Questõesde UNIFESP sobre História Geral

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UNIFESP 2005 - História - História Geral

... dê o governo a essas duas classes [ligadas ao grande comércio e à grande agricultura] toda a consideração, vincule- as por todos os modos à ordem estabelecida, identifique- as com as instituições do país, e o futuro estará em máxima parte consolidado.

(Justiniano José da Rocha, 1843.)

A frase expressa, no contexto da época, uma posição política

A
liberal.
B
republicana.
C
conservadora.
D
reacionária.
E
democrática.
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UNIFESP 2005 - História - História Geral, Primeira Guerra Mundial, Segunda Grande Guerra – 1939-1945

Para o historiador Arno J. Mayer, as duas guerras mundiais, a de 1914-1918 e a de 1939-1945, devem ser vistas como constituindo um único conflito, uma segunda Guerra dos Trinta Anos. Essa interpretação é possível pelo fato

A
de as duas guerras mundiais terem envolvido todos os países da Europa, além de suas colônias de ultramar.
B
de prevalecer antes da Segunda Guerra Mundial o equilíbrio europeu, tal como ocorrera antes de ter inicio a primeira Guerra dos Trinta Anos, em 1618.
C
de, apesar da paz do período entre guerras, a Segunda Guerra ter sido causada pelos dispositivos decorrentes da Paz de Versalhes de 1919.
D
de terem ocorrido, entre as duas guerras mundiais, rebeliões e revoluções como na década de 1640.
E
de, em ambas as guerras mundiais, o conflito ter sido travado por motivos ideológicos, mais do que imperialistas.
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UNIFESP 2005 - História - História Geral

Pastores metodistas e batistas do sul dos Estados Unidos apoiaram, nas décadas de 1770 e 1780, a causa antiescravista, mas deixaram de fazê- lo nos dez anos transcorridos entre 1795-1805. Essa mudança de atitude foi devida

A
a uma reorientação doutrinária dessas duas denominações religiosas
B
a uma competição entre as denominações religiosas atuantes no sul.
C
ao boom do algodão e à revolta antiescravista em São Domingos/Haiti.
D
ao fim do tráfico negreiro e à pressão inglesa contra a escravidão.
E
à rejeição por parte dos negros em aceitar aquelas dou- trinas religiosas.
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UNIFESP 2005 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

Deus meu, não se cansando os hereges e os inimigos... de semear continuamente os seus erros e heresias no campo da Cristandade, com tantos e tantos livros perniciosos que são republicados a cada dia, é necessário que não se durma, mas que nos esforcemos para extirpá-los ao menos nos lugares onde isso seja possível.

(Cardeal Robert Bellarmino,1614.)

Tendo em vista o contexto da época, pode- se inferir que os hereges e os inimigos aos quais o autor se refere eram, principalmente, os

A
jansenistas e os muçulmanos.
B
cátaros e os letrados.
C
hussitas e os feiticeiros.
D
anabatistas e os judeus.
E
protestantes e os cientistas.
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UNIFESP 2005 - História - História Geral, Renascimento Científico, Artístico e Cultural

Relatório de um magistrado sobre o alegado suicídio de Richard Hun, na prisão da Torre de Londres, em 1515:

Todos nós os do inquérito encontramos o corpo do dito Hun suspenso dum gancho de ferro por uma faixa de seda, de expressão calma, cabelo bem penteado, e o boné enfiado na cabeça, com os olhos e a boca simplesmente cerrados, sem qualquer pasmo, esgar ou contração... Pelo que nos pareceu absolutamente a todos nós que o pescoço de Hun já estaria partido e grande quantidade de sangue vertido antes de ele ser enforcado. Pelo que todos nós achamos por Deus e em nossas consciências que Richard Hun fora assassinado.

