na esquerda, a então chamada democracia formal era
vista apenas como um instrumento que ia se tornando inútil,
ao aproximar-se a tomada do poder.
(Boris Fausto. “A vida política”. In: Angela de Castro Gomes (org).
Olhando para dentro: 1930-1964, vol 4, 2013. Adaptado.)
Essa interpretação do historiador sobre o final do governo de
João Goulart (1961-1964) remete
A tragédia dos últimos meses do governo Goulart residiu na tendência cada vez mais acentuada de se descartar a via democrática para a solução da crise. A direita ganhou os conservadores moderados, sobretudo amplos setores da classe média, para sua perspectiva de que só uma revolução promoveria a “purificação da democracia”, pondo fim aos perigos do comunismo, à luta de classes, ao poder dos sindicatos e à corrupção. Na esquerda, a então chamada democracia formal era vista apenas como um instrumento que ia se tornando inútil, ao aproximar-se a tomada do poder.
(Boris Fausto. “A vida política”. In: Angela de Castro Gomes (org). Olhando para dentro: 1930-1964, vol 4, 2013. Adaptado.)
Essa interpretação do historiador sobre o final do governo de
João Goulart (1961-1964) remete
Sobre as ações de repressão, censura e propaganda política que ocorreram ao longo da ditadura militar no Brasil (1964-
1985) é INCORRETO afirmar que:
Em 1984, no dia 25 de abril, o Congresso Nacional Brasileiro votou a Emenda
Constitucional Dante de Oliveira. Nem mesmo a pressão popular, traduzida por
movimentos urbanos, foi suficiente para que a lei fosse aprovada. Henfil, cartunista
brasileiro e militante político, traduziu em diversas imagens esse descontentamento popular, como na charge a seguir, cuja
análise nos leva a concluir que a emenda
Dante de Oliveira tinha por objetivo:
Uma estratégia comum dos regimes autoritários para ganhar legitimidade consiste em promover símbolos
e heróis que possam ser identificados com o orgulho nacional e o culto dos valores patrióticos. Sob essa
perspectiva, assinale a façanha esportiva que o governo do general Médici (1969-1974) utilizou para
assegurar maior popularidade a sua gestão, no contexto da ditadura militar.
As imagens são representativas do que o Brasil vivia na década de 1980: abertura política, manifestações e luta pelo
retorno dos direitos políticos. Movimentos como “Diretas Já!” e a intensa participação da sociedade nas discussões
durante a Assembleia Constituinte, instalada em 1987, são os momentos aqui destacados.
Sobre o período apresentado e a Constituição de 1988, que completou 30 anos, fazem-se as seguintes afirmações.
I- O Movimento “Diretas Já!” lutava pela eleição direta para a Presidência da República, que não ocorria desde
1960. Sua reivindicação foi derrotada em 1984 ao não se conseguir aprovar a Emenda Constitucional Dante de
Oliveira. Apenas em 1988, com a promulgação da nova Constituição, tivemos a garantia de eleições diretas em
todos os níveis.
II- A Constituição de 1988 ficou conhecida como “Cidadã”, por seu caráter democrático e de cuidados com a garantia
de direitos, além da intensa mobilização gerada na sociedade durante as discussões.
III- Emendas Constitucionais foram aprovadas ao longo desses 30 anos de Constituição Cidadã, alterando o texto
original. Uma dessas alterações diz respeito à possibilidade de uma reeleição para os cargos executivos, como
o de Presidente da República, que antes não era permitida.
Marque a alternativa correta.
As imagens são representativas do que o Brasil vivia na década de 1980: abertura política, manifestações e luta pelo retorno dos direitos políticos. Movimentos como “Diretas Já!” e a intensa participação da sociedade nas discussões durante a Assembleia Constituinte, instalada em 1987, são os momentos aqui destacados.
Sobre o período apresentado e a Constituição de 1988, que completou 30 anos, fazem-se as seguintes afirmações.
I- O Movimento “Diretas Já!” lutava pela eleição direta para a Presidência da República, que não ocorria desde 1960. Sua reivindicação foi derrotada em 1984 ao não se conseguir aprovar a Emenda Constitucional Dante de Oliveira. Apenas em 1988, com a promulgação da nova Constituição, tivemos a garantia de eleições diretas em todos os níveis.
