Questõessobre Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

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USS 2022 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Portugueses: Toda a força é insuficiente contra a vontade de um Povo, que não quer virar escravo: a História do Mundo confirma esta verdade, confirmam-na ainda os rápidos acontecimentos que tiveram lugar neste vasto Império embaído, a princípio, pelas lisonjeiras promessas do Congresso de Lisboa, convencido logo depois das falsidades delas, traído em seus direitos mais sagrados, em seus interesses mais claros não lhe apresentando o futuro outra perspectiva, senão a da recolonização e a do despotismo legal (…) o grande e generoso Povo Brasileiro (…) foi unanime em escolher-me para seu defensor Perpétuo, honroso encargo que com ufania aceitei e que saberei desempenhar à custa de todo meu sangue.

Proclamação do imperador D. Pedro I aos portugueses, 21/10/1822.

Disponível no Arquivo Nacional.


A partir do documento, o processo descrito na carta e uma de suas causas foram, respectivamente:

A
emancipação política e risco de reversão da autonomia obtida
B
abolição gradual e dificuldade de contenção da pressão britânica
C
abertura econômica e ameaça de extinção do exclusivo metropolitano
D
campanha republicana e possibilidade de supressão do regime monárquico
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ENEM 2021 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Por que o Brasil continuou um só enquanto a
América espanhola se dividiu em vários países?

    Para o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, no Brasil, parte da sociedade era muito mais coesa ideologicamente do que a espanhola. Carvalho argumenta que isso se deveu à tradição burocrática portuguesa. “Portugal nunca permitiu a criação de universidades em sua colônia”. Por outro lado, na América espanhola, entre 1772 e 1872, 150 mil estudantes se formaram em universidades locais. Para o historiador mexicano Alfredo Ávila Rueda, as universidades na América espanhola eram, em sua maioria, reacionárias. Nesse sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre circulação de impressos (jornais, livros e panfletos) na América espanhola, que não era permitida na América portuguesa (a proibição só foi revertida em 1808), teve função muito mais importante na construção de regionalismos do que propriamente as universidades.

BARRUCHO, L. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 set. 2019 (adaptado).


Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são divergentes em relação ao

A
papel desempenhado pelas instituições de ensino na criação das múltiplas identidades.
B
controle exercido pelos grupos de imprensa na centralização das esferas administrativas.
C
abandono sofrido pelas comunidades de docentes na concepção de coletividades políticas.
D
lugar ocupado pelas associações de acadêmicos no fortalecimento das agremiações estudantis.
E
protagonismo assumido pelos meios de comunicação no desenvolvimento das nações alfabetizadas.
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ENEM 2021 - História - Independências das regiões hispano-americanas: México, América Central e América do Sul, Período Colonial: produção de riqueza e escravismo, História do Brasil, História da América Latina, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Por que o Brasil continuou um só enquanto a América espanhola se dividiu em
vários países?


    Para o historiador brasileiro José Murilo de Carvalho, no Brasil, parte da sociedade era muito mais coesa ideologicamente do que a espanhola. Carvalho argumenta que isso se deveu à tradição burocrática portuguesa. “Portugal nunca permitiu a criação de universidades em sua colônia”. Por outro lado, na América espanhola, entre 1772 e 1872, 150 mil estudantes se formaram em universidades locais. Para o historiador mexicano Alfredo Ávila Rueda, as universidades na América espanhola eram, em sua maioria, reacionárias. Nesse sentido, o historiador mexicano diz acreditar que a livre circulação de impressos (jornais, livros e panfletos) na América espanhola, que não era permitida na América portuguesa (a proibição só foi revertida em 1808), teve função muito mais importante na construção de regionalismos do que propriamente as universidades.

BARRUCHO, L. Disponível em: www.bbc.com. Acesso em: 8 set. 2019 (adaptado).


Os pontos de vista dos historiadores referidos no texto são divergentes em relação ao

A
papel desempenhado pelas instituições de ensino na criação das múltiplas identidades.
B
controle exercido pelos grupos de imprensa na centralização das esferas administrativas.
C
abandono sofrido pelas comunidades de docentes na concepção de coletividades políticas.
D
lugar ocupado pelas associações de acadêmicos no fortalecimento das agremiações estudantis.
E
protagonismo assumido pelos meios de comunicação no desenvolvimento das nações alfabetizadas.
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SÃO CAMILO 2019 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

O processo de independência do Brasil é, comumente, datado a partir de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil. A verdade dessa proposição reside, em especial, na montagem pelo príncipe, e depois rei, João VI, de um aparelho governamental no Brasil. Ao mesmo tempo, são substituídos os institutos de caráter colonial.

