A Confederação do Equador foi um movimento político que se voltava contra:
Gabarito comentado
Alternativa correta: A
Tema central: A Confederação do Equador (1824) foi uma rebelião regional contra a concentração de poder no Império do Brasil, especialmente após a promulgação da Constituição de 1824 e a instituição do Poder Moderador, que dava ao imperador amplos poderes para intervir nos demais poderes.
Resumo teórico e contexto: Após a independência (1822) Pedro I tentou consolidar o Estado. A Constituição de 1824 (outorgada pelo imperador) criou um regime monárquico com quatro poderes, incluindo o Poder Moderador — instrumento de centralização e arbitrariedade. No Nordeste (principalmente Pernambuco), elites liberais e setores populares reagiram contra essa ordem centralizadora e autoritária, proclamando uma federação/república: a Confederação do Equador. Fontes recomendadas: Constituição de 1824; manuais de História do Brasil (Boris Fausto; Emília Viotti da Costa).
Por que a alternativa A é correta: O movimento foi expressão direta da oposição à concentração de poderes nas mãos do soberano — o imperador Pedro I. Os insurgentes criticavam a outorga da Constituição, a forte presença do governo central e a interferência imperial nas províncias, exigindo maior autonomia política.
Análise das alternativas incorretas
B — crescimento da participação militar na política. Incorreta. A Confederação foi liderada por elites civis e liberais provinciais; havia oficiais envolvidos, mas a queixa principal não era contra “a participação militar”, e sim contra a autoridade imperial. A participação militar não foi o ponto central.
C — disputas territoriais nas províncias do Norte. Incorreta. Não se tratou de conflitos fronteiriços ou territoriais, mas de disputa política sobre o modelo de governo e autonomia provincial (principalmente em Pernambuco e regiões vizinhas).
D — declínio do poder das elites portuguesas. Incorreta. As elites locais (tanto brasileiras quanto alguns portugueses residentes) participaram da mobilização; o objetivo não foi atacar especificamente as elites portuguesas, mas combater o centralismo imperial.
E — o liberalismo adotado pelo Estado. Incorreta/pegadinha. Embora os insurgentes defendessem liberdades, a oposição foi ao tipo de centralismo autoritário praticado pelo Estado imperial, não ao liberalismo em si. Muitos rebeldes eram liberais, mas contra o modo como o poder central o aplicava.
Dica de prova: Ao ver “Confederação do Equador”, associe automaticamente a 1824, Pernambuco, Constituição outorgada e Poder Moderador — palavras-chave que indicam oposição à centralização imperial.
Fontes breves: Constituição de 1824 (texto) e manuais de História do Brasil (B. Fausto; E. Viotti da Costa) para aprofundar.
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