O documento revela a

A
independência do poder judiciário no Renascimento.
B
emergência e difusão do raciocínio dedutivo no Renascimento.
C
retomada do tratamento prisional romano no Renascimento.
D
consolidação do pensamento realista aristotélico- escolástico no Renascimento
E
permanência da visão de mundo medieval no Renascimento.
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UNIFESP 2005 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Na Baixa Idade Média, mais precisamente entre os séculos XII e XIII, o centro- norte da Itália formava um viveiro de prósperas cidades que expressavam o vigor da retomada econômica do Ocidente naqueles séculos. Muitas dessas cidades, em termos político- administrativos, eram

A
autônomas, organizadas como repúblicas, e internamente divididas em simpatizantes do papa (guelfos) e simpatizantes do imperador (gibelinos).
B
repúblicas, internamente coesas, e aliadas umas às outras na luta contra os poderes universais do papa e do imperador.
C
organizadas internamente como democracias, e externamente como uma federação, para tratar com o papa e o imperador.
D
governadas por condottieri, que garantiam sua independência frente aos inimigos externos, constituídos pelo papa e pelo imperador.
E
soberanas que, para escapar à dominação bizantina e sarracena, financiavam o Império e o Papado
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UNIFESP 2005 - História - História Geral

Signos infalíveis anunciam que, dentro de poucos anos, as questões das nacionalidades, combinadas com as questões sociais, dominarão sobre todas as demais no continente europeu.

(Henri Martin1847.)

Tendo em vista o que ocorreu século e meio depois dessa declaração, pode- se afirmar que o autor

A
estava desinformado, pois naquele momento tais questões já apareciam como parcialmente resolvidas em grande parte da Europa.
B
soube identificar, nas linhas de força da história européia, a articulação entre intelectuais e nacionalismo.
C
foi incapaz de perceber que as forças do antigo regime eram suficientemente flexíveis para incorporar e anular tais questões.
D
demonstrou sensibilidade ao perceber que aquelas duas questões estavam na ordem do dia e como tal iriam por muito tempo ficar.
E
exemplificou a impossibilidade de se preverem as tendências da história, tendo em vista que uma das questões foi logo resolvida.
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UNIFESP 2005 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Fomos em busca dos homens fugidos de nosso povoado e descobrimos que cinco deles e suas famílias estavam nas terras de Eulogio, mas os homens deste senhor impediram- nos com violência de nos aproximar da entrada do domínio.

(Egito romano, em 332 d.C.)


... os colonos não têm liberdade para abandonar o campo ao qual estão atados por sua condição e seu nascimento. Se dele se afastam em busca de outra casa, devem ser devolvidos, acorrentados e castigados.

(Valentiniano, em 371 d.C.)

Os textos mostram a


A
capacidade do Império romano de controlar a situação no campo, ao levar a cabo a política de transformar os escravos em colonos presos à terra.
B
luta de classes, entre camponeses e grandes proprietários, pela posse das terras que o Estado romano, depois da crise do século III, é incapaz de controlar.
C
transformação, dirigida pelo governo do Baixo Império, das grandes unidades de produção escravistas em unida- des menores e com trabalho servil.
D
permanência de uma política agrária, mesmo depois da crise do século III, no sentido de assegurar um número mínimo de camponeses soldados.
E
impotência do governo romano do Baixo Império em controlar a política agrária, por ele mesmo adotada, de fixar os pobres livres no campo
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UNIFESP 2006 - História - História Geral

A barbárie reaparece, mas desta vez é engendrada no próprio seio da civilização e dela faz parte integrante. (K. Marx,1846.)

Que bestas brutas e ferozes! Como permite Deus que as mães os concebam assim. Ah, eis os verdadeiros inimigos e não os russos e os austríacos! (T.-R. Bugeaud, 1849.)

Embora de perspectivas diferentes, os dois autores estão se referindo ao mesmo drama social, protagonizado pelo

A
camponês.
B
imigrante.
C
soldado
D
empresário.
E
proletário.
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UNIFESP 2006 - História - História Geral, Antiguidade Ocidental (Gregos, Romanos e Macedônios)

Ao povo dei tantos privilégios quanto lhe bastam, à sua honra nada tirei nem acrescentei; mas os que tinham poder e eram admirados pelas riquezas, também neles pensei, que nada tivessem de infamante... entre uma e outra facção, a nenhuma permiti vencer injustamente. (Sólon, século VI a.C.)