II- A Constituição de 1988 ficou conhecida como “Cidadã”, por seu caráter democrático e de cuidados com a garantia de direitos, além da intensa mobilização gerada na sociedade durante as discussões.
III- Emendas Constitucionais foram aprovadas ao longo desses 30 anos de Constituição Cidadã, alterando o texto original. Uma dessas alterações diz respeito à possibilidade de uma reeleição para os cargos executivos, como o de Presidente da República, que antes não era permitida.
Marque a alternativa correta.
O regime militar mexeu tanto na legislação eleitoral para
favorecer seus candidatos que, certa vez, num debate na
televisão; um deputado da oposição comentou:
“Agora só falta o governo decretar que o voto a seu favor
vale dois e o voto à oposição vale um...”
(Frei Betto, Introdução à política brasileira, Editora Ática,
pág 47, 1990)
De acordo com os seus conhecimentos sobre os governos
militares no Brasil (1964/1985), assinale a(s) alternativa(s)
verdadeira(s) obedecendo o código abaixo.
( )I. Em setembro de 1969, a junta militar que governava o
Brasil reabriu o Congresso para que os deputados e
senadores referendassem o nome do general Emílio
Garrastazu Médici para presidir o país. ( )II. Em vigor a partir de 1976, a lei Falcão restringiu o acesso
dos candidatos a cargos eletivos aos meios de
comunicação, principalmente ao rádio e à televisão. ( )III. O “pacote de abril”, conjunto de regras eleitorais baixadas
pelo governo em 1977, reduziu o peso do voto urbano e
aumentou o peso do voto rural, com o objetivo de fazerem
soar mais alto as reivindicações do homem do campo. ( )IV. O deputado Alencar Furtado teve seu mandato cassado
porque denunciou a prática de tortura a presos políticos, na
televisão. ( )V. Ante o fortalecimento crescente da oposição, que
ganhava a preferência dos eleitores, o presidente Figueiredo
veio a público afirmando que seriam respeitados os
resultados de todas as eleições, pois numa democracia, deve
existir revezamento do poder.
“O milagre econômico e o autoritarismo
político caminharam juntos durante a ditadura
militar. A sociedade brasileira se dividia entre os
pequenos luxos e os grandes horrores da década de
1970. Os jornais de contestação eram feitos,
porém, na mesma garagem onde se guardava o
carro zero [...] Para os que não partiram num ‘rabo
de foguete’ como diz a canção, a realidade era uma
sucessão de conflitos morais, impulsos,
sentimentos e pensamentos contraditórios.”
SCHWARCZ, Lília Moritz. História da Vida Privada
no Brasil: contrastes da intimidade
contemporânea. São Paulo: Companhia das
Letras, 1998. V.4.
Analise as seguintes afirmações a respeito do que
sugere a historiadora Lília Schwarcz, no fragmento
acima, quanto à participação da classe média
brasileira na oposição à ditadura militar.
I. A participação de membros da classe média
intelectualizada na oposição à ditadura foi
significativa.
II. A grande maioria desse segmento acabou
partindo rumo à fantasia da insurreição
armada, em virtude da forte rejeição à ordem
ditatorial e do pavor à tortura.
III. A combinação do autoritarismo com o
crescimento econômico deixou a oposição da
classe média, ao mesmo tempo, entre “o
chicote e o afago”.
Está correto o que se afirma em
O recurso do coronel Carlos Alberto Brilhante Ustra, reconhecido como responsável
por praticar torturas no período do regime militar, foi negado por unanimidade pela
1ª Câmara de Direito Privado do Tribunal de Justiça de São Paulo nesta terça-feira
(14). O coronel Brilhante Ustra comandou o Doi-Codi (Destacamento de Operações
de Informações - Centro de Operações de Defesa Interna), em São Paulo, no período
de 29 de setembro de 1970 a 23 de janeiro de 1974. Em 1972 Maria Teles, o marido,
Cesar Teles e a irmã Crimeia foram presos e torturados no Doi-Codi. Os filhos do
casal também ficaram em poder dos militares. (Jornal do Brasil on-line, 21/10/2012).