(Hamilton de Mattos Monteiro. “Da independência à vitória da ordem”.
In: Maria Yedda Linhares. História geral do Brasil, 2016.)

As afirmações do excerto podem ser exemplificadas pela

A
implantação de órgãos legislativos de caráter liberal no Brasil e pela adoção do protecionismo fiscal e alfandegário.
B
organização de um sistema federativo no Brasil e pela concessão de liberdade de culto a todas as camadas sociais.
C
transformação do Rio de Janeiro em um centro cultural aglutinador e pela abolição dos privilégios e preconceitos sociais.
D
elevação do Brasil à categoria de Vice-Reino e pelo fim do tráfico negreiro devido à pressão diplomática inglesa.
E
criação de uma estrutura político-administrativa centralizada no Rio de Janeiro e pela extinção do monopólio comercial.
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UEA 2018 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A repressão oficial foi extremamente convincente: entre 15 e 20 de outubro de 1823, mais de duzentos e cinquenta prisioneiros, jogados nos porões do brigue Palhaço, morreram por asfixia, envenenamento e fuzilaria; outros, fuzilados em praça pública. O Império do Brasil já mostrava as suas garras muito antes de a Regência disparar contra a Cabanagem (1835-1840), que lutava contra o conservantismo e a continuidade do poder de bases coloniais no Grão-Pará.

(Geraldo Mártires Coelho. “Onde fica a Corte do senhor Imperador?”.
In: István Jancsó (org.). Brasil: formação do Estado e da Nação, 2003.
Adaptado.)

A Independência do Brasil, proclamada no Centro-Sul do país em 1822,

A
contou, em algumas províncias, com a participação significativa das massas escravizadas e aboliu a escravidão.
B
manifestou particularidades em províncias mais distantes do centro do Império e manteve privilégios sociais tradicionais.
C
foi de fato realizada pelos governos democráticos das regências e estabeleceu o sufrágio universal para os maiores de vinte e um anos.
D
diferenciou-se das demais independências latino-americanas pelo seu caráter pacífico e seguiu o modelo político da federação norte-americana.
E
suspendeu a liberdade de comércio com as nações industrializadas e estabeleceu o monopólio governamental sobre o transporte fluvial.
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URCA 2017 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Sobre o movimento historicamente conhecido como Inconfidência Mineira de 1788-9, pode-se corretamente afirmar: 

A
O conflito em Minas Gerais foi o resultado das divergências sócio-econômicas entre Minas Gerais e Portugal e da contradição de grupos de interesses coloniais e metropolitanos; 
B
O movimento, de fato, é sem significância, e não mereceria fazer parte da História do Brasil, sendo seu significado adquirido apenas por conta da propaganda republicana em torno da figura de Tiradentes; 
C
Apesar de ocorrer no século XVIII, a Inconfidência Mineira, por seu caráter local, não deve ser analisada considerando fatos da época como a Independência dos Estados Unidos, a Revolução Francesa e a haitiana; 
D

A Inconfidência Mineira pode ser explicada, dentre outros fatores, pelo crescimento da indústria portuguesa que passou a demandar cada vez mais o ouro brasileiro como forma de pagamento das matérias-primas necessárias; 

E

A Inconfidência Mineira agregou participantes de diversas partes da colônia, insatisfeitos por conta do rigoroso controle sobre o comércio das especiarias do Pará e Maranhão, sobre o tráfico negreiro e sobre as missões jesuíticas.

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UNINOVE 2015 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Observe a charge, que representa o primeiro-ministro britânico e Napoleão Bonaparte.