No governo de Atenas, o autor procurou

A
restringir a participação política de ricos e pobres, para impedir que suas demandas pusessem em perigo a realeza.
B
impedir que o equilíbrio político existente, que beneficiava a aristocracia, fosse alterado no sentido da democracia.
C
permitir a participação dos cidadãos pobres na política, para derrubar o monopólio dos grandes proprietários de terras.
D
abolir a escravidão dos cidadãos que se endividavam, ao mesmo tempo em que mantinha sua exclusão da vida política.
E
disfarçar seu poder tirânico com concessões e encenações que davam aos cidadãos a ilusão de que participavam da política.
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UNIFESP 2006 - História - História Geral

O mosteiro deve ser construído de tal forma que tudo o necessário (a água, o moinho, o jardim e os vários ofícios) exerce-se no interior do mosteiro, de modo que os monges não sejam obrigados a correr para todos os lados de fora, pois isso não é nada bom para suas almas. (Da Regra elaborada por São Bento, fundador da ordem dos beneditinos, em meados do século VI.) O texto revela

A
o desprezo pelo trabalho, pois o mosteiro contava com os camponeses para sobreviver e satisfazer as suas necessidades materiais.
B
a indiferença com o trabalho, pois a preocupação da ordem era com a salvação espiritual e não com os bens terrenos.
C
a valorização do trabalho, até então historicamente inédita, visto que os próprios monges deviam prover a sua subsistência.
D
a presença, entre os monges, de valores bárbaros germânicos, baseados na ociosidade dos dominantes e no trabalho dos dominados.
E
o fracasso da tentativa dos monges de estabelecer comunidades religiosas que, visando a salvação, abandonavam o mundo.
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UNIFESP 2006 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

Sobre as cidades européias na época moderna (séculos XVI a XVIII), é correto afirmar que, em termos gerais,

A
mantiveram o mesmo grau de autonomia política que haviam gozado durante a Idade Média.
B
ganharam autonomia política na mesma proporção em que perderam importância econômica.
C
reforçaram sua segurança construindo muralhas cada vez maiores e mais difíceis de serem transpostas.
D
perderam, com os reis absolutistas, as imunidades políticas que haviam usufruído na Idade Média.
E
conquistaram um tal grau de auto-suficiência econômica que puderam viver isoladas do entorno rural.
c1127f0e-66
UNIFESP 2006 - História - Medievalidade Europeia, História Geral

No preâmbulo da Constituição francesa de 1791 lê-se: Não há mais nobreza, nem distinções hereditárias, nem distinções de Ordens, nem regime feudal... Não há mais nem venalidade, nem hereditariedade de qualquer ofício público; não há mais para qualquer porção da Nação, nem para qualquer indivíduo qualquer privilégio nem exceção... Do texto depreende-se que, na França do Antigo Regime, as pessoas careciam de

A
igualdade jurídica.
B
direitos de herança.
C
liberdade de movimento
D
privilégios coletivos.
E
garantias de propriedade.
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UNIFESP 2006 - História - História Geral

Do papa Leão XIII na encíclica Diuturnum, de 1881: se queremos determinar a fonte do poder no Estado, a Igreja ensina, com razão, que é preciso procurá-la em Deus. Ao torná-la dependente da vontade do povo, cometemos primeiramente um erro de princípio e, além disso, damos à autoridade apenas um fundamento frágil e inconsistente. Nessa encíclica, a Igreja defendia uma posição política

A
populista.
B
liberal.
C
conservadora.
D
democrática.
E
progressista.
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UNIFESP 2006 - História - Demandas políticas e sociais no mundo atual, História Geral, Questões Internacionais: história do tempo presente

As diferenças sutis, mas cruciais, entre Hamas, Hizbollah e Al Qaeda são ignoradas quando se designa o terrorismo como o inimigo. Israel é vista como a base avançada da civilização ocidental em luta contra a ameaça existencial lançada pelo islã radical. (Lorde Wallace de Saltaire, em discurso na Câmara dos Lordes em julho de 2006.)