A notícia acima e os fatos a que ela se refere permitem a identificação de uma
característica não só da ditadura militar vigente no Brasil durante a década de 1970,
mas também da ditadura que vigorou em países como Chile e Argentina, a saber:
(...) a nova política do governo passou a abranger dois planos de atuação;
em um, mais imediato, a correção das deformações que se revelavam
todas as manifestações do processo de desenvolvimento brasileiro
político-militar, econômico, social e externo; em outro, a adoção de uma
estratégia para o desencadeamento de um surto de progresso, igualmente
naquele sentido integrado, levando em conta a realidade brasileira em
seu conjunto.
O primeiro passo dessa política de reconstrução constituiu, evidentemente,
na restauração da ordem, em todas as áreas, e da autoridade, segundo
o princípio constitucional.
Castelo Branco, mensagem ao Congresso Nacional, 1965
Assinale a alternativa que contém a síntese mais completa a respeito do contexto
histórico e político do texto acima.
(...) a nova política do governo passou a abranger dois planos de atuação; em um, mais imediato, a correção das deformações que se revelavam todas as manifestações do processo de desenvolvimento brasileiro político-militar, econômico, social e externo; em outro, a adoção de uma estratégia para o desencadeamento de um surto de progresso, igualmente naquele sentido integrado, levando em conta a realidade brasileira em seu conjunto. O primeiro passo dessa política de reconstrução constituiu, evidentemente, na restauração da ordem, em todas as áreas, e da autoridade, segundo o princípio constitucional.
Castelo Branco, mensagem ao Congresso Nacional, 1965
Assinale a alternativa que contém a síntese mais completa a respeito do contexto histórico e político do texto acima.
Analise a charge de Luiz Gê, publicada na Folha de S.Paulo
em 1981.
O processo de abertura política iniciou-se no governo do general Geisel e prosseguiu no de Figueiredo. A charge revela
que esse processo
Analise a charge de Luiz Gê, publicada na Folha de S.Paulo em 1981.
O processo de abertura política iniciou-se no governo do general Geisel e prosseguiu no de Figueiredo. A charge revela
que esse processo
“A música tem sido concebida basicamente como
expressão de arte no pensamento hegemônico euroocidental, principalmente no ambiente erudito,
ficando restrita, assim, à fruição no campo estético.
No entanto, além desse aspecto, o fazer musical
sempre se vinculou às mais variadas práticas, (...)
fazendo-se presente nas atividades religiosas, nos momentos solenes e de exaltação coletiva, no
trabalho, na educação, nas expressões dramáticas e
coreográficas, servindo à demarcação identitária de
pessoas, grupos e povos e tantos vínculos mais. Um
dos usos da música nos diversos grupos humanos se
dá no campo político-ideológico.”Adaptação de Alberto T. Ikeda. Música, Política e Ideologia:
Algumas Considerações. Disponível
em:http://www.ia.unesp.br/@rquivo@/pdf/artigo-01-keda.pdf.
O texto de Alberto Ikeda mostra como a música, enquanto produção da cultura, pode ser muitas vezes apropriada para a divulgação de valores e ideias que legitimam o poder de determinados regimes políticos e também para criticar estes regimes.
Com base no texto, analise os trechos de músicas brasileiras a seguir e, no que se refere à valorização e exaltação propagandista do regime militar brasileiro pós 1964, assinale a alternativa incorreta.
Analise a charge, publicada originalmente em 1970.
A charge
Analise a charge, publicada originalmente em 1970.
A charge
Leia a letra da música:
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão. Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
(...)
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
(...)
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Fonte: http://analisedeletras.com.br/chico-buarque/apesar-de-voce, acesso 04/09/2011.
A música “Apesar de você” exprime a crítica a um momento político específico na
História do Brasil, a saber:
Leia a letra da música:
Hoje você é quem manda
Falou, tá falado
Não tem discussão, não.
A minha gente hoje anda
Falando de lado e olhando pro chão. Viu?
Você que inventou esse Estado
Inventou de inventar
Toda escuridão
(...)
Apesar de você
amanhã há de ser outro dia.
Eu pergunto a você onde vai se esconder
Da enorme euforia?
Como vai proibir
Quando o galo insistir em cantar?
(...)
Quando chegar o momento
Esse meu sofrimento
Vou cobrar com juros. Juro!
Fonte: http://analisedeletras.com.br/chico-buarque/apesar-de-voce, acesso 04/09/2011.
A música “Apesar de você” exprime a crítica a um momento político específico na História do Brasil, a saber: