A tragédia dos últimos meses do governo Goulart residiu
na tendência cada vez mais acentuada de se descartar a via
democrática para a solução da crise. A direita ganhou os conservadores moderados, sobretudo amplos setores da classe
média, para sua perspectiva de que só uma revolução promoveria a “purificação da democracia”, pondo fim aos perigos
do comunismo, à luta de classes, ao poder dos sindicatos e
à corrupção.
Na esquerda, a então chamada democracia formal era
vista apenas como um instrumento que ia se tornando inútil,
ao aproximar-se a tomada do poder.
(Boris Fausto. “A vida política”. In: Angela de Castro Gomes (org).
Olhando para dentro: 1930-1964, vol 4, 2013. Adaptado.)
Essa interpretação do historiador sobre o final do governo de
João Goulart (1961-1964) remete
A tragédia dos últimos meses do governo Goulart residiu na tendência cada vez mais acentuada de se descartar a via democrática para a solução da crise. A direita ganhou os conservadores moderados, sobretudo amplos setores da classe média, para sua perspectiva de que só uma revolução promoveria a “purificação da democracia”, pondo fim aos perigos do comunismo, à luta de classes, ao poder dos sindicatos e à corrupção. Na esquerda, a então chamada democracia formal era vista apenas como um instrumento que ia se tornando inútil, ao aproximar-se a tomada do poder.
(Boris Fausto. “A vida política”. In: Angela de Castro Gomes (org). Olhando para dentro: 1930-1964, vol 4, 2013. Adaptado.)
Essa interpretação do historiador sobre o final do governo de
João Goulart (1961-1964) remete