A situação representada na charge resultou

A
nos movimentos de emancipação na América Espanhola e na instalação da corte portuguesa no Brasil, o que singularizou nossa independência.
B
no início da Revolução Industrial inglesa e no sucesso do movimento de independência norte-americano, que teve o apoio militar da França.
C
na invasão inglesa à zona açucareira de Pernambuco e no surgimento do caudilhismo na América Espanhola, que acabou com as disputas locais.
D
na fuga das famílias reais ibéricas para a América e na Guerra de Secessão nos Estados Unidos, o que resolveu as divergências no país.
E
no apoio espanhol a Napoleão como imperador e na organização da Inconfidência Mineira, que seguiu os ideais liberais anglo-franceses.
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CEDERJ 2020 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A abolição da escravatura foi um processo lento e gradual que se estendeu no Brasil ao longo de grande parte do século XIX. A pressão do movimento abolicionista e os distúrbios causados pelas formas de resistência e luta dos escravos forçaram o Império a abolir essa forma de trabalho.
Com a Lei Áurea, os negros permaneceram marginalizados na sociedade, uma vez que políticas de integração social e econômica não foram realizadas, e o racismo permaneceu como um problema grave na sociedade brasileira.
(Extraído: h ttps://escolakids.uol.com .br/historia/a-abolicao-daescravidao-no-brasil--1888.html)

A Abolição da Escravatura, que ocorreu no Brasil em 13 de maio de 1888, percorreu um longo processo para ser realizada. Muitos fatos foram de fundamental importância para a concretização deste movimento.
As revoltas, as fugas, os quilombos eram formas de manifestações dos negros escravizados, além das leis de emancipação que foram feitas a partir da segunda metade do século XIX.
Dentre as revoltas e leis que antecederam a Abolição tem-se, respectivamente:

A
a Revolta dos Malês e a Lei do Ventre Livre de 1871
B
a Revolta da Chibata e a Lei do Sexagenário de 1884
C
a Revolta da Vacina e a Lei do Ventre Livre de 1871
D
a Revolta da Armada e a Lei do Sexagenário de 1884.
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ENEM 2020 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

    O movimento sedicioso ocorrido na capitania de Pernambuco, no ano 1817, foi analisado de formas diferentes por dois meios de comunicação daquela época. O Correio Braziliense apontou para o fato de ser “a comoção no Brasil motivada por um descontentamento geral, e não por maquinações de alguns indivíduos". Já a Gazeta do Rio de Janeiro considerou o movimento como um "pontual desvio de norma, apenas uma 'mancha' nas 'páginas da História Portuguesa’, tão distinta pelos testemunhos de amor e respeito que os vassalos desta nação consagram ao seu soberano".

JANCSÔ. I. PIMENTA, J. P. Peças da um mosaico. In MOTA. C. G. (Org) Viagem Incompleta: a experiência brasileira (1500-2000) São Paulo; Senac. 2000 (adaptado).

Os fragmentos das matérias jornalísticas sobre o acontecimento, embora com percepções diversas, relacionam-se a um aspecto do processo de independência da colônia luso-americana expresso em dissensões entre

A
quadros dirigentes em tomo da abolição da ordem escravocrata.
B
grupos regionais acerca da configuração politico-territorial.
C
intelectuais laicos acerca da revogação do domínio eclesiástico.
D
homens livres em tomo da extensão do direito de voto.
E
elites locais acerca da ordenação do monopólio fundiário.
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UECE 2019 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Durante treze anos a família real portuguesa esteve no Brasil, que foi sede do império ultramarino português. Nesse período, diversas medidas tomadas pela corte proporcionaram transformações profundas na economia, na política e na cultura do Brasil. Assim, é correto afirmar que, nesse período, ocorreu

A
a Confederação do Equador, em 1824, que foi uma rebelião das províncias nordestinas contra o autoritarismo, que pretendia a fundação de uma república por estas partes do Brasil.
B
a Revolução Pernambucana, em 1817, contra a opressão dos tributos para custear a corte no Rio de Janeiro, que marcou a insatisfação dos brasileiros contra a exploração portuguesa.
C
a Noite das Garrafadas, episódio que envolveu apoiadores do rei e seus opositores, logo antes de sua abdicação e retorno para Portugal.
D
expulsão do rei português de terras brasileiras, por sua resistência em aceitar a constituição elaborada pela Assembleia Constituinte e a imposição de uma constituição por ele outorgada.
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UEMG 2019 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Em 1808, D. João, príncipe regente, efetuou a abertura dos portos. Tal medida teve importante significado histórico, pois trouxe, de imediato,