Do texto depreende-se que o autor está, com relação ao Estado de Israel e ao terrorismo,

A
apoiando a política independente do governo de Tony Blair.
B
elogiando a política intervencionista proposta pela ONU.
C
defendendo a política intransigente da Comunidade Européia.
D
alertando para a política cada vez mais beligerante por parte do Irã.
E
criticando a política fundamentalista do presidente Bush.
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UNIFESP 2006 - História - História Geral

... todos os gêneros produzidos junto ao mar podiam conduzir-se para a Europa facilmente e os do sertão, pelo contrário, nunca chegariam a portos onde os embarcassem, ou, se chegassem, seria com despesas tais que aos lavradores não faria conta largá-los pelo preço por que se vendessem os da Marinha. Estes foram os motivos de antepor a povoação da costa à do sertão. (Frei Gaspar da Madre de Deus, em 1797.) O texto mostra

A
o desconhecimento dos colonos das desvantagens de se ocupar o interior.
B
o caráter litorâneo da colonização portuguesa da América.
C
o que àquela altura ainda poucos sabiam sobre as desvantagens do sertão.
D
o contraste entre o povoamento do nordeste e o do sudeste.
E
o estranhamento do autor sobre o que se passava na região das Minas.
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UNIFESP 2006 - História - História Geral

“... o mestre que eu tive foi a natureza que me envolve... desse livro secular e imenso, é que eu tirei as páginas de O Guarani, as de Iracema... Daí, e não das obras de [Renée de] Chateaubriand, e menos das de [Fenimore] Cooper, que não eram senão a cópia do original sublime que eu havia lido com o coração.” (Do romancista José de Alencar.)
Sobre o texto, pode-se sustentar que o autor

A
confessa ter seguido modelos externos para compor seus livros.
B
nega ter se inspirado no sentimento para compor suas obras.
C
segue uma das fontes de inspiração do romantismo.
D
acusa Cooper de ter copiado Chateaubriand.
E
apresenta uma espécie de manifesto nacionalista.
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UNIFESP 2006 - História - História Geral

Em tempos de forte turbulência republicana, o ano de 1922 converteu-se em marco simbólico de grandes rupturas e da vontade de mudança. Eventos como a Semana de Arte Moderna, o levante tenentista, a criação do Partido Comunista e ainda a conturbada eleição presidencial sepultaram simbolicamente a Velha República e inauguraram uma nova época. (Aspásia Camargo, “Federalismo e Identidade Nacional”, Brasil, um século de transformações. 2001.)

Pode-se afirmar que a situação descrita decorre, sobretudo,

A
do forte crescimento urbano e das classes médias.
B
do descontentamento generalizado dos oficiais do Exército
C
da postura progressista das elites carioca e paulista.
D
do crescimento vertiginoso da industrialização e da classe operária.
E
da influência das vanguardas artísticas européias e norte-americanas.
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UNIFESP 2007 - História - História Geral, Movimentos de Reforma Religiosa: protestantes e católicos

No século XVI, nas palavras de um estudioso, “reformar a Igreja significava reformar o mundo, porque a Igreja era o mundo”. Tendo em vista essa afirmação, é correto afirmar que

A
os principais reformadores, como Lutero, não se envolveram nos desdobramentos políticos e socioeconômicos de suas doutrinas.
B
o papado, por estar consciente dos desdobramentos da reforma, recusou-se a iniciá-la, até ser a isso obrigado por Calvino.
C
a burguesia, ao contrário da nobreza e dos príncipes, aderiu à reforma, para se apoderar das riquezas da Igreja.
D
os cristãos que aderiram à reforma estavam preocupados somente com os benefícios materiais que dela adviriam.
E
o aparecimento dos anabatistas e outros grupos radicais são a prova de que a reforma extrapolou o campo da religião.
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UNIFESP 2007 - História - História Geral

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Essa passagem do livro

A
revela a preocupação que os protagonistas de ambos os lados tinham com relação às implicações políticas de suas ações.
B
denuncia mais do que a crueldade de ambos os lados, o sentimento de impunidade entre as forças da repressão.
C
mostra que ambos os lados em luta estavam determinados a destruir o adversário para não deixar provas de sua conduta.
D
critica veladamente a ausência de interesse por parte da opinião pública e da imprensa com relação ao episódio relatado.
E
indica que o autor, por acompanhar de longe os acontecimentos, deixou-se levar por versões que exageraram a crueldade da repressão.