A
a redução do tráfico negreiro e a abertura de grande número de indústrias.
B
o fim do exclusivo metropolitano, que restringia o comércio do Brasil e o seu ingresso na órbita da influência inglesa.
C
o livre-comércio e a vinda de capitais americanos para o Brasil.
D
um grande número de imigrantes e de capitais anglo-franco-germânicos ao País, proporcionando desenvolvimento industrial.
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UFC 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A independência do Brasil manteve a unidade nacional. No entanto, enfrentou a resistência de algumas províncias ao império que nascia, caso da Bahia, Piauí, Maranhão e Grão-Pará, que tinham em comum terem sido:

A
sítios de tradição militar.
B
lugares de povoamento escasso.
C
zonas de fronteira com influência estrangeira.
D
locais de ocupação na origem da colônia por franceses e holandeses.
E
áreas de colonização mais antiga com grande concentração portuguesa.
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UNICENTRO 2019 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

No contexto das revoltas e levantes ocorridos no período colonial, pode-se destacar como modelos libertários pró-independência do Brasil:

A
Guerra de Canudos e Guerra do Contestado.
B
Inconfidência Mineira e Conjuração Baiana.
C
Revolta da Vacina e Revolta da Chibata.
D
Guerra dos Farrapos e Sabinada.
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FUVEST 2018 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Observe as imagens das duas charges de Angelo Agostini publicadas no periódico Vida Fluminense. Ambas oferecem representações sobre a Guerra do Paraguai, que causaram forte impacto na opinião pública. A imagem I retrata Solano López como o “Nero do século XIX”; a imagem II figura um soldado brasileiro que retorna dos campos de batalha.


Sobre as imagens, é correto afirmar, respectivamente:

A
Atribui um caráter redentor ao chefe da tropa paraguaia; fixa o assombro do soldado brasileiro ao constatar a persistência da opressão escravista.
B
Denuncia os efeitos da guerra entre a população brasileira; ilustra a manutenção da violência entre a população cativa.
C
Reconhece os méritos militares do general López; denota a incongruência entre o recrutamento de negros libertos e a manutenção da escravidão.
D
Personifica o culpado pelo morticínio do povo paraguaio; estimula o debate sobre o fim do trabalho escravo no Brasil.
E
Fixa atributos de barbárie ao ditador Solano López;sublinha a incompatibilidade entre o Exército e o exercício da cidadania.
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ENCCEJA 2019 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

O texto compara o tratamento dado aos ex-escravos, libertados com o fim da escravidão, no Brasil e nos EUA em fins do século XIX. Comparando as ações dos dois países, os direitos dos libertos foram

    Em 1865 a Constituição norte-americana acabou com a escravidão nos EUA, e o Estado assumiu a responsabilidade pelos libertos, garantindo registro de identidade, oferecendo terras para o cultivo e reunindo parentes que haviam se espalhado no período da escravidão. No Brasil, em 1888, com o fim da escravidão, nada foi oferecido pela Monarquia aos libertos além da liberdade — nem escolas, nem terras e muito menos direitos civis, como o registro de identidade.

PAMPLONA, M. A. Direitos suados e lembrados. Revista de História da Biblioteca Nacional, n. 66, mar. 2011 (adaptado).

A
ampliados pelas leis brasileiras.
B
respeitados nos dois países.
C
garantidos no Brasil.
D
maiores nos Estados Unidos.
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Esamc 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

ABOLICIONISMO: Movimento político internacional surgido no fim do século 18 com o propósito de abolir a escravatura nas Américas. Embora liderado principalmente por intelectuais humanistas e muitas vezes obedecendo a interesses políticos e econômicos, foi resultado das reações, ativas ou passivas, das próprias vítimas, desde o início do tráfico negreiro. Em todo o processo abolicionista, é importante ressaltar a atuação de militantes negros, muitos deles escravos, libertos ou filhos de escravos.


(LOPES, Nei. Dicionário escolar Afro-Brasileiro. SP: Selo Negro, 2015, p. 14.)


Tomando por base as informações contidas no fragmento, bem como o contexto das lutas abolicionistas no Brasil, desde o início da utilização da escravidão dos africanos até a abolição no final do século XIX, julgue os itens:


I. Mesmo tendo sido utilizado, em determinados momentos, por grupos políticos e econômicos, como forma de garantir seus interes- ses, o movimento abolicionista contou com grande participação dos próprios escravos, desde as lutas e resistências iniciais até a abolição.

II. Apesar da participação de grupos de escravos, libertos e filhos de escravos nas lutas pelo fim da escravidão, seu fim foi resultado da liderança da elite intelectual e econômica, uma vez que os negros não possuíam recursos para comandar tal processo.

III.A formação de quilombos, as fugas e a preservação de práticas culturais e religiosas trazidas da África, podem ser apontadas como forma de resistência dos negros desde os primórdios da escravidão africana no Brasil.



Está (ão) correto (s):

A
I apenas.
B
I e II apenas.
C
I e III apenas.
D
II e III apenas.
E
I, II e III.
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UFC 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

“Já existe, felizmente, em nosso país, uma consciência nacional – em formação é certo – que vai introduzindo o elemento da dignidade humana em nossa legislação, e para qual a escravidão, apesar de hereditária, é uma verdadeira mancha de Caim, que o Brasil traz na fronte”. (Joaquim Nabuco, O Abolicionismo. (Prefácio. Rio de Janeiro: Editora Nova Aguilar, 2002).

O movimento abolicionista no Brasil se expressava a partir de ideais:

A
Liberais.
B
Comunistas.
C
Anarquistas.
D
Monarquistas.
E
Conservadores.
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UFC 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

A Confederação do Equador foi um movimento político que se voltava contra:

A
a concentração de poderes nas mãos do soberano.
B
o crescimento da participação militar na política.
C
as disputas territoriais nas províncias do Norte.
D
o declínio do poder das elites portuguesas.
E
o liberalismo adotado pelo Estado.
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FUVEST 2016 - História - História do Brasil, Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Os ensaios sediciosos do final do século XVIII anunciam a erosão de um modo de vida. A crise geral do Antigo Regime desdobrase nas áreas periféricas do sistema atlântico – pois é essa a posição da América portuguesa –, apontando para a emergência de novas alternativas de ordenamento da vida social.

István Jancsó, “A Sedução da Liberdade”. In: Fernando Novais, História da Vida Privada no Brasil, v.1. São Paulo: Companhia das Letras, 1997. Adaptado.


A respeito das rebeliões contra o poder colonial português na América, no período mencionado no texto, é correto afirmar que,

A
em 1789 e 1798, diferentemente do que se dera com as revoltas anteriores, os sediciosos tinham o claro propósito de abolir o tráfico transatlântico de escravos para o Brasil.
B
da mesma forma que as contestações ocorridas no Maranhão em 1684, a sedição de 1798 teve por alvo o monopólio exercido pela companhia exclusiva de comércio que operava na Bahia.
C
em 1789 e 1798, tal como ocorrera na Guerra dos Mascates, os sediciosos esperavam contar com o suporte da França revolucionária.
D
tal como ocorrera na Guerra dos Emboabas, a sedição de 1789 opôs os mineradores recémchegados à capitania aos empresários há muito estabelecidos na região.
E
em 1789 e 1798, seus líderes projetaram a possibilidade de rompimento definitivo das relações políticas com a metrópole, diferentemente do que ocorrera com as sedições anteriores.
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UERJ 2018 - História - Processo de Independência: dos movimentos nativistas à libertação de Portugal

Quando chegar o feliz momento da abolição, não será devido nunca à inclinação sincera do povo ou do governo, a menos que venham a sofrer grande mudança. Pois quase me aventuraria a dizer que não há dez pessoas em todo o Império que considerem esse comércio um crime ou o encarem sob outro aspecto que não seja o de ganho e perda, de simples especulação mercantil, que deve continuar ou cessar conforme for vantajoso ou não. Acostumados a não fazer nada, os brasileiros em geral estão convencidos de que os escravos são necessários como animais de carga, sem os quais os brancos não poderiam viver.

HENRY CHAMBERLAIN, agente diplomático britânico, em 31/12/1823.

Adaptado de SOUSA, O. T. Fatos e personagens em torno de um regime. Rio de Janeiro: José Olympio, 1960.


Após a emancipação política do Império do Brasil, o debate sobre o fim do tráfico intercontinental de escravos e da escravidão esteve em pauta, como abordado por Henry Chamberlain em 1823.

Naquele contexto, de acordo com o diplomata britânico, as resistências à abolição do tráfico e da escravidão estavam associadas à conjuntura de:

A
desqualificação do trabalho braçal
B
vigência da sociedade burguesa
C
instabilidade do regime jurídico
D
decadência da estrutura